A queda acentuada no preço do milho é uma realidade na maioria das 
regiões produtoras. Em Mato Grosso do Sul, os agricultores estão 
segurando parte da safra à espera de uma reação do mercado.
 A máquina novinha retira do campo a safra de milho, o começo de um 
longo trabalho até concluir a colheita nos 2 mil hectares. Esta é a 
primeira vez que o agricultor Algacir Batista usa a colheitadeira, que 
pagou R$ 840 mil. O produtor esperava liquidar parte do financiamento 
com a venda dos grãos, mas acabou surpreendido pela queda nas cotações.
 A lavoura, que fica em Campo Grande, produziu bem, em média, 75 sacas 
por hectare, mas como não está satisfeito com as ofertas do mercado, 
Algacir decidiu segurar toda a produção. “Eu acho que vou esperar até o 
final do ano, vou ter que apelar para outras reservas que tenho para ver
 se o preço melhora”, diz.
 Em outra fazenda em Campo Grande, o agricultor Celso Rotile negociou 
parte da produção por um preço médio de R$ 18 a saca. Como não conseguiu
 oportunidades melhores, deve guardar 35 mil sacas, o equivalente a 
metade da produção.
 Por causa das baixas cotações os agricultores de Mato Grosso do Sul 
solicitaram ao Ministério da Agricultura a inclusão do estado nos 
leilões do Prêmio de Equalização Pago ao Produtor (Pepro), como forma de
 garantir o preço mínimo do milho. O pedido foi feito para 2 milhões de 
toneladas.
 A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) atendeu a solicitação, 
mas não na proporção que os produtores esperavam. Em Mato Grosso do Sul,
 apenas 75 mil toneladas serão compradas pela Conab pelo preço mínimo de
 R$ 17,67.
 O próximo leilão está marcado para o dia 20 de agosto. Agricultores de Goiás e de Mato Grosso também poderão participar.
 
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