| Como fazer uma ordenha manual livre de contaminações |  | 
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No
 Brasil, um grande número de produtores ainda adota a ordenha manual. A 
contagem bacteriana, um dos fatores que determinam a qualidade do 
produto, costuma ser bastante alta neste tipo de ordenha. Isto ocorre 
devido a procedimentos incorretos que levam a uma higiene deficiente 
tanto dos tetos da vaca e das mãos dos ordenhadores quanto dos 
utensílios utilizados. 
Definida
 como uma tecnologia social ao alcance dos pequenos produtores, o kit 
Embrapa para ordenha manual higiênica é composto por utensílios simples,
 associados a uma cartilha contendo orientações técnicas a respeito dos 
procedimentos.  
Com
 a adoção do kit, o pecuarista pode obter uma produção de leite com 
índices bacterianos tão baixos quanto os obtidos pela ordenha mecânica 
ou até inferiores. Com isso, garante a compra de sua produção, já que a 
implementação da Instrução Normativa 51 do Ministério da Agricultura 
exige padrões mínimos de contagem bacteriana na aquisição de leite por 
parte do segmento industrial.  
Os estudos realizados para o desenvolvimento do kit para ordenha manual higiênica  comprovam
 que não é preciso muito investimento financeiro para se obter leite com
 baixa contagem bacteriológica. O kit é um conjunto de utensílios que 
pode ser adquirido em qualquer parte do país por cerca de R$ 165,00. É 
composto, basicamente, por um balde semiaberto para ordenha manual, uma 
caneca de fundo escuro, um balde de plástico para armazenamento de água 
clorada, uma mangueira de borracha de 5 metros, um filtro pra coar o 
leite, uma seringa, papel-toalha, além de um banquinho de madeira e um 
par de luvas de borracha. 
O
 pesquisador, Guilherme Nunes de Sousa, da Embrapa Gado de Leite, de 
Juiz de Fora, em Minas Gerais, chama a atenção para a correta utilização
 do kit, seguindo-se exatamente as orientações da cartilha que o 
acompanha. “Existe uma sequência de uso dos utensílios que permite a 
redução da contagem bacteriana no leite”, explica. “O custo/benefício 
que o produtor vai obter com o uso  do
 kit depende do volume que ele produz e da forma como a empresa que 
compra o leite definiu o programa de pagamento por qualidade”, esclarece
 o pesquisador. “Algumas empresas pagam até quatro centavos a mais por 
litro de leite com qualidade assegurada”, complementa. 
Os
 procedimentos corretos de ordenha higiênica garantem não só a qualidade
 superior do leite e a consequente rentabilidade, mas protegem os 
animais contra doenças, que aumentam o custo de produção com o 
investimento em medicamentos e, em alguns casos, exigindo a retirada 
temporária de animais do processo produtivo durante o tratamento. | 
| da redação do Nordeste Rural | 
 
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