Brasil fecha acordo e vai exportar melão para China
Cúpula do Brics
Protocolo prevê importação de pera chinesa. Os atos foram firmados durante Cúpula do Brics, que ocorre em Brasília
O
 Brasil fechou acordo com a China que viabiliza a exportação de melão 
para o país asiático. Em contrapartida, os chineses poderão vender pera 
para o mercado brasileiro. Os protocolos sanitários foram firmados após 
reunião bilateral entre os presidentes Jair Bolsonaro e Xi Jinping, 
dentro da XI Cúpula do Brics, que teve início nesta quarta-feira (13) em
 Brasília. A ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e 
Abastecimento) participou do encontro.  
O acordo para exportação de melão é 
simbólico por se tratar do primeiro entendimento com a China sobre 
frutas. Além da diversificação da pauta exportadora agrícola para a 
China (a maioria das vendas é de soja e carne), o protocolo tem 
potencial de alavancar a fruticultura brasileira, principalmente da 
Região Nordeste, que hoje direciona as vendas externas para a Europa. 
"Os acordos assinados e os protocolos 
de intenção serão potencializados por nós para o bem dos nossos povos. A
 China cada vez mais faz parte do futuro do Brasil", disse o presidente 
Jair Bolsonaro após a cerimônia de atos.
A medida foi negociada durante 
recente visita do presidente Bolsonaro e da ministra Tereza Cristina à 
China. A ministra disse que as negociações com os chineses vão além dos 
acordos assinados hoje. Segundo ela, os dois países acertaram o 
certificado sanitário para a exportação de farelo de algodão brasileiro e
 negociam a exportação de farelo de soja e a ampliação das vendas de 
café brasileiro para os chineses.
"Temos um plano de trabalho 
conjunto entre as agriculturas brasileira e chinesa. Já temos vários 
entendimentos em andamento das nossas visitas, mas a parceria com a 
China fica mais robusta com a reunião de hoje", afirmou a ministra.
Foi firmado também plano de ação para 
colaboração agrícola, que prevê transferência de tecnologia, inovação, 
atração de investimentos e promoção comercial entre os dois países.  

Brasil firma protocolo com a China para exportação de melão 
Brics
Presidida pelo presidente Jair 
Bolsonaro, a XI Cúpula do Brics é realizada em Brasília nesta 
quarta-feira (13) e quinta-feira (14). Participarão o presidente 
Vladimir Putin (Rússia), o primeiro-ministro Narendra Modi (Índia), o 
presidente Xi Jinping (China) e o presidente Cyril Ramaphosa, da África 
do Sul.
"O Brasil exerce, este ano, a 
presidência de turno do Brics, sob o lema 'Crescimento Econômico para um
 Futuro Inovador'. As áreas prioritárias de trabalho são: ciência, 
tecnologia e inovação; economia digital; aproximação entre o Conselho 
Empresarial do Brics e o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB); saúde e 
combate à corrupção e ao terrorismo", informa o Ministério das Relações 
Exteriores.
Na cúpula, os mandatários irão discutir
 formas de intensificar a cooperação intra-Brics. Ao final, uma 
declaração tratará de temas da agenda internacional e da cooperação no 
âmbito do agrupamento.
Serão realizadas, durante os dois dias,
 reuniões bilaterais entre o presidente Jair Bolsonaro e os mandatários 
dos demais países-membros. Nesta quarta-feira, há sessão de encerramento
 do Fórum Empresarial do Brics, que reunirá cerca de 500 empresários dos
 cinco países.
A ministra Tereza Cristina integra a 
delegação do Brasil e participará das sessões plenárias, encontros 
bilaterais e fórum empresarial. 
Carta de Bonito
Em setembro, a ministra liderou a 9º Reunião dos Ministros da Agricultura do Brics, realizada em Bonito (MS). Na ocasião, os representantes dos cinco países assinaram a Carta de Bonito,
 com 27 itens que reiteram o comprometimento com a cooperação na área 
agrícola. Os ministros afirmaram o potencial para aprimorar a 
colaboração nas áreas de produção de alimentos, segurança alimentar e 
segurança ambiental.
Segundo o documento, os países do Brics
 estão prontos para fortalecer os mecanismos e aprimorar a comunicação 
em importantes temas internacionais, como o incentivo a novas soluções 
para o aumento da produção de alimentos, o empreendedorismo em startups de
 agrotecnologia, o aumento do comércio internacional, a segurança 
alimentar em países em desenvolvimento e o cumprimento da Agenda 2030 
para o Desenvolvimento Sustentável.

 
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