FIM DE SEMANA
O impacto significativo da peste suína
Cautela nunca é demais. Com rigor, vamos manter nosso status sanitário
O mercado asiático de proteína animal 
passa por um momento delicado. Um surto de peste suína africana, 
enfermidade muito contagiosa, atingiu vastos rebanhos na China – maior 
produtor do mundo. Também afetou o Vietnã e outras nações da região. O 
impacto é significativo: as perdas devem chegar a até 30% somente em 
terras chinesas. Um grave cenário, que exige ainda mais atenção e rigor 
sanitário no Brasil.
O Presidente da Associação Brasileira de 
Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra, ressalta que o Brasil é 
reconhecido mundialmente pelas políticas de sanidade animal. Estamos 
livres da peste suína, da influenza aviária — que também afeta a China 
neste momento — e de outras doenças. Trata-se do resultado de muitos 
anos de trabalho e investimento da cadeia produtiva e dos governos, o 
que nos trouxe um diferencial competitivo que poucos possuem. Os 
reflexos disso são vistos na posição que ocupamos no mercado global: 
somos líder na exportação de carne de frango e o quarto maior produtor 
de suínos. Números já exponenciais que tendem a avançar ainda mais com o
 problema asiático. Afetadas pelas doenças, aquelas nações estão 
importando mais — e o Brasil já ampliou os embarques. Somente em maio, 
as remessas de carne suína para a China cresceram 51%, na comparação com
 o mesmo mês de 2018.
“Sem dúvida, é uma oportunidade valiosa 
para nossa proteína animal. Mas para que possamos usufruir dessas 
vantagens, temos de redobrar a vigilância para impedir que as doenças 
cheguem aqui. A peste suína, especialmente, é muito perigosa. O vírus é 
disseminado por carrapatos e no contato de animais doentes com os 
saudáveis, podendo se impregnar até mesmo nos itens de vestuário de quem
 lida com os rebanhos”, salienta Turra. 
O Presidente da Associação Brasileira de 
Proteína Animal ainda lembra das três dicas são valiosas para quem quer 
preservar a sanidade animal: nas granjas, evitar o acesso de pessoas que
 não fazem parte do sistema produtivo; não receber visitantes 
provenientes de nações com focos da peste; e em caso de viagem ao 
exterior, não visitar as instalações produtoras, nem trazer produtos 
cárneos. Diz o ditado popular com sabedoria: "Uma árvore que cai faz 
mais barulho do que uma floresta que cresce". Um caso de peste suína ou 
outra doença no nosso país seria avassalador, com um impacto bilionário 
para a economia e prejuízos irreversíveis para tantas famílias que 
dependem dessa cadeia produtiva. Cautela nunca é demais. Com rigor, 
vamos manter nosso status sanitário.
NOTA DO BLOG:  Segundo alguns técnicos do IDIARN, alocados na região central do estado, já existem casos confirmados da peste suína. 
 
 
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