Mudanças no zoneamento agrícola e no direcionamento do serviço meteorológico vão reforçar seguro rural
Dia Meteorológico Mundial
Em
 cenário de mudanças do clima, o governo precisa tomar decisões com base
 em informações científicas fidedignas, que impactam no desenho das 
políticas públicas, disse o secretário Eduardo Sampaio em evento no 
Inmet
Mudanças
 em curso, como o aprimoramento do zoneamento agrícola e o 
direcionamento dos serviços de meteorologia para a atividade agrícola, 
fazem parte da reestruturação do seguro rural, que deverá ter seu valor 
aumentado no Plano Safra deste ano para atender a um maior número de 
produtores. “Estamos focando nossa energia na política 
agrícola, em modernizar o zoneamento e inserir novos modelos de 
produção. Hoje, as pessoas fazem rotação de culturas diferenciadas para 
tentar se adaptar ou ficar mais resilientes à mudança climática. E isso 
tem que ser incorporado ao zoneamento, porque impacta diretamente no 
seguro. E isso tudo bebe da fonte da meteorologia”, declarou o 
secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e
 Abastecimento, Eduardo Sampaio.
O secretário participou nesta 
segunda-feira (25) no Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) de 
seminário, que marcou o Dia Meteorológico Mundial, ocorrido sábado (23).
 Sampaio destacou a importância de intensificar o uso de informações 
climáticas do Inmet para facilitar o trabalho dos agricultores e para a 
definição de políticas do setor.
“Há um consenso entre nós todos, no nível técnico e político, de que temos que reforçar o seguro rural e isso não pode ser feito sem reforçar a base que é o zoneamento agrícola de risco climático”, avaliou.
“Há um consenso entre nós todos, no nível técnico e político, de que temos que reforçar o seguro rural e isso não pode ser feito sem reforçar a base que é o zoneamento agrícola de risco climático”, avaliou.
O zoneamento agrícola permite ao 
produtor rural identificar o melhor período de plantio de culturas nos 
diferentes tipos de solo para evitar riscos de perdas relacionadas a 
fenômenos climáticos adversos. “Em um cenário de mudanças do clima, o 
governo precisa tomar decisões com base em informações científicas 
fidedignas, que impactam no desenho das políticas públicas”, afirmou o 
secretário.
Equilíbrio entre produção e proteção
O secretário adjunto de Inovação, 
Desenvolvimento Rural e Irrigação do Mapa, Pedro Correa Neto, que 
participou do evento no Inmet, lembrou da responsabilidade humana no 
monitoramento e adaptação às mudanças do clima. “O nosso combate é 
diário para que a produção brasileira seja reconhecida como sustentável,
 adotando as melhores práticas agropecuárias que contemplam o equilíbrio
 entre a produção e a proteção”.
O diretor do Inmet, Francisco Diniz, 
que representa a Organização Meteorológica Mundial (OMM) no Brasil, 
alertou para o aumento da frequência de situações climáticas extremas no
 mundo. “Se a gente pegar os últimos 30 anos, houve aumento de eventos 
extremos na Terra, saindo de algo de 300 por ano para 600 por ano. Um 
aumento muito significativo”.
Participaram do seminário 
representantes da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa),
 dos serviços de monitoramento climático da Aeronáutica, da Marinha, da 
Agência Nacional de Águas (Ana), além da Organização das Nações Unidas 
para Alimentação e Agricultura (FAO) e do Instituto Interamericano de 
Cooperação para a Agricultura (IICA).
O Dia Mundial da Meteorologia, 
celebrado em 23 de março, foi instituído pela OMM para destacar os 
serviços diários de previsão do tempo e monitoramento do clima. O tema 
deste ano é “O Sol, a Terra e o Tempo”, com o objetivo de ressaltar a 
fonte solar de energia para a vida na terra e sua influência no tempo, 
nas correntes oceânicas e no ciclo hidrológico.
 
                         
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