15.03.2019.
Barragem de Pataxó é centro de debate em audiência pública em Ipanguaçu
A
 retomada das obras da barragem de Pataxó, em Ipanguaçu, foi assunto 
principal de audiência pública realizada nesta terça-feira (12) na 
Câmara de Vereadores do município e contou com a participação do 
secretário de Gestão de Projetos, Fernando Mineiro, representando o 
Governo do Estado. 
A
 obra, orçada em R$ 3,2 milhões com recursos do projeto Governo Cidadão e
 Banco Mundial, foi licitada desde o ano passado, mas não começou de 
fato porque há desapropriações no entorno a serem feitas.

O
 problema se arrasta desde 2018 e o Governo do Estado priorizou a 
retomada do diálogo com a população neste início de ano para destravar a
 obra, que vai beneficiar mais de 15 mil pessoas que atualmente vivem em
 Ipanguaçu. 
A
 audiência pública foi um passo importante para esclarecer aos moradores
 todo o histórico do processo, que atualmente está na Procuradoria Geral
 do Estado.
“Ouvimos
 a população e reconhecemos a necessidade de realização da obra. Foi 
importante historiar todo o processo que essa barragem vem sofrendo e 
deixá-los cientes da situação. Como os proprietários não concordaram com
 a doação dos terrenos, o único caminho é o que já deveria ter sido 
feito há muito tempo: dar entrada na PGE. Iremos cobrar uma tramitação 
rápida dentro do possível para que as desapropriações sejam feitas e a 
obra retomada”, declarou Mineiro. 
O
 vereador Joildo Lobato, propositor da audiência junto aos demais 
vereadores, considerou o momento muito produtivo. “Foi importante para a
 população tomar conhecimento do problema e se inserir no contexto. 
Definimos que iremos formar uma comissão de vereadores junto a 
Prefeitura, trabalhadores rurais, servidores públicos, comerciantes e 
moradores para acompanhar o processo em Natal”, disse.
Um
 dos proprietários afetados pela obra, Francisco Canindé ressaltou que 
não foi procurado por ninguém durante a gestão passada para falar sobre a
 situação de sua propriedade. Trata-se de um balneário situado muito 
próximo do açude Pataxó e que além de estar em uma área de preservação 
permanente (APP), se encontra na área de risco da construção. “Estou 
sendo muito cobrado pela população de Ipanguaçu, mas não posso 
simplesmente derrubar minha construção sem ser indenizado”, disse.
Participaram
 da audiência o prefeito de Ipanguaçu, Valderedo Bertoldo, o deputado 
estadual George Soares, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores 
Rurais, Severino Xavier, vereadores e secretários do município, além de 
moradores e estudantes. 
Entenda
A
 licitação da obra foi concluída em 13 de setembro de 2018, tendo a 
construtora Cristal como vencedora. Na Missão do Banco Mundial, que 
aconteceu de 17 a 21 de setembro do mesmo ano, foi identificada a 
necessidade de revisão das licenças ambientais em função da ocupação em 
área de preservação permanente (APP), para adequação ao Novo Código 
Civil, e de emissão do Laudo da Defesa Civil sobre afetações a montante 
do reservatório.
Em
 28 de novembro a obra foi paralisada para aguardar o laudo da Defesa 
Civil. Assim que assumiu a coordenação do Projeto Governo Cidadão, em 
fevereiro de 2019, Mineiro determinou realização de levantamento 
topográfico no local para confirmação das áreas afetadas e uma visita do
 Núcleo Social do projeto aos moradores atingidos. Em seguida, uma 
reunião técnica de apresentação da situação à Semarh foi realizada. Após
 tentativas de acordos mal sucedidas com os envolvidos, no final do mês 
passado o processo foi encaminhado à PGE para providências cabíveis de 
desapropriação.
Nota do Blog: O reservatório de Pataxó, é uma obra secular, que vem servindo a toda comunidade do Pataxó, no município de Ipanguassú e adjacências. Nao se sabe ao certo quantas famílias são beneficiadas com o famoso açude. A importância do Pataxó, para a região, tem um significado muito grande na sua economia. As desapropriações em torno do açude, nunca foi problema para a melhoria de sua parede. O que falta é vontade política. E estamos conversados. OK?  
 
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