Caderno Técnico: Avaliação do desempenho produtivo de ovinos Santa Inês FecGE
Foto: Reprodução (meramente ilustrativa)
O maior uso de tecnologias pode incrementar a produtividade e garantir a sustentabilidade dos sistemas de produção de ovinos de corte. Tecnologias que têm como foco o aumento da prolificidade das ovelhas provocam grande impacto sobre a produtividade por aumentar a produção de cordeiros e, consequentemente, de carne ovina. A prolificidade pode ser melhorada através do uso de marcadores moleculares, a exemplo da mutação FecGE do gene GDF9, que tem relação com o incremento da taxa de ovulação. Entretanto, outros impactos da introdução da genética FecGE sobre parâmetros produtivos dos ovinos ainda não foram abordados. Este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito da FecGE sobre o desempenho produtivo de ovinos Santa Inês. Foram utilizados dados fenotípicos de escrituração zootécnica, coletados entre 1997 e 2015, de 1.212 ovinos Santa Inês criados em um rebanho experimental submetido a regime semi-intensivo de ciclo anual de produção e localizado no agreste sergipano. Os animais foram distribuídos em três grupos genótipos quanto ao FecGE: WW – Selvagem ou não mutante (n=615) e; EW – Heterozigoto (n=466) e EE – Homozigoto (n=131) mutantes.
O desempenho produtivo dos animais foi avaliado por meio dos seguintes parâmetros: peso ao nascimento, à desmama (90 dias de idade), aos 180 dias (idade aproximada de abate) e aos 365 dias (idade adulta); peso total por ovelha de cordeiros ao nascimento, ao desmame e, aos 180 dias de idade e; sobrevivência à desmama, 180 e aos 365 dias de idade dos cordeiros. As médias dos genótipos foram contrastadas entre si e, o tipo e ordem de parto, ano de nascimento e sexo do cordeiro (indivíduo), idade da mãe, as interações genótipo da ovelha x tipo de parto e genótipo do cordeiro x sexo, foram incluídas como efeitos independentes no modelo linear geral, utilizando ANOVA, com distribuição normal para variáveis paramétricas (pesos) e, binomial, para não paramétricas (sobrevivência), com o método dos quadrados médios mínimos com ajuste de Tukey, e 95% de confiança.
Os resultados, apresentados como média±erro padrão, demonstraram que o peso ao nascimento foi influenciado (p<0 a="" cordeiro="" de="" do="" e="" gen="" intera="" kg="" mas="" maternal="" n="" o="" p="" parto="" pelo="" sexo="" sua="" tipo="">0,05): ovelhas EE produziram cordeiros de menor peso, comparadas às EW e WW (3,10±0,14; 3,46±0,11 e; 3,48±0,13 kg); ovelhas EW e WW com partos simples produziram cordeiros de maior peso (4,03±0,10 e 4,01±0,11 kg) quando comparadas às EW e WW com partos duplo (3,31±0,11 e 3,40±0,11) e triplo (3,06±0,17 e 3,04±0,27) e, às EE com partos simples, duplo e triplo (3,35±0,22; 3,34±0,14 e; 2,62±0,18 kg).0>
Ao nascimento, cordeiros machos se mostraram mais pesados que fêmeas (3,81±0,12 e 3,51±0,13 kg). Os pesos à desmama e aos 180 dias não foram influenciados (p>0,05) pelo genótipo maternal (19,12±1,12 e 26,99±1,13 kg) e do cordeiro (19,59±0,93 e 27,37±0,83 kg), mas sim pelo sexo (p<0 26="" 28="" 31="" 35="" 365="" 36="" 40="" 52="" 71="" a="" ao="" aos="" com="" comparadas="" comparados="" cordeiros="" da="" de="" desmama:="" dias="" do="" duo="" e="" ee="" ew="" f="" foi="" foram="" gen="" indiv="" influenciado="" influenciou="" intera="" kg="" machos="" maior="" maiores="" mais="" meas="" menores="" mostraram="" nascimento="" o:="" o="" obtiveram="" onde="" os="" ovelha="" ovelhas="" ovinos="" p="" pelo="" pesados="" peso="" pesos="" produziram="" quando="" quantidade="" que="" quilos="" se="" sexo="" sua="" tipo="" tiveram="" total="" ww=""> O genótipo maternal não influenciou (p>0,05) o peso total de cordeiros por ovelha aos 180 dias de idade (33,52±1,69 kg), mas sim o tipo de parto (p<0 180="" 25="" 34="" 365="" aos="" as="" com="" cordeiros="" de="" desmama="" dias="" do="" duplo="" e="" idade="" influ="" kg="" m="" maior="" n="" ncia="" o="" observou-se="" ou="" ovelhas="" p="" parto="" produziram="" quantidade="" que="" quilogramas="" simples="" sobreviv="" sofreram="" tamb="" taxas="" triplo="">0,05) dos grupos genótipos maternais. A presença da FecGE no rebanho aumenta a produção total de cordeiros ao nascimento e ao desmame (90 dias de idade). O incremento da frequência de partos múltiplos, consequência da presença do alelo FecGE, provoca um aumento da disponibilidade de carne de ovinos no momento de abate (180 dias de idade).0>
Palavras-chave: GDF9, mutação, prolificidade, peso, ordem de parto.0>
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