Inpe reafirma prognóstico e aponta chuva abaixo da média
 O açude
 Castanhão, na bacia do Médio Jaguaribe, registra um aporte de 4,98%, o 
menor desde que ele foi inaugurado, em 2002 ( Foto: Honório Barbosa )
O açude
 Castanhão, na bacia do Médio Jaguaribe, registra um aporte de 4,98%, o 
menor desde que ele foi inaugurado, em 2002 ( Foto: Honório Barbosa )
O
 Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), reavaliou, na última 
sexta-feira, em São Paulo, a sua previsão para fevereiro/março/abril e, 
por enquanto, o prognóstico para a quadra chuvosa do Ceará é de chuvas 
abaixo da média histórica. "Não houve mudanças significativas na 
Atlântico em janeiro. Ele está mais aquecido, o que aponta menos 
precipitações para a região", explica a meteorologista do Inpe, Renata 
Tedeschi.
"O
 cenário do Ceará, assim como a da região Nordeste, é muito grave quando
 falamos sobre água e abastecimento humano, animal e agropecuária", 
ressalta Renata.
A
 maioria dos indicadores climáticos globais e dos modelos existentes, 
ressalta a especialista, continuam apontando maior probabilidade das 
chuvas se situarem na categoria abaixo da faixa normal climatológica, 
com distribuição de probabilidade: 25%, 35% e 40% para as categorias 
acima, dentro e abaixo da faixa normal climatológica, respectivamente. 
"Por isso, a população precisa economizar água, especialmente, a 
Capital", orienta a meteorologista.
O
 Inpe indica que, no cenário atual, projeta-se impacto severo nas 
condições para agricultura e pecuária durante o período chuvoso 
principal, com predominância de áreas de seca severa no interior da 
região semiárida, principalmente no leste do Piauí, sul do Ceará, oeste 
de Pernambuco e centro-norte da Bahia. O Instituto também reafirma a 
avaliação que divulgou em janeiro desse ano e diz que "com acentuado 
risco de esgotamento da água armazenada entre novembro de 2017 e janeiro
 de 2018 para os Estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco e 
Paraíba".
Reserva hídrica
A
 cada quadra chuvosa abaixo da média histórica, registrada no Ceará nos 
últimos cinco anos, apenas 1% do contabilizado ou cinco milímetros se 
transformaram, de fato, em reserva hídrica nos açudes do Estado. É o que
 aponta o meteorologista da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos
 Hídricos (Funceme), David Ferran.
Segundo
 o especialista, a eficácia no armazenamento de água é melhor quando as 
precipitações ficam acima de nossa média histórica ou mais de 800 
mm/ano. "O que não acontece desde 2012, pelo contrário, registramos 
pouco mais do que 500 mm anuais, resultando na situação atual. Se 
chovesse, por exemplo, entre 900 e mil mm, pode-se acumular entre 40 e 
50 mm. Por enquanto, não é o nosso caso", explica.
Ferran
 reafirma a previsão da Funceme para o período fevereiro/março e abril, 
de chuvas dentro da média história. "Houve um ligeiro esfriamento no 
Oceano Atlântico Norte e aquecimento na parte Sul.
Por
 enquanto, segundo ele, a tendência é sim de poucas chuvas e as 
incertezas sobre uma previsão mais consolidada permanecem", afirma, 
acrescentando que até o dia 20 próximo sairá o prognóstico para o 
período março/abril e maio.
Volume
De
 acordo com a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), o 
volume de água armazenada nos 153 açudes é de 6,18% ou seja, de um total
 de 18,64 bilhões de metros cúbicos, o estado acumula 1,15 bilhão de m3.
 São 48 reservatórios ou 31,3% em volume morto e 38 (24,8%) secos, 
indica resenha diária da Cogerh.
O
 Castanhão, na bacia do Médio Jaguaribe, registra 4,98%. O Orós, na 
bacia do Alto Jaguaribe, possui 11,4%. O reservatório tem sido a 
sustentação do Castanhão desde setembro do ano passado, com a 
transposição de suas águas.
A
 Bacia Metropolitana, que abastece a cidade de Fortaleza e municípios da
 Região Metropolitana, registra apenas 9,25% de reserva, sendo que o 
Gavião, açude em melhor situação do Estado, está com 80,29% de água 
acumulada.             http://diariodonordeste.verdesmares.com.br

 
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