Agricultura vai contribuir para a previsão de crescimento da economia brasileira

O cenário econômico brasileiro deve
 começar a melhorar em 2017 com a inflação e a taxa de juros em queda. A
 agricultura vai contribuir positivamente para esta previsão otimista, 
com a colheita de uma safra recorde neste ano. As afirmações foram 
feitas pelo economista e professor da Universidade Federal do Rio Grande
 do Sul (URFGS), Marcelo Portugal, durante o Fórum Mercadológico 
realizado nesta sexta-feira, dia 17, na vigésima sétima Abertura Oficial
 da Colheita do Arroz, na Estação Experimental do Arroz, do Instituto 
Rio Grandense do Arroz (Irga), em Cachoeirinha (RS).
Ao falar sobre a “Conturbada Economia e 
os Reflexos na Lavoura”, Portugal destacou números divulgados pela 
Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a safra em 2017 que 
deve ser recorde, ficando em 215 milhões de toneladas. “O crescimento 
previsto é de 15,6% em relação ao ano passado, o que significa 7,8 
milhões de toneladas a mais do que em 2016”, salientou.
Em relação ao arroz, o economista disse 
que conforme a Conab, a produção deve ficar em 11, 6 milhões de 
toneladas contra as 10,6 milhões da safra passada. “Somente o Rio Grande
 do Sul, que deve contribuir com a maior parte desta colheita, a 
previsão é de que colha quase um milhão a mais de toneladas na 
comparação com 2016. O preço do arroz também registrou elevação entre 
2014 e 2017”, garantiu Portugal.
O
 economista elencou como desafios para este ano o combate à inflação, a 
retomada do crescimento da economia e o equilíbrio das contas. Segundo 
Portugal, a expectativa do Banco Central e que a taxa de juros básica do
 país chegue em dezembro em torno de 9,25%, após fechar 2016 em 11%. Já a
 expectativa para a inflação é que termine o ano em torno de 4,5%. 
“Preço dos alimentos mais baratos, queda na taxa de câmbio e a taxa 
Selic em alta nos últimos 12 meses, ajudaram a melhorar os números e a 
ter uma previsão mais otimista para 2017”, afirmou.
Na opinião do economista, um dos maiores
 desafios será o ajuste fiscal. “Para isso, é fundamental conter o gasto
 público, principalmente com a previdência e a folha salarial do 
funcionalismo público”, defendeu Portugal. 
 
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