5 dicas para manter a tuberculose bovina longe do rebanho
A doença tem impacto econômico e social para a cadeia produtiva do agronegócio, além de ser uma zoonose de ampla distribuição
        Por SF Agro (contato@sfarming.com.br)
        Não são raros os relatos sobre abate de muitos animais, de um mesmo rebanho, que estão contaminados por tuberculose. A tuberculose bovina (TB) é uma zoonose causada por uma bactéria Mycobacterium bovis que apresenta sérios riscos à saúde dos animais e dos humanos.
Segundo a médica veterinária doutora, Roberta Züge, membro do 
Conselho Científico Agro Sustentável (CCAS), a doença tem impacto 
econômico e social para a cadeia produtiva do agronegócio brasileiro, 
além de ser uma zoonose de ampla distribuição. Diante disso, a 
especialista dá dicas para evitar a contaminação do rebanho.
1 – Controle as visitas ao rebanho
É importante evitar o máximo possível o contato de visitantes. De 
acordo com Roberta, quando existir um caso da doença, é necessário 
solicitar um período de “vazio sanitário”, prazo sem contato com outros 
animais e estada em outras propriedades. Outra medida de proteção é o 
uso de botas plásticas descartáveis, além de reduzir o contato físico 
entre visitantes e os animais.
Outro alerta da médica veterinária é em relação aos vizinhos. Segundo
 Roberta, mesmo que também sejam produtores, eles devem seguir as 
premissas impostas aos visitantes, ou seja, não ficar perto dos animais e
 nem dos locais de armazenamento de alimentos.
2 – Oriente os funcionários
No caso de médico veterinário, inseminador ou outros profissionais 
que precisem estar em contato com o rebanho, é necessário o uso de roupa
 ou macacão limpos, que não tenham sido utilizados previamente em outros
 rebanhos. “Além disso, os utensílios e equipamentos utilizados pelo 
médico veterinário devem ter sido previamente higienizados ou 
esterilizados. As luvas devem ser descartáveis, assim como as agulhas. 
Palpar todo o rebanho com uma luva só é um prato cheio para a danças das
 bactérias e vírus”, diz Roberta.
3 – Mantenha animais de estimação longe
É importante manter cães e gatos longe dos animais de produção e de 
seus alimentos. “As fezes dos gatos podem transmitir toxoplasmose, os 
restos placentários de cães podem transmitir neosporose”, diz Roberta. A
 toxoplasmose também é uma zoonose, também prejudica os humanos, e é 
responsável por perdas de produção, abortos e outros problemas. A 
neosporose não é uma zoonose, mas também desencadeia perdas no rebanho. 
“Se possível, também manter longe de outros animais, como cachorros do 
mato, guaxinins, morcegos, pombos, etc. Eles também são vetores de 
diversas doenças”, afirma a médica veterinária.
4 – Tenha cuidado com os veículos
Também é importante evitar que veículos passem nas áreas de 
circulação de animais ou de pastagem. Vale a pena manter o 
estacionamento desses veículos bem distantes de onde se concentram o 
rebanho.
5 – Faça os partos longe do rebanho
Os partos não devem ocorrer nos pastos, para que os restos 
placentários não sejam ingeridos por outros animais do rebanho. “Esta é 
uma das principais formas de transmissão da brucelose nos rebanhos 
bovinos”, diz Roberta. Caso não tenha outra opção, vale a pena criar 
piquetes menores, individualizando o acesso. Também é importante 
introduzir outros animais somente depois de verificar que não existam 
mais restos placentários.
6 – Verifique a qualidade da água e dos alimentos
Outro ponto, muitas vezes negligenciado, é a qualidade da água 
fornecida. Diversas enfermidades podem ser transmitidas pela água e 
pelos alimentos. O controle de roedores é muito importante, do mesmo 
modo, as características do armazenamento. “Áreas úmidas podem 
proporcionar que fungos, além de estragarem parte da comida, ainda gerem
 toxinas que são bem prejudiciais aos animais”, diz Roberta.
 
 
 
 
 
 
 
          
      
 
  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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