Exportações de sêmen bovino devem dobrar nos próximos anos

A expectativa de crescimento do 
setor pecuário em 2017 também deve se concretizar no segmento de 
genética bovina, que trabalha com a previsão de 20% de aumento nas 
exportações de sêmen. Para os próximos cinco anos, a tendência 
continuará sendo de alta. O presidente da Associação Brasileira de 
Inseminação Artificial (ASBIA), Sergio Saud, acredita que as exportações
 devem dobrar neste período. “Este é um momento emblemático do avanço da
 genética brasileira. Os criadores brasileiros souberam fazer o dever de
 casa, a partir de bons programas de seleção e aumento da produção, e 
hoje conseguem exportar para países que antes eram a nossa fonte de 
importação, como é o caso da Índia. O que os indianos buscam hoje é esse
 pacote tecnológico que o produtor brasileiro aplicou nas raças 
zebuínas.”, garante Saud.
A abertura de novos mercados deve 
contribuir para o crescimento das exportações de sêmen este ano. O foco 
maior em 2017 será o México. O Brasil reforçou as negociações com o 
governo mexicano desde o ano passado e aguarda os trâmites finais. 
Segundo a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), que atua 
no mercado internacional por meio do projeto Brazilian Cattle, 
autoridades mexicanas reconheceram a importância da genética brasileira 
zebuína para o melhoramento do gado daquele país e firmaram no final de 
2016 o compromisso de acelerar a abertura do comércio bilateral. Foi 
solicitada uma análise de risco relativa à parte sanitária do Brasil e, 
finalizada esta etapa, ocorrerá a assinatura do protocolo. “A ABCZ vem 
realizando, em parceria com a ASBIA e com as centrais produtoras de 
sêmen, um intenso trabalho de divulgação dos benefícios do uso da 
genética brasileira em países de clima tropical que está resultando no 
aumento das exportações.”, esclarece Saud.
Um
 ponto a favor do Brasil no exterior é o fato da pecuária nacional ser 
reconhecida por sua excelência em produzir material genético bovino de 
alta qualidade. “As missões estrangeiras que visitam centrais de 
inseminação e fazendas no Brasil sempre voltam surpresas e extremamente 
satisfeitas com o que viram por aqui.”, garante. Os maiores importadores
 da genética brasileira são os países da América Latina, como Colômbia, 
Paraguai, Costa Rica, Bolívia e Equador. Segundo dados do Ministério da 
Indústria, Comércio, Exterior e Serviços, a exportações em 2016 chegaram
 a uma movimentação financeira de US$1.495.530.
Já a quantidade de doses de sêmen 
comercializadas pelas centrais de inseminação, tanto no mercado interno 
quanto externo, em 2016 será anunciada pela ASBIA ainda neste primeiro 
trimestre de 2017.
 
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