Cinco coisas sobre o campo que você queria saber, mas tinha vergonha de perguntar

Quem veio primeiro: o ovo ou a 
galinha? Tá, tudo bem, essa pode ser a dúvida mais antiga que intriga a 
mente humana quando o assunto é o campo, mas está longe de ser a única. 
Por exemplo, falando em ovo, você sabe como um pintinho consegue 
“escapar” de dentro dele e descobrir se existe vida além da casca? Pois 
é, a natureza apronta dessas, mesmo, e quem vive na cidade, muitas 
vezes, é pego no pulo. Mas, calma, o AgroGP tem a resposta para pelo 
menos cinco perguntas que muito provavelmente já devem ter posto você 
para pensar!
Dentuços
Como o pintinho consegue quebrar e sair 
do ovo? Com a cabeça? A asa? O bico? Quase. Na verdade, os pintinhos, 
assim como as aves em geral, nascem com um dente especial (!!!) para 
partir a casca do ovo. Depois de dois dias de vida, eles acabam perdendo
 o tal dentinho. E você achando que todo frango era banguela, hein?! 
Bom, pelo menos não a vida toda :P
Multifuncional
Afinal, para que serve a soja? É só para
 fazer óleo ou carne de soja? Não só isso! Ou você achou que o produto 
mais exportado pelo Brasil no acumulado de 2016 e que, até o momento, 
rendeu R$ 19 BILHÕES para nossa balança comercial serviria só para 
saciar a vontade do mundo por “kibe de soja frito”? A oleaginosa não tem
 apenas uma ou duas, mas várias utilidades. Nos EUA, é comum usar a 
espuma feita à base de soja para fabricação de móveis e estofados de 
carros, fora que a leticina, um composto orgânico natural encontrado no 
grão, é figurinha carimbada na indústria de cosméticos: cremes e pomadas
 de soja contra pele ressecada. Por essa, você não esperava, né?
Milhão ou Pinhão?
Que
 a araucária é o símbolo do Paraná; que a semente dela, o pinhão, vai 
muito bem tanto cozido quanto assado; e que é dificílimo encontrar 
alguém por aqui, em sã consciência, que não aprecie a iguaria 
tipicamente paranaense; tudo isso você já está careca de saber. Agora, e
 que esse mercado movimenta milhões de reais, você já ouviu falar? Pois 
é, segundo a Embrapa, só no Ceasa-PR são vendidas 800 toneladas em 
média, o que dá mais ou menos R$ 4 milhões. Muito? Se a gente considerar
 que o mercado informal ainda é bem grande, esse valor pode ser até 
cinco VEZES MAIOR, ou seja, estamos falando de R$ 20 MILHÕES em pinhão! 
Outra curiosidade é que a araucária leva até 15 anos pra começar a 
produzir, então, por favor, não vá perder o pinhão na hora de descascar,
 hein?! :D
Saco sem fundo
Como funciona o estômago de uma vaca? 
Ok, mas qual deles você quer saber? Não, não é pegadinha. A vaca não tem
 apenas um, mas quatro “estômagos”. Haja comida! Na verdade, podemos 
dizer que o órgão delas é dividido em quatro. Primeiro, a vaca engole o 
capim, quase sem mastigar, e ele vai para o rumén (ruminante, 
han-han?!). É aí que começa a fermentação do alimento, por causa das 
bactérias, fungos e protozoários que vivem lá dentro. Do rumén, o “bolo”
 passa para o retículo, nutrientes são absorvidos e, então, tudo isso 
volta pra boca do bicho (é por isso que elas estão sempre mastigando!). 
Não, não é algo para se pensar na hora do almoço, já que a vaca “repete o
 prato” e engole de novo o capim, agora “semidigerido”. Na etapa 
seguinte, o alimento vai parar no omaso, que absorve água e mais 
nutrientes. E só então é que a comida segue para o abomaso e ali, num 
processo mais parecido com o nosso, com suco gástrico e tudo, é que 
acaba a digestão, com o bolo alimentar terminando no intestino. Agora, 
você deve ter percebido que, não fosse pelos “animais fantásticos que 
habitam” as vacas (ba-dum-tss) e ajudam a “quebrar”as fibras do capim, 
liberando energia, elas não sobreviveriam. Já sacamos a sua, dona vaca: 
99% vegetariana, mas aquele 1%...
Suco de cevada?
Você sabe o que é lúpulo? E Cevada? 
Malte, talvez? Os mais espertinhos diriam: “os ingredientes da cerveja, 
Gazeta!” Mas não, gafanhoto, a pergunta não foi essa: você sabe o que 
são essas “coisas” especificamente? Rá, agora não parece mais tão 
simples, né? Pois bem, lúpulo é uma planta trepadeira e é a flor dessa 
planta que é usada na fabricação da cerveja. É o lúpulo, inclusive, que 
dá o gostinho mais amargo à nossa “gelada”. Já a cevada é um dos tipos 
de cereal – assim como o trigo - que podem ser usados pra fazer cerveja,
 só que a cevada é a mais popular entre todos eles. Quando os grãos do 
cereal escolhido passam pelo processo de maltagem – em que são 
umedecidos a ponto de germinar e, depois, secados e torrados -, eles 
viram o malte. Simples, né? Quer dizer, nem tanto, porque pra cerveja 
ficar pronta, além da água, é claro, ela tem que sofrer a ação das 
leveduras, os fungos que fermentam o açúcar formado na maltagem e o 
transformam em álcool e gás carbônico. Ufa! Depois de ver o trabalhão 
que dá, chega dessa história de chamar cerveja de “suco de cevada”, 
hein?!
Fontes: Embrapa, Sindiavipar, Opa Bier, Frente Parlamentar da Agropecuária
 
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