Napoleão Beltrão deixa pelo Brasil afora uma grande legião de amigos, empregados, bolsistas e alunos que com ele conviveram e o admiravam. Deixa também, uma enorme contribuição à pesquisa agropecuária Brasileira, em especial para a cadeia produtiva dos produtos trabalhados pela Unidade: amendoim, gergelim, mamona, sisal e algodão. Abre-se uma grande lacuna na pesquisa brasileira, e na área acadêmica.
Trajetória profissional
Napoleão Beltrão dedicou 39 anos de sua vida à área de pesquisa e desenvolvimento dos quais 37 à Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Um dos fundadores da Embrapa Algodão, em Campina Grande, Paraíba, foi o primeiro pesquisador contratado em 1974, à época de sua criação. Exerceu por diversas vezes, funções de gerenciamento, dentre elas: chefe de P&D e chefe-geral da Embrapa Algodão por várias gestões, a última, iniciada há cinco anos.
Engenheiro agrônomo, formado pela Universidade Federal de Pernambuco em 1972, possuía Mestrado em Agronomia pela Universidade Federal do Ceará, em 1976, e doutorado em fitotecnia, área de concentração fisiologia da produção pela Universidade Federal de Viçosa, MG, 1982, Pós-Doctor em Engenharia Agrícola na Universidade Federal de Campina Grande, PB e Bolsista do CNPq, Produtividade em Desenvolvimento Tecnológico e Extensão Inovadora além de outros cursos.
Foi professor da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) e da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), no Campus de Areia, lecionando em cursos de pós-graduação e orientando dissertações de mestrado e teses de doutorado. Produziu mais de 200 artigos científicos publicados em periódicos nacionais e internacionais e participou do desenvolvimento de tecnologias para as culturas do algodão, mamona, amendoim, gergelim e sisal.
Publicou vários livros em temas agronômicos, com destaque para o “Agronegócio do algodão no Brasil e o Agronegócio do gergelim no Brasil e teve autoria em capítulos de vários outros.
Recebeu diversos prêmios por trabalhos publicados e desempenho acadêmico, destacando-se o Prêmio Banorte e o ANDEF do Manejo Integrado.
Atualmente dedicava-se à cultura da mamona com vinculação energética para a produção de biodiesel, sendo membro fundador da Rede Nordestina de Biodiesel.
O Doutor Napoleão era um exímio professor, palestrante e conferencista, que nas suas apresentações pelo Brasil, deixava a sua marca de grande conhecedor e entusiasta das inovações tecnológicas das pesquisas, como instrumento de transformação da sociedade.
NOTA DO BLOG:
Professor catedrático, uma das maiores autoridades do país sobre pesquisas de algodão no nordeste brasileiro, esteve em Angicos em 2011, trazido pelo Senador Garibaldi Alves. Na oportunidade proferiu uma palestra na Câmara M. de Angicos sobre o revigoramento do algodão no nordeste e a sua experiência sobre o ouro branco. Uma perda irreparável para a EMBRAPA, para o Nordeste e para o Brasil.
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