O futuro da agricultura depende da qualidade do solo
Para técnicos e pesquisadores a microbiologia do solo é, sem dúvida, o futuro da agricultura. No Brasil a evolução da agricultura foi rápida e as produtividades vem sendo maiores a cada ano. Para se ter ideia desse salto, a produção de grãos, por exemplo, cresceu mais de 300% entre 1997 e 2020, segundo a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), enquanto a área plantada cresceu apenas 60% no mesmo período.
Muito disso se deve a manejos e aplicações de produtos direcionados para os pilares físico e químico dos solos. No mesmo sentido, diversos estudos e experimentos identificaram e já comprovaram que pensar no pilar biológico é fundamental para o aumento de produtividade e melhorias da sanidade das culturas.
A Biotecnologia Microgeo® é o exemplo que garante inúmeros benefícios no solo e na planta, independente da cultura cultivada. Além de ser a única solução no mercado que restabelece o microbioma do solo, ganhos significativos em eficiência nutricional, estruturação do solo e saúde ecológica do solo e da planta foram contabilizados gerando maior produtividade, lucratividade e sustentabilidade.
O Eng. Agrônomo pela UEM/PR, Mestre e Doutor em solos e nutrição de plantas e consultor especializado nas culturas de soja, milho, feijão e algodão no MT, MS e GO, Guilherme Anghinoni explicou que a compactação de solo influencia no sistema produtivo. “Um solo com boa qualidade física nem sempre terá boa qualidade biológica, mas um solo com boa qualidade biológica sempre vai ter boa qualidade física”, explicou Anghinoni.
Para o Prof. Dr. no Cena/USP em ciências biológicas, Lucas Mendes, mesmo com a física do solo em boas condições, se a microbiologia estiver defasada, a saúde do solo e da planta sofrerá prejuízos. “Isso porque quem faz a ciclagem de nutrientes no solo e disponibiliza os nutrientes para planta é a bactéria, é o fungo que está no solo. Daí a importância de promover a microbiologia do solo e isso será a ferramenta que vai aumentar as produtividades no futuro”, explicou Mendes.
O Professor deu como exemplo estudos feitos na Inglaterra. Em campos cultivados por mais de 150 anos com monocultura as produtividades se mantiveram estáveis graças a microbiologia do solo que manteve a produção “Isso devido às bactérias que faziam a ciclagem de nutrientes. A saúde do solo e as partes químicas e físicas não podem ser desvinculadas da microbiologia”, disse Mendes.
De acordo com o pesquisador, chegado o momento onde a física não possa mais ser manipulada e a aplicação de químicos também não produza mais efeitos, promover a microbiologia do solo será o pilar essencial para o equilíbrio do sistema produtivo e consequentemente, superar os patamares de produtividade.
“Mesmo antes do homem manipular o microbioma, a própria planta já fazia isso através dos exsudatos na rizosfera para atrair microrganismos que são benéficos para ela. Hoje já temos ferramentas para isso e precisamos pesquisar cada vez mais para entender de que maneira os microrganismos podem ser melhor aproveitados”, finalizou o professor.
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