Brasil vai exportar gergelim para Índia
Em contrapartida, indianos venderão sementes de milho para Brasil
O
 Brasil vai exportar gergelim para a Índia e passará a importar sementes
 de milho daquele país. O intercâmbio entre os dois países foi 
anunciado, nesta segunda-feira (27), pela ministra da Agricultura, 
Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, no Seminário Business Day 
Brasil-Índia, organizado pela Agência Brasileira de Promoção de 
Exportações e Investimentos (Apex), em Nova Delhi. 
“Levo para o Brasil um ganho, que é abertura das exportações de gergelim do Brasil para a Índia  - grande produtor desta commodity.
 O Brasil vai poder contribuir suprindo a demanda de gergelim, o que é 
importante para uma nova cultura que o Brasil vem desenvolvendo”, 
afirmou a ministra.
Em compensação, o Brasil importará 
sementes de milho da Índia. “Estamos abrindo para a Índia as exportações
 de semente de milho, levando tecnologia indiana para o Brasil. Isso 
será muito importante para o começo da cooperação entre os nossos 
governos”, argumentou.
As exportações brasileiras de sementes 
de gergelim somaram US$ 3,7 milhões em 2018 e US$ 25,4 milhões em 2019, o
 que significou incremento de 596%. No ano passado, os principais 
destinos foram: Vietnã (25%), Guatemala (15%), Turquia (12%) e Arábia 
Saudita (12%).
No último dia da missão à Índia, a 
ministra participou de encontro empresarial em Nova Delhi, integrando a 
delegação do presidente Jair Bolsonaro. A ministra destacou as 
perspectivas de crescimento das relações comerciais entre os dois 
países, especialmente do setor agropecuário.
“Destaco que o potencial de comércio e 
investimentos entre Brasil e Índia é enorme e precisa ser melhor 
aproveitado. Tenho plena convicção de que a ampliação dessas trocas 
resultará, rapidamente, em crescimento socioeconômico para nossos 
países”, afirmou a ministra, no seminário.
Segundo Tereza Cristina, o Brasil tem 
condições de atender o grande mercado doméstico, além do mercado 
externo, contribuindo para garantir a segurança alimentar e nutricional 
global. A ministra ressaltou que o país é uma potência agropecuária e 
que ainda tem espaço para crescer mais e atender à demanda mundial por 
alimentos de forma sustentável.
“Continuarei a divulgar a imagem 
internacional da agricultura brasileira para apresentá-la exatamente 
como ela é: inovadora, dinâmica, responsável, lucrativa e sustentável”, 
disse a ministra. Para ela, o crescimento da atividade agropecuária e a 
sustentabilidade ambiental não são ideias conflitantes.
A ministra afirmou que a agricultura é 
um dos setores mais afetados pelos efeitos das mudanças climáticas e o 
Ministério tem incentivado práticas de produção de baixa emissão de 
carbono. “Buscamos crescer preservando os recursos ambientais. Queremos 
concretizar nossa vocação e nos tornarmos, efetivamente, uma potência 
agroambiental global”, destacou.
O Brasil é o terceiro maior exportador 
mundial de produtos agrícolas e o principal produtor e exportador de 
açúcar, café, soja e suco de laranja, com uma participação de 7% no 
comércio mundial agrícola. A meta é ampliar a presença da agricultura 
brasileira no mundo e, para isso, o governo tem atuado para criar no 
país um ambiente favorável aos negócios. “O governo brasileiro vê com 
bons olhos todo investimento voltado à diversificação da produção 
nacional e à ampliação de mercados”, disse.
 
                         
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