NORDESTE
Mapa investirá na produção de caprinos e ovinos
Serão R$ 7 milhões em inovação tecnológica na produção
O Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), por meio da Secretaria
de Agricultura Familiar e Cooperativismo, irá investir R$ 7 milhões na
inovação tecnológica na produção de caprinos e ovinos no Nordeste, uma
das principais fontes de renda na região. As ações, no âmbito do
programa AgroNordeste, serão executadas pela Empresa Brasileira de
Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
O Termo de Execução para implementação do
programa AgroNordeste Agroindústria foi assinado nesta quarta-feira (11)
pela ministra Tereza Cristina, pelo presidente da Embrapa, Celso
Moretti, e pelo secretário de Agricultura Familiar e Cooperativismo do
Mapa, Fernando Schwanke.
O programa vai trabalhar com polos
produtivos de caprinos e ovinos da Bacia do Jacuípe (BA), Cariri
Paraibano (PB), Sertão de Pernambuco (PE), Sertão dos Inhamuns (CE) e
Vale do Itaim (PI), abrangendo uma rota de apoio tecnológico de mais de 3
mil quilômetros, além da montagem de 20 unidades de referência
tecnológica.
A ideia é incentivar soluções inovadoras,
junto com assistência técnica e cooperativismo, para a produção
sustentável e agregação de valor aos produtos de carne, leite e
derivados, contribuindo para o aumento da renda dos pequenos produtores,
público-alvo do programa.
Segundo o secretário Fernando Schawnke, o
desenvolvimento do semiárido passa pelo investimento na pecuária,
principalmente na caprinovinocultura. Os recursos, de acordo com ele,
serão importantes para aprimorar a produção na região e incrementar a
renda dos produtores. O semiárido concentra 90% dos rebanhos caprinos e
60% dos ovinos do país, conforme dados da Embrapa.
Algumas das ações previstas são:
implantação de estratégias para controle de parasitoses; capacitação de
550 técnicos e produtores locais em inseminação artificial de caprinos
leiteiros, assessoramento nutricional e orçamentação forrageira e
implantação de unidades com sistemas de integração
Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) para recuperação de áreas degradadas.
Os recursos aplicados nos polos produtivos
permitirão ainda mais de 30 mil análises laboratoriais para controle de
doenças, instalação de uma central para certificação da qualidade do
leite e serviço de assessoria nutricional na elaboração das dietas dos
rebanhos.
Outra meta é a integração entre agentes de
pesquisa, técnicos de extensão e produtores rurais por meio de
videoconferências, canais permanentes de diálogo e intercâmbio de
informações.
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