| Usando a tecnologia a favor da comercialização, jovem aumenta em 40% suas vendas por meio de grupo no whatsapp | |
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Neste dia 22 de setembro, em que se 
celebra o Dia Nacional da Juventude, é importante destacar as histórias 
que demonstram a força e a garra da juventude rural. Atualmente, vivem 
no campo brasileiro cerca de nove milhões de jovens entre 15 e 32 anos, 
de acordo com o Censo Agropecuário de 2017. É uma parte significativa da
 população brasileira, que têm direito a educação, saúde, cultura, lazer
 e meios para gerar renda e ter uma vida digna.  
“Para garantir tudo isso, estamos em 
um momento político em que é preciso resistir contra os retrocessos e 
lutar por avanços. Estamos no processo de construção e mobilização do 4º
 Festival Nacional da Juventude Rural, que será realizado nos dias 28 a 
30 de abril de 2020 e tem como tema ‘Juventude na luta por democracia, 
soberania, respeito às diversidades, políticas públicas e sucessão 
rural’. Juventude rural, a hora é agora!”, afirma a secretária de Jovens
 da CONTAG, Mônica Bufon.  
Uma iniciativa em Rondônia deixa claro
 que os e as jovens rurais têm ideias e muita disposição para trabalhar e
 inovar. E também que é preciso lutar por políticas públicas que 
facilitem o crédito para jovens rurais, como o Pronaf Jovem, e também 
normas que facilitem a regras para a agroindustrialização pela 
agricultura familiar, além de incentivo para a realização de feiras e o 
cumprimento das leis que exigem a compra institucional de produtos da 
agricultura familiar. Vamos lá? 
A oferta encontra a demanda 
No município de Cerejeiras (RO), um 
grupo no aplicativo de mensagens Whatsapp é um importante instrumento de
 venda para dezenas de agricultores(as) familiares. Administrado pela 
diretoria do Sindicato de Cerejeiras e Pimenteiras do Oeste, o grupo 
partiu de uma ideia do vice-presidente e secretário de Jovens da 
Federação de Trabalhadores Rurais de Rondônia (Fetagro), Gil Fagundes, 
em junho deste ano.     
“No começo eram oito produtores e 
algumas pessoas da cidade. Aí fizemos o link para que as pessoas 
pudessem ir entrando no grupo e o interesse foi grande. Hoje temos 130 
pessoas, entre produtores e consumidores, que fazem negócio ali mesmo no
 aplicativo. Por exemplo, alguém diz que quer queijo e logo aparece 
alguém que vende queijo. Ou alguém diz que tem mandioca para vender e 
logo aparece alguém interessado. Aí as pessoas combinam o dia e o local 
de se encontrar”, explica Gil Fagundes. 
O grupo tem regras: só vale postar 
mensagens relativas à compra e venda de produtos da agricultura 
familiar. Temas políticos, religiosos e de outros assuntos são 
proibidos. Várias pessoas já foram excluídas do grupo por não 
respeitarem as regras. Por isso, o que se vê são anúncios sobre produção
 de ovos, galinhas, frangos, porcos, carneiros, legumes e verduras, além
 de iogurtes, geleias, polpas, frutas e muito mais.  
Trabalho e sucesso 
Um dos participantes do grupo é Osmar 
Pereira de Souza, 30 anos. O rapaz plantava abacaxi na chácara em que 
mora com a esposa, Rejane, de 27 anos, e o filho de seis anos, mas um 
acidente de carro há dois anos e meio dificultou o transporte das frutas
 para a cidade, local das vendas. A solução que Osmar encontrou foi 
fazer polpas de frutas e vendê-las de porta em porta, carregando tudo na
 moto que comprou depois do acidente.    
São polpas de abacaxi, goiaba, 
cupuaçu, tamarindo, acerola e outras frutas. Osmar trabalha junto com a 
esposa e, mesmo com muita dificuldade, está dando certo. “As vendas já 
eram boas e eu continuo vendendo as polpas para lanchonetes, 
restaurantes e lojas, mas depois que o grupo no whatsapp começou, 
aumentou cerca de 40%”, conta o jovem. O crescimento na produção trouxe 
desafios. Osmar explica que precisa de mais dois freezers para armazenar
 frutas e polpas, além de um espaço maior e mais meios de produzir e 
transportar a mercadoria. 
“Mas são poucos os incentivos do 
governo para a agricultura familiar. Eu tentei ajuda com a Emater, mas 
não tive sucesso. E nunca peguei dinheiro emprestado no banco porque os 
juros são muito altos”, explica Osmar. 
É para ajudar jovens como Osmar a ter 
acesso a políticas públicas que o Movimento Sindical dos Trabalhadores 
Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares trabalha, buscando e 
propondo aos governos municipais, estaduais e federais soluções para as 
demandas daqueles que produzem 70% dos alimentos que vão para nossas 
mesas todos os dias. No 4º Festival Nacional da Juventude Rural, os e as
 jovens do campo, floresta e águas se reunirão para fortalecer essa 
luta, mostrando para o Brasil todos os seus quereres e saberes. | |
| FONTE: Assessoria de Comunicação CONTAG | 
segunda-feira, 23 de setembro de 2019
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