Conexão Delta G e Embrapa desenvolvem novo projeto de seleção genômica
Depois
do desenvolvimento do trabalho relacionado ao carrapato bovino, um novo
projeto conjunto entre a Conexão Delta G e a Embrapa Pecuária Sul vai
criar um modelo de seleção genômica que permita identificar e selecionar
animais Hereford geneticamente mais resistentes à Ceratoconjuntivite
Bovina Infecciosa (CBI), enfermidade que causa grande prejuízo na
criação de raças taurinas e suas cruzas. O primeiro passo do programa
consiste na coleta de fenótipos relacionados à doença em touros e
novilhas de sobreano da raça Hereford de membros da entidade, com o
objetivo de estimar parâmetros para a seleção genômica para resistência à
CBI.
Com base nessas informações, e com base nas informações de DNA dos animais avaliados, são identificados marcadores moleculares para a característica de resistência à Ceratoconjuntivite. "Recentemente foram enviados à Embrapa animais de membros da Conexão, selecionados, com base nas informações coletadas, como resistentes e sensíveis à CBI, com o objetivo de, através de infecções experimentais com Moraxella bovis, validar os marcadores identificados e caracterizar as cepas de Moraxella bovis responsáveis pelos surtos de infecção", explica o presidente da Conexão Delta G, Eduardo Eichenberg.
Conforme o dirigente, futuramente, com base nessas informações, e com o aumento do banco de dados de fenótipos e genótipos da enfermidade, que irá ocorrer com a coleta de fenótipos sobre CBI ao longo dos próximos anos, a expectativa é poder realizar, com um satisfatório grau de acurácia, a seleção genômica para resistência à Ceratoconjuntivite em animais Hereford, "da mesma forma que já podemos realizar, com bastante confiabilidade, a seleção genômica para resistência ao carrapato em animais Hereford e Braford", observa.
Segundo o pesquisador e chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Pecuária Sul, Fernando Flores Cardoso, a estratégia é muito similar à usada para seleção de animais resistentes ao carrapato. “Definimos aqui na Embrapa uma estratégia de como verificar se o animal está doente ou não e que grau tem a lesão, e estamos relacionando o fato do animal ficar ou não doente e o grau de doença com marcadores genéticos por todo o genoma. O objetivo é desenvolver um conjunto de equações de predição para prever o grau de resistência que os animais vão transmitir para os filhos. Ou seja, identificar reprodutores que tenham filhos que adoeçam menos dessa doença altamente contagiosa, que é a ceratoconjuntivite”, destacou.
Cardoso explica que o trabalho está em estágio intermediário, com bom volume de dados coletados, mas com necessidade de coleta de informações por mais dois ou três anos, “para chegar a um produto final que deve ser incorporado dentro do teste genômico para Hereford e Braford. Então, quando testasse para carrapato também testaria para essa doença e possivelmente também para Tristeza Parasitária Bovina, que é outra linha que estamos trabalhando”, explica o pesquisador.
Embora a mortalidade por CBI não seja elevada, os prejuízos econômicos causados pela doença são consideráveis. Além dos custos elevados com o tratamento nem sempre efetivo, nos animais doentes ocorre diminuição no ganho de peso e na produção de leite. Não existe uma estimativa para os custos com esta doença no Brasil, mas a perdas anuais chegam a US$ 23,5 milhões na Austrália e mais de US$ 150 milhões nos Estados Unidos, segundo estudos de pesquisadores desses países.
Texto com informações do portal Conexão Delta G
Com base nessas informações, e com base nas informações de DNA dos animais avaliados, são identificados marcadores moleculares para a característica de resistência à Ceratoconjuntivite. "Recentemente foram enviados à Embrapa animais de membros da Conexão, selecionados, com base nas informações coletadas, como resistentes e sensíveis à CBI, com o objetivo de, através de infecções experimentais com Moraxella bovis, validar os marcadores identificados e caracterizar as cepas de Moraxella bovis responsáveis pelos surtos de infecção", explica o presidente da Conexão Delta G, Eduardo Eichenberg.
Conforme o dirigente, futuramente, com base nessas informações, e com o aumento do banco de dados de fenótipos e genótipos da enfermidade, que irá ocorrer com a coleta de fenótipos sobre CBI ao longo dos próximos anos, a expectativa é poder realizar, com um satisfatório grau de acurácia, a seleção genômica para resistência à Ceratoconjuntivite em animais Hereford, "da mesma forma que já podemos realizar, com bastante confiabilidade, a seleção genômica para resistência ao carrapato em animais Hereford e Braford", observa.
Segundo o pesquisador e chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Pecuária Sul, Fernando Flores Cardoso, a estratégia é muito similar à usada para seleção de animais resistentes ao carrapato. “Definimos aqui na Embrapa uma estratégia de como verificar se o animal está doente ou não e que grau tem a lesão, e estamos relacionando o fato do animal ficar ou não doente e o grau de doença com marcadores genéticos por todo o genoma. O objetivo é desenvolver um conjunto de equações de predição para prever o grau de resistência que os animais vão transmitir para os filhos. Ou seja, identificar reprodutores que tenham filhos que adoeçam menos dessa doença altamente contagiosa, que é a ceratoconjuntivite”, destacou.
Cardoso explica que o trabalho está em estágio intermediário, com bom volume de dados coletados, mas com necessidade de coleta de informações por mais dois ou três anos, “para chegar a um produto final que deve ser incorporado dentro do teste genômico para Hereford e Braford. Então, quando testasse para carrapato também testaria para essa doença e possivelmente também para Tristeza Parasitária Bovina, que é outra linha que estamos trabalhando”, explica o pesquisador.
Embora a mortalidade por CBI não seja elevada, os prejuízos econômicos causados pela doença são consideráveis. Além dos custos elevados com o tratamento nem sempre efetivo, nos animais doentes ocorre diminuição no ganho de peso e na produção de leite. Não existe uma estimativa para os custos com esta doença no Brasil, mas a perdas anuais chegam a US$ 23,5 milhões na Austrália e mais de US$ 150 milhões nos Estados Unidos, segundo estudos de pesquisadores desses países.
Texto com informações do portal Conexão Delta G
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