A força da mulher no campo - Artigo
Por Roberta Züge; membro do
Conselho Científico Agro Sustentável
Em rotina de propriedade leiteira a mulher tem se destacado em alguns setores, ordenha e cuidados de bezerros já são áreas, na produção leiteira, que as mulheres estão dominando. Além disso, em laticínios pequenos, muitas vezes, as mulheres são responsáveis por quase toda a produção: deste a ordenha até o processamento final, passando pelos cuidados de higiene e de qualidade do produto.
Antes as mulheres se dedicavam menos ao trabalho na área de produção, ficavam mais com os serviços domésticos, cuidando das crianças e dos afazeres cotidianos da casa. Os eletrodomésticos eram mais raros, poucas residências dispunham de máquinas de lavar roupa, até mesmo de aparelhos refrigeradores, e os filhos eram numerosos. Atualmente, mesmo em propriedades bem mais simples, a máquina de lavar roupa é um bem quase imprescindível e o número de filhos diminuiu visivelmente. Os refrigeradores são sempre encontrados e muitas casas contam com potentes freezers. Assim, com algumas facilidades chegando às moradias do campo e menos crianças para cuidar, as mulheres começaram a assumir mais (pois, sempre trabalharam) áreas que eram quase exclusivas dos homens: foram imprimindo, nas práticas de ordenha, os conhecimentos de higiene, que realizam na cozinha de casa, e cuidados com recém-nascidos, da experiência dos filhos, aos bezerros. Práticas que os homens não tinham (muitos ainda não têm) muita intimidade.
Com isto, a ampliação da mulher na rotina de ordenha e cuidados de bezerro se consolidaram. Há propriedades que contratam especificamente mulheres para estes setores, pois perceberam ganhos sólidos na produtividade e na qualidade do leite.
Na Galícia, Espanha, as mulheres do campo se uniram e formaram a Federação das Associações de Mulheres Rurais em Galicia (Fademur). Esta organização tem dado voz a mulheres que atuam no setor, que sempre são relegadas ao papel secundário. As mulheres atuam, mas seus nomes não constam nos documentos e registros que constam a produção. Com isto, a Federação pretende reverter essa divisão de papéis, que foi fomentado num cenário de sexismo e transformá-lo em uma oportunidade para o progresso da pecuária, da região e vizinhança.
A Fademur (http://www.fademurgalicia.es/) tem como premissa a luta pela igualdade e progresso de mulheres do meio rural, com igualdade no trabalho nas propriedades, assim como as demais atividades industriais e de serviços. Atualmente é composta por 40 associadas; mulheres do meio rural. Dando continuidade à busca do reconhecimento da mulher no campo, a Fademur lançou a primeira marca de leite de gestão 100% feminina.
Além do apelo de ser produzido por mulheres, a marca prioriza a economia rural de proximidade, permitindo a redução da pegada de carbono, promove a capacitação das mulheres rurais, por meio da independência econômica e, naturalmente, o compromisso de produtos de alta qualidade.
A ideia surpreendeu positivamente e logo deve aportar também do outro lado do Atlântico. Aqui há muitas mulheres responsáveis pela produção, da ordenha ao processamento, mas, quase sempre o nome do queijo, ou produto, leva o mesmo do esposo, assim como os créditos pela produção. Muitas, inclusive, têm dificuldades para comprovar o trabalho na área rural, todas as notas, rebanhos, serviços, etc. e, principalmente, pagamentos, são no nome do marido. Que venha muito leite, continue branco e possa representar mais igualdade também na área rural.
Em rotina de propriedade leiteira a mulher tem se destacado em alguns setores, ordenha e cuidados de bezerros já são áreas, na produção leiteira, que as mulheres estão dominando. Além disso, em laticínios pequenos, muitas vezes, as mulheres são responsáveis por quase toda a produção: deste a ordenha até o processamento final, passando pelos cuidados de higiene e de qualidade do produto.
Antes as mulheres se dedicavam menos ao trabalho na área de produção, ficavam mais com os serviços domésticos, cuidando das crianças e dos afazeres cotidianos da casa. Os eletrodomésticos eram mais raros, poucas residências dispunham de máquinas de lavar roupa, até mesmo de aparelhos refrigeradores, e os filhos eram numerosos. Atualmente, mesmo em propriedades bem mais simples, a máquina de lavar roupa é um bem quase imprescindível e o número de filhos diminuiu visivelmente. Os refrigeradores são sempre encontrados e muitas casas contam com potentes freezers. Assim, com algumas facilidades chegando às moradias do campo e menos crianças para cuidar, as mulheres começaram a assumir mais (pois, sempre trabalharam) áreas que eram quase exclusivas dos homens: foram imprimindo, nas práticas de ordenha, os conhecimentos de higiene, que realizam na cozinha de casa, e cuidados com recém-nascidos, da experiência dos filhos, aos bezerros. Práticas que os homens não tinham (muitos ainda não têm) muita intimidade.
Com isto, a ampliação da mulher na rotina de ordenha e cuidados de bezerro se consolidaram. Há propriedades que contratam especificamente mulheres para estes setores, pois perceberam ganhos sólidos na produtividade e na qualidade do leite.
Na Galícia, Espanha, as mulheres do campo se uniram e formaram a Federação das Associações de Mulheres Rurais em Galicia (Fademur). Esta organização tem dado voz a mulheres que atuam no setor, que sempre são relegadas ao papel secundário. As mulheres atuam, mas seus nomes não constam nos documentos e registros que constam a produção. Com isto, a Federação pretende reverter essa divisão de papéis, que foi fomentado num cenário de sexismo e transformá-lo em uma oportunidade para o progresso da pecuária, da região e vizinhança.
A Fademur (http://www.fademurgalicia.es/) tem como premissa a luta pela igualdade e progresso de mulheres do meio rural, com igualdade no trabalho nas propriedades, assim como as demais atividades industriais e de serviços. Atualmente é composta por 40 associadas; mulheres do meio rural. Dando continuidade à busca do reconhecimento da mulher no campo, a Fademur lançou a primeira marca de leite de gestão 100% feminina.
Além do apelo de ser produzido por mulheres, a marca prioriza a economia rural de proximidade, permitindo a redução da pegada de carbono, promove a capacitação das mulheres rurais, por meio da independência econômica e, naturalmente, o compromisso de produtos de alta qualidade.
A ideia surpreendeu positivamente e logo deve aportar também do outro lado do Atlântico. Aqui há muitas mulheres responsáveis pela produção, da ordenha ao processamento, mas, quase sempre o nome do queijo, ou produto, leva o mesmo do esposo, assim como os créditos pela produção. Muitas, inclusive, têm dificuldades para comprovar o trabalho na área rural, todas as notas, rebanhos, serviços, etc. e, principalmente, pagamentos, são no nome do marido. Que venha muito leite, continue branco e possa representar mais igualdade também na área rural.
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