Dia de Campo Raízes do Nordeste mostra como produtores podem aumentar produtividade de milho para silagem
Sementes de boa qualidade e plantio bem feito são
requisitos essenciais para garantir aumento de produtividade na produção
de milho para silagem. A orientação é o do engenheiro agrônomo e
consultor técnico da Invest Agrícola, José Humberto. No último sábado
(3), ele e a equipe do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural da Paraíba
(SENAR/PB) apresentaram os resultados parciais de uma experiência com a
semente VT PRO 3, resistente à várias pragas, durante o Dia de Campo –
Raízes do Nordeste, na Fazenda Campo Formoso, município de Alagoa
Grande. O evento encerrou as atividades do programa no estado.
O programa que dá nome ao evento está sendo
desenvolvido pela empresa Monsanto, que recebeu a demanda do Governo
Federal. “Nós fomos desafiados a trazer para essa região do Nordeste uma
tecnologia que, associada a boas práticas de manejo, teria condições de
auxiliar no aumento de produtividade, mesmo sob condições de forte
estresse hídrico típico da região. Topamos e estamos demonstrando nesse
Dia de Campo que isso é possível”, explicou o gerente de relações
governamentais da Monsanto, Pedro Palatnik.
A semente Agroceres 7088 VT PRO 3 é resistente à
pragas como a largata-alfinete, que ataca a raiz do milho, também à
largata-do-cartucho, largata-da-espiga e broca-do-colmo. “Essa
tolerância à praga da raiz faz com que ela se desenvolva sem nenhum
problema. O diferencial disso no mercado é o melhor enraizamento e
consequentemente o desenvolvimento da planta e resistência à seca. É
isso que estamos vendo e demonstrando neste Dia de Campo”, avalia o
engenheiro e consultor José Humberto.
O plantio da semente foi feito dia 19 de maio de
2016 numa área de 0,7 hectares. No mesmo período, o proprietário da
Fazenda onde está sendo desenvolvida a experiência fez o plantio
convencional numa “área testemunha” de cerca de 9 hectares. A diferença
no crescimento da planta e na qualidade da espiga é visível. Mesmo com o
baixo índice de pluviosidade, a área cultivada com a semente
transgênica irá produzir aproximadamente 53 sacas por hectares, com
lucro líquido de R$ 830 para o produtor. Enquanto que a outra área quase
deve gerar apenas 30 sacas.
Este ano choveu este ano cerca da metade do ideal
para o ciclo do milho, que é de 530 milímetros. Em condições ideais,
para o ciclo da região, a média de produtividade é de 80 sacas por
hectare e lucro superior a R$ 3 mil. Para o produtor rural Marcelo Sena,
dono da propriedade, os resultados demonstram que chegou a hora de
adotar a tecnologia. “Sempre usamos aqui a ‘tecnologia dos nossos pais’,
e agora vemos como a Pro 3 pode realmente melhor isso. A nossa
expectativa é garantir o alimento do nosso gado de leite com a produção
de silagem por meio dessas sementes”, sentenciou.
A conscientização do produtor sobre os benefícios
do investimento em tecnologia e melhoria nas práticas de manejo são
compromissos do SENAR/PB que foi parceiro da Monsanto na realização
dessa pesquisa. “Nosso papel é mostrar ao produtor que o manejo de
produção, manejo de solo e investimento em semente compensam o
investimento. Mesmo aumentando o valor do investimento, o retorno
compensa. Fazer uma maior gestão do que podemos ter à mão é muito melhor
do que trabalhar ignorando a tecnologia”, avalia o chefe do
Departamento de Assistência Técnica e Gerencial do SENAR, Gabriel
Petelinkar.
Formação profissional
Alunos do curso de Ciências Agrárias da UFPB
participaram do Dia de Campo sob a coordenação do professor Adailson
Souza. Ao longo da manhã, eles mantiveram uma interlocução com a equipe
técnica no programa sobre as condições do plantio e as práticas
adotadas. “A expectativa é que eles possam vivenciar a realidade que a
universidade tem dificuldade de retratar”, resume o professor.
Além do uso da semente Pro 3, a Monsanto também
orienta sobre o cuidado com a concorrência das plantas, atenção para
velocidade do plantio, que deve ser lenta, além da adubação regular e da
instalação de áreas de refugio com plantio tradicional para auxiliar no
controle de pragas daninhas.
Assessoria de Comunicação Sistema Faepa/Senar-PB
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