Servidores e movimentos da agricultura familiar temem o fim da Conab
Servidores
 públicos, agricultores familiares, lideranças de movimentos sociais e 
sociedade civil tentam por meio de audiências, barrar desmonte na 
Companhia Nacional de Abastecimento - a CONAB. Vários estados estão 
realizando audiências públicas nas assembleias legislativas em defesa do
 órgão e a continuidade de seus serviços, que são fundamentais para a 
agricultura do País.
Em
 Goiânia, no último dia 15, mais de 50 representantes de movimentos 
sociais e sociedade participaram da audiência pública, com o tema ´CONAB
 empresa essencial para garantir o abastecimento e a segurança alimentar
 no Brasil´, solicitada pelo deputado Rubens Otoni (PT-GO). A pauta de 
discussões abordava sobre o fortalecimento e ampliação das unidades 
armazenadoras da Conab; política de garantia de preços mínimos (PGPM); 
agricultura familiar e programas sociais como o Programa de Aquisição de
 Alimentos (PAA), venda em balcão e doações; valorização dos empregados 
com nenhum direito a menos.
A
 estrutura da Conab em Goiás conta com nove armazéns de grãos em 
diferentes localidades do estado. Na audiência, os servidores colocaram 
que são contra as vendas dos armazéns, anunciado pelo governo, sob a 
faixada de modernização do setor. Além disso, os representantes da 
agricultura, afirmam que é necessário investir no órgão, como também 
manter a estrutura para garantir a execução das políticas agrárias. Eles
 também apontam a necessidade de realização de concurso, visto a grande 
demanda do órgão.
"Nosso
 maior medo é que a Conab acabe, assim como ocorreu com o MDA. Ficaremos
 sem um órgão de referência para dar continuidade às políticas de 
agricultura familiar. Como vamos dar continuidade às políticas e 
serviços da agricultura familiar? ", questiona o coordenador de Reforma 
Agrária e Meio Ambiente da Fetraf-GO, Gerailton Ferreira dos Santos.
A
 Conab, assim como ocorreu com o extinto Ministério do Desenvolvimento 
Agrário (MDA), pode ser mais um dos órgãos a serem suprimidos pelo 
governo. Alguns atos da gestão já demonstram que não existe interesse em
 manter a política de desenvolvimento da agricultura familiar e 
semelhantes. Exemplo disso, foi a retirada do governo de 170 milhões do 
PAA, primeira parcela dos 500 milhões autorizados pela presidenta Dilma 
quando do lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar 2016-2017, 
que já estavam empenhados na Companhia Nacional de Abastecimento - a 
CONAB; outro retrocesso refere-se a rescisão de contratos de assistência
 técnica penalizando quase mil empreendimentos e 170 mil famílias. Estas
 denúncias do desmonte da CONAB, já tinham sido feitas, por 
parlamentares, que defendem a agricultura familiar, em tribuna na Câmara
 dos Deputados, no mesmo período que o MDA foi extinto.
FONTE: CONTRAF - BRASIL
 
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