Quatro assentamentos paraibanos ganham Biodigestores
Quatro 
assentamentos da reforma agrária na Paraíba, situados nas regiões do 
Curimataú, Borborema e Brejo, estão contribuindo com o meio ambiente na 
produção de biogás e energia a baixo custo, por meio da implantação de 
biodigestores, que estão sendo usados na produção de doces, polpa de 
frutas e bolos.
A
 implantação dos equipamentos ocorreu através da Cooperativa de Trabalho
 Múltiplo e Apoio às Organizações de Autopromoção ( Coonap), contratada 
pelo Incra, através de chamada pública, para prestar serviço nos 
assentamentos.
Os assentamentos beneficiados são Santa 
Cruz e Vitória, no município de Campina Grande, a 118 quilômetros da 
capital João Pessoa; Cajazeiras, no município de Pilões, localizado a 
142 quilômetros da capital paraibana, e João Pedro Teixeira, no 
município de Remígio, a 157 quilômetros de João Pessoa. A instalação 
mais recente de biodigestor aconteceu no último dia 8 no assentamento 
João Pedro Teixeira. Lá, o equipamento será utilizado, de forma 
coletiva, na Unidade Demonstrativa de Beneficiamento de Frutas (UD).
O biodigestor
O biodigestor é uma tecnologia social de
 baixo custo que produz biogás e energia a partir de esterco de animais,
 trazendo benefícios ao meio ambiente, além de produzir biofertilizante 
de excelente qualidade, conforme explicou o engenheiro agrícola da 
Coonap, José Diniz das Neves. “De dois a três porcos já são suficientes 
para produzir o esterco para abastecer o biodigestor diariamente”, 
exemplificou ele, acrescentando que a partir do 30º dia, o biodigestor 
já começa a gerar o gás.
Segundo o engenheiro, o custo de 
instalação de um biodigestor é de aproximadamente R$ 3 mil e a 
quantidade do gás produzida vai depender do tamanho das caixas d’água 
utilizadas no equipamento, que podem ser de mil ou três mil litros de 
capacidade para armazenamento. E para abastecer o biodigestor, é 
necessário apenas uma lata de 20 litros com esterco molhado, por dia.
No caso do assentamento João Pedro 
Teixeira, o gás produzido pelo biodigestor será utilizado nos 
eletrodomésticos da cozinha da casa sede, que foi recuperada e onde as 
mulheres do assentamento produzirão polpas e doces de frutas.
Já no assentamento Vitória, Santa Cruz e
 Cajazeiras o biodigestor está sendo utilizado na cozinha comunitária, 
na produção de bolos, como uma fonte de renda alternativa para os 
períodos de estiagem. A instalação de biodigestores é um das atividades 
de Assessoria Técnica, Social e Ambiental (Ates).
 
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