A Bolsa Bicho, sim senhor!
Se todos os
 professores brasileiros ensinassem esta lição na sala de aula, o país 
seria outro, mas como fazer para que eles possam ensinar? 
Um professor de economia, numa universidade do Texas, disse:
- Eu nunca havia reprovado um só aluno antes, em minha vida...
Todos ficaram admirados e o professor continuou:
- ... mas, uma vez, eu reprovei uma classe inteira. Eu não queria, mas tive que reprovar. 
Os alunos pediram mais explicações e o professor continuou:
-
 Os alunos tinham insistido que o socialismo realmente funcionava. Para 
eles ninguém deveria ser pobre e ninguém deveria ser rico, tudo deveria 
ser igualitário e justo. Eu dizia que não, que isto não dava certo, mas 
os alunos ameaçaram entrar em greve e, então, desafiei a classe para 
fazer uma experiência socialista. Em vez de dinheiro, utilizaríamos as 
notas nas provas. Todo mundo topou e eu tive que, no final, reprovar a 
classe inteira, onde havia bons e maus alunos. Foi uma pena.
Socialismo escolar
O professor contou o caso, como aconteceu.
Todas
 as notas seriam concedidas com base na média da classe e, portanto, 
seriam justas. Socialismo é isso: igualdade para todos. Ou seja, todos 
receberiam a mesma nota, o que significava que ninguém seria reprovado. 
Isso também quis dizer - claro! - que ninguém receberia a nota máxima 
“5”, pois sempre haveria alunos com notas muito ruins e que rebaixariam o
 valor do “10”. Assim, não adiantaria tirar nota “2”.
1
 - Primeira prova - Começou o teste. As notas variaram entre “1” e “10” e
 todos receberam “6”, na média da primeira prova. Foi um bom resultado, 
bem comemorado pela maioria. O socialismo estava dando certo.
Os
 alunos que não se esforçaram ficaram muito felizes com o resultado, mas
 quem estudou com dedicação ficou indignado, pois queria ter tirado “9 
ou 10”.
2
 - Segunda prova - Quando veio a segunda prova, os preguiçosos estudaram
 ainda menos, pois esperavam tirar notas boas de qualquer forma. Aqueles
 que tinham estudado bastante no início resolveram que eles também se 
aproveitariam do “trem da alegria” das notas e estudaram menos. As notas
 variaram de “1” a “8”, mas a média ficou em “4”. Muita gente não 
gostou, pois esperava, de novo, um “6”. Houve um “pioramento” da classe.
3
 - Terceira prova - Dessa vez ninguém era otário para ficar estudando 
para favorecer os vagabundos. Mais valia ser preguiçoso e festivo, como a
 maioria. As notas variaram entre 1 e 6, com média geral em “3”, para 
desgosto geral. A classe estava se nivelando por baixo. Não havia mais 
notas grandiosas, nem alunos aplicados.
4
 - Quarta prova - Esta era a última prova e as notas variaram entre 
“zero” e “5”, um desastre! Começaram, então, as desavenças entre os 
alunos, para culpar os responsáveis que não estavam mais tirando boas 
notas, para ajudar os “coitadinhos desprovidos de cultura”. 
O
 recinto virou lugar de palavrões, xingamentos, de sujeira e pichação, 
um beco da escória. Os mais indignados, que clamavam por “justiça” eram 
justamente os que sempre tiravam as piores notas e que queriam o 
socialismo, pois só enxergavam vantagens. Agora, com o socialismo nas 
mãos, queriam crucificar os mais esforçados pelo rebaixamento geral da 
classe. Não admitiam ser culpados de nada, pois eram pregadores da 
justiça para todos, da igualdade para todos. Bons pregadores e 
instigadores.
Resultado:
 chegou o final do ano - tristeza! - todos os alunos repetiram, levaram 
“bomba”, com notas baixas. Antes, muitos passavam (nota”7” e “8”) e 
alguns eram excelentes (nota “10”). Agora, a classe inteira tinha levado
 bomba por ter se tornado adepta do socialismo.
Esse
 foi o estrago do socialismo em um único ano! Depois, o professor 
explicou que aconteceu o mesmo na Rússia, quando Stalin mandou fuzilar 
todos os camponeses trabalhadores, para prestigiar os vagabundos e houve
 a maior fome já vista. Também aconteceu na China, onde Mao Tse Tung 
fuzilou os bons produtores rurais e houve uma notável tragédia. Na 
Rússia morreram 35 milhões de pessoas, na China ninguém conseguiu contar
 (alguns afirmam ter sido mais de 60 milhões).
Na
 sociedade ocidental acontece o mesmo. O socialismo consegue se 
disfarçar de mil maneiras, levando muitos anos para deteriorar as 
famílias e a sociedade, pois - no início - ele parece ser muito bom para
 os pobres. Com o passar dos anos, as pessoas abandonam famílias, 
tornam-se selvagens, sem religião, sem moral, sem ética, vivem 
penduradas em expedientes condenáveis, praticam crimes de toda sorte, 
acobertadas pelo socialismo. Assim, vencem a escuridão, o medo e a 
violência. Os mais ladinos são apontados como heróis; os que roubam dos 
cofres públicos viram heróis; mensaleiros viram heróis; presidentes da 
república viram milionários do dia para noite; etc. Enfim, o socialismo é
 muito bom para quem está no Poder, no trono, bastando manter os pobres 
na pobreza, alimentados com “bolsa-esmola”.

A cana-de-açúcar é um alimento importante para os animais.
A boa e a má Bolsa
Esse
 é o mal do socialismo: “todos são iguais”, mas contam com o esforço dos
 mais destacados para sobreviver. Então, é um jogo desleal, em que 
apenas os mais trabalhadores são punidos, sofrendo a extorsão em forma 
de impostos. Antes, no regime democrático, cada um colheria seus frutos:
 os mais destacados seriam aprovados e os mais relaxados seriam 
reprovados. No socialismo, tudo é nivelado por baixo (menos para os que 
estão no Poder).
Quando
 o Governo tira as recompensas dos que trabalham (pesado) para 
distribuí-las entre os que pouco trabalham, terá um fracasso pela 
frente. A moeda da felicidade social seria a recompensa justa pelo 
trabalho. Ao dar “bolsas”, o Governo comete um crime de lesa-pátria. O 
correto não seria “dar bolsas”, mas estimular o crescimento social 
(inclusão social) por meio da educação profissional, etc. Assim como o 
bom aluno gostaria de ter uma “Bolsa” para estudar cada vez mais, também
 o cidadão gostaria de ter uma “Bolsa” para poder trabalhar mais e 
sustentar sua família. Estas seriam boas “Bolsas”.
As
 “Bolsas” que reduzem a população à preguiça, levando-a a recusar os 
tradicionais serviços, correspondem a uma injeção de droga: um vício que
 destrói a economia regional. É o que se vê no Sertão nordestino e em 
muitos outros lugares, onde todos se recusam a trabalhar, para não 
perder a “Bolsa”. Isso é um crime contra a nação que quer e precisa 
trabalhar.

Quem tem bagaço de cana consegue escapar das Secas. 
Pobreza para todos
É
 impossível levar o pobre à prosperidade simplesmente começando a punir 
os ricos pela sua prosperidade. Ao fazer “doações” aos pobres, retirando
 dos ricos, o Governo faz com estes parem de trabalhar e de se dedicar 
aos negócios. Rapidamente surgirá o caos e todos estarão reduzidos à 
pobreza.
Para
 cada pessoa que recebe “esmolas” sem trabalhar, outras estarão sendo 
obrigadas a trabalhar, sem receber nada em troca. O Governo sabe que não
 pode tirar de um lado para colocar em outro, mas faz de conta que não 
enxerga. O Governo somente dá para outro algo que tirou de alguém. Para o
 recebedor da “Bolsa” é muito bom, pois o povo acha que o Governo foi o 
“salvador”, o distribuidor de presentes, mas isso é falso e não pode 
durar, pois o poço vai secar. O Governo não dá nada, apenas distribui o 
que extorquiu de outro.
No
 Brasil, o Governo chama de “imposto”, mas é pura extorsão. Imposto é o 
dinheiro que o Governo arrecada para construir obras que interessam a 
todos, sejam pobres ou ricos. Extorsão é o dinheiro que o Governo 
arrecada para construir obras para prestigiar uma pessoa (rei, 
governante, parente, político, etc.), uma classe, uma casta, uma 
empreiteira, um partido político, etc.
Nos
 maus governos a maioria das obras públicas tem apenas um objetivo: o 
dividendo eleitoreiro e não o bem-estar das pessoas. Geram “caixa” para 
os partidos políticos, a ser distribuído pela imensa rede espalhada em 
Estados e municípios que, por sua vez, garantem resultados nas próximas 
eleições. 
Uma
 das ferramentas eleitoreiras, então, é “redistribuir” a riqueza, 
fazendo doações, ou esmolas, para certas fatias mais simplórias da 
sociedade. Estas pessoas são tão pobres e necessitadas que não se 
preocupam com a origem da “Bolsa”. Para manter o Poder, então, basta 
manter as pessoas sempre bem pobres e necessitadas, sustentadas por 
“Bolsas”. Isso é um crime contra a humanidade. Todo governante doador de
 “Bolsas” deveria ser julgado pela História!
As
 nações ricas e sérias distribuem o superávit do PIB entre os mais 
pobres. Não dão “Bolsas”, mas distribuem o saldo da riqueza. Isso é um 
bom governo. Distribuir o superávit está na Constituição, é seguido por 
todos os presidentes e não apenas um ou outro. 
Como
 chegar ao fim de uma Nação? Muito simples: quando metade da população 
entende a ideia de que não precisa trabalhar, pois a outra metade da 
população irá sustentá-la e - ao mesmo tempo - quando a outra metade 
entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira 
metade. Nesse ponto, de fato, acabou-se a Nação, ou seja, a consciência 
de Pátria. Essa região, depois disso, estará pronta para uma guerra 
civil, que é o maior crime contra a humanidade que pode existir, ao 
colocar irmão contra irmão.
Riqueza para todos
Quem
 teria coragem de punir o Governo que pratica extorsão, que tem o 
domínio da imprensa, tem o exército e tem os juízes do país a seu 
dispor? É muito difícil, pois o Governo estará praticando uma “ditadura 
silenciosa”, algemando todos os organismos públicos a seu dispor. 
Governo que distribui “Bolsas” está com um pé na ditadura, pois a 
“redistribuição dos lucros da Pátria (do superávit) deveria estar 
escrito na Constituição”, para o bem de todos, e não permanecer como 
ferramenta manipulável pelo governante do momento.
Ou
 seja, antes de distribuir “Bolsas”, caberia ao homem público registrar 
essa iniciativa na Constituição. Depois, sim, não somente um governo, 
mas todos, pelo futuro afora, teriam que seguir a Constituição, para 
felicidade das pessoas. As “Bolsas” não seriam mais “esmolas”, mas 
ferramentas capazes de garantir o crescimento das famílias, exatamente 
como já fazem as nações mais avançadas do planeta, como Dinamarca, 
Suécia, Finlândia, etc. O cidadão não é “feudo” de um ou outro 
governante (ditadura), mas é o dono da Pátria (democracia).
Bolsa Bicho
A
 “Bolsa” para as pessoas é emergencial, para momentos de crise. Já a 
“Bolsa Bicho” é a maneira de manter as atividades econômicas, de manter 
os empregos. Diz o Dr. Manelito (Berro-163): “Não existe Bolsa Família 
para os bichos do Semiárido e os rebanhos estão sendo dizimados, embora a
 solução seja evidente, exatamente como fazem outros países. (...) A 
prioridade do uso do bagaço de cana do litoral chuvoso, num ano de seca 
“braba”, é socorrer os rebanhos das terras secas. Deveria ser. Estes são
 convertidos na única hipótese de sobrevivência, sem migração do seu 
povo, produzindo leite para destinações importantes. Constatação tão 
simples, grandiloquente, mas ainda invisível para a burocracia”. 
Continua: “A usina queima boa parte do bagaço gerado em suas próprias 
caldeiras. O restante daria para encher todas as cocheiras da zona seca,
 hidrolisadas com cal, e acudir todos os gados, já que os rebanhos foram
 reduzidos nas últimas décadas, por falta de apoio institucional capaz e
 consistente”.
Resumo: As Bolsas deveriam manter as 
atividades econômicas, antes de tudo, para garantir a dignidade dos 
cidadãos. A esmola vicia o cidadão (Luiz Gonzaga), enquanto o emprego 
enobrece.
Texto base: Adrian Rogers, 1931.

 
  
   
Nenhum comentário:
Postar um comentário