Pecuária
Embrapa organiza encontro com stakeholders da pecuária pantaneira
Reunião com os stakeholders ligados às atividades abordadas no âmbito do projeto Pecuária do Futuro deverá ser realizada nos próximos meses
Uma reunião
com os stakeholders – também conhecidos como público estratégico ou as
pessoas interessadas, envolvidas ou afetadas por uma determinada
situação, negócio ou instituição – ligados às atividades abordadas no
âmbito do projeto Pecuária do Futuro deverá ser realizada nos próximos
meses no Pantanal sul-mato-grossense.
“A Embrapa Pantanal tem muito tempo na
região. Já temos tecnologias prontas ou que já vêm sendo trabalhadas há
muitos anos. Dessas tecnologias, as três principais envolvidas no
projeto Pecuária do Futuro são o Sistema de alerta de risco de incêndio
para o Pantanal, o Saripan (coordenado pela pesquisadora Balbina
Soriano, da Embrapa Pantanal. O software que integra o sistema foi
desenvolvido em parceria com Marcelo Narciso, da Embrapa Arroz e
Feijão); o sistema de alerta a inundações (coordenado por Padovani); e a
substituição de pastagens (sob a coordenação da pesquisadora Sandra
Santos, também da unidade pantaneira de pesquisa da Embrapa)”.
“Essas três tecnologias da Embrapa
Pantanal estão bem estruturadas e trabalhadas, ainda que sempre possam
ser aperfeiçoadas”, afirma. A ideia, segundo o pesquisador, é discutir
as tecnologias perante a comunidade e os stakeholders que possam se
beneficiar dessa informação (ou que possam fazer sugestões construtivas)
para abordar esses assuntos dentro de uma agenda positiva. “Queremos
convidar pessoas que estejam dispostas a nos ajudar a melhorar,
desenvolver, aperfeiçoar e também indagar”. De acordo com Padovani,
especialistas e diversos atores envolvidos na cadeia da pecuária local
devem participar do encontro.
“As pessoas estão usando essas
tecnologias? Se estão, o que elas verificam como sendo pontos negativos e
positivos, no sentido de uma agenda positiva de melhoria? ”, questiona.
“A ideia seria realizar uma entrevista prévia com os pecuaristas da
região, por exemplo, para identificar problemas e maneiras de
resolvê-los. Essas ideias são, depois, discutidas entre os grupos
participantes do workshop, ranqueando as soluções em grau de importância
para levar a ações mais concretas, em uma fase mais finalística”.
Para Padovani, como as soluções
tecnológicas estão bastante desenvolvidas, o momento agora é de se
trabalhar para sua adoção. “Estão consolidadas as necessidades dessas
tecnologias”, diz. “Queremos manter um portal que reúna toda a
informação disponível sobre a hidrologia pantaneira, com os níveis dos
rios por exemplo, e sobre as chuvas”. O Sistema de Alerta de Risco de
Incêndio também deve contar com uma página para divulgação de dados
relacionados à meteorologia no Pantanal, que registra anualmente
diversos focos nos períodos de estiagem.
O software do Saripan já foi finalizado; o
sistema de monitoramento de cheias e a área voltada à substituição de
pastagens também avaliam os melhores meios de se levar essas informações
a softwares e aplicativos que possam facilitar o acesso do produtor
rural e sociedade em geral a esses dados. “Para a reunião de setembro,
queremos convidar startups: empresas que têm interesse nessas
tecnologias e em poder assumir, por exemplo, a manutenção do sistema e
dos aplicativos que venham a ser gerados”, completa. “Queremos mostrar
que uma reunião como essa não é só mais uma reunião: é um encontro que
pode trazer resultados úteis para quem participar”.
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