O que parecia impossível pode acontecer nos próximos anos: fazer carne em laboratório
Um
hambúrguer feito em laboratório pode estar sendo oferecido ao
consumidor até o ano 2035. Pelo menos foi isso que foi debatido durante o
congresso Zootecnia Brasil, realizado há poucos dias, em Goiânia,
Goiás. Para o especialista em agronegócio Alexander Dornelles, a busca
por novas opções de proteína animal está associada ao aumento da
população mundial até o ano de 2050. “Essa alternativa é muito
importante porque daqui a meio século teremos uma população de mais de
10 bilhões de pessoas na Terra. O uso de células-tronco de gado para a
produção de carne será uma possibilidade para suprir o aumento do
consumo”, explica.O cultivo de células para carne e pele animal dentro de laboratório se assemelha a ficção. Mas, o que muita gente só imagina em filmes está cada vez mais próximo de se tornar realidade. O assunto, polêmico e futurista, integrou a palestra sobre perspectivas da produção e consumo de produtos de origem animal nos próximos 50 anos.
Um dos benefícios proporcionados pela proteína desenvolvida em laboratório, segundo pesquisadores da Universidade de Oxford, na Inglaterra, é a redução de 95% na emissão de gases que promovem o efeito estufa. “Com a adoção dessa técnica para produção de carne, além da redução do Co² liberado na atmosfera, teremos também a diminuição do abate de milhões de animais. Podemos dizer então que a proteína criada em laboratório pode ser uma opção para aquelas pessoas que não consomem carne por não apoiarem o sacrifício de animais para ingestão”, finaliza Dornelles.
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