Congresso Nacional de Milho e Sorgo destacará Tecnologias que ajudam a enfrentar os períodos de seca
O XXXI Congresso Nacional de Milho e Sorgo, vai acontecer de 25 a 29 de setembro de 2016, em Bento Gonçalves-RS. Um dos tema para debates durante o encontro, é a restrição hídrica e formas de mitigação que podem ser adotadas pelos produtores. O congresso é promovido pela Associação Brasileira de Milho e Sorgo (ABMS) e terá como tema “Milho e Sorgo: inovações, mercados e segurança alimentar”, com ênfase nas discussões sobre os impactos das novas tecnologias geradas pelas instituições de pesquisa pública e privada e seus desdobramentos nas áreas de ensino, pesquisa e extensão sobre as culturas de milho e sorgo no Brasil.Entre os anos de 2014 e 2016, a temperatura do oceano ficou acima da normalidade durante 14 meses. Foi o maior tempo de El Niño registrado nos últimos 65 anos. O fenômeno causou grande impacto na distribuição e na quantidade de chuvas no Brasil. Em 2015, houve maior volume de chuvas nas regiões Sul e Sudeste, o que favoreceu o acúmulo de água no solo e a recuperação dos recursos hídricos. Entretanto, as anomalias climáticas provocaram forte estiagem na região do Brasil Central, atingindo principalmente os estados de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Como consequência, houve grande prejuízo na safrinha de 2016.
Segundo o pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo, Daniel Pereira Guimarães, os estados mais afetados foram Goiás e Mato Grosso, por isso, ele considera que este fato é um indicativo para que os produtores invistam em irrigação. “Hoje, o produtor, muitas vezes, já vende a safra antecipada, antes da colheita, confiando no clima. E quando não chove, há um grande prejuízo. Por isso, os sistemas irrigados apresentam-se como uma das estratégias de mitigação em regiões com déficit hídrico para a produção de grãos”, afirma.
Daniel Pereira ressalta que o uso de tecnologias espaciais, atualmente, permite monitorar as condições do clima em todo o planeta. Desde maio de 2016, já ocorre um longo período de estiagem no Estado do Espírito Santo, em regiões do Jequitinhonha e Norte de Minas Gerais, no Sul da Bahia e Vale do São Francisco até o interior do Estado de Pernambuco.
“Estes locais se encontram em condições climáticas severas, com a temperatura bem maior do que a média esperada para o período. As áreas mais afetadas são as pastagens. Há riscos de aumento das áreas queimadas e redução drástica nos recursos hídricos provenientes das lagoas e rios”, comenta Pereira, acrescentando que “o produtor precisa se preparar para armazenar água, evitar queimadas e, principalmente, fazer a silagem para alimentar o gado”.
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