quinta-feira, 2 de junho de 2016

Hortas urbanas: Uma ideia para se espalhar


Divulgação
Talita Campoi: produtos orgânicos
MMA traz para o ciclo de conferências da Semana do Meio Ambiente palestrante que falará sobre hortas urbanas, uma forma de reaproximar o homem da terra.


Plantar e colher o próprio alimento é algo exclusivo para quem mora em zonas rurais ou casas com grandes áreas verdes. Correto? Errado. É exclusivo para quem coloca a mão na terra e busca comer de forma mais saudável.
Esse é inclusive um hábito que vem crescendo bastante nas cidades. Preocupadas com a sua saúde, e em estabelecer uma relação mais próxima com o meio ambiente, cada vez mais pessoas têm buscado cultivar a sua própria horta. Uma alternativa para consumir hortaliças e temperos, aplicando, principalmente, os conceitos da produção orgânica.
O casal Talita Campoi (29 anos, relações públicas) e Daniel Pacheco (38 anos, engenheiro químico) começou a se interessar mais pelo assunto das hortas urbanas em 2012. Mas só em 2015 eles passaram a ser os responsáveis pela operação da Urban Farmers no Brasil, uma empresa de origem suíça que se compromete a oferecer produtos orgânicos em larga escala nas grandes cidades, através da produção de fazendas urbanas no topo dos prédios.
Talita será uma das palestrantes do ciclo de conferências “Ideias que merecem ser Disseminadas”, promovido pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) especialmente para a Semana do Meio Ambiente. A palestra de Talita acontecerá no dia 3 de junho, às 19h, e tem como tema as hortas urbanas.

COMO FUNCIONA
No modelo que o casal está trazendo ao Brasil, ervas, verduras, legumes e peixes são cultivados através da aquaponia, o que permite que 90% da água seja reutilizada, sem agrotóxicos ou desperdícios.  Isso possibilita a redução do processo e da logística de produção, para que o alimento tenha qualidade e validade maior e preço menor.
O sistema de aquaponia integra peixes e hortaliças, formando um ecossistema onde as plantas filtram as águas dos peixes e os dejetos dos peixes servem de adubo para as plantas. “Um ciclo que economiza 95% de água frente à agricultura tradicional”, ressalta Talita.
O modelo de cultivo que a empresa suíça desenvolveu na cidade de Basiléia (na Suíça) é semelhante ao praticado por empresas da Europa, Ásia e Estados Unidos, com a mesma tecnologia adotada na produção em larga escala, com a diferença de que as hortas, nesses outros locais, são mais simples e não possuem o sistema inovador da aquaponia.
Essa grande produção gera, anualmente, cinco toneladas de vegetais e 850 kg de peixes em uma fazenda de 250 m2 na cidade suíça de Basiléia.
Os produtos serão vendidos para supermercados, hotéis e restaurantes. Porém, o público final poderá ter acesso, também, ao visitar as “fazendas”, conhecendo de perto o que é essa nova era da agricultura e comprando os produtos.
O INÍCIO
O envolvimento deles com a empresa começou em agosto de 2015, quando Roman Gaus, presidente e fundador do Urban Farmers, esteve no Brasil para realizar uma palestra na Virada Sustentável, em São Paulo. Desde então, o casal se tornou embaixador da empresa no país.
No Brasil ainda não existe nenhuma operação da empresa. A unidade que o casal implantará será a primeira. “Ainda está sendo decidindo o local exato. Já na Europa, além da unidade na Suíça, existe uma operação na Holanda (em Den Haag), todas em topos de prédios”, conta ela.
Segundo Talita, que acaba de voltar da festa de inauguração da fazenda da Holanda, a sensação foi incrível. “Uma fazenda no telhado de um prédio? Perto do céu! Vendo a cidade do alto. Foi incrível, uma sensação de criança”, destacou ela.
HORTA EM CASA
Para quem quer começar uma pequena horta em casa, Talita sugere que é importante começar lendo bastante sobre o assunto, para se informar mais. “Entender como é cuidar de plantas. Ter disciplina e saber que, como nós, as plantas têm alma, precisam de cuidados, e até de conversas. E, claro, é importante começar aos poucos. Comprar um ou dois vasos e, a partir daí, ir aumentando, é uma boa estratégia para começar e ter sucesso”, conta, bem humorada, a relações públicas.

Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA): 

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