Em toda direção, ovino e caprino são a solução
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O
 sucesso do agronegócio brasileiro é um grande motivo de estímulo para a
 caprino-ovinocultura. Se o agronegócio vai bem, isso quer dizer que 
centenas de milhares de propriedades vão abrindo espaço para os pequenos
 ruminantes.
Entre
 2010 e 2022 alguns estudos mostram que a área de lavouras iria crescer 
14,9 milhões de hectares, mas a verdade é que cresceu apenas 9,9, 
mantendo mesmo assim um ganho de produtividade de 11,4%. Ou seja, o 
Brasil está economizando 5,0 milhões de hectares. Além disso, dos 9,9 
milhões que serão adicionados, 5,4 milhões serão ex-pastagens, pois a 
pecuária de corte está intensificando a produção em menos área. 
Resultado: um enorme progresso com incorporação de apenas 4,5 milhões de
 hectares novos. Tudo isso mostra que os produtores rurais estão na 
busca de mais sustentabilidade na produção. São os verdadeiros 
ambientalistas brasileiros, ou seja, pessoas que produzem com total 
respeito ao ambiente.
Até
 2022, o crescimento do agronegócio empregará mais 6,0 milhões de 
pessoas, ou 34% do total de empregos do país, sendo que 50% de tais 
empregos estarão na área de serviços, fora do campo. Assim, a população 
rural irá se reduzindo, cada vez mais, especializando-se em atividades 
mais lucrativas.
A
 grande fronteira já está se consolidando nas regiões Centro-Oeste e no 
Mapitoba (Maranhão, Piauí, Tocantins e oeste da Bahia), com elevada 
produção de carnes e grãos.
O
 Brasil é um exemplo? Ainda não, pois está produzindo apenas 160 milhões
 de toneladas de alimentos, enquanto os Estados Unidos produzem 600 
milhões. Os alimentos são a grande ferramenta estratégica de poder. Uma 
nação somente é poderosa se consegue dominar a alimentação de seu povo! 
Por outro lado, os produtores rurais estão aumentando a produção, 
melhorando a produtividade e economizando terras: este, sim, é um bom 
exemplo.
u Cabra & ovelha
 - No cenário francamente otimista, milhares de propriedades vão 
buscando maior racionalidade e concluem que as tradicionais explorações 
não mais se coadunam com os elevados preços da terra, exigindo produtos 
mais lucrativos. Nesse cenário surge a produção de carne de cordeiro e 
de cabrito.
As
 heranças reduzem o tamanho das grandes propriedades e, sendo menores, a
 criação precisará ser bastante tecnificada e estará cada vez mais 
próxima dos centros urbanos, com facilidade para aquisição de insumos.
A
 produção de carne de pequenos ruminantes tende a imitar o sistema 
avícola, com um centro beneficiador e uma multidão de fazendeiros ao 
redor, comprando insumos de forma cooperativada. Esse é o modelo 
sustentável que já vai ganhando os necessários contornos. Já estão 
surgindo dezenas desses sistemas no país, a maioria com projetos 
ambientais completos.
Para
 atender regiões distantes, o Ministério já aprovou a planta de um 
minifrigorífico, de baixo custo, que irá garantir autonomia para núcleos
 de muitos Estados. Enfim, a carne de cordeiro atingiu preços jamais 
vistos na História e abriu um nicho de alta gastronomia, ao mesmo tempo 
em que os açougues permitiram a inclusão da carne de carneiro nas 
churrascarias e festas de fim-de-semana.
O
 cenário, portanto, é muito bom - mesmo com a exceção climática que 
flagela o Nordeste e o extremo sul, no momento. Estes flagelos, porém, 
já estavam previstos e são de curta duração. No final, também estes 
flagelos exigirão a reposição de milhares de cabeças que naturalmente 
terão sido consumidas. Esta reposição será feita com animais de 
genética superior, permitindo uma elevação na taxa de desfrute do setor.
Assim,
 em toda direção, a criação de ovinos e caprinos é uma boa solução, para
 composição de uma melhor renda na propriedade. Vai se chegando, então, 
ao ponto de consolidação da cadeia produtiva, garantindo vantagens para 
todos os participantes do melhor negócio da atualidade que tem um 
formidável horizonte até o ano 2050, segundo especialistas mundiais, 
referindo-se ao Brasil.
u São Paulo
 - O melhor exemplo vem de São Paulo. Disparou na dianteira, com crédito
 para os pequenos proprietários. A cidade de São Paulo exige muita carne
 que continua sendo importada, mas que poderia ser produzida dentro do 
Estado. Por isso, o Governo melhorou a linha de crédito, que poderia ser
 imitada em todas as regiões, com teto de R$ 100 mil para cada um, 
destinado ao melhoramento genético e às instalações, com carência de 2 
anos e mais 5 para pagar, com juros de 3% ao ano. É assim que se promove
 uma atividade em pequenas propriedades: com crédito para o homem que 
pretende trabalhar, de fato.


 
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