sábado, 16 de junho de 2012



Em toda direção, ovino e caprino são a solução

-

O sucesso do agronegócio brasileiro é um grande motivo de estímulo para a caprino-ovinocultura. Se o agronegócio vai bem, isso quer dizer que centenas de milhares de propriedades vão abrindo espaço para os pequenos ruminantes.
Entre 2010 e 2022 alguns estudos mostram que a área de lavouras iria crescer 14,9 milhões de hectares, mas a verdade é que cresceu apenas 9,9, mantendo mesmo assim um ganho de produtividade de 11,4%. Ou seja, o Brasil está economizando 5,0 milhões de hectares. Além disso, dos 9,9 milhões que serão adicionados, 5,4 milhões serão ex-pastagens, pois a pecuária de corte está intensificando a produção em menos área. Resultado: um enorme progresso com incorporação de apenas 4,5 milhões de hectares novos. Tudo isso mostra que os produtores rurais estão na busca de mais sustentabilidade na produção. São os verdadeiros ambientalistas brasileiros, ou seja, pessoas que produzem com total respeito ao ambiente.
Até 2022, o crescimento do agronegócio empregará mais 6,0 milhões de pessoas, ou 34% do total de empregos do país, sendo que 50% de tais empregos estarão na área de serviços, fora do campo. Assim, a população rural irá se reduzindo, cada vez mais, especializando-se em atividades mais lucrativas.
A grande fronteira já está se consolidando nas regiões Centro-Oeste e no Mapitoba (Maranhão, Piauí, Tocantins e oeste da Bahia), com elevada produção de carnes e grãos.
O Brasil é um exemplo? Ainda não, pois está produzindo apenas 160 milhões de toneladas de alimentos, enquanto os Estados Unidos produzem 600 milhões. Os alimentos são a grande ferramenta estratégica de poder. Uma nação somente é poderosa se consegue dominar a alimentação de seu povo! Por outro lado, os produtores rurais estão aumentando a produção, melhorando a produtividade e economizando terras: este, sim, é um bom exemplo.

u Cabra & ovelha - No cenário francamente otimista, milhares de propriedades vão buscando maior racionalidade e concluem que as tradicionais explorações não mais se coadunam com os elevados preços da terra, exigindo produtos mais lucrativos. Nesse cenário surge a produção de carne de cordeiro e de cabrito.
As heranças reduzem o tamanho das grandes propriedades e, sendo menores, a criação precisará ser bastante tecnificada e estará cada vez mais próxima dos centros urbanos, com facilidade para aquisição de insumos.
A produção de carne de pequenos ruminantes tende a imitar o sistema avícola, com um centro beneficiador e uma multidão de fazendeiros ao redor, comprando insumos de forma cooperativada. Esse é o modelo sustentável que já vai ganhando os necessários contornos. Já estão surgindo dezenas desses sistemas no país, a maioria com projetos ambientais completos.
Para atender regiões distantes, o Ministério já aprovou a planta de um minifrigorífico, de baixo custo, que irá garantir autonomia para núcleos de muitos Estados. Enfim, a carne de cordeiro atingiu preços jamais vistos na História e abriu um nicho de alta gastronomia, ao mesmo tempo em que os açougues permitiram a inclusão da carne de carneiro nas churrascarias e festas de fim-de-semana.
O cenário, portanto, é muito bom - mesmo com a exceção climática que flagela o Nordeste e o extremo sul, no momento. Estes flagelos, porém, já estavam previstos e são de curta duração. No final, também estes flagelos exigirão a reposição de milhares de cabeças que naturalmente terão sido consumidas. Esta repo­sição será feita com animais de genética superior, permitindo uma elevação na taxa de desfrute do setor.
Assim, em toda direção, a criação de ovinos e caprinos é uma boa solução, para composição de uma melhor renda na propriedade. Vai se chegando, então, ao ponto de consolidação da cadeia produtiva, garantindo vantagens para todos os participantes do melhor negócio da atualidade que tem um formidável horizonte até o ano 2050, segundo especialistas mundiais, referindo-se ao Brasil.

u São Paulo - O melhor exemplo vem de São Paulo. Disparou na dianteira, com crédito para os pequenos proprietários. A cidade de São Paulo exige muita carne que continua sendo importada, mas que poderia ser produzida dentro do Estado. Por isso, o Governo melhorou a linha de crédito, que poderia ser imitada em todas as regiões, com teto de R$ 100 mil para cada um, destinado ao melhoramento genético e às instalações, com carência de 2 anos e mais 5 para pagar, com juros de 3% ao ano. É assim que se promove uma atividade em pequenas propriedades: com crédito para o homem que pretende trabalhar, de fato.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Ajude o nosso Blog.