Abeeólica diz que insegurança jurídica pode frear investimentos no RN
 A recomendação do Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) para
 que o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) 
cancele a Licença de Instalação (LI) de um Parque Eólico em Lajes, no 
interior do Estado, pode frear investimentos na cadeia produtiva local 
de energia eólica. É o que aponta a presidente da Associação Brasileira 
de Energia Eólica (Abeeólica), Elbia Gannoum, para quem a interferência 
pode representar um cenário de insegurança jurídica às empresas 
investidoras.
Em entrevista ao jornal Tribuna do Norte, ela 
reiterou a necessidade global de descarbonização da matriz energética e 
os impactos que podem resultar de medidas como a do MPRN. “Esse tipo de 
interferência traz uma insegurança muito grande para quem está fazendo 
investimentos, porque um parque eólico exige uma grande quantidade de 
capital porque tem muito investimento. Se a todo momento os 
licenciamentos ficarem sujeitos a dúvidas e questionamentos por órgãos 
do Ministério Público, que tem o seu papel fundamental, isso vai 
prejudicar os nossos investimentos em energia eólica”, argumenta.
Ela
 lembra, ainda, que o licenciamento dos parques eólicos está baseado em 
uma resolução federal do Conama, publicada em 2014, seguida 
rigorosamente pelos órgãos ambientais para realizar a licença de 
empreendimentos. Isso significa que não há impedimentos do ponto de 
vista legal e regulatória para a instalação do Parque Eólico de Lajes, 
uma vez que a licença foi pautada pela legislação.
A recomendação
 do Ministério Público do Estado foi divulgada na última quinta-feira 
(23). De acordo com o documento, a emissão da LI pelo Idema ocorreu 
mesmo após decisão contrária do  Núcleo de licenciamento de Parques 
Eólicos (NUPE), dada a importância da Serra do Feiticeiro na conservação
 da Caatinga.  Em nota, o Idema/RN informou que vai analisar os 
critérios técnicos indicados pelo MPRN “para posterior posicionamento, 
pois a mesma se trata de um projeto amplamente discutido tecnicamente 
pelo órgão ambiental”.
Tribuna do Norte
Postado por Nossa Terra

 
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