Pesquisadores da Embrapa dão sequência ao Projeto Forrageiras para o Semiárido
O objetivo do Projeto Forrageiras para o Semiárido é a sustentabilidade socioeconômica e ambiental da produção pecuária tendo o pasto como principal oferta de alimento para o rebanho, garantindo aumento na renda do produtor, estímulo à atividade agropecuária com mais qualidade de vida e preservação ambiental nas regiões que apresentam os menores índices pluviométrico do País. “Espera-se que a iniciativa garanta melhor desempenho dos rebanhos e ainda a mitigação de gás carbono na atmosfera, já que o rebanho, ao ficar menos tempo no sistema, emite menos metano. O pasto bem manejado também colabora na estocagem de carbono”, diz o chefe de pesquisa e desenvolvimento da Embrapa Cocais, Joaquim Costa.
O Semiárido brasileiro não é homogêneo, apresentando diversidade de condições ambientais em suas regiões. Pesquisa desenvolvida pela Embrapa com experimentos nos nove estados do Nordeste e na região norte de Minas Gerais, indicou benefícios de se diversificar a oferta de plantas forrageiras no Semiárido brasileiro. No Maranhão, os resultados alcançados mostraram produtividade e resiliência de espécies forrageiras e deram fôlego para a segunda fase do projeto no estado, iniciada este ano em Colinas.
Para a continuidade do Projeto Forrageiras nos próximos anos, foi firmada uma cooperação técnica entre a Embrapa e a Confederação Nacional de Agricultura – CNA, iniciada em novembro de 2021. No Maranhão, estão sendo testadas quatro forrageiras – Paiaguás e Piatã para a época chuvosa, Massai e Buffel para a época seca. A pesquisa é conduzida na Fazenda Serra das Canas, localizada no município de Colinas-MA.
Para o professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão, José Antonio Cutrim, a diversidade de plantas forrageiras é fundamental para garantir a oferta de alimento e a produtividade do rebanho. “A formação de pastagem precisa de planejamento. O produtor tem que conhecer o tipo de solo, as condições edafoclimáticas, saber se a planta vai se adaptar ao clima. No Maranhão, o projeto visa criar um modelo de produção de bovinos de corte a pasto que otimize o uso de forrageiras mais produtivas durante o período chuvoso e o uso de forrageiras mais tolerantes à seca como estratégia alimentar nesse período de escassez de volumoso”.
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