Como classificar a produção de leite no agronegócio brasileiro

A produção leiteira, no Brasil, vem ganhando destaque no cenário rural, onde a atividade  cresce em importância econômica para o país. Atualmente, o Brasil produz mais de 32 bilhões de litros de leite anualmente, sendo o quinto maior produtor do mundo e abrigando ao redor de 4 milhões de trabalhadores somente nas fazendas produtoras. O maior produtor de leite do país é o estado de Minas Gerais, com produção de leite, em 853 municípios; e o estado de menor produção é Roraima, onde há atividade leiteira em apenas 15 municípios.   No Brasil, o agronegócio é responsável por aproximadamente ¼ do Produto Interno Bruto brasileiro, segundo balanço da CNA, o PIB do agronegócio atingiu 1 trilhão de reais em 2013, sendo a soja o principal item exportado pelo Brasil, tendo respondido por 13,7% do total de exportações do país em 2013, dados da CONAB. Mas a produção de leite vem crescendo deste 2007, de acordo com o Cepea, o PIB da cadeia produtiva do leite foi de 34,4 bilhões de reais, representando 1,3% de todas as riquezas geradas pelo país naquele ano. Apesar de ter uma das menores produtividades de leite do mundo o Brasil está em tendência crescente. Segundo a FAO, a vaca brasileira produz em média 1.340 litros por lactação, enquanto a americana produz 9.590 litros. Apesar de estar presente em todo território nacional e ter um peso cada vez maior dentro do agronegócio brasileiro, a atividade leiteira como um todo ainda não pode ser comparada com aquela praticada em países considerados desenvolvidos no setor. Frente a uma realidade de mais de um milhão de fazendas produtoras, são poucas aquelas consideradas realmente eficientes diante da capacidade da atividade como negócio, impedindo que todo potencial econômico do leite seja explorado e que toda a cadeia, inclusive os próprios municípios, sejam beneficiados.    Artigo do eng. Agrônomo Marcelo de Rezende, Diretor e Técnico da Cooperideal - Cooperativa para a Inovação e Desenvolvimento da Atividade Leiteira.

da redação do Nordeste Rural