Um projeto para mudar a realidade da produção da cana no nordeste
O documento acaba de ser entregue ao Governo Federal. O projeto hídrico tem como objetivo dobrar produção da cana e poderá beneficiar pequenos agricultores de Pernambuco, Alagoas e de outros estados nordestinos produtores de cana de açúcar. O projeto visa reter a água abundante da quadra chuvosa em pequenas propriedades através de micro barragens, evitando seu desperdício e utilizando-a durante o período mais seco. A medida, se aprovada pelo governo, pode dobrar a produção e evitar a morte da planta com o armazenamento da água da chuva, otimizando o seu uso.Além de garantir a segurança hídrica para a produção dos pequenos canavieiros e ainda evitando que a água da chuva deságue no mar sem nenhuma função, estas barragens de salvação, como estão sendo chamadas pela Feplana, podem contribuir e até dobrar a produção da cana e evitar um prejuízo ainda maior com a morte da socaria da planta, que pode durar até seis safras se irrigadas de forma adequada.
As barragens de salvação são indispensáveis para os canaviais do NE e fundamentais para as demais regiões produtores que carecem de uma segurança hídrica mínima. O secretário de Irrigação se mostrou muito interessado pela proposta e pediu para que a Feplana a entregasse detalhadamente. A entidade ficou de enviar até o início do próximo mês.
O projeto que pode mudar o problema de déficit hídrico no cultivo da cana está sendo desenvolvido pela Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana) e seus pilares foram apresentado para o secretário nacional de Irrigação, Ricardo Santa Rita. O problema de déficit hídrico sobre a agricultura prejudica a produção nacional e o faturamento do produtor que depende da regularidade da chuva. A produção canavieira do NE, por exemplo, enfrenta problemas hídricos todos os anos, independente dos períodos cíclicos de seca.
O ciclo pluviométrico é marcado por bons volumes de chuva em poucos meses e o restante fica bem baixo, sobretudo quando a planta precisa de água para rebrotar, em destaque entre novembro a janeiro. Com isso, a produção cai significativamente e promove a morte da socaria.
“Com as mudanças climáticas,convivemos até com estiagem em meses da quadra chuvosa, a exemplo do mês de julho que costuma ter um elevado índice pluviométrico, mas este ano foi seco,ficando 40% abaixo da média histórica do período na Zona canavieira do NE”,disse Alexandre Andrade Lima, presidente da Feplana ao defender o projeto para o secretário de Irrigação. O dirigente lembrou que a água armazenada poderia inclusive ser usada nesta condição pelos pequenos produtores que não têm recursos para instalar as suas barragens.
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