Ovinocultura busca aumentar produção e rentabilidade
 
   
  
Atentos às exigências da sociedade, a ovinocultura
 vem demonstrando um crescente aumento nos últimos anos: o rebanho 
brasileiro conta atualmente com 14 milhões de cabeças distribuídas em 
todo o País, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e 
Estatística (IBGE). Esse crescimento se deve, entre muitos motivos, a um
 mercado consumidor cada vez mais exigente por produtos de qualidade. A 
observação é do médico veterinário e especialista em biotecnologia de 
reprodução, André Rocha, durante palestra realizada nesta sexta-feira 
(1º/04), na Exposição das Tecnologias Voltadas ao Desenvolvimento da 
Pecuária (ExpoPec), em Porangatu, Goiás.
O evento é realização da Federação da Agricultura e
 Pecuária de Goiás (FAEG), em parceria com o Serviço Nacional de 
Aprendizagem Rural em Goiás (SENAR/GO), Sindicato Rural de Porangatu e o
 Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), 
segue até domingo (03/04), com palestras, exposição de maquinários para a
 área da pecuária, além de animais de alta genética expostos ao longo da
 feira.
O especialista fundamentou sua afirmação, 
destacando que a atividade vive um grande potencial de produção, já que a
 lida com ovinos oferece ao criador várias opções de produtos para 
incrementar a renda mensal. Mas, para que isso possa se concretizar, o 
criador precisa assegurar e se dedicar ao manejo adequado dos mamíferos.
 “Não basta ter os animais na propriedade sem adequá-los a um sistema 
correto, oferecendo qualidade, alimentação e conforto para uma boa 
rentabilidade”, explicou.
Apesar do cenário, a ovinocultura nacional não 
deslanchou ainda, considerando que importa mais que exporta. Além disto,
 o consumo interno da carne ainda é modesto: entre 0,7 e 1,0 quilo por 
pessoa ao ano, muito baixo levando em conta que o País tem mais de 200 
milhões de pessoas.
Com isso, os criadores precisam saber que a carne 
ovina tem alto valor de mercado quando comparada às demais, o que inclui
 a bovina, tornando as negociações deste setor mais rentáveis. “A 
rentabilidade da atividade de ovinocultura se dá pela quantidade de 
arrobas, produzidas em menor espaço de tempo do que na atividade de 
bovinocultura de corte, por exemplo, sem falar do constante preço alto 
da arroba do ovino”, destaca.

Segundo André, para obter uma ovinocultura 
lucrativa o produtor precisa aliar técnica, instalações adequadas, 
animais de alta reprodução, mão de obra qualificada e união entre os 
criadores. “Assim conseguiremos avançar na produção e principalmente 
evoluirmos no cenário nacional e internacional. Já que somos o maior 
produtor de carne ovina do Continente Americano”, afirmou.
Consumo
Segundo o especialista, o consumo baixo vai além de questões culturais, reforçadas pelo comércio de carnes mais populares, como a bovina e a de frango. “Os criadores não têm aderido de forma efetiva à ovinocultura também por falta de conhecimento, de estruturação da cadeia – faltam cooperativas e assistência técnica qualificada, além de plantas de abatedouros nas proximidades da propriedade rural, dentre outras.”
Segundo o especialista, o consumo baixo vai além de questões culturais, reforçadas pelo comércio de carnes mais populares, como a bovina e a de frango. “Os criadores não têm aderido de forma efetiva à ovinocultura também por falta de conhecimento, de estruturação da cadeia – faltam cooperativas e assistência técnica qualificada, além de plantas de abatedouros nas proximidades da propriedade rural, dentre outras.”
Mesmo assim, “dentro do panorama brasileiro, os 
estados ou regiões que se destacam pelos bons índices de produção são o 
Nordeste, com o maior contingente de cabeças, região Sul, com destaque 
para Rio Grande do Sul. Ainda há grande estímulo de produção na região 
Sudeste”, destacou.
 
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