As plantas da caatinga e a seca no Sertão do Nordeste
Imbuzeiro verde na caatinga seca
Juazeiro verde na caatinga seca
Mandacaru com flores na seca
Mandacaru com frutos na seca
As fotos
Nestas
fotografias
podemos observar uma planta de imbuzeiro e de juazeiro com suas folhas
verdes. Uma planta de mandacaru com flores e frutos. As fotografias
foram obtidas no município de Petrolina, PE, em 12 de
abril de 2013.
Os fatos
A seca que afeta a região
semiárida do Nordeste neste momento, tem apresentando características
diferentes de outras secas que já ocorreram na região. Há localidades onde as
chuvas têm ocorrido em quantidade suficiente para a formação de água e pastagem
para os animais e outras onde os agricultores conseguiram planta e estão
colhendo um pouco de feijão. Contudo, a maior parte da região semiárida esta
enfrentada uma seca sem precedentes, onde falta água e alimentos para os
rebanhos locais. O grande diferencial é que a água para o consumo humano tem
sido fornecida, embora irregular, pelos carros-pipas. No Sertão de Pernambuco segundo
a APAC (Agência Pernambucana de Água e Clima), no mês de janeiro os municípios
onde foram registrados os maiores volumes acumulados foram: Moreilândia (277,0
mm), Araripina (227,0 mm), Ouricuri (199,0 mm), Exu (186,2 mm), Iguaraci (164,7
mm), Santa Cruz da Venerada (152,7 mm), Ipubi (152,0 mm), Bodocó (147,4 mm) e
Afrânio (145,2 mm). No mês de fevereiro as maiores chuvas foram registradas em:
Exu (69,6 mm), Araripina (57,0 mm), Santa Cruz da Baixa Verde (42,0 mm),
Triunfo (34,3 mm) e São José do Egito (33,3 mm). No mês de março as maiores
precipitações, foram observadas em: Araripina (174,0 mm), Quixaba (154 mm),
Afogados da Ingazeira (132 mm) e Santa Teresinha (117, o mm). No mês de abril,
até o momento, as maiores precipitações no Sertão foram observadas nos
municípios de Araripina (23,0 mm); Moreilândia (13,0 mm); Ouricuri (46,6 mm); Exu
(31,6 mm); Afrânio (112,5 mm). Como se pode observar, em alguns municípios do
Sertão os volumes de chuvas são significativos, embora a seca ainda esteja
causando danos severos para a agricultura e pecuária da região. No Sertão do
São Francisco, especificamente no município de Petrolina, PE, até o momento
choveu somente 119,2 mm, sendo 92 5 mm no mês de janeiro. Essa situação está configurando
um novo panorama no Sertão, onde a vegetação começa a se representada pelas
plantas nativas que tem suportado a seca como o imbuzeiro, o juazeiro, a
baraúna, o mandacaru, entre outras. Para os criadores de animais do Sertão, principalmente
os criadores de bovinos, é hora de sentar, pensar e planejar o futuro de seus
empreendimentos neste novo cenário nordestino.
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