Crédito Fundiário tem redução de taxa de juros para a juventude e a pobreza rural
A taxa de juros para o Programa Nacional 
de Crédito Fundiário (PNCF), do Ministério do Desenvolvimento Agrário 
(MDA), será reduzida, passando de 5% para 2%. A medida assegura aos 
jovens rurais entre 18 e 29 anos e às famílias de agricultores em 
situação de pobreza juros ainda menores, de 1% e de 0,5%, 
respectivamente. 
  
 
A Resolução nº 4177 prevê, também, a universalização 
dos serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), que passa a
 valer por cinco anos para os novos contratos, com um repasse de R$ 1,5 
mil por beneficiário/ano. Aprovada pelo Conselho Monetário Nacional 
(CMN), na última sexta-feira (4), ela entra em vigor a partir do dia 1º 
de abril e foi publicada no Diário Oficial da União, nessa segunda-feira
 (07). 
  
 
O que mudou no PNCF 
  
  
| Condições atuais | Novas condições | 
| Juros de 2% a 5% | 
Juros de 0,5% a 2% sendo: 
         
·   Pobreza rural (CAD-Único) - 0,5% 
         
·   Juventude (de 18 a 29 anos) - 1% 
        ·   Demais beneficiários – 2% | 
| Prazo de pagamento de 17 a 20 anos | Prazo de pagamento de 20 anos | 
| Rebate regionalizado para pagamentos em dia sendo: Semiárido – 40%; Nordeste – 30% e demais regiões – 18%; • Teto limite para o rebate: R$ 1,3 mil | Rebate regionalizado para pagamentos em dia sendo: Semiárido – 40%; Nordeste – 30% e um aumento para 20% nas demais regiões • Aumento no teto limite para R$ 3 mil | 
| Ater por dois anos | Ater por cinco anos com parcelas anuais de R$ 1,5 mil, por beneficiário | 
O CMN aprovou, ainda, a 
Resolução nº 4178, que estabelece novas regras para renegociação de 
dívidas do PNCF, do Banco da Terra e da Cédula da Terra. Com isso, 
agricultores familiares em situação de inadimplência terão a chance de 
negociar novamente todas as parcelas em aberto. Os ajustes serão feitos 
com taxas de juros reduzidas a 2% e alongamento do prazo de 
financiamento. 
  
 
Para ter direito às novas 
condições, o beneficiário deverá fazer a adesão ao processo de 
renegociação e apresentar a documentação necessária até o dia 28 de 
março, impreterivelmente. A formalização e o pagamento da amortização 
têm como prazo limite o dia 28 de junho.  No caso dos contratos 
adimplentes em 31 de dezembro de 2012, a redução da taxa de juros será 
automática. 
  
 
A individualização dos 
contratos inadimplentes pode ser feita simultaneamente à renegociação 
mantendo, inclusive, os mesmos prazos para a adesão e formalização do 
processo. 
  
 
O que mudou na renegociação 
| 
Condições - 4029     
         | 
 Novas Condições - 4178 
           
         | 
| Juros de 2% a 5% | Juros de 2% | 
| Limite de seis (6) parcelas para renegociação | Renegociação de todas as parcelas vencidas e vincendas até 28/06/13 | 
| Renegociação limitada ao prazo do financiamento (20 anos) | Alongamento dos financiamentos em um ano para cada prestação vencida e não paga | 
| Limitador de rebate de R$ 1,3 mil | Reajuste no valor do limitador de rebate, que passa para R$ 3 mil | 
As medidas aprovadas fazem
 parte de um conjunto de propostas para o aprimoramento do PNCF, 
trazidas pelo Grupo de Trabalho do Crédito Fundiário (GT) – formado por 
representantes do MDA, Ministério da Fazenda, movimentos sociais e  
participantes do 5º Seminário Nacional do PNCF, realizado em dezembro 
último, em Pirenópolis (GO). 
  
 
Na opinião do secretário 
de Reordenamento Agrário (SRA/MDA), Adhemar Almeida, “as medidas vão 
garantir aos agricultores familiares melhores condições para que estes 
possam produzir, comercializar e desenvolver-se de maneira sustentável. 
Esse é o modelo de agricultura pelo qual lutamos no MDA”, disse. 
  
 
Para o presidente da 
Confederação dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Alberto Broch, 
as medidas aprovadas são de extrema importância para agricultura 
familiar de todo o País. “O GT possibilitou a criação de um conjunto de 
propostas, algumas delas agora aprovadas pelo CMN. Apesar de ainda 
estarmos avaliando detalhadamente os itens aprovados, entendemos que as 
melhorias conquistadas são necessárias para o fortalecimento dessa 
importante politica complementar de acesso à terra, que é o Crédito 
Fundiário”, comentou Broch. 
 
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