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Mosca da bicheira provoca prejuízos de U$ 380 bilhões no Brasil
“A mosca da bicheira só copula uma vez, então esterilizando os machos, conseguimos reduzir ou acabar com a população”
As larvas da 
mosca da bicheira se alimentam de tecido vivo, e são postas em 
ferimentos pré-existentes em animais de sangue quente, provocando queda 
na produtividade e até a morte de bovinos, ovinos e outros. No Brasil, 
os prejuízos podem chegar a U$ 380 milhões por ano, conforme estudo da 
Universidade Federal do Rio de Janeiro. Segundo o coordenador geral de 
sanidade animal do Mapa, Jorge Caetano Júnior, o controle do inseto 
precisa ser feito em conjunto entre os territórios afetados. Atualmente,
 a mosca (C. Homnivorax) só está presente em países da América Latina, 
tendo sido erradicada nos Estados Unidos, Canadá e México através de um 
sistema de esterilização de machos. “A mosca da bicheira só copula uma 
vez, então esterilizando os machos, conseguimos reduzir ou acabar com a 
população”, explica.
Porto Alegre sedia na próxima semana um 
evento para integrantes dos ministérios da agricultura de diversos 
países da América Latina. Trata-se de um treinamento para controle da 
mosca da bicheira que vai apresentar informações sobre o controle de 
população do inseto através de tecnologia nuclear. O assunto vem sendo 
tratado pela Agência Internacional de Energia Atômica em conjunto com o 
Serviço Veterinário Oficial dos países do continente. O treinamento vai 
contar com a presença de palestrantes de diversos países e abordar temas
 como epidemiologia e ecologia das populações da mosca. A atividade vai 
contar com um Dia de Campo no Instituto de Pesquisas Veterinárias 
Desidério Finamor.
O projeto da Agência Internacional de 
Energia Atômica tem o objetivo de utilizar a tecnologia nuclear para 
esterilizar os machos das moscas através de irradiação, reduzindo a 
população. O evento acontece de 7 a 11 de outubro no Hotel Intercity, em
 Porto Alegre.
O Fundo de Desenvolvimento e Defesa 
Sanitária Animal está apoiando o evento. O presidente do Fundesa, 
Rogério Kerber, explica que o controle de pragas na pecuária é 
fundamental “especialmente quando refletimos sobre o trânsito global de 
pessoas, animais e produtos”. Segundo ele, “a união de diferentes países
 em torno deste assunto, ainda que de forma inicial, traz uma nova 
perspectiva”, afirma. 
 
                
                
                 
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