Plantas naturais da caatinga podem ser usadas como forragem para os animais
A caatinga pode ser manejada com técnicas especiais visando o aumento e a estabilidade na produção de forragem, de forma sustentável, para alimentar o rebanho de caprinos e ovinos nos períodos secos. Para a pesquisadora Mônica Matoso, da Embrapa Caprinos e Ovinos, em Sobral, no Ceará, diz que “as técnicas recomendadas têm como base o manejo de plantas lenhosas e da pastagem mais baixa, que a gente chama de estrato herbáceo, com o objetivo de aumentar a produção e a disponibilidade de forragem”, explica ela.São três técnicas que o produtor pode adotar para o melhor manejo da vegetação da Caatinga: o raleamento, o rebaixamento e o enriquecimento. O raleamento consiste no controle seletivo de espécies lenhosas da Caatinga, com o objetivo de aumentar a produção de forragem do estrato herbáceo. Com o rebaixamento, a broca manual de espécies lenhosas que servem para a alimentação animal deve ser feita à uma altura de 20 a 30 cm, e com isso tornar possível obter um aumento na disponibilidade da forragem de árvores e arbustos mantendo-a ao alcance dos animais. Já o enriquecimento é a introdução de espécies forrageiras no sistema, podendo ser espécies nativas ou exóticas.
E a pesquisadora Mônica Matoso dá um alerta para os produtores que adotarem esses métodos de manipulação da Caatinga: preservação da mata ciliar, utilização de apenas 60% da forragem disponível e preservação das árvores no sistema para manter a biodiversidade da Caatinga, evitando o desaparecimento de plantas típicas da região são procedimentos fundamentais para que o produtor tenha forragem para seus animais o ano inteiro.
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