Agricultores familiares têm melhores resultados em 2013/2014 que na safra anterior
 Os primeiros
 seis meses do ano-agrícola 2013/2014 foram de bom desempenho nas 
lavouras para os agricultores familiares. É o que indicam os números de 
Comunicação de Ocorrência de Perda (COP) do Seguro da Agricultura 
Familiar (Seaf), que ficaram mais de 50% abaixo do ocorrido na safra 
passada.
  
Desde o início de julho até 17 de dezembro de 2013, 
haviam sido registradas 310 mil adesões ao Seguro e 1.170 comunicados de
 perda. No mesmo período, na safra 2012/2013, foram formalizadas cerca 
de 4.100 ocorrências de perdas.
  
Segundo o coordenador-geral do Seaf da Secretaria da 
Agricultura Familiar do MDA, José Carlos Zukowski, “por melhor que seja a
 safra, sempre há algum problema com o clima, mesmo que restrito a 
poucas localidades”. Os eventos climáticos que mais ocorreram nesses 
seis primeiros meses da safra 2013/2014 foram o granizo, a geada e a 
chuva excessiva. Os estados que mais registraram ocorrências foram os da
 Região Sul, com 1.115 comunicados de perdas.
  
Zukowski observa que o número de comunicados de 
perdas é pequeno até agora, mas que ainda é cedo para saber o resultado 
final: “A safra de verão terá lavouras em campo por mais alguns meses. O
 plantio da safrinha começa no início do próximo ano e, depois, tem a 
safra de inverno. Em qualquer caso, o agricultor precisa tomar os 
devidos cuidados com a lavoura porque podem ocorrer problemas 
localizados”, afirma.
  
O coordenador do Seaf recomenda que o agricultor 
busque assistência técnica. “Isso é importante para obter um bom 
resultado na colheita e contribui para evitar perda da cobertura do 
seguro”, explica. “Na condução da lavoura devem ser adotados os cuidados
 pertinentes com a conservação do solo, correção e adubação, controle de
 pragas e doenças e demais tratos culturais. Também é preciso manter bem
 guardados os documentos do seguro, principalmente as notas fiscais dos 
insumos, pois precisam ser apresentadas no momento de comunicar a 
perda”, assinala o coordenador do Seaf.
  
Seaf
  
O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) criou o Seguro da Agricultura Familiar (Seaf) para que o agricultor possa plantar com segurança, tendo uma garantia de renda.
O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) criou o Seguro da Agricultura Familiar (Seaf) para que o agricultor possa plantar com segurança, tendo uma garantia de renda.
Para ter acesso ao Seaf, o agricultor deve contratar o
 financiamento de custeio agrícola do Pronaf – o seguro e o crédito são 
formalizados no mesmo contrato.  São seguráveis lavouras com culturas 
que estão no zoneamento agrícola e lavouras irrigadas de qualquer 
cultura. O Seaf é contratado automaticamente com o crédito de custeio.
  
O Seguro cobre 100% do valor financiado mais uma 
parcela de renda - calculada a base de 65% da renda líquida esperada e 
limitada a R$ 7 mil por agricultor/ano. O agricultor paga uma taxa de 2%
 sobre o valor segurado. Para lavouras irrigadas e na região semiárida, a
 taxa é de 1%.
  
COP
  
Para receber o pagamento do seguro, o agricultor familiar precisa fazer a Comunicação de Ocorrência de Perda (COP) no banco onde contratou a operação. O pedido de cobertura pode ser feito se as perdas forem superiores a 30% e se não houver irregularidades na lavoura.
Para receber o pagamento do seguro, o agricultor familiar precisa fazer a Comunicação de Ocorrência de Perda (COP) no banco onde contratou a operação. O pedido de cobertura pode ser feito se as perdas forem superiores a 30% e se não houver irregularidades na lavoura.
A COP deve ser feita no momento apropriado. No caso 
de estiagem, a Comunicação pode ser feita até duas semanas antes da 
época prevista para a colheita. Mas no caso de granizo e geada, a COP 
deve ser feita logo em seguida. Se o evento climático ocorrer durante a 
colheita, o prazo para comunicar a perda é de três dias. O agricultor 
familiar precisa ir ao banco, levando as notas fiscais dos insumos 
adquiridos e formalizar a ocorrência.
  
Antes de iniciar a colheita é preciso aguardar a 
vistoria do técnico de comprovação de perdas na propriedade. Somente 
depois que for realizada a vistoria final e a área for liberada é que se
 pode começar a colheita ou dar outra destinação à área da lavoura. 
  
 
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