
O cultivo do gergelim pode ser uma das grandes alternativas para a 
convivência com a seca no Nordeste, diante da adaptabilidade da 
oleaginosa à região e da sua alta valorização nos mercados interno e 
externo. Em palestra para pesquisadores e interessados, no auditório da 
Emater/RN a convite da EMPARN (Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio 
Grande do Norte), a pesquisadora da Embrapa Algodão, de Campina 
Grande/PB, Nair Helena Castro Arriel, fez uma abordagem sobre o cultivo 
da oleaginosa no mundo e no Brasil e as experiências desenvolvidas em 
vários estados.
No Rio Grande do Norte, em parceria com a EMPARN e apoio da JICA (Japan 
International Cooperation Agency), os experimentos estão localizados nas
 estações experimentais de Apodi e de Ipanguaçu, com quatro ensaios. Na 
primeira, a colheita deve acontecer dentro de 90 dias. 
O gergelim é originário da África e da Ásia, onde estão os grandes 
produtores, como Nigéria e Índia, e o seu cultivo está espalhado por 67 
países, sendo 27 na Ásia e 23 na África. Ao todo, no mundo são mais de 
6,62 milhões de hectares cultivados e menos de 1% no Brasil, 
principalmente nos estados do Mato Grosso e Goiás. A produção brasileira
 está em torno de cinco mil toneladas, com uma produtividade de 625 
quilos/hectare. O Rio Grande do Norte já teve uma produção expressiva no
 final da década de 1990 e início da década de 1980, em 8 mil hectares.
Cerca de 90% do gergelim produzido mundialmente são destinados ao 
consumo como alimento. O Brasil importa cerca de 50% do que consome, ou 
10,5 mil toneladas/ano. Por isso, um programa de incentivo ao cultivo 
gergelim está sendo proposto para aumentar a produção, especialmente, 
para a agricultura familiar ter mais uma alternativa de remuneração. 
Segundo a pesquisadora, o preço da tonelada do gergelim no mercado 
internacional está cotado hoje a US$ 679,00, enquanto o preço pago ao 
produtor brasileiro está em torno de R$ 6,00/Kg.
Durante a exposição foram apresentadas várias tecnologias geradas e/ou 
adaptadas para promover o fomento da cultura no Brasil, especialmente na
 região Nordeste e recentemente na região Centro-Oeste, envolvendo 
cultivares, espaçamentos e configurações de plantio, consórcios, 
adubação, herbi
 
 
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