Seminário discute nutrição de caprinos e ovinos no NE
Pesquisas sobre espécies da caatinga adequadas para compor dietas para caprinos e ovinos, métodos para estimar as exigências nutricionais desses animais, experiências sobre sistemas de informação e suas contribuições para produção animal. Estes são temas em debate no Seminário Internacional "Bases teóricas e práticas da experimentação com pequenos ruminantes em pastejo no Nordeste brasileiro", promovido pela Embrapa Caprinos e Ovinos (Sobral-CE), entre os dias 25 e 26 de outubro, em Fortaleza (CE).O evento - que contou com a presença de pesquisadores da Embrapa, de universidades brasileiras e da Texas A&M University (EUA) – teve início na quinta-feira (25), com apresentação dos pesquisadores Ana Clara Cavalcante (Embrapa Caprinos e Ovinos) e Elnatan Souza (Universidade Estadual Vale do Acaraú), que abordaram a importância de se intensificar os estudos sobre a flora da caatinga para identificar espécies vegetais potencialmente úteis para alimentação dos animais. “Muitas ainda permanecem desconhecidas”, afirmou Elnatan.
Na opinião dele, é um desafio para as instituições de pesquisa formar um banco de dados sobre as forrageiras no Nordeste para subsidiar ações de enriquecimento das pastagens. Ana Clara complementou: “além de conhecer as espécies, é necessário identificar quais são as de preferências dos animais, para um uso estratégico e para trabalhar com o melhoramento genético de plantas nativas”.
A possibilidade de elaborar modelos para prever consumo e estimar as exigências nutricionais de caprinos e ovinos no Nordeste brasileiro foi mostrada nas palestras dos pesquisadores Marco Bomfim (Embrapa Caprinos e Ovinos) e Luís Tedeschi (Texas A&M). Marco destacou que a maioria dos sistemas nutricionais usados na atualidade monta bases de dados a partir de experimentos com animais confinados e predizem apenas um consumo potencial. “Porém, numa situação de animais em pastejo na caatinga, fatores como calor e verminose afetam o consumo”, ponderou ele.
Tedeschi reforçou a necessidade de construção de um modelo de estimativa de exigência nutricional específico para a caatinga, que leve em conta fatores específicos do bioma, como os efeitos das atividades físicas dos animais, nas condições da região. (Fonte: Embrapa)
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