Operador Econômico Autorizado será instituído formalmente em outubro
OEA-Agro
Projeto-piloto foi desenvolvido com setor de carnes em Santa Catarina
Em
Brasília, representantes da Receita Federal, Vigilância Agropecuária
Internacional (Vigiagro), Associação Brasileira de Proteína Animal e
Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal
reuniram-se na última quarta-feira (26), para alinhar procedimentos e
avaliar o histórico de etapas da implementação do programa Operador
Econômico Autorizado Integrado no Ministério da Agricultura (OEA-Agro).
Em todo o mundo já existem 47 mil operadores econômicos autorizados,
principalmente na Europa e Estados Unidos.
O programa brasileiro de OEA, lançado
pela Receita Federal em 2014, consiste na certificação de empresas da
cadeia logística (importadoras, exportadoras, despachantes) que operam
com baixo risco em questões de segurança física da carga e de
cumprimento das obrigações aduaneiras. Uma vez habilitadas, as operações
com essas empresas serão mais fáceis, mais rápidas, de menor custo, e
sem perda do controle e segurança aduaneira.
Até outubro do ano passado estavam
certificados 72 operadores. A meta da Receita Federal é certificar 50%
de todos os operadores brasileiros até 2019. Sob monitoramento da Casa
Civil, o programa OEA é classificado como prioritário pelo Governo
Federal
No Ministério da Agricultura, o
trabalho do OEA-Agro começou em dezembro de 2016 com a publicação da
Portaria Conjunta 1.700 do Ministério da Agricultura e da Receita
Federal do Brasil, que dispõe sobre o planejamento e a execução de
projeto-piloto no âmbito do Programa Brasileiro de Operador Econômico
Autorizado (OEA). Ainda em dezembro, o ministro Blairo Maggi assinou em
Chapecó, Santa Catarina, um protocolo de adesão com o setor produtivo da
carne para viabilizar esse projeto-piloto.
Em julho de 2017, a portaria 2.384 da
Receita Federal definiu como seria a participação, no Programa OEA, de
órgãos ou entidades da administração pública que exercem controle sobre
operações de comércio exterior. Em outubro, o Ministério da Agricultura
iniciou o trabalho com a cadeia importadora de insumos agrícolas, por
meio da assinatura do protocolo de adesão do Sindicato Nacional da
Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (SINDIVEG).
“Agora, nos reunimos para avaliar em
conjunto todo esse histórico”, disse Fernando Mendes, coordenador-geral
do Vigiagro. “A iniciativa já possui maturidade suficiente para entrar
em operação. Para tanto será publicada, ainda em outubro, a Instrução
Normativa do MAPA que instituirá formalmente o Programa Operador
Econômico Autorizado na modalidade Integrado, que será chamado de
OEA-Agro.”
Na primeira etapa, deverão ser
atendidas a cadeia exportadora de carne e a cadeia importadora de
insumos. Na sequência, novas cadeias do Agro deverão participar do
OEA-Agro.
Jackson Corbari, coordenador-geral da
Administração Aduaneira da Receita Federal, destacou que “a Agricultura,
por meio do Vigiagro, foi o primeira a iniciar um projeto piloto e
agora também será o primeiro Ministério a se integrar formalmente ao
Programa OEA”.
As empresas que operam em Regime de
Entreposto Industrial sob Controle Aduaneiro Informatizado (RECOF) estão
otimistas sobre o impacto positivo do OEA-Agro.
Sandra Gimenes, diretora técnica da Associação RECOF e OEA,
disse que “os ganhos em agilidade e redução de custos para a indústria
será enorme. Esperamos que a fiscalização de embalagens de suportes de
madeira em breve seja também atendida pela certificação OEA-Agro”.
Gimenes disse ainda que “o
projeto piloto foi muito bem conduzido, e estamos à disposição, como
órgão consultivo, para aprimorar os procedimentos e normas. A
palavra-chave é simplificar. É fundamental a parceria do setor privado
com o setor público, e o Ministério da Agricultura é muito importante
para a competitividade do Brasil no comércio exterior”.
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