terça-feira, 30 de junho de 2015

Brasil poderá exportar 100 mil toneladas de carne bovina para os EUA em cinco anos

Liberação encerra negociação de mais de 15 anos entre os dois países
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) deve publicar, nesta terça-feira (30), comunicado oficial em que reconhece o status sanitário do rebanho bovino brasileiro, o Final Rule, necessário para a importação de carne in natura do Brasil. 
 
 
Com a decisão dos Estados Unidos, abre-se um mercado potencial de pelo menos 100 mil toneladas em cinco anos para os frigoríficos nacionais. A liberação anunciada nesta segunda-feira (29) pelo governo norte-americano encerra uma negociação que já durava mais de 15 anos entre os dois países.
 
  
A decisão foi tomada durante visita da presidenta da República, Dilma Rousseff, aos Estados Unidos. A ministra Kátia Abreu integra a missão brasileira. Atualmente, o Brasil exporta apenas carne processada (ou industrializada) para o mercado americano. No total, 14 unidades da Federação serão beneficiadas com a decisão (Bahia, Distrito Federal, Espirito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Sao Paulo, Sergipe e Tocantins).
 
De janeiro a maio de 2015, o Brasil exportou US$ 139,89 milhões em carne bovina para os Estados Unidos. Deste valor, 138,81 milhões foram de carne bovina processada e US$ 1,08 milhões de miudezas. Em 2014, o total exportado pelo Brasil de carne bovina foi de US$ 229,16 milhões.

Brasil reflorestará 12 milhões de hectares até 2030.


Paulo de Araújo/MMA
Acordo bilateral com os Estados Unidos envolve também a renovação da matriz energética nacional


O Brasil firmou o compromisso de restaurar e reflorestar 12 milhões de hectares de florestas até 2030. A presidenta Dilma Rousseff selou o acordo bilateral em reunião oficial, nesta terça-feira (30/6), em Washington, com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. O pacto envolve também a renovação da matriz energética nacional até 2030.
O anúncio inclui a meta de alcançar, até 2030, a participação de 28% a 33% das fontes renováveis (eletricidade e biocombustíveis), além da geração hidráulica. O Brasil também pretende incrementar a agricultura de baixo carbono por meio de práticas sustentáveis e do aumento da produtividade, além de promover novas tecnologias para a indústria e expandir o uso de fontes de combustíveis não-fósseis.
Os países declararam, ainda, o objetivo de aumentar para 20% a participação de fontes renováveis – além da geração hidráulica – em suas respectivas matrizes. No caso do Brasil, o compromisso também vale para o período até 2030 e será baseado, principalmente, no fomento à produção eólica e por meio da biomassa. Até lá, o país conseguirá dobrar a participação dessas fontes em relação a 2014, ano em que a parcela dessas fontes na matriz brasileira girou em torno de 9%.
O compromisso de restauração das florestas brasileiras até 2030 será baseado na implantação de políticas voltadas para o combate ao desmatamento ilegal, uso da terra, e manejo sustentável de florestas. “Serão necessárias novas soluções econômicas, financeiras e tecnológicas. Já fizemos bastante, mas queremos fazer mais. Estamos comprometidos em aumentar significativamente o potencial brasileiro de remover o dióxido de carbono da atmosfera”, afirmou a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, que integra a delegação brasileira na missão oficial aos Estados Unidos.
SAIBA MAIS
Apesar de considerado natural, o efeito estufa tem aumentado nas últimas décadas e gerado mudanças do clima. Isso decorre do aumento descontrolado das emissões de substâncias como o dióxido de carbono e o metano. A liberação desses gases na atmosfera ocorre por conta de diversas atividades humanas, entre elas o transporte, o desmatamento, a agricultura, a pecuária e a geração e o consumo de energia.

Ministro Patrus Ananias anuncia produção de biodiesel em assentamentos do semiárido brasileiro


 
Um Protocolo de Intenção firmado entre o Incra e a Petrobras Biocombustível deverá estimular a produção e a compra de oleaginosos de assentados da reforma agrária do Semiárido brasileiro, incluindo o Norte de Minas. O documento foi assinado nesta segunda-feira (29) pelas duas instituições, em Belo Horizonte, durante a posse do novo superintendente regional em Minas Gerais, Gilson Souza. 
 
A posse foi dada pela presidente do Incra, Maria Lúcia Falcón, e contou com a presença do ministro Patrus Ananias e do secretário de Desenvolvimento Agrário do governo de Minas Gerais, Glênio Mariano, que representou o governador Fernando Pimentel. 
 
Patrus Ananias reafirmou seu compromisso com o desenvolvimento da política agrária e assegurou que não vai faltar à Superintendência do Incra em Minas Gerais o investimento tecnológico e em qualificação profissional visando acelerar o processo de reforma agrária no Estado. “Quero externar aqui uma satisfação política, mas também afetiva por estarmos empossando o companheiro Gilson. Ele e eu temos um bom caminho partilhado no campo da militância social, luta pela reforma agrária e cumprimento da função social da propriedade”, declarou o ministro Patrus Ananias.
 
A presidente Lúcia Falcón reiterou que o Incra estará de braços dados com o Governo Estadual no sentido de resgatar essa dívida de infraestrutura nos assentamentos e qualificar o processo de produção nas áreas reformadas.
 
O evento contou com a presença de lideranças e representantes de movimentos sociais e políticos, além de servidores da Regional de Minas.
 
Este é o segundo período em que Gilson Souza chefia a Superintendência do Incra/MG. Já havia ocupado o cargo entre 2009 e meados de 2010. Defensor da questão agrária desde 1988, Gilson de Souza é advogado e já trabalhou por dois períodos na prefeitura Municipal de Governador Valadares. É beneficiário da reforma agrária, no assentamento Oziel Alves Pereira, no mesmo município. “Nós estamos empenhados em fazer a reforma agrária acontecer em Minas Gerais. Nós temos a vontade, o desejo e o compromisso, de uma vez mais, formando e estabelecendo a nossa equipe no Incra, com a luta dos movimentos, fazer esta política pública acontecer”, comprometeu-se o novo superintendente.
 
Cadastro Ambiental
 
Durante a visita em Belo Horizonte, Falcón comemorou a inscrição de 300 dos 353 assentamentos em Minas Gerais no Cadastro Ambiental Rural (CAR) por meio de cooperação com a Universidade Federal de Lavras (UFLA). Isso significa o cadastramento de 780 mil hectares - onde vivem cerca de 15 mil famílias – na base de dados estratégica que auxilia no planejamento ambiental dos imóveis rurais e na recuperação de áreas degradadas.
 
O trabalho foi realizado em um mês, após ser solucionada a integração entre os sistemas estadual e federal para inscrição no CAR. Conforme entendimento entre a autarquia e o Governo de Minas Gerais, primeiramente ocorrerá a inscrição do perímetro dos assentamentos no Sistema CAR (SiCAR) e, após essa etapa, os dados migrarão para o sistema estadual. O prazo para que todos os assentamentos brasileiros sejam inscritos no SiCAR encerra em maio de 2016.
 
Infraestrutura
 
Durante a solenidade o superintendente Gilson Souza e o presidente da Fundação Rural Mineira (Ruralminas), Luiz Afonso Vaz de Oliveira, assinaram Plano de Trabalho que prevê a recuperação de barragem no assentamento Betinho, localizado no município de Bocaiuva, no Norte de Minas e a realização de um estudo para recuperação de infraestrutura básica em assentamentos do estado, a serem definidos em Termo de Cooperação, que prevê investimentos na ordem de R$ 25 milhões.
 
Pronaf
 
Ainda durante o evento foi assinado importante acordo entre o Incra/MG e a Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar de Minas Gerais (Fetaemg), que passa a emitir Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP). A medida vai contribuir para o acesso aos créditos para estruturação inicial e estímulo à produção nos assentamentos.
 
Apenas em 2015 o Incra/MG já autorizou 658 famílias a acessarem um total de R$ 10,5 milhões em recursos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). A expectativa, com cooperação é aumentar, ainda mais, os valores autorizados regularmente pela Superintendência.
 

Rede de pesquisadores desenvolve soluções para o uso sustentável da água nas fazendas

Paulo Mainieri - Vista aérea de fazenda no Pantanal do MS
Vista aérea de fazenda no Pantanal do MS
O Brasil, que hoje possui mais de 75 milhões de hectares plantados, teve a safra de 2015 projetada em 204,3 milhões de toneladas – a maior estimativa feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em mais de 40 anos do Levantamento Sistemático de Produção Agrícola (LSPA). Entre os vários fatores que contribuem para se chegar a números como esses, a oferta de água é um dos mais importantes. Segundo Lineu Rodrigues, pesquisador da Embrapa Cerrados, a gestão bem aplicada no uso da água é fundamental para viabilizar o funcionamento eficiente e a manutenção dos sistemas produtivos agrícolas brasileiros. "Esse é o foco da rede Agrohidro: a sustentabilidade na produção de alimentos, o que passa pelos recursos hídricos".
 
Com cinco anos de trabalho e vários resultados a apresentar, a Rede Agrohidro reúne especialistas de diversas regiões do Brasil para investigar o uso eficiente da água nos sistemas produtivos agrícolas do Brasil. Formada por sete projetos componentes, com mais de 200 atividades relacionadas tanto à pesquisa científica quanto à sua gestão, a Rede conta hoje com cerca de 120 pesquisadores para entender e aprimorar o uso dos recursos hídricos no campo, considerando os impactos das mudanças climáticas e do uso das terras na agricultura. Rodrigues, que é coordenador da Rede, ainda explica que o país viva um momento delicado em relação aos recursos hídricos, muito pouco da água brasileira é utilizado na agricultura – menos de 1% das vazões dos rios.
 
Resultados na prática
A água do córrego Buriti Vermelho, localizado na porção sudeste do Distrito Federal, estava se tornando escassa em uma época incomum para esse tipo de comportamento. A água é utilizada na agricultura pelos produtores rurais locais. "A partir de um conhecimento do sistema de manejo das necessidades hídricas das culturas plantadas na região, a equipe da Rede Agrohidro pôde orientar a população quanto à quantidade ideal de retirada de água, reunindo os produtores da região. O córrego voltou a correr em três dias", afirma a pesquisadora Azeneth Schuler, da Embrapa Solos, que lidera um dos projetos da Rede.
 
Esse é um exemplo de uma situação em que foi possível resolver um problema de abastecimento de água a partir das pesquisas feitas pela Rede Agrohidro. "Para a orientação da gestão do manejo, tanto em pequenas bacias quanto nas médias e nas grandes, o projeto pode obter muitas informações e orientações para a gestão da água", diz Schuler.
 
Luís Henrique Bassoi, pesquisador da Embrapa Instrumentação que coordena o Portfólio de Agricultura Irrigada da Embrapa, é o líder de um dos projetos componentes da Rede que elaborou várias possibilidades para se promover a sustentabilidade no uso da água. "Nós temos exemplos, começando de norte a sul, de técnicas de revegetação no bioma amazônico, para que a população ou o produtor possa ter acesso à água e, ao mesmo tempo, possa promover a sustentabilidade. Nós também temos resultados com relação a como usar informações do ambiente físico para realizar um melhor planejamento do uso de água em grandes escalas (...)". O pesquisador cita ainda que em outras regiões, como no centro-oeste do Brasil, há conclusões referentes às melhores épocas para alguns grãos: "Nós temos resultados de manejo de irrigação para o sorgo sacarino e, ainda no centro-oeste, para o plantio de milho e para utilização do biocarvão (ou biochar), um condicionador que pode aumentar a capacidade do solo de reter água", completa.
 
Em relação à gestão da água, o pesquisador Ricardo Figueiredo, da Embrapa Meio Ambiente, explica a importância de se planejar o uso desse recurso. "Se você ocupa um espaço em um terreno, você vai alterar aquele terreno de alguma forma, mas isso pode ser feito de maneira positiva. Por exemplo, um dos nossos projetos se refere a pagamentos por serviços ambientais hídricos em uma determinada região, onde o manejo do solo melhorado tem ajudado na renovação e alimentação dos estoques hídricos das águas superficiais, que são os rios".
 
Água de todos
O pesquisador alemão Sven Kralisch, da Universidade Friedrich Schiller de Jena, trabalha em parceria com a rede Agrohidro. Ele desenvolve modelos hidrológicos adaptados a diversas regiões, condições e demandas. Esses modelos representam matematicamente a realidade, fornecendo panoramas e estimativas que ajudem a resolver questões envolvendo o uso da água – tanto no Brasil quanto em outros países. "Você tem ao redor do mundo os mesmos tipos de problemas: escassez de água, eventos extremos. Eles estão relacionados à exploração excessiva dos recursos hídricos e também às mudanças das condições climáticas", afirma Sven. Na última reunião entre os integrantes da Rede, realizada na Embrapa Pantanal em Corumbá (MS), o pesquisador pôde verificar as semelhanças e diferenças entre as regiões do Brasil, já que visitou e o Pantanal sul-mato-grossense, ampliando sua bagagem profissional. "As pessoas estão aprendendo umas com as outras", diz.
 
"O nosso centro de pesquisa é um dos mais antigos no que diz respeito aos estudos sobre qualidade de água", diz a pesquisadora Márcia Divina, da Embrapa Pantanal. Os trabalhos com recursos hídricos envolvem estudos sobre ecologia aquática, monitoramento a longo prazo do Rio Paraguai (com uma ampla base de dados elaborada em 25 anos de trabalho) e o transporte e entrada de sedimentos e nutrientes na planície pantaneira, por exemplo. "Nós entendemos os processos, medimos o que está chegando até o Pantanal para gerar um entendimento da situação, avaliar os impactos e desenvolver medidas para a conservação do bioma". Para Divina, o trabalho é enriquecido pela troca de experiências promovida pela Rede, que proporciona o contato entre pesquisadores de diferentes biomas e realidades. "A rede Agrohidro tem o caráter de sensibilizar os usuários de água de forma geral, seja na produção de grãos, seja nas hidrelétricas, na piscicultura, para manter esse caráter multiuso dos recursos – mas com conservação", finaliza.

Emparn na 41ª Festa da Colheita de Ouro Branco

A cidade de Ouro Branco, no Seridó, celebrou neste final de semana a 41ª Festa da Colheita do município. A festa idealizada pelo Monsenhor Ernesto Espínola, foi uma forma encontrada para dar oportunidade ao homem do campo comemorar o fim da colheita de seus produtos. A cada ano o evento ganha uma dimensão maior e hoje é uma das mais tradicionais festas do Seridó.
Uma novidade este ano foi a participação da Emparn, que esteve presente com a ave caipira. 15 kits com 10 pintos foram distribuídos entre os agricultores como forma de divulgação dessa atividade, que se coloca como alternativa real ao pequeno produtor rural da região. 
O Seridó, que enfrenta a pior situação de escassez de água da sua história, precisa diversificar suas atividades do campo, incluindo aí a criação de pequenos animais, possibilitando a produção sustentável, em que se racionalize os seus recursos naturais.
Apresentação ao público presente do Pinto Caipira da Emparn

Inclusão entre as prendas do Leilão

Distribuição entre os agricultores 

Seguro Desemprego Rural

Representantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) querem que o governo federal edite novos critérios para acesso dos trabalhadores rurais assalariados ao benefício do seguro-desemprego. O pedido foi feito ao ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, após a presidente Dilma Rousseff ter vetado o artigo 4-A da Medida Provisória 665/2014, que tratava sobre o tema.
Segundo o secretário de Assalariados Rurais da Contag, Elias D´Ângelo Borges, já existe uma diferença entre o assalariado urbano e o rural por causa da essência do trabalho e, com as novas regras, os trabalhadores rurais terão mais dificuldade de acessar o benefício. “É preciso tratar diferente por conta das diferenças que existem, como os contratos de curta duração, a questão da informalidade no campo e a dificuldade de acesso. Então, entendemos que não há nenhum problema em se tratar isso”, disse.
O ministro Manoel Dias se colocou à disposição para discutir o assunto, mas disse que ainda não há nenhuma proposta prática. “Claro que há diferenças entre o trabalhador rural e urbano, isto tem que ser levado em consideração, e a discussão vai clarear os pontos de vista”, disse.
Segundo ele, será formado um grupo para discutir alternativas com a categoria, e fixado prazos para que não haja protelações que prejudiquem os trabalhadores.
O artigo 4-A, vetado pela presidente, previa que teria direito ao benefício o trabalhador rural dispensado sem justa causa, que comprovasse ter recebido salários relativos a cada um dos seis meses imediatamente anteriores à data de dispensa; ou ter sido empregado de pessoa jurídica ou de pessoa física a ela equiparada, durante pelo menos 15 meses nos últimos 24 meses, e não ter exercido atividade remunerada fora do meio rural no período aquisitivo, entre outras regras.
Segundo Borges, os termos do artigo vetado haviam sido negociados com o Congresso Nacional para atender à demanda dos trabalhadores rurais assalariados. A justificativa da presidente Dilma para o veto foi de que a medida não estabelecia o número de parcelas e valores a serem pagos, e resultaria em critérios mais restritivos para o trabalhador do campo, com “quebra de isonomia em relação ao trabalhador urbano”.
Pelas novas regras, o trabalhador, tanto rural quanto urbano, poderá pedir o seguro-desemprego, pela primeira vez, se tiver trabalhado por pelo menos 12 meses nos últimos 18 meses anteriores à demissão.

Antes, o período mínimo exigido para o primeiro pedido era de seis meses. Nos casos em que o trabalhador tiver acessando o seguro pela segunda vez, o prazo de carência será de nove meses. A partir do terceiro pedido, o trabalhador terá de comprovar ter trabalhado por pelo menos seis meses para receber o seguro.

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Secretários de Agricultura apoiam ministra e defendem inspeção estadual

Representantes de órgãos estaduais de defesa estão à espera da publicação das novas diretrizes que definirão a forma como será feito esse trabalho
Em carta enviada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), representantes de órgãos estaduais de defesa sanitária manifestaram apoio à ministra Kátia Abreu pela “firmeza e agilidade” na condução da Pasta, com relação à inspeção de produtos agropecuários, e pela publicação do Decreto nº 8.445, de maio deste ano, que trata sobre os procedimentos de adesão ao Sistema Brasileiro de Inspeção (Sisbi).
De acordo com o documento, assinado pelos secretários de Agricultura de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso do Sul, o novo decreto “representa o atendimento dos anseios das cadeias produtivas da agropecuária brasileira, numa demonstração de inovação e modernidade para o agronegócio, em especial, diversificando a economia baseada na produção de origem animal”.

Na carta, os representantes dizem estar à espera da publicação das novas diretrizes que vão definir claramente a operacionalização da inspeção sanitária. “Isto representará uma nova etapa nas ações executadas nos estados, permitindo o desenvolvimento do setor, dedicando ao Serviço Veterinário Oficial dos Estados à prática dos atos indelegáveis da fiscalização e auditoria nos estabelecimentos integrados ao Sisbi-Poa”, diz o texto.

O Decreto nº 8.445, que altera um anexo do Decreto nº 5.741/2006, discorre sobre os serviços públicos de inspeção vinculados aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios e consórcios. Em linhas gerais, o texto transfere para os órgãos estaduais de inspeção a competência para analisar a documentação e realizar a auditoria técnico-administrativa para verificar a equivalência dos serviços públicos de inspeção vinculados aos municípios e aos consórcios, antes da aprovação final pelo Mapa.
Fazendas de caju serão revitalizadas em Serra do Mel 
Com a maior plantação de caju do Rio Grande do Norte sofrendo as consequências da estiagem prolongada e da idade do pomar, os produtores do município de Serra do Mel estão se preparando para iniciar a revitalização das áreas mais prejudicadas. É o que prevê o plano de trabalho para revitalização da cajucultura  em Serra do Mel que começa a ser implantado numa parceria entre Sebrae, Prefeitura Municipal de Serra do Mel, Emater, emparn, RN Sustentável, CooperCaju, Uern e Ufersa.
A perspectiva é de revitalização de 320 lotes distribuídos em todas as vilas do município. Para isso, será preciso atender a alguns critérios de seleção, como por exemplo, ter compromisso com a reserva legal e participar do Programa Nacional do Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
“O número de atendimentos foi ampliado de 200 para 320 com o convênio entre o Sebrae e a Prefeitura Municipal de Serra do Mel”, comenta o gestor de fruticultura do Sebrae-RN, Franco Marinho. O diagnóstico das propriedades começa a ser realizado a partir do dia 6 de julho e devem ser concluídos até o dia 14 de agosto, quando serão apresentados na reunião do Comitê da Cajucultura de Serra do Mel.
Após a seleção, será iniciado o processo de análise e correção de solo das propriedades selecionadas. “ A iniciativa integra os trabalhos que já vinham sendo realizados em separado, isso faz com que os resultados venham mais rápido”, comenta o gestor regional da Emater em Mossoró, Alberto Hudson Souza Costa.
Passado o período de chuvas e configurada a estiagem em 2015, os produtores começam a se preparar para revitalização do pomar. “Estamos esperançosos com esse conjunto de organizações apoiando a cajucultura em Serra do Mel, conseguimos juntar vários setores para recuperar o pomar com assistência técnica e acesso ao crédito”, frisa a representante da CooperCaju, Terezinha Medeiros.

Além disso, o plano de trabalho prevê ainda capacitações de enxertia e substituição de copas; crédito rural; manejo do solo, de pragas e de melancias, implantação de viveiros e acesso ao crédito.

Safra global de milho pode superar 1 bi t em 2015/16, diz Lanworth


SÃO PAULO (Reuters) - A produção global de milho na temporada 2015/16 poderá atingir o recorde de 1,001 bilhão de toneladas, estimou nesta sexta-feira a consultoria norte-americana Lanworth, citando plantio acima das expectativas nos Estados Unidos.
A projeção está acima da realizada pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), de 989,3 milhões de toneladas. Em 2014/15, a produção global foi calculada em 999,45 milhões de toneladas.
"Observações de campo realizadas nas últimas duas semanas indicam um plantio de milho mais elevado nos EUA, com uma área que deverá ficar apenas 850 mil acres abaixo da registrada na temporada passada, apesar do menor retorno financeiro", disse a Anamaria Gaudencio Martins, em relatório.
Os Estados Unidos terminaram recentemente de plantar sua safra de grãos, em meio a chuvas que têm provocado alguma preocupação quanto à qualidade das lavouras.
"Apesar da recente e esperada umidade no leste dos EUA, a possibilidade de El Niño geralmente resulta em produtividade acima da média, e este cenário pode levar a produção acima da atual previsão do USDA", disse a Lanworth.
A consultoria projeta uma colheita norte-americana do cereal em 355 milhões de toneladas, ante 346,22 milhões do USDA.
"A presença de um El Niño na América do Sul aumenta a probabilidade de uma produtividade acima da tendência tanto na Argentina quanto na safra de verão do Brasil, em linha com a última temporada", disse a analista, referindo-se à safra plantada no fim de 2015 e colhida no início de 2016.
Esta semana a Lanworth também elevou sua projeção para a safra 2014/15 de milho no Brasil, que é vista agora em 82,1 milhões de toneladas.
A previsão da consultoria para a nova safra de milho do Brasil 2015/16 deverá ser publicada dentro de duas semanas. No momento, a consultoria trabalha com a previsão do USDA (75 milhões de toneladas) para compor o quadro mundial de produção da temporada.
Em três anos, os gastos com a Operação Pipa quase duplicaram

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Em três anos de Operação Carro-Pipa no Rio Grande do Norte, os recursos investidos pelo Governo Federal para abastecimento d'água nos municípios potiguares castigados pela seca mais que duplicaram, passando de R$ 32,5 milhões em 2012 para R$ 75 milhões em 2014. Em 2015, somente até julho, o valor chega a R$ 43 milhões, superando o primeiro ano em R$ 10 milhões. Os dados foram fornecidos pelo Comando Militar do Nordeste, responsável pela execução da Operação Pipa.

No RN, o programa teve início em 2012. O CMNE não tem como estimar quanto será gasto na distribuição emergencial de água potável no RNcom a Operação até o final de 2015, mas, com a seca consolidada, é provável que o montante ultrapasse o total investido em 2014. Essa conta depende de variáveis como os números de municípios assistidos, de cisternas coletivas a serem abastecidas e de pipeiros.
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Os dados do CMNE apontam também um aumento de 55% no número de pipeiros cadastrados para a operação no Estado entre 2012 e 2015. Nesse período, a quantidade de carros-pipa saltou de 293 para 532. Entretanto, o percentual de municípios atendidos cresceu apenas 8%, passando de 103 para 123. Segundo informações do CMNE, o aumento no número de pipeiros está diretamente relacionado com o aumento efetivo de pessoas assistidas e com a distância do manancial até as localidades atendidas, e não com o acréscimo de municípios.

O serviço é fiscalizado pelos militares do Exército Brasileiro, que vão a campo semanalmente para acompanhar a distribuição de água. Entres suas tarefas, estão as visitas de orientação técnica e a fiscalização dos mananciais, dos pontos de abastecimento e dos carros-pipa ao longo das estradas. O recurso para a Operação Carro-Pipa é repassado do Ministério da Integração para o Ministério da Defesa, que repassa ao Comando de Operações Terrestres (Coter) para ser distribuído àsOrganizações Militares Executoras (OME).

Zona urbana
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O coordenador da Defesa Civil do RN, coronel Elizeu Dantas, explicou que aguarda da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Rio Grande do Norte (Semarh) a apresentação do plano de trabalho para a distribuição de água potável para zonas urbanas de 37 cidades. Segundo ele, no plano tem que conter os diagnósticos, o detalhamento do orçamento e da distribuição da água, dados da área atingida e da população.

É com base nessas planilhas que a Defesa Civil do RN fará o diagnóstico final e encaminhará o plano à Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec). “Não chegou nada pra gente. Só sabemos que tem esses recursos. A Defesa Civil tem feito várias ações, inclusive ontem encaminhamos um projeto de R$ 15 milhões ao Ministério da Integração. Ele foi elaborado pela Secretaria de Agricultura do Estado e é voltado para a forragem do gado”.
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Desde fevereiro deste ano, a Semarh espera que o MI libere R$ 4 milhões para o Governo do Estado poder levar água à população urbana dessas cidades. A demora na liberação do recurso, no entanto, se deve à falha da própria Semarh, que deveria ter encaminhado o plano de trabalho à Sedec, por meio da Defesa Civil do RN. Em vez disso, procurou o Ministério diretamente.

O secretário de Recursos Hídricos, Mairton França, disse que encaminhou três ofícios ao Ministério informando quais eram os municípios. “Protocolamos a versão definitiva no dia 26 de fevereiro, após alterações sugeridas por eles [técnicos do Ministério da Integração]. Inclusive, detalhamos o número de carradas mensais”, disse França.

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Estão abertas as inscrições para novas vagas em cursos técnicos oferecidos por meio do convênio FETARN/EAJ


É com muita alegria que anunciamos mais um Exame Seletivo Fetarn/EAJ, conforme segue, amigos blogueiros peço que divulguem essa informação com a rapidez que poderem  virtude do curto prazo que temos.

Vamos incluir nossos agricultores (as) familiares a profissionalização que o RN precisa nesse segmento.

Estão abertas as inscrições para novas vagas em cursos técnicos oferecidos por meio do convênio FETARN/EAJ
Na perspectiva de desenvolver uma assistência técnica mais ampla e qualificada voltada para a agricultura familiar, a Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Estado do Rio Grande do Norte - FETARN por meio de convênio com a Escola Agrícola de Jundiaí - EAJ, está disponibilizando novas vagas para turmas dos cursos técnicos em Agropecuária (30 vagas) e Aquicultura (20 vagas).

Para concorrer ao exame de seleção 2015.2, o jovem precisa ter ensino médio completo, ser trabalhador rural, ter comprovada capacidade de articulação, aptidão para atuar com assistência técnica direcionada a agricultura familiar e concordar com as normas da EAJ/UFRN.

As inscrições estarão abertas no período de 27 de junho a 07 de julho, mediante pagamento de taxa de inscrição no valor de R$ 35,00 (trinta e cinco reais), através de depósito identificado na conta da FETARN no Banco do Brasil (conta: 19913-3 e agência 0022-1).

Para efetuar a inscrição os (as) candidatos (as) deverão preencher uma ficha (disponibilizada na sede da Federação e dos STTRS filiados) e encaminhar até o dia 07 de julho para a FETARN juntamente com cópia do RG e CPF, declaração do Sindicato dos Trabalhadores Rurais comprovando que o candidato (a) é trabalhador rural e cópia do comprovante de pagamento da inscrição.

O exame de seleção será realizado as 13h, do próximo dia 09 de julho, na sede da Escola Agrícola de Jundiaí. O candidato deverá comparecer ao local da prova com trinta minutos de antecedência munido de RG, comprovante de pagamento, declaração do Sindicato dos Trabalhadores Rurais afirmando que o candidato (a) é trabalhador (a) rural e caneta na cor preta ou azul.

Maiores informações pelos telefones (84) 3211-4688 (FETARN), 8883-4958/9981-4619 (Erivam) ou 8711-5620 (Silmara).

Sobre o convênio

Por meio de convênio, a FETARN e a Escola Agrícola de Jundiaí, vem desenvolvendo desde 2001, um trabalho de inclusão educativa e profissional direcionado aos jovens trabalhadores e trabalhadoras rurais de todo o Estado.

Atenciosamente:

Erivam do Carmo Silva
Secretario de juventude da Fetarn

Produtos, Processos e Serviços


Alternativas forrageiras resistentes à seca

A exploração pecuária é a mais importante atividade nas áreas dependentes de chuva do semiárido nordestino. Nos sistemas tradicionais de criação, a caatinga é considerada a principal fonte de alimentação dos rebanhos, por apresentar grande variedade de espécies forrageiras. Com a existência de curtos períodos de chuva e longos períodos de seca, os animais sofrem o efeito 'sanfona', ou seja, o que ganham em peso na época chuvosa, perdem durante a seca. 

Produtos, Processos e Serviços


Formação e utilização de banco de proteína

Algumas forrageiras, como a leucena, são muito promissoras para a região semiárida, pela capacidade de rebrota durante a época seca, pela adaptação às condições edafoclimáticas do Nordeste e pela excelente aceitação por caprinos, ovinos e bovinos. O uso para pastejo direto ou para produção de forragem verde, para produção de feno e de silagem, para o enriquecimento da pastagem nativa e da silagem de gramíneas, e para a produção de sementes, mostra-se como uma alternativa viável para a agropecuária. O guandu, cunhã, leguminosas nativas, como a sabiá, a jurema-preta, o juazeiro, o carquejo, e a camaratuba podem ser também usados como bancos de proteína e para produção de feno. Leguminosas como a catingueira e a canafístula também podem ser usadas para a produção de feno. A jurema-preta e jucazeiro, além de manterem as folhas, também frutificam em plena época seca, sendo essa folhagem e os frutos muito apreciados pelos caprinos e ovinos. As leguminosas introduzidas como leucena, cunhã e guandu apresentam sob condições naturais de chuva uma produtividade de 4.000 a 6.000kg/ha/ano, já as nativas como sabiá, jurema-preta, jucazeiro, carquejo, camaratuba, catingueira e canafístula produzem de 1.200 a 2.400kg/ha/ano. 

Câmara aprova desoneração de rações para aquicultura; atividade se equipara a suínos e aves


Só faltam duas comissões. A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados aprovou em 10/06 o Projeto de Lei 1151/15, do deputado Deley (PTB-RJ), que isenta as rações para peixes e os insumos usados na sua fabricação da cobrança de PIS/Pasep e da Cofins sobre a receita bruta da venda no mercado interno.

Na prática, a medida equipara o segmento aos avicultores e suinocultores, conforme explica o relator na comissão, deputado Dilceu Sperafico (PP-PR). “A proposta visa conceder aos aquicultores o incentivo que atualmente beneficia apenas os produtores de aves e de suínos”, disse Sperafico.

Apesar da aprovação, a Seafood Brasil apurou que existe um problema na redação da proposta, segundo alertou o consultor Abraão Oliveira. O código usado para referenciar o pescado foi 03019, que na classificação NCM diz respeito a trutas vivas. Ou seja, na prática, se aprovada desta maneira, valeria apenas para alimentação de animais vivos classificados neste código. Oliveira diz já ter comunicado o MPA sobre o erro.

O texto também concede crédito presumido das contribuições à empresa exportadora de pescados em relação aos insumos e rações adquiridos no mercado interno. “Ou seja, essas empresas também poderão fazer descontos em suas contribuições para o PIS/Pasep e a Cofins”, diz a Câmara.

O ministro da Pesca e Aquicultura, Helder Barbalho, fez uma apresentação aos deputados em que valorizou a importância da aquicultura como atividade econômica e defendeu a aprovação da matéria nas duas comissões restantes. O projeto tramita em caráter conclusivo e ainda precisa ser apreciado pelas comissões de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara. “Estamos conversando com outras pastas econômicas do governo federal no sentido de atender a essas reivindicações”, afirmou o ministro.

Câmara dos Deputados

Cuidados na produção de leite: garantia de um alimento seguro


ordenha mecânicaA contaminação do leite pode ocorrer por diversos fatores, entre eles, a ordenha sem higiene, a conservação inadequada do produto, doenças no gado e nos trabalhadores que manipulam o leite, entre outros fatores. A pesquisadora Lea Chapaval, da Embrapa Pecuária Sudeste, em São Carlos, interior de São Paulo, destaca a importância do controle da qualidade do leite, principalmente na fase da ordenha. “É muito importante a manutenção de uma rotina de ordenha.”, afirma Lea, explicando que esta rotina envolve desde a definição de um horário específico para ordenhar as vacas, até a utilização de desinfetante antes e depois da ordenha, além de cuidados que garantam uma entrada e saída tranquila das vacas da sala de ordenha, entre outros procedimentos.
O leite de vaca cru pode agir como veículo transmissor de determinadas doenças. Sem que o produtor rural perceba, seu principal produto pode conter microrganismos contaminantes. Por isso, é importante saber as recomendações para produzir o leite de forma higiênica com menores riscos de transmissão.
A pasteurização é um instrumento eficaz para combater as doenças, mas é insuficiente se não houver padrões elevados de higiene desde o princípio da cadeia de produção. Com a pasteurização, doenças antes comuns como tuberculose, brucelose, listeriose e febre  tornaram-se raras. No entanto, nos últimos anos houve diversos surtos mundiais de microrganismos passíveis de serem veiculados pelo leite, como as salmoneloses, as colibaciloses, as listerioses, as campilobacterioses, as micobacterioses e as iersinioses. Além disso, ainda é significativo o consumo de leite cru e a preparação de produtos com leite não pasteurizado, principalmente fora dos grandes centros urbanos.

Ficando atento e aderido às boas práticas de produção de leite, com especial cuidado na higienização do processo de ordenha e no armazenamento adequado do produto, o produtor torna seu leite seguro, livre de riscos de doenças. A pesquisadora Lea Chapaval destaca ainda que não se deve tomar o leite cru direto da teta da vaca, porque este pode estar contaminado por bactérias que causam doenças aos seres humanos.

Dicas para evitar a degradação das pastagens ajudam a melhorar a renda do produtor

pastoA primeira dica é do pesquisador Armindo Kichel. Ele recomenda a adoção de um bom manejo de formação do pasto, começando com o primeiro pastejo que deve se iniciar de 45 a 75 dias após a germinação do capim, sempre antes da sementeira, desde que o plantio seja realizado na época recomendada para cada região e com o clima favorável. Esse primeiro pastejo deve ser feito com alta lotação de animais jovens, por um curto período de tempo, entre 5 e 15 dias.
Para o produtor ficar sabendo como evitar a degradação de uma pastagem e quanto custa recuperar uma área degradada, o pesquisador orienta:  “O melhor é evitar a degradação do pasto e garantir sua longevidade, dessa forma todos saem ganhando”.
A outra dica é conhecer a forrageira e definir o melhor sistema de pastejo e descanso, podendo o produtor adotar o pastejo contínuo, deferido, alternado ou rotacionado, dependendo do caso. “Quanto maior o número de animais em um lote, menor será o ganho individual, principalmente para os animais inferiores ou dominados, devido a alta competição por forragem, água, sal, sombra, tempo de manejo dos animais no curral, entre outros”, aponta o pesquisador que complementa: “deve-se evitar sempre que possível, lote de animais grandes, como também  animais de diferentes categorias, idade, sexo  e peso  no mesmo lote”.

Definido a categoria animal e o tamanho do lote, Kichel recomenda avaliar o potencial produtivo das pastagens. “Quanto mais produtiva for a pastagem, menor será o tamanho do módulo; tamanho dos piquetes; dias de pastejo; dias de descanso  e  maior será o número de piquetes;  quantidade de adubação de correção, manutenção, freqüência de aplicação;  nível de tecnologia, capacitação do pessoal envolvido no sistema, lotação, produtividade e lucratividade na exploração da pecuária de corte.

sábado, 27 de junho de 2015

Missa do 7º dia de José Soares


Missa do 7º dia do Agropecuarista José Soares em Pedro Avelino. Na foto os irmãos Fernando e Agtônio.

MAPA trabalha para implantar plano ABC nos estados




O mês de julho será de intensas atividades nos estados para a implementação do Plano ABC (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono). O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), por meio do Departamento de Sistemas de Produção e Sustentabilidade da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo (Depros/SDC/Mapa), está trabalhando em parceria com os Grupos Gestores Estaduais (GGE) – formados por representantes do setor agropecuário local, pelas Superintendências Federais de Agricultura (SFA) e coordenado pelas Secretarias Estaduais de Agricultura – para que as unidades federativas elaborem seus Planos ABC Estaduais.
Esses planos devem conter o cenário agropecuário das localidades, objetivos, metas, estratégias, áreas prioritárias, quantidade de capacitações a serem realizadas e necessidades e oportunidades de cada região. Por isso, no início de julho, serão realizados seminários de sensibilização na Paraíba, no Rio Grande do Norte e no Acre.
Os seminários visam a mostrar aos produtores rurais, associações, entidades representativas do setor agropecuário, órgãos e instituições como funciona o Plano ABC, quais são as tecnologias disponibilizadas e como elas podem ser aplicadas nas propriedades de forma a contribuir para a melhoria da qualidade da vida e da elevação da renda do produtor rural.
Em dez unidades da federação – Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Minas Gerais, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Tocantins, Bahia, Maranhão e Amazonas – os Planos ABC Estaduais já estão prontos e estão sendo colocados em prática. Segundo o coordenador de Manejo Sustentável dos Sistemas Produtivos do Depros, Elvison Ramos, os planos desenvolvidos pelos estados atendem com mais eficiência à realidade de cada localidade.
“Os representantes do setor agropecuário de cada região conhecem melhor e com mais profundidade as necessidades da agricultura e da pecuária com relação à sustentabilidade na produção. ”
Por isso, acrescenta Ramos, durante os seminários e oficinas para a elaboração e implementação dos planos, os representantes do setor devem propor os objetivos, escolher as tecnologias que melhor se aplicam e definir as metas de acordo com aquilo que a região precisa, observando as limitações ambientais e oportunidades de melhoria. “O Mapa”, assinala, “acompanha todas as etapas para a implementação dos planos estaduais. ”
Os estados do Pará, Rondônia, Ceará, Piauí, Sergipe e Paraná já estão com os planos prontos, aguardando apenas a publicação oficial para que sejam implementados. Em Alagoas, será realizada no final de julho a Oficina de Trabalho para a construção do Plano ABC Estadual, que é o passo seguinte após a realização dos seminários de sensibilização. “O objetivo dessa oficina é construir um documento preliminar ao plano para posterior publicação”, ressalta Ramos.

A adesão ao Plano ABC vem crescendo a cada Plano Agrícola e Pecuário (PAP). No ano-safra 2014/2015, de julho a maio de 2015, já foram desembolsados R$ 3,09 bilhões. A expectativa para o PAP 2014/2015, que termina no dia 1º de julho, é de que as contratações cheguem a R$ 3,2 bilhões.
Para a safra 2015/2016, o Plano Agrícola e Pecuário disponibilizou para o Programa ABC R$ 3 bilhões para financiamento das tecnologias sustentáveis que, além de promover benefícios ambientais, aumentam a produtividade e consequentemente a renda do produtor rural.
O prazo para pagamento pode chegar a 15 anos, com 3 anos de carência. Os juros para produtores do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) são de 7,5% e do Programa ABC é de 8% ao ano. O médio produtor que apresentar projeto com as tecnologias do ABC terá juro de 7,5% disponibilizado.

Convivência com a seca

A seca é um fenômeno natural que não possui uma definição rigorosa e universal. Pode ser entendida como deficiência em precipitação (chuva) por um extenso período de tempo, resultando em escassez hídrica com repercussões negativas significativas nos ecossistemas e nas atividades socioeconômicas. O conceito depende das características climáticas e hidrológicas da região abrangida e do tipo de impactos produzidos. Em termos de Brasil, seis meses sem qualquer precipitação no Semiárido, por exemplo, é considerado normal. Se isto ocorre no Sul ou na Amazônia, seria catastrófico.
A seca é considerada um dos principais limitantes que afetam a segurança alimentar e a sobrevivência de mais de dois bilhões de pessoas em todo o planeta. A eficiência produtiva nas regiões mais suscetíveis às estiagens depende de uma série de medidas de monitoramento e mitigação dos efeitos negativos desse fenômeno, através do uso racional e sustentável dos recursos hídricos (água), edáficos (solo) e da biodiversidade.

Os primeiros relatos de ocorrência de seca no Nordeste brasileiro datam do final do século XVI (1583/1585), quando cerca de cinco mil índios foram obrigados a fugir do sertão em função da fome, sendo socorridos pelos brancos. Desde então, inúmeros registros já foram feitos, considerando-se os períodos mais drásticos de seca os anos de 1615, 1692/93, 1709/11, 1723/27, 1744/45, 1776/78, 1790/93, 1831, 1844/46, 1877/79.
Calcula-se que a cada 100 anos há entre 18 e 20 anos com secas intensas. O século XX foi um dos mais drásticos, registrando 27 anos de estiagem, em que se destaca o período de 1903/1904, quando passou a constar na Lei de Orçamento da República uma parcela destinada às obras contra as secas. Já nos anos de 1979/1984 ocorreu a mais prolongada e abrangente seca da história do Nordeste, observando-se ainda estiagens intensas em 1993, 1998, 2001 e esta atual, que vem desde 2012.

No ano de 1891 foi incluído na Constituição Brasileira um artigo que obrigava o Estado a socorrer áreas atingidas por desastres naturais, entre eles a seca. Atividades de combate aos efeitos desse fenômeno – como construção de açudes e barragens, perfuração de poços, assistência à população com distribuição de alimentos, formação de "frentes de trabalho" etc. – iniciaram-se em 1909, com a criação da Inspetoria de Obras Contra as Secas (Iocs), posteriormente denominada Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS). Desde então, diversas medidas têm sido tomadas, de forma que mesmo tendo ocorrido recentemente no Nordeste a maior seca dos últimos 50 anos, os efeitos para as populações foram bastante minimizados em função das políticas públicas existentes.

São Paulo vive atualmente a maior seca dos últimos 80 anos. Em 2012, cerca de 650 municípios da Região Sul estavam em situação de emergência por causa da seca, sendo 142 municípios no Paraná, 375 no Rio Grande do Sul e 133 em Santa Catarina. Apesar de ela nunca ter sido um fenômeno exclusivamente nordestino, aparentemente essas áreas têm se ampliado. Segundo alguns estudiosos, desde 1950 terras secas vêm aumentando quase 2% por década em todo o mundo, e o Brasil não é uma exceção. Entretanto, problemas como os que São Paulo enfrenta atualmente, especialmente de abastecimento de água, podem ser atribuídos não somente às mudanças climáticas como ao inchaço urbano e à infraestrutura insuficiente de abastecimento.

Diz-se que o grande problema do Semiárido é a seca. Entretanto, em muitos locais da região chega a chover até 800 mm anuais – quantidade que, em outros semiáridos do mundo, permite uma produção agrícola maior e, consequentemente, menos pobreza.
Entende-se, então, que o problema maior do Semiárido brasileiro não é a quantidade de água caída, mas forma como as chuvas se distribuem no tempo e no espaço.
É comum, por exemplo, um só trimestre registrar até 90% da precipitação anual. Da mesma forma, dentro de um ciclo de cultivo, muitas vezes a quantidade de chuva precipitada seria suficiente para uma colheita satisfatória se bem distribuída ao longo do ciclo. Entretanto, ela se concentra em uma ou duas chuvas e acaba não permitindo a produção e a colheita adequadas.

O fenômeno frequente da seca está restrito à região semiárida do Nordeste, que compreende uma área de 969.598,4 km2, abrangendo 1.133 municípios dos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe, além do norte de Minas Gerais. Nas áreas litorâneas, o índice de chuvas é bem maior em função da umidade que vem do oceano. O mesmo vento poderia levar água para o sertão, já que o Semiárido nordestino não é cercado por cadeias de montanhas que barrem os ventos úmidos. Entretanto, a brisa marítima não é forte o suficiente para provocar chuvas em uma região maior que os 100 quilômetros da faixa costeira.

Grande parte do Semiárido está sobre o embasamento cristalino. Os aquíferos dessas áreas caracterizam-se pela forma descontínua de armazenamento. A água se localiza em fendas na rocha, onde se formam pequenos reservatórios e, tendo contato com o substrato, se mineralizam facilmente. Ou seja, as águas se tornam salinas ou salobras, servindo quase sempre somente para dessedentação animal. Em outras palavras, de uma maneira geral, os poços têm pouca água e a água, pouca qualidade.

Em algumas áreas do Semiárido, mesmo com baixa precipitação, tem-se praticado uma agricultura irrigada de grande pujança, com produção de frutas inclusive para exportação. O submédio São Francisco, na divisa dos estados da Bahia e Pernambuco, e o vale do Açu, no Rio Grande do Norte, são bons exemplos dessa agricultura de sucesso. Ocorre que isso não pode ser estendido para todo o Semiárido. Ainda que se possa pensar em ampliar bastante as áreas irrigadas, existem limitações de solo e de disponibilidade de água que não permitem que se faça irrigação em toda a região. Há estudos, inclusive, que apontam que apenas 5% do Semiárido atende os requisitos mínimos para o uso de irrigação.

Desde a década de 1980, entendeu-se que não era possível "combater" ou "enfrentar" a seca. Mudou-se, então, o olhar, aparecendo a palavra "convivência" como mais apropriada. O entendimento é de que, se por um lado o fenômeno natural sempre ocorreu e deverá inclusive se agravar e, por consequência, não dá pra ser combatido, por outro, pode-se desenvolver propostas e experimentar alternativas baseadas na ideia de que é possível e necessário conviver com ele.

Especialistas afirmam que, mesmo com todo o aparato moderno de equipamento e tecnologia, não há nada seguro que se possa prever além de 90 dias. No entanto, registros históricos apontam que as secas são cíclicas, repetindo-se fenômenos mais extremos a cada 13 anos, aproximadamente. Desta forma, elas não podem ser previstas com precisão, mas é possível que os governos e populações estejam preparados para minimizar seus efeitos.

Como consequência dessa seca, considerada a maior dos últimos 50 anos, houve grande frustração de safra em todas as áreas do Semiárido, perdeu-se grande parte do rebanho, especialmente de bovinos – não só por morte como também animais que foram vendidos por preços muito baixos para outras regiões –, houve grande perda das pastagens, uso predatório de plantas da Caatinga para alimentação animal, morte inclusive de muitas espécies nativas (em determinadas áreas essas mortes chegaram a 30 a 40% das plantas). O que houve de diferente dessa seca para outras de proporções semelhantes foi que na última não se observou o êxodo em massa da população de determinadas áreas, ou mesmo os saques em feiras e mercados. Também não houve morte de pessoas por fome e sede. Ainda que não seja uma solução definitiva para o problema, isto se deve em grande parte às politicas de complementação de renda ora em curso no país.

Quem vive no Semiárido já convive com a seca, e de uma forma ou de outra busca mecanismos para conviver com os seus efeitos. Passar oito a dez meses por ano sem chuva é comum. Ocorre que em uma seca dessas proporções é sempre difícil estar preparado. A preocupação em armazenar água para consumo humano e animal, o cultivo de plantas mais tolerantes, a implantação de reservas estratégicas para alimentar os animais e a conservação de forragem na forma de feno e silagem são práticas ainda incipientes, mas que já se observam em muitas áreas e que minimizam os prejuízos provocados pela seca.

Não existe uma receita pronta e que sirva para todos. Entretanto, é essencial que as famílias tenham acesso à água para consumo humano, para consumo animal e, em alguns casos, para alguma produção. Além disso, é necessário que se tenha uma gleba de terra com tamanho e qualidade suficientes para o sustento dos agricultores e de suas famílias. Havendo políticas que garantam isto, e entendendo que para se conviver nesse ambiente torna-se necessário ter sistemas de produção diversificados com cultivos alimentares, culturas de renda e, principalmente, pequenas criações, é preciso, cada vez mais, trabalhar com plantas mais resistentes (buscar inclusive opções entre espécies nativas), animais mais rústicos ainda que menos produtivos, além de se buscar uma harmonia com o ambiente em que se vive. Outra questão crucial para a convivência é a efetiva assistência técnica e extensão rural.

Obras de reforma de 49 casas em assentamento de Umarizal (RN) são inauguradas



A Superintendência do Incra no Rio Grande do Norte (Incra/RN) realizou, na manhã desta sexta-feira (26), a inauguração das obras de reforma de 49 casas no Assentamento Remédio, no município de Umarizal, no Oeste Potiguar, a 334 quilômetros da capital, Natal. O investimento, com recursos do antigo Crédito Instalação do Incra, no valor R$ 5 mil por família, totalizou R$ 245 mil.
Participaram da inauguração o superintendente do Incra/RN, Vinícius Ferreira de Araújo, o chefe da Divisão de Desenvolvimento da autarquia, Max Victor Bezerra Barbosa, além de representantes do Sindicato de Trabalhadores Rurais de Umarizal, de movimentos sociais do campo, dos poderes Executivo e Legislativo locais e dos agricultores assentados.
No último dia 12, já haviam sido inauguradas obras de reforma de 40 casas no Assentamento Salgado, no município de Upanema, também no Oeste Potiguar, a 268 quilômetros da capital Natal. 
A construção e a reforma de moradias nos assentamentos da reforma agrária cabia ao Incra, por meio do Crédito instalação, até fevereiro de 2014, quando o Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR) do Minha Casa, Minha Vida passou a financiar essas obras para famílias assentadas, pescadores, comunidades quilombolas, dentre outros. Esse público conta com rebatimento de até 90% e carência de quatro anos para pagamento das casas. Ao Incra cabe a infraestrutura dos assentamentos, como as estradas de acesso e o abastecimento de água e energia.

Assessoria de Comunicação Social do Incra/RN

Brasil avança no combate à febre aftosa


aftosaÉ possível que ainda este ano, todos os estados recebam identificação de áreas livres da febre aftosa com vacinação, status que deverá ser estendido ao Brasil, em 2016, pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). É o que garante a ministra Kátia Abreu , da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Segundo ela, até 2025, o OIE deverá reconhecer o país como livre da doença sem vacinação.
A ministra disse que “falta apenas o reconhecimento pleno aos estados do Amazonas, Roraima e Amapá como livres da doença”. Hoje, apenas Santa Catarina é considerada como livre de aftosa sem vacinação pela OIE. Ela também comentou o acordo de cooperação internacional com a Venezuela para diminuir o risco de entrada do vírus no Brasil pela fronteira. “Vamos entrar na Venezuela com a permissão do seu governo para ajudá-la a montar um sistema de defesa agropecuária.”

Kátia Abreu garantiu que não faltarão recursos para as ações de defesa agropecuária, uma vez que o orçamento do setor não foi afetado pelo ajuste fiscal promovido pelo governo federal. Ela ressaltou também que o Mapa está empenhado em elaborar uma proposta de lei agrícola. “Não vamos mais viver do improviso. O que vai dar segurança e estabilidade é uma lei imexível, aconteça o que acontecer.”
MAPA

Creep Feeding uma alimentação especial para cordeiros no nordeste

cordeiros O creep feeding, utiliza cercados móveis, com altura aproximada de 80 centímetros e espaçamento entre ripas de 15 a 20 centímetros, para a suplementação alimentar de cordeiros em fase de aleitamento, com uso de rações de elevada qualidade, em locais onde suas mães não têm acesso. É também conhecido por alimentação privativa.  Quem destaca as qualidades do uso desta tecnologia, é a pesquisadora Cristiane Otto Sá, da Embrapa Tabuleiros Costeiros, de Aracaju.
Geralmente, as rações utilizadas no creep feeding são compostas por milho e farelo de soja, porém o farelo de soja é um concentrado considerado de alto custo na região Nordeste, o que pode inviabilizar economicamente o uso do creep feeding. Uma das formas de reduzir a quantidade de farelo de soja na ração dos cordeiros é substituí-lo por outro alimento de boa digestibilidade, com elevado teor de proteína. O feno de leguminosas arbóreas, tais como a gliricídia e a leucena, resistentes à seca e de elevado valor nutricional, é uma alternativa para reduzir o uso do farelo de soja no creep feeding.
Apesar de ser um alimento volumoso, o feno quando feito das folhas da gliricídia e da leucena apresenta qualidade nutricional extraordinária, possibilitando, quando oferecido junto com o milho moído, um bom desenvolvimento de animais jovens, principalmente de cordeiros nascidos em condições adversas como aquelas em período seco.
Para reduzir os custos do creep feeding, a pesquisadora orienta que “primeiro, é preciso saber quando utilizar esta tecnologia, que causará maior impacto em situações onde não é possível alimentar ovelhas e cordeiros sem restrição. Segundo, o produtor deve substituir o farelo de soja por outros alimentos de boa qualidade, de preferência produzidos na propriedade, como o feno da gliricídia” .

A utilização do creep feeding durante a fase de aleitamento dos cordeiros, com rações compostas por ingredientes produzidos na propriedade, entre eles o milho e o feno da gliricídia e da leucena, reduz a dependência externa dos agricultores por insumos e oferece condições ambientais e nutricionais para os cordeiros se desenvolverem bem, apresentando bons ganhos de peso e chegando ao peso de abate precocemente.

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Parabéns Fernando Pedroza

Parabéns Fernando Pedroza, 23 anos de Emancipação Política.
Desmembrado do município de Angicos em 26 de junho de 1992, através da lei 6.301.

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Brasil pode avançar no combate à seca e à pobreza, diz especialista


Seca na Bahia
Pesquisa mostra que 16% do território nacional estão suscetíveis à desertificação (Defesa Civil da Bahia/Divulgação)
A data foi criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) para promover a conscientização sobre o problema, que atinge 42% das terras do planeta e 35% da população mundial. As consequências desse processo climático, agravado pela interferência humana, vão desde a diminuição da fertilidade dos solos à redução da disponibilidade hídrica. A desertificação pode transformar grandes áreas, antes produtivas, em desertos e colocar em risco a vida nessas regiões.

O pesquisador Antônio Magalhães, do CGEE, explica que medidas precisam ser tomadas para evitar que a situação brasileira se agrave. Segundo ele, ainda é registrado aumento na pressão das atividades humanas na região do semiárido - como a produção de lenha para energia, carvão, desmatamentos para vários fins, entre outras. “A preocupação com a sustentabilidade precisa ser internalizada nessas regiões. O enfrentamento da seca inclui a questão cultural, uma mudança de comportamento de todos que têm o poder de interferir no meio ambiente. Esse comportamento é influenciado pelo interesse econômico de curto prazo. Cortar as árvores para vender a madeira dá lucro no curto prazo, por exemplo, embora a longo prazo dê prejuízo porque pode inviabilizar toda uma área.”
Magalhães explica que ao longo de mais de 100 anos, o Brasil ganhou experiência no enfrentamento à seca e desenvolveu tecnologias capazes de mitigar os impactos nas regiões vulneráveis, concentradas nos estados da Região Nordeste, além do norte de Minas Gerais e do estado do Espírito Santo. Para ele, chegou a hora de o governo brasileiro colocar esse conhecimento em prática.
“Há boas iniciativas, como as da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Semiárido), há muitas coisas boas sendo feitas que não se transformam em implementação. O problema exige políticas públicas de curto, médio e longo prazo, que envolvam tanto esse lado de mudança cultural, por meio da educação, quanto medidas punitivas, como por exemplo a inviabilidade de crédito bancário para quem não adota as melhores práticas.”
Magalhães destaca que sempre que enfrenta a seca, o Brasil também está investindo no combate à pobreza, pois o semiárido concentra 85% da pobreza do país. “Essas duas coisas são muito interrelacionadas”, diz o especialista.
Ele conta que as populações pobres são as que mais sofrem as consequências da seca porque têm menos saída para o problema. “Uma família rica pode se mudar, pode trazer alimentos de fora, pode enfrentar a situação. Os pobres não têm alternativa.”
“A história do combate à seca está muito centrada no combate à miséria na Região Nordeste. Ao longo de um século, as frentes de trabalho do governo na região conseguiram criar infraestrutura de abastecimento de água e oportunidades de trabalho que aumentaram gradativamente a renda no semiárido. E, atualmente, apesar de não ser específico para a seca, o Bolsa Família, ao distribuir renda, também cumpre esse papel de garantir o mínimo para as famílias da região.”, acrescenta.

Ex-presidente do Comitê Científico da Convenção das Nações Unidas para Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos de Secas (UNCCD), da qual o Brasil é signatário, Antônio Magalhães explica que, formalmente, o país tem feito o dever de casa, apresentando relatórios e cumprindo as obrigações previstas nos encontros mundiais, mas pode fazer mais.
“Essa é uma convenção que não tem muito prestígio no Brasil, não tem uma formalização adequada nas instituições governamentais. E os instrumentos da Convenção, como o Plano de Ação de Combate à Desertificação, foram feitos, mas são documentos para prateleiras, não são documentos operacionalizados. O Brasil pode melhorar muito a sua contribuição para os objetivos da Convenção.”

 Comunidade aprende a fazer o bom uso da água antes da construção das cisternas


Nos municípios baianos de Curaçá e Remanso, 120 famílias terão acesso à água de qualidade


Brasília – A professora Paula Rogéria dos Santos, 37 anos, mora na comunidade quilombola Vila Aparecida, no município de Remanso (BA). Ela, o marido e três filhos aprenderam, na última semana, a fazer o bom uso da água das cisternas - tecnologia simples e de baixo custo que possibilita que uma família de cinco pessoas possa conviver com a estiagem por até oito meses. Durante capacitação, elas também receberam orientações sobre como conviver com a seca.

As orientações foram repassadas para as famílias das comunidades de Remanso e Curaçá antes da construção de 120 tecnologias sociais de captação e armazenagem de água. A iniciativa é resultado de uma parceria entre o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e o Consórcio de Desenvolvimento Sustentável do Território do Sertão do São Francisco (Constesf). Com a ação, serão construídas 1.556 cisternas para consumo humano e outras 2.104 tecnologias sociais de acesso à água para produção em 10 municípios do interior da Bahia.

Paula conta que aprendeu como deve limpar a cisterna e tratar a água. “Além disso, eles falaram sobre os cuidados que devemos ter com o telhado no momento das chuvas. A primeira chuva é para lavar o telhado. Somente a partir da segunda chuva é que começamos a armazenar a água. Também aprendi que, no período da seca, temos que tirar os canos para eles não ressecarem”, explica.

Para a professora, a chegada da cisterna vai melhorar muito a vida da sua família. “É uma água boa para beber e cozinhar.” Ela conta ainda que seu marido está começando a criar galinhas e que a seca dificulta muito a produção. “Nossa esperança é, mais para frente, receber também uma tecnologia de acesso à água para produção, assim vamos produzir para nossa família e para vender também.”

Ela lembra que a dificuldade para ter água em casa ainda é muito grande. “Hoje o carro pipa da prefeitura abastece o reservatório da comunidade que tem capacidade para 12 mil litros de água. Esse reservatório abastece as 50 casas da vila em esquema de revezamento. Metade das famílias recebe água em um dia. A outra metade recebe no dia seguinte”, relata.

No processo de capacitação as famílias também aprendem como cuidar do meio ambiente onde vivem. O assessor da coordenação-geral de Acesso à Água do MDS, Fernando Berwerth Pachiega, explica que a capacitação leva em consideração as necessidades de cada comunidade. “Nessas capacitações também são formados grupos de trabalho para o acompanhamento e controle das construções das unidades familiares.”

Fernando diz ainda que a capacitação de beneficiários é parte essencial para a sustentabilidade do Programa Cisternas. “A experiência vem demonstrando que, somente com o envolvimento das famílias e a devida conscientização e orientação, é possível garantir a adequada utilização da cisterna”, frisa.

O coordenador-geral de Campo do Constesf, Mauro de Macedo Souza, conta que a capacitação acontece em grupos de no máximo 35 famílias. “Cerca de 10 dias após a capacitação inicia o processo de construção das cisternas e as famílias participam ativamente desse processo, que dura em média quatro dias”, explica.

 Compras públicas abrem mercado de mais de R$ 1,3 bilhão para agricultura familiar


O anúncio foi feito durante o lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar 2015/2016. Governo também disponibilizou crédito de R$ 28,9 bilhões para o setor e criou regras específicas para agroindústrias familiares


Brasília – Um mercado com potencial de compra de mais de R$ 1,3 bilhão será aberto para a agricultura familiar. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (22), no lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar 2015/2016. Na ocasião, foi assinado decreto para a destinação de, no mínimo, 30% dos recursos aplicados na aquisição de alimentos para produtos da agricultura familiar.

Os produtos serão adquiridos pela modalidade Compra Institucional do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Criado em 2012, o modelo permite que municípios, estados e órgãos federais comprem - com recursos financeiros próprios - produtos da agricultura familiar de forma simplificada e segura, por meio de chamadas públicas, com dispensa de licitação.

A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, lembra que 60% dos agricultores que vendem para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) são do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal. “Essa medida vai fortalecer e gerar renda para o agricultor familiar, dinamizar a economia local e permitir o consumo de alimentos saudáveis”, disse. Segundo ela, a ação vai garantir que “os agricultores familiares que já saíram da extrema pobreza continuem avançando”.

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Na solenidade, o Ministério da Defesa anunciou que vai adquirir mais de 2,5 mil toneladas de produtos para abastecer as Forças Armadas, já pelas regras do decreto. Já o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) vai comprar o café da agricultura familiar para atender demanda do órgão.

Outra mudança anunciada foi a simplificação do Sistema Único de Atenção à Sanidade Animal (Suasa). Tereza Campello explica que a medida reduz a burocracia e fortalece o comércio de produtos da agricultura familiar.

Para a presidenta Dilma Rousseff, a alteração no Suasa será estruturante para os agricultores familiares. “Vai garantir que um agricultor comercialize para outras regiões do país e tenham acesso ao mercado de 200 milhões de brasileiros. Isso vai garantir previsibilidade e segurança”, ressaltou. “Somos capazes de dar vários passos à frente com este Plano Safra”, completou.

Crédito – No lançamento do Plano Safra 2015/2016, o governo federal também anunciou um aumento de 20% no valor disponível para apoiar a agricultura familiar por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que saltou de R$ 24 bilhões para R$ 28,9 bilhões. “É o maior valor ofertado a este público. Reflete o compromisso do nosso governo com a agricultura familiar”, destacou o ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, ao ressaltar que, em 2002, o valor investido foi de R$ 2,3 bilhões.

Suplementação alimentar usa tabletes nutritivos para suprir a necessidade do rebanho na seca

emater-Vieiropolis-blocos-multinutricionais-3Os Tabletes nutritivos são considerados alternativas eficazes na alimentação de ruminantes, principalmente durante a época seca, devido ao aporte protéico-energético-mineral de alta qualidade, que melhora rapidamente os processos produtivos do organismo animal. A zootecnista da Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária da Paraíba (Emepa/PB), Maria das Graças Gomes Cunha, diz que os tabletes são uma mistura de melaço, uréia, minerais e um agente solidificante, como constituinte básico, ou qualquer outra matéria-prima disponível na propriedade, por exemplo, bagaço de cana, folhas de leguminosas ou tortas de oleaginosas.
É um tipo de suplemento desenvolvido por pesquisadores da Emepa para suprir quantidades lentas e pequenas de nutrientes minerais críticos, principalmente o nitrogênio. Ao fornecerem nitrogênio e energia prontamente fermentáveis, os tabletes melhoram o ecossistema ruminal para a multiplicação microbiana e, por conseguinte, incrementam a digestão da fibra, principal componente da forragem na época seca.
A zootecnista Maria das Graças Gomes Cunha explica que se o animal não possui reservas disponíveis de alguns elementos minerais, como sódio e zinco, por exemplo, estes devem ser fornecidos diariamente. Em bovinos criados em pastos, a suplementação de minerais é feita geralmente em cochos, sempre cobertos, colocados em locais estratégicos do pasto e diariamente abastecidos.
Os tabletes nutricionais substituem o sal oferecidos nos cochos, com uma vantagem: é mais completo porque além dos minerais, tem ingredientes energéticos. São duros, feitos em prensas manuais. Parecem rapaduras e o animal  não consegue comer. Só lambe. Na composição dos tabletes entram: melaço, uréia pecuária, sal comum, mistura mineral, cal hidratada e farelo de cereais, que pode ser de algodão, soja e milho.
Maria das Graças diz ainda que a nutrição apropriada pode contribuir bastante para a produção e melhoria da relação custo/benefício do sistema de produção de carne e leite. Os tabletes devem ser usados apenas para animais que pastem como gado, ovelhas e cabras. Podem ser colocados em saleiros ou cochos.

Segundo a pesquisadora, para fazer os tabletes o primeiro passo é dissolver a uréia em água ou em melaço. Em recipiente separado, misture os ingredientes secos.  Em seguida, junte lentamente o líquido feito com a uréia aos ingredientes secos, para fazer uma farofa grossa. Coloque nas prensas por dez minutos. Depois, é preciso retirar e deixar em temperatura ambiente para secagem. O endurecimento do tablete leva quatro ou cinco dias.

terça-feira, 23 de junho de 2015

Dia Mundial de Combate à Desertificação é comemorado no Seridó


MMA/Divulgação
Debate: escassez de recursos hídricos
No Brasil, data foi celebrada pelo MMA com atividades em Caicó, no semiárido do Rio Grande do Norte. Evento contou com a participação de cerca de 200 pessoas.

Por: Marta Moraes - Editor: Marco Moreira
O Ministério do Meio Ambiente (MMA), em parceria com a Diocese de Caicó (RN) e os governos do Rio Grande do Norte e da Paraíba, celebrou o Dia Mundial de Combate à Desertificação, 17 de junho, com uma série de eventos em Caicó, no Centro Pastoral Dom Wagner. A cidade está localizada na região do Seridó, a 256 km da capital Natal.
Além da realização de seminário sobre o tema, houve entrega do prêmio Dryland Champions para projetos de boas práticas de convivência sustentável com a semiaridez que promovem o combate à degradação de terras e à desertificação no Brasil.
Pesquisa divulgada nesta semana pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, mostra a importância do assunto ao destacar que 16% do território nacional estão suscetíveis à desertificação. O estudo sobre o Estado da Arte da Desertificação, Degradação das Terras e Seca no Semiárido Brasileiro foi desenvolvido para subsidiar o desenvolvimento de políticas públicas voltadas à mitigação dos efeitos das mudanças climáticas.
SEMINÁRIO
O seminário “Cenário da Situação Hídrica na Bacia do Rio Piancó-Piranhas-Açu: Ações para o enfrentamento da crise hídrica e ambiental” reuniu cerca de 200 participantes.
Durante o evento, o secretário executivo da Comissão Nacional de Combate à Desertificação (CNCD) e diretor do Departamento de Combate à Desertificação do MMA, Francisco Campello, fez uma apresentação sobre as principais atividades do Ministério em relação ao tema desertificação.
O assessor especial do MMA Carlos Guedes, que representou a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, falou no seminário sobre o papel de instrumentos como o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e o Sistema de Alerta de Desertificação que vem sendo desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em parceria com o MMA, para o combate à desertificação.
RECONHECIMENTO
Sob o lema “Eu sou parte da solução”, o Programa Dryland Champions, promovido pela UNCCD (Convenção das Nações Unidas para Combate à Desertificação), destaca pessoas, organizações e empresas que contribuam para o manejo sustentável da terra, melhorando as condições de vida das populações e as condições dos ecossistemas afetados pela desertificação e seca. Não há limitação no número de certificados a serem emitidos. Todos os candidatos que preencheram os critérios de seleção tiveram seus projetos reconhecidos e receberam certificados do programa. O resumo de seus projetos ficarão disponíveis no site da UNCCD.

SAIBA MAIS SOBRE A DATA
A data foi instituída pela Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação (UNCCD, sigla em inglês) para promover a conscientização e a cooperação internacional para combater o problema, que atinge 42% das terras do planeta e 35% da população mundial. As consequências desse processo climático, agravado pela interferência humana, vão desde a diminuição da fertilidade dos solos à redução da disponibilidade hídrica. A desertificação pode transformar grandes áreas, antes produtivas, em desertos e colocar em risco a vida nessas regiões.
Além disso, o ano de 2015 foi declarado pela ONU o Ano Internacional dos Solos, sob responsabilidade da FAO e da UNCCD. A iniciativa é um esforço da organização para dar maior visibilidade para a riqueza e a fragilidade dos solos, além de mobilizar a população para a importância das boas práticas e do manejo sustentável de terras para a segurança hídrica, alimentar e energética.