Produzir leite a pasto pode ser mais econômico e lucrativo
A produção intensiva de leite a pasto engloba uma série de processos e manejos, com adoção de alta tecnologia em todas as etapas. O pasto pode produzir 20 vezes ou mais de matéria seca do que uma pastagem extensiva tradicional, graças à adoção de adubação, de manejo geral correto, de animais de bom padrão genético e com ótimas condições de sanidade, de alimentação suplementar para seca, eliminando ou reduzindo significativamente a queda de produção e a entressafra. Tudo isso leva a altos índices de produtividade, com produção de 30 mil litros de leite por hectare, comparados com cerca de 1.500 litros por hectare no manejo extensivo tradicional.Para o médico veterinário da Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos/SP), Marco Aurélio Bergamasch,é possível sim ter uma produção intensiva de leite a pasto com aumento da produtividade e sempre preservando o meio ambiente. Segundo ele, outro benefício dos sistemas intensivos é a abordagem ambiental, pois a produção intensiva a pasto permite o aumento de produção por meio da produtividade, sem necessidade de mais terra e de derrubada de vegetação nativa. O manejo intensivo inclui ainda a adoção de boas práticas agropecuárias e do bem-estar animal. Este último, além da questão ética, é também fator de aumento da produção e da produtividade.
Segundo pesquisas da Embrapa Pecuária Sudeste, a adoção de tecnologias, processos e manejos que levam a altíssimas produtividades, não significa necessariamente que o produtor tenha de investir altos valores. O pequeno produtor familiar de leite pode ter acesso a todo esse pacote tecnológico, com orientação técnica e de maneira gradual, conforme comprovam diversas experiências bem sucedidas, em vários Estados do Brasil, que utilizam, entre outros, os sistemas de produção intensiva de leite.
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