sábado, 29 de fevereiro de 2020

Artigo: Saiba o que esperar da conectividade no campo em 2020

 
dronesDrones, robótica, inteligência artificial. Esses são termos que até pouco tempo atrás estavam associados à ficção científica, mas que estão cada vez mais presentes nas lavouras brasileiras. Eles fazem parte de um novo conceito, a agricultura digital ou agricultura de precisão, que integra a coleta de dados no campo – cada vez mais precisa e em tempo real – com técnicas de modelagem computacional, permitindo tomadas de decisão mais assertivas aos produtores. A promessa é que as novas tecnologias aumentem a produtividade, reduzam custos e impactos ambientais, e evitem desperdícios na agricultura, sendo, portanto, mais sustentável.
A agricultura de precisão aproveita todos os benefícios de inovadoras tecnologias que surgiram recentemente, baseadas na comunicação de máquina para máquina, permitindo o desenvolvimento de uma agricultura mais avançada e eficiente. A #AgriculturaNxT reúne métodos computacionais de alto desempenho, rede de sensores, conectividade entre equipamentos e dispositivos móveis, computação em nuvem, métodos e soluções analíticas para processar grandes volumes de dados e construir sistemas de suporte à tomada de decisões de manejo, aumentando a precisão na aplicação de fertilizantes e defensivos, e orientando sobre quando é o melhor momento de realizar o plantio, a irrigação e a colheita da produção.
A ausência de informações em tempo real entre o que acontece na plantação e a tomada de decisão dos agrônomos gera prejuízos. E a conectividade no campo é o ponto chave para trazer mais inteligência ao agronegócio. Os benefícios para a agricultura de precisão são diversos. Além das funções tradicionais, tratores e colheitadeiras conectados se transformam em geradores de informações sobre o solo e a lavoura, auxiliando no combate às pragas e na correção da acidez do solo, entre outros inúmeros exemplos.
À distância, é possível também ter dados do maquinário em tempo real, permitindo a manutenção preditiva e customizada para cada tipo de equipamento, auxiliando, assim, na redução de custos, aumento da sua vida útil e da disponibilidade destes equipamentos para operação no campo.
Segundo o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, a avaliação é de que, até 2025, o impacto do uso das soluções de IoT no agronegócio atinja entre US$ 5 bilhões e US$ 21 bilhões, apoiando uma economia de até 20% no uso de insumos agrícolas e gerando uma alta de cerca de 25% na produção. Esses números irão variar de acordo com o grau de adoção que essas tecnologias atingirem.
Quando falamos de conexões inteligentes, as vantagens das Redes Mesh para a conectividade no campo sobre as outras tecnologias são inúmeras. As Redes Mesh oferecem a possiblidade de levar conexão rápida e confiável a áreas remotas, distribuída entre dezenas ou até centenas de pontos que “conversam” entre si, compartilhando a conexão e promovendo a cobertura de milhares de hectares com baixo investimento.
Os pontos Mesh são pequenos radiotransmissores que funcionam como roteadores sem fio, interagindo entre si dentro de uma ampla rede, ao mesmo tempo que coleta dados de sensores conectados a estes pontos. As informações percorrem a rede de ponto a ponto e os próprios rádios selecionam automaticamente o caminho mais confiável e rápido – processo conhecido como roteamento dinâmico, permitindo monitoramento da rede e a configuração remotos e diagnósticos em tempo real a um custo bastante atrativo.

Mapa publica registros de produtos técnicos para uso como componentes industriais na formulação de defensivos

Diário Oficial

Todos os produtos já estão registrados e em uso no Brasil como ingredientes ativos de outros defensivos já comercializados

O Ato n° 12 do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas da Secretaria de Defesa Agropecuária, publicado nesta sexta-feira (28) no Diário Oficial da União, traz o registro de 32 produtos técnicos. Os produtos técnicos são utilizados como matéria-prima na elaboração dos defensivos agrícolas formulados, não sendo, portanto, efetivamente utilizados pelos agricultores. 
“É importante destacar que nenhum desses 32 produtos registrados estarão disponíveis para compra pelos agricultores por se tratarem de produtos técnicos. Os produtos técnicos são produtos químicos com alto grau de pureza e concentração de ingrediente ativo que serão posteriormente utilizados como componentes na produção dos produtos formulados. Destacamos também que não houve o registro de nenhum produto contendo ingrediente ativo inédito no Brasil”, explica o coordenador-geral de Agrotóxicos e Afins do Ministério da Agricultura, Bruno Breitenbach.
Todos os produtos que tiveram o registro publicado hoje já estão registrados e em uso no Brasil como ingredientes ativos de outros agrotóxicos já comercializados. O registro de defensivos agrícolas genéricos constitui uma importante política para a diminuição dos impactos dos monopólios e oligopólios no mercado de determinados ingredientes ativos. Uma dinâmica que beneficia a livre concorrência e a competitividade da agricultura nacional.
Nenhum desses produtos é inédito no mundo: todos já foram registrados pelo menos nos Estados Unidos, Europa ou Austrália. 
O coordenador reitera que todos os produtos registrados foram analisados e aprovados pelos órgãos responsáveis pela saúde, meio ambiente e agricultura, de acordo com critérios científicos e alinhados às melhores práticas internacionais.
Os produtos que tiveram o registro publicado hoje foram analisados pelo Ministério da Agricultura, pelo Ibama e pela Anvisa nos últimos meses.

Açude Mendubim está com mais de 73% da sua capacidade máxima

De: https://assutododia.blogspot.com

O mais recente Relatório de Situação Volumétrica dos Reservatórios do Rio Grande do Norte atualizado nesta quinta-feira, 27 de fevereiro aponta que após as recentes chuvas alguns mananciais receberam acréscimo no seu aporte de água. O mais expressivo foi observado na cidade de Encanto, o açude de mesmo nome no Alto oeste potiguar que, passou de 73,60% da sua capacidade para 95,59%, faltando 20 centímetros para verter. Outros açudes que receberam bons volumes de água foram: Tourão, localizado em Patu, que passou de 18% da sua capacidade para 22,15%; Mendubim, localizado em Assú, passou dos 71,93% para 73,49%; e Morcego, localizado em Campo Grande, que passou dos 29,21% de sua capacidade para 31,06%. Já o maior reservatório do Estado, com capacidade para 2,37 bilhões de metros cúbicos, a Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, atualmente acumula 534 milhões 605 mil 124 metros cúbicos, correspondentes a 22,53% do seu volume total. Em relação ao último relatório divulgado no dia 18 de fevereiro, o manancial também apresentou um acréscimo de volume de 13 milhões 516 mil 359 metros cúbicos, passando dos 21,96% de sua capacidade para os atuais 22,53%.
 
Nota do Blog: O açude Mendubim tem uma grande importância para a economia do Assu e do vale.  

Pesquisa desenvolve forrageira para a Região Sul que fixa nitrogênio no solo

Forrageira melhora a qualidade do solo e economiza adubação nitrogenada

Uma das leguminosas forrageiras mais cultivadas do mundo, o trevo-vermelho tem agora uma nova cultivar selecionada e melhorada, com boa adaptação às condições de clima e solo da região Sul do Brasil. Trata-se da URS BRS Mesclador, desenvolvida pela Embrapa e Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), no âmbito do convênio com a Associação Sul-brasileira para o Fomento de Pesquisa em Forrageiras (Sulpasto) e que vai ser lançada oficialmente na 21ª edição da Expodireto Cotrijal, no município gaúcho de Não-Me-Toque, no início de março.
A cultivar recém-desenvolvida é recomendada para formação de pastagens cultivadas consorciadas e para sobressemeadura em pastagens naturais na região Sul do Brasil, apresentando um bom estabelecimento e competitividade inicial de plantas. De modo geral, o trevo-vermelho (Trifolium pratense L.), quando consorciado com gramíneas (azevém, aveia, etc) ou sobressemeado em campos naturais, incrementa a qualidade dessas pastagens por possuir elevado valor nutritivo (boa digestibilidade e elevados teores de proteína).
Além disso, por ser uma leguminosa, através da simbiose com bactérias do gênero Rhizobium, fixa nitrogênio atmosférico, reduzindo a necessidade de adubações nitrogenadas com o passar do tempo. Essa característica pode ser potencializada por meio de consórcios com as gramíneas forrageiras de inverno mais comumente usadas no sul do Brasil.
“Essas gramíneas também têm uma boa qualidade, porém, como em grande maioria são espécies anuais, apresentam uma oscilação dessa qualidade e produtividade ao longo do seu ciclo, que podem ser compensadas pela produção do trevo-vermelho, que é uma espécie perene de vida curta,” explica o pesquisador de forrageiras da área de forrageiras da Embrapa Pecuária Sul, Daniel Montardo. Por isso, ele acredita que o uso da cultivar URS BRS Mesclador em consórcio com essas gramíneas de inverno é capaz de promover maior produção total e maior qualidade de forragem. Ele relata que o novo material possibilita melhor distribuição da produção e da qualidade ao longo do tempo. “Sem contar os menores custos de adubação nitrogenada da pastagem. Além de economia, essas características contribuem para melhoria da qualidade do solo”, destaca Montardo que também é chefe-geral daquela Unidade de pesquisa.
A cultivar URS BRS Mesclador foi selecionada para produção de forragem e persistência, sendo recomendada para áreas bem drenadas de média a alta fertilidade do solo.

Parceria de resultado

Primeira cultivar de trevo-vermelho lançada pelo trabalho cooperativo entre Embrapa, UFRGS e Sulpasto, a URS BRS Mesclador reforça a parceria entre as instituições, que vem gerando bons frutos nos últimos anos, como, por exemplo, as cultivares de aveia BRS Centauro; de aveia BRS Madrugada; de milheto BRS 1503; de Azevém BRS Integração; e de aveia-branca URS F Flete.

Desenvolvida no Brasil para as condições nacionais

O trevo-vermelho é uma das leguminosas forrageiras mais cultivadas no mundo. Seu cultivo foi introduzido no Rio Grande do Sul por meio dos imigrantes europeus, na região da Serra e Planalto do estado, e mostrou boa aptidão para uso como forragem.
Porém, ainda são poucas as cultivares de trevo-vermelho registradas para uso no Brasil.  “Hoje não existe nenhum material nosso desenvolvido para as nossas condições, é lógico que quando se traz um material de fora ele tem alguma adaptação, mas essa nova cultivar é produto nosso, mais adaptado às nossas condições e vai gerar recursos que vão ficar no Brasil. Um material que é produzido na Argentina ou no Uruguai, por exemplo, gera renda lá, porque a semente é produzida lá”, destaca o professor da UFRGS, Miguel Dall’Agnol.
O trevo-vermelho é uma espécie bienal ou perene de curta duração. No entanto, a espécie, em geral, sofre com as altas temperaturas do verão na maior parte das regiões do Sul do Brasil. “A cultivar URS BRS Mesclador é oriunda de plantas selecionadas para produção de forragem e persistência desde 1995, com bom nível de persistência nas regiões com verões mais amenos no Sul do Brasil, desde que bem manejadas e com bom nível de fertilidade. Nas demais regiões, também apresenta boa contribuição na produção de forragem em pastagens consorciadas até o fim da primavera, quando pode ser diferida para se permitir uma ressemeadura natural e, dessa forma, uma longevidade maior na área”, destacou Montardo.
“Esses materiais foram selecionados com o foco principal na persistência, e em segundo lugar pela produção de forragem. Por isso, ele produz bastante forragem e também persiste, sem esquecer que também gera semente, porque os materiais que não as geram não têm apelo comercial para os produtores de semente. Basicamente, a cultivar tem essas três características: persistência, produção de forragem e de semente”, completa Dall’Agnol.

O trevo-vermelho

O trevo-vermelho (Trifolium pratense L.) é originário do sudeste da Europa e Ásia Menor. Atualmente encontra-se distribuído pela maior parte das regiões de clima temperado do mundo: em praticamente toda a Europa; na maior parte da América do Norte; do sul da América do Sul até o norte do Chile e Argentina e regiões elevadas no Peru; na Nova Zelândia e Austrália; no norte da China e no Japão.
Na América do Norte, a espécie apresenta grande importância econômica, se destacando em cultivos isolados ou consorciados com gramíneas para a produção de feno no nordeste dos Estados Unidos. Além de estar presente em grandes áreas de pastagens e de produzir feno em grande quantidade, também apresenta grande importância econômica devido à produção de sementes, especialmente na região noroeste dos Estados Unidos.
O trevo-vermelho foi introduzida no Brasil pelos imigrantes italianos no Rio Grande do Sul, onde diversos trabalhos científicos ao longo do tempo consideraram a espécie como boa produtora de forragem em praticamente todas as regiões, com destaque para aquelas que apresentam verões com temperaturas mais amenas e boa quantidade e distribuição de chuvas.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

Acompanhamento da Safra Brasileira

Com o objetivo de fornecer informações estratégicas e de atender a Política Agrícola, instituída pela Lei nº 8.171, de 17/01/1991, a Conab tem a responsabilidade de realizar os acompanhamentos das safras brasileiras de grãos, culturas de inverno e de verão, além do café e da cana-de-açúcar. Por meio deles, são gerados os Boletins de Safra, que dispõe de informações e dados relevantes para o setor, tais como: estimativa da produção e da produtividade, monitoramento agrícola, características das culturas pesquisadas e outros.
O sistema de coleta de informações segue uma metodologia específica, com finalidade de garantir a confiabilidade e consistência da informação. Os Boletins de Safra e de Monitoramento Agrícola são desenvolvidos visando aos princípios da tempestividade, acessibilidade, continuidade e transparência. O trabalho relacionado à safra de grãos e ao monitoramento agrícola é realizado mensalmente, enquanto que os levantamentos de café e cana-de-açúcar tem periodicidade quadrimestral.

Mapa oferece atualização para veterinários dos estados, municípios e consórcios públicos

Inspeção agropecuária

Curso ocorre em Fortaleza, de 10 a 13 de março, após seminário para gestores públicos e agroindústrias


O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) irá promover uma atualização para médicos veterinários dos serviços de inspeção dos estados, municípios e consórcios públicos. O Curso de Atualização em Inspeção Higiênico-Sanitária e Tecnológica de Carnes vai ocorrer entre os dias 10 e 13 de março, em Fortaleza (CE), e visa atender prioritariamente os profissionais das regiões Norte e Nordeste.
O curso será precedido do seminário para gestores públicos e agroindustriais na tarde do dia 9 de março, no auditório do Banco do Nordeste (BNB), também na capital cearense. O seminário vai abordar as vantagens de gestores públicos e agroindústrias participarem do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi-POA) do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa).
Técnicos do Mapa vão detalhar os requisitos para adesão ao sistema e apresentar casos bem sucedidos. Outro tema do seminário será o autocontrole, incluindo as Boas Práticas de Fabricação (BPF), os Procedimentos Padrão de Higiene Operacional (PPHO) e o Sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC). O seminário tem 500 vagas e as inscrições podem ser feitas no local e dia do evento.
Já o curso de atualização vai preparar os veterinários sobre a inspeção ante e post mortem das principais espécies de abate (aves, bovinos e suínos) e a verificação oficial dos programas de autocontrole (BPF, PPHO e APPCC) visando à equivalência ao Sisbi-POA. É uma ação do AgroNordeste para atender a demandas das regiões nordeste e norte, mas está aberto para todas as regiões do país no limite das vagas - 220. As inscrições podem ser feitas neste link.
>>>Confira a programação do curso
“Os eventos do Sisbi-POA, em Fortaleza, vão mostrar todos os benefícios para o desenvolvimento regional das agroindústrias de carnes, leite, pescados, ovos e mel, tanto para o setor produtivo quanto para os gestores públicos municipais e estaduais", disse a diretora do Departamento de Suporte e Normas (DSN), Judi Maria da Nóbrega.
Os eventos são organizados pelo DSN e pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) da Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa, com apoio da Superintendência Federal da Agricultura no Ceará (SFA-CE), do Banco do Nordeste e do Sebrae/CE. Ambos terão certificados emitidos pela Escola Nacional de Gestão Agropecuária (Enagro). 

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Cultivo de Passiflora cincinnata Mast. cv. BRS Sertão Forte.



Resumo: Passiflora cincinnata Mast. é uma das 200 espécies brasileiras de maracujá nativo, popularmente conhecida como maracujá-da-caatinga, maracujá-de-boi e maracujá-do-mato. É uma espécie silvestre de maracujazeiro azedo que possui ampla distribuição geográfica no Brasil e ocorre de forma espontânea em praticamente toda região do Semiárido brasileiro, sendo principalmente encontrada no bioma Caatinga
Ano de publicação: 2019

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

Consulta pública fará revisão das normas do Sistema Nacional de Sementes e Mudas

Sementes e mudas

Sugestões podem ser enviadas ao Ministério da Agricultura até 6 de abril

 Sementes de feijão-caupi
Sementes de feijão-caupi

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) vai receber até o dia 6 de abril sugestões para a revisão do Sistema Nacional de Sementes e Mudas (SNSM). Foi publicada nessa quarta-feira (19), a Portaria 42  que submete à consulta pública pelo prazo de 45 dias as normas do Sistema Nacional de Sementes e Mudas.
O decreto 5.153 de 2004 será revisto, para simplificar os procedimentos relativos à produção de sementes e mudas e atividades posteriores, tais como o beneficiamento, a embalagem, o armazenamento, a análise, o comércio, a importação e a exportação.
Segundo a coordenadora geral de Sementes, Mudas e Proteção de Cultivares do Mapa, Virgínia Carpi, “a simplificação e desburocratização das regras para a produção e a comercialização desse material de multiplicação é necessária pela dinâmica desse segmento produtor, que se desenvolveu muito nos últimos 17 anos".
"Mudaram os modelos de negócio e as empresas estão prontas para as ferramentas de autocontrole e de boas práticas”, disse. A coordenadora destaca ainda que o Brasil tem grande potencial para produção de sementes e mudas, inclusive para exportação.
 O setor de sementes e mudas do Brasil é o terceiro do mundo em faturamento com movimentação de US$ 7,6 bilhões/ano. Fica atrás apenas dos Estados Unidos com US$ 12 bilhões e a China com US$ 10,8 bilhões. Nas safras 2018/2018 e 2018/2019, a produção estimada de sementes foi da ordem de 4.802.675 toneladas e 7.992.609 toneladas, respectivamente. 2.200 produtores fornecem sementes e 4.663 são responsáveis pelas mudas.
 A minuta para o novo decreto encontra-se disponível na página eletrônica do Mapa: www.agricultura.gov.br  (menu Acesso à Informação, menu Participação Social, submenu Editais e Consultas Públicas) ou acesso pelo link direto.
As sugestões, tecnicamente fundamentadas, deverão ser encaminhadas para o endereço de e-mail: consultapublica.cgsm@agricultura.gov.br , com o assunto "Consulta Pública Decreto Sementes e Mudas".

Ministério da Agricultura convoca empresas do agro para participarem de feiras internacionais


feiras internacionaisAs inscrições de empresas brasileiras, já podem ser feitas no Ministério da Agricultura. O objetivo do ministério é organizar missões comerciais para atrair investimentos e promover o desenvolvimento do agronegócio nacional. Poderão participar empresas e entidades interessadas em participar das feiras internacionais de bebidas e alimentos que ocorrerão neste ano em diferentes países.
O Ministério da Agricultura, o Ministério das Relações Exteriores com o apoio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), é criar uma série de missões comerciais para atrair Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) e promover o desenvolvimento do agronegócio nacional.
A programação internacional prevista para o primeiro semestre de 2020 inclui as seguintes feiras:
– Food and Hotel Asia 2020
Local: Singapura
Data: 31/03 a 03/04
Inscrições até 31/01 em www.agricultura.gov.br/fha2020
– EXPO ANTAD & Alimentaria 2020
Local: Guadalajara (México)
Data: 31/03 a 02/04
Inscrições até 31/01 em www.agricultura.gov.br/expoantad2020
– SIAM 2020
Local: Meknes (Marrocos)
Data: 14/4 a 19/4
Inscrições até 31/01 em www.agricultura.gov.br/siam2020
– SIAL Canada
Local: Montreal (Canadá)
Data: 15/4 a 17/4
Inscrições até 31/01 em www.agricultura.gov.br/sialcanada2020
– Seul Food and Hotel 2020
Local: Seul (Coreia do Sul)
Data: 19/5 a 22/5
Inscrições até 15/02 em www.agricultura.gov.br/seoulfood2020
– THAIFEX – Anuga Asia
Local: Bangkok (Tailândia)
Data: 26/5 a 30/5
Inscrições até 15/02 em www.agricultura.gov.br/saitex2020
– SAITEX 2020
Local: Joanesburgo (África do Sul)
Data: 21/6 a 23/6
Inscrições até 22/03 em www.agricultura.gov.br/thaifex2020

A seleção das empresas e entidades interessadas em participar das missões e/ou serem expositoras nas feiras é realizada no Mapa, por meio da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais. Os eventos internacionais são considerados plataformas estratégicas para ampliar a visibilidade dos produtos brasileiros e promover contatos.
Nesses eventos, vários atores do mercado externo se reúnem em um mesmo ambiente, permitindo a redução de custos de promoção transacional. Além disso, os eventos representam oportunidade para aprofundar o conhecimento sobre o mercado-alvo, tendências e estratégias dos concorrentes.
Para as inscrições em todos os eventos, o Mapa e o MRE são responsáveis pelos custos de contratação de espaço na feira, apoio de recepcionistas bilíngues e confecção do catálogo do Pavilhão Brasil.
Cada empresa participante fica responsável pelas despesas de passagens aéreas, hospedagem e alimentação, além da inscrição junto ao promotor do evento. O candidato também deve aceitar os Termos e Condições de Participação.

A inscrição no processo seletivo não garante a participação na missão comercial, serve apenas para manifestar o interesse do inscrito no processo de seleção. O resultado da seleção é enviado às instituições por e-mail.
MAPA

Conhecendo a mosca-branca, praga que ataca plantações e provoca prejuízos na agricultura

Mosca branca nas folhas 1Acredita-se que a mosca-branca originou-se no Oriente Médio e, dali, expandiu-se para regiões da África e da Europa até cruzar o oceano e chegar às Américas no início da década de 1990. A explosão populacional da praga foi praticamente simultânea nos Estados Unidos e no Brasil e, no nosso país, encontrou condições muito favoráveis ao desenvolvimento. Os vírus transmitidos pelo inseto para o tomate, por exemplo, são oriundos da flora brasileira. “A mosca-branca facilitou a transferência de vírus nativos que antes eram restritos às plantas daninhas. Antes não havia um inseto-vetor que fosse eficiente em adquirir o vírus da planta daninha e transmiti-lo para o tomate”, explica o pesquisador Miguel Michereff Filho, da área de Entomologia da Embrapa Hortaliças.
A mosca-branca é uma praga que não faz distinção de alimento e, devido ao alto grau de polifagia, mantê-la sob controle é uma tarefa que tem mobilizado esforços de diversas cadeias produtivas que se preocupam com o impacto negativo na produtividade. Grandes culturas como soja e algodão hospedam a praga e sentem os danos ocasionados pela sucção da seiva, contudo, eles são secundários diante dos prejuízos da ferrugem e do bicudo, principais pragas dessas culturas, respectivamente.
No caso do tomate, além de agir como um inseto sugador que compromete o desenvolvimento da planta e injeta toxinas capazes de estragar os frutos, a mosca-branca também transmite viroses que afetam a produtividade das lavouras e geram perdas de até 50%. Algumas regiões produtoras adotaram o vazio sanitário, que prevê um período sem plantas vivas de tomate no campo, para tentar controlar o nível populacional da mosca-branca. Contudo, para garantir o sucesso no controle dessa praga, mais do que contar com políticas públicas implantadas por órgãos de defesa vegetal, é preciso propor aos agricultores um manejo racional a fim de manter a sustentabilidade de todo o sistema.
A mosca-branca é um inseto sugador de seiva e transmissor de vírus. Além de prejudicar o desenvolvimento normal da planta, o que naturalmente reduz a produção, no processo de alimentação, a mosca-branca injeta toxinas que, no caso do tomateiro, ocasionam o amadurecimento desuniforme e a isoporização dos frutos. Quanto aos vírus, a praga pode transmitir para o tomate o begomovírus, o crinivírus ou, ainda, ambos, o que é chamado de mistura viral. Esta possibilidade preocupa a pesquisa, que já se questiona se a combinação pode interferir no manejo de outros vírus do tomateiro, como o tospovírus, transmitidos pelos tripes. Com mecanismos que favorecem a adaptação em condições extremas, a mosca-branca apresenta alta taxa de fecundidade, além de ter como característica a partenogênese, ou seja, a fêmea é capaz de produzir clones que vão manter possíveis genes de resistência a produtos químicos, o que facilita o estabelecimento da população.

Os prejuízos provocados pela mosca-branca impediram, inclusive, a continuidade de alguns polos de produção. Devido ao manejo inadequado, em meados da década de 1990, a tomaticultura no polo agrícola de Petrolina (PE) foi muito prejudicada pela mosca-branca e, com isso, a indústria processadora teve que migrar a produção para o Centro-Oeste. Atualmente, Goiás é o maior produtor de tomate do País, com mais de 30% da produção nacional do fruto, e, para evitar que a praga comprometa a sustentabilidade do sistema produtivo na região, assim como aconteceu no Nordeste, o órgão de defesa agropecuária estadual aprovou uma instrução normativa que prevê a implantação do vazio sanitário para o tomate entre os meses de novembro e janeiro. “Esse período do ano é problemático porque existem outros cultivos que são hospedeiros da mosca-branca, por exemplo, a soja. Por isso, quanto mais o produtor de tomate atrasar o plantio para não coincidir com a colheita da soja, que é quando a mosca-branca se desloca em busca de outras culturas, menores serão as chances de haver uma alta população de insetos no início do estabelecimento da lavoura de tomate, quando as plantas são mais vulneráveis”, analisa o pesquisador que recomenda os meses de fevereiro e março para início do plantio do tomate.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

O glitter realmente faz mal ao meio ambiente?


O glitter faz parte do dia a dia de muita gente, principalmente quando chega o Carnaval: homens e mulheres abusam da utilização das maquiagens no rosto e no corpo e as ruas ficam brilhantes, cheias de glitter.
Essas pequenas partículas brilhantes realmente fazem parte da folia, mas do ponto de vista ambiental, elas são verdadeiras vilãs.

Composição química do glitter

O glitter é formado por pedaços de plásticos copolímeros, folhas de alumínio, dióxidos de titânio, óxidos de ferro, oxicloretos de bismuto ou outros materiais pintados em metálico, cores neon e cores iridescentes para refletirem a luz em um espectro de espumantes. Nada disso pode ser reciclado e, como há muitos químicos envolvidos, o tempo de decomposição é grande.
Como eles têm menos de 5 milímetros, são pequenos demais para serem filtrados no sistema de tratamento de esgoto e acabam parando nos rios e mares, podendo ser ingeridas pela fauna marinha.
Esses pedacinhos de plástico têm capacidade de, no oceano, absorverem produtos tóxicos, como pesticidas, metais pesados e outros tipos de poluentes orgânicos persistentes, o que faz com que os danos à saúde da biodiversidade sejam muito maiores.
Pesquisas recentes mostraram que os microplásticos perturbam o início da cadeia de alimentação aquática, como os plânctons e também afetam ostras e mexilhões. Os microplásticos ingeridos por esses organismos podem afetar seu crescimento e atrapalhar sua alimentação como um todo e, consequentemente, impactar toda a cadeia de alimentação. Plânctons, por exemplo, são um alimento dos peixes, que, por sua vez, alimentam os humanos.
Não há estudos sobre o glitter nesse contexto, especificamente, porque não é fácil identificar a origem de um microplástico. Mas o material é contabilizado entre os microplásticos que poluem o oceano – são entre 15 e 51 trilhões de partículas.
Parte dos microplásticos são os microbeads, ou grânulos, como os presentes em pastas de dentes e esfoliantes.

Microbeads

Os microbeads são produtos não biodegradáveis e levam milhares de anos para serem degradados na natureza. São partículas minúsculas, pedaços de plástico do tamanho de grãos de sal que absorvem toxinas, tais como o óleo de motor e inseticidas, à medida que correm rio abaixo e em direção ao Oceano. Essas esferas contendo toxinas absorvidas são consumidas por organismos marinhos como mariscos, caranguejos, peixes e, posteriormente, são consumidas por nós humanos.
Em substituição ao microbeads temos os esfoliantes naturais, que são produtos biodegradáveis e não agridem a natureza, assim como não são nocivos à saúde. Diversos cosméticos já dispõem de formulações com este tipo de alternativa, que podem ser desde sementes de plantas trituras, como o maracujá, linhaça, café, amêndoas moídas, como também açúcar, sal, farelo de arroz, amêndoas moídas, sementes de painço, farinha de aveia, assim como folhas desidratadas e trituradas que podem ser utilizados como esfoliantes alternativos.

Alternativas naturais

Uma alternativa natural para ficar brilhando é utilizar o pó de mica. A mica é um tipo de rocha que inclui diversos minerais proximamente relacionados. Ela ocorre naturalmente no Brasil e é atóxica. Depois do uso, não há problema em voltar para o ambiente, de onde ela veio.
Você também pode produzir em casa o seu próprio glitter. É possível fazer glitter ecológico com gelatina vegetal, feita com alga ágar. Essa gelatina não precisa ir à geladeira para ficar firme e também não derrete em temperatura ambiente, como acontece com a animal (que é a gelatina mais comum usada para sobremesas). A receita leva apenas uma colher de sopa de gelatina vegetal em pó e meia xícara de água de beterraba gelada.
Também são alternativas ecológicas:
  • Sal com corante alimentício;
  • Pó de mica;
  • Açúcar com corante alimentício;
  • Pó de pimentão (páprica);
  • Gelatina com corante alimentício;
  • Pó de urucum (colorau);
  • Glitter de confeiteiro;
  • Filtro solar colorido;
  • Produtos de maquiagem.

Como o glitter é produzido?

O glitter de plástico como o conhecemos é produzido a partir de placas de PET ou PVC que são metalizadas com alumínio e, depois, tingidas com cores diferentes.
Depois desse processo, as placas de plásticos são revestidas novamente com uma camada transparente para tentar segurar sua cor e dar consistência ao alumínio.
Essas placas são então cortadas em pequenas partículas e passam por uma máquina que tem um cilindro com 60 dentes rotativos de corte e uma faca, uma espécie de combinação entre um triturador de galhos e um triturador de papel.
O formato das partículas que causa menos desperdício é o hexágono. Por causa disso, este é justamente o formato em que a maior parte das partículas de glitter são trituradas. E isso também faz com que as diferentes partículas de glitter nunca caiam no mesmo ângulo. Quando não estão uniformes, brilham mais, porque há mais chances de receberem luz em diferentes partes.

Considerações finais

Microplásticos não existem apenas no glitter. Tudo que é plástico um dia será microplástico. E outros produtos como cosméticos e esfoliantes também podem conter plástico em tamanho reduzido, já no formato microplástico. Por isso, sempre confira o rótulos. Se encontrar os nomes polyethylene ou polypropylene no seu esfoliante, por exemplo, você já sabe: contém microplástico!
Não tenha medo de banir também esse item da sua lista de compras. Também há outras maneiras de cuidar da saúde e da beleza sem utilizar glitter e microplástico.
Evite também garrafinhas plásticas, canudinhos e outros itens supérfluos que podem se degradar em microplásticos no oceano ou prejudicar animais de outras formas, como causando asfixia. E lembre-se: reutilize, descarte corretamente e envie para a reciclagem os itens consumidos. Confira quais são os postos de coleta mais próximos de você.


Emparn confirma chuvas de até 533 milímetros para março, abril e maio



A Empresa de Pesquisa Agropecuária do RN - Emparn confirmou na manhã desta quarta-feira, 19, a previsão de chuvas acima da média histórica para o trimestre de março, abril e maio próximos. De acordo com o meteorologista Gilmar Bistrot, os padrões climáticos indicam a ocorrência de chuvas distribuídas em todas as regiões do Estado, sendo 479 milímetros na região Oeste, 376 na região Central, 342 na região Agreste e 533 milímetros na região Leste. Em todo o ano de 2019 a média de chuvas foi de 840 milímetros.
"A previsão climática, a partir das condições observadas desde janeiro deste ano indicam chuvas normais ou acima da média histórica para o Rio Grande do Norte", afirma o meteorologista. Ele explica que explica que "as análises consideram parâmetros de temperatura na superfície dos oceanos, ventos e pressão atmosférica". Segundo Bistrot há aquecimento no Atlântico Sul e temperatura baixa no Pacífico e isto favorece ocorrências de chuvas no Nordeste brasileiro nos próximos três meses. "Hoje há essa tendência", reforçou.
A conclusão apresentada pela Emparn resulta das análises também de meteorologistas dos principais centros de previsão climática da região Nordeste que promoveram em Parnamirim, nesta terça-feira, 18, a III Reunião de Análise Climática para o Semiárido Nordestino - Etapa Rio Grande do Norte.
Os especialistas fizeram o balanço dos primeiros meses do ano, análises de modelos meteorológicos, condições atuais dos oceanos e elaboração de boletins para o período.
A governadora Fátima Bezerra participou da apresentação do boletim de análise e previsão climática, ocorrido no auditório da Governadoria, e avaliou o quadro como animador. Ela registrou que o Governo do RN tomou providências em apoio ao homem do campo como a distribuição de sementes no período certo para aproveitar o período das chuvas. "Inclusive", destacou Fátima Bezerra, "este ano entregamos também sementes crioulas, que são adaptadas às condições de clima e solo de cada região do Estado, oferecendo assistência técnica pela Emater e apoio à agricultura familiar".
O RN é o primeiro Estado no Brasil a implantar o sistema de aquisição e distribuição de sementes crioulas. Este ano foram investidos R$ 600 mil na compra de grãos produzidos pela agricultura familiar. "São produtos certificados pelo Mapa, de qualidade e com germinação garantida. E já estamos trabalhando para ampliar as compras para R$ 2 milhões em 2021, mais do que triplicando o investimento deste ano", informou a Governadora.
A presença de técnicos da Paraíba, Bahia, Alagoas, Pernambuco e do Distrito Federal no RN para tratar do clima mostra que temos uma "integração regional dos estados que enfrentam as intempéries da seca e do semiárido. Isto é muito bom e produtivo por que estamos somando conhecimento e buscando soluções efetivas".
O secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e da Agricultura Familiar - SEDRAF, Alexandre Oliveira, disse que a ocorrência de chuvas regulares "beneficia o agricultor e a produção com garantia de colheita do milho e feijão principalmente, por que assegura a alimentação animal e humana, o que tem forte impacto econômico e social, mantendo as famílias produtivas. Temos no Rio Grande do Norte 60 mil cisternas e, com as chuvas, elas serão abastecidas, irão garantir o consumo humano, a segurança alimentar e a produção de forragem para as criações".
César Oliveira, diretor geral da Emater, afirma que a chuva é insumo indispensável para as ações no campo. A ocorrência de precipitações regulares anima os agricultores e movimenta a economia principalmente para os pequenos e médios produtores".
Também participaram da apresentação do relatório o coordenador da Defesa Civil estadual, tenente-coronel Marcos Carvalho, diretor do Instituto de Gestão das Águas do Estado do RN  - Igarn, Mário Manso, e meteorologistas dos estados que participaram da III Reunião de Análise Climática para o Semiárido Nordestino

Governo vai liberar mais recursos para pequenos e médios produtores rurais.

PRONAF 1Em decorrência de forte demanda nas operações de financiamento em investimentos agropecuários do Plano Safra 2019/2020, a Secretaria do Tesouro Nacional autorizou o remanejamento de recursos com juros equalizáveis, sobretudo de custeio, para investimentos. A medida foi tomada a pedido do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Foram beneficiados com recursos adicionais especialmente o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), o Programa Nacional de Apoio aos Médios Produtores Rurais (Pronamp), o Programa para Redução da Emissão de Gases de Efeito Estufa na Agricultura (ABC) e o Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA). O Pronaf recebeu mais R$ 874 milhões e o Pronamp, um acréscimo de R$ 614 milhões.

A medida já foi publicada no Diário Oficial da União do último e contemplou as instituições financeiras que operam com recursos equalizáveis – Banco do Brasil, BNDES, Sicredi e Bancoob. De acordo com Wilson Vaz de Araújo, diretor do Departamento de Financiamento e Informação da Secretaria de Política Agrícola, a medida foi possível em decorrência de oferta relevante de recursos provenientes dos depósitos à vista, que compõem os Recursos Obrigatórios para financiamento no âmbito do crédito rural, o que assegurará a normalidade na concessão dos financiamentos de custeio da safra. “Com essa movimentação, o governo espera que as demandas nos diversos programas de investimentos sejam atendidas pelo menos até o mês de março”, avalia o diretor do Mapa.

Recursos do pré-custeio permitem que produtores se planejem melhor, diz ministra

Crédito Rural

Banco do Brasil anunciou hoje a liberação de R$ 15 bilhões para a compra antecipada de insumos

 

A disponibilização de R$ 15 bilhões pelo Banco do Brasil para o pré-custeio 2020/2021 vai ajudar os produtores rurais a se programarem melhor para ter mais lucratividade. A avaliação é da ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento), que participou nesta quinta-feira (20) do anúncio da liberação dos recursos.
“Essa antecipação, esse custeio, possibilita que o produtor possa fazer as contas e que tenha maior lucratividade no final da sua safra, do seu plantio, da sua atividade, podendo se programar, comprando e transportando na hora certa. Todos os bancos que financiam o agronegócio brasileiro deveriam seguir esse exemplo”, disse a ministra.
Os recursos serão disponibilizados para a compra antecipada de insumos e serão destinados aos clientes produtores rurais para financiamento das lavouras de soja, milho, algodão, café, arroz a cana-de-açúcar. As operações poderão ser contratadas com recursos controlados com taxas a partir de 6% ao ano e, alternativamente, com recursos não controlados (Letra de Crédito do Agronegócio) com taxas a partir de 6,1% ao ano.
A ministra também agradeceu o apoio do presidente Jair Bolsonaro e do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, pela sensibilidade para ajudar o agronegócio brasileiro. Ela disse que está discutindo com a área econômica do governo para que sejam disponibilizados R$ 1,5 bilhão em 2021 para a subvenção ao seguro rural.
“Gostaríamos de R$ 1,5 bilhão ou até um pouco mais, estamos discutindo com o Ministério da Economia, e conto com a sensibilidade do ministro Paulo Guedes. É uma política que a economia vê com bons olhos, pelo que representa a agricultura e pelos resultados positivos”, disse Tereza Cristina. Para 2020, está previsto R$ 1 bilhão para o programa, maior valor para subvenção desde sua criação. 

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

Chuvas no Carnaval

Continuam tímidas as chuvas no período momesco. Aqui na região central se tem conhecimento de boas chuvas ontem em Angicos e Afonso Bezerra. Vamos aguardar.

Melhoramento Genético-Excelente Artigo


O melhoramento genético florestal pode ser considerado como uma ciência relativamente nova, que teve seu maior desenvolvimento mundial a partir de 1950 e, no Brasil, a partir de 1967.
Naquela época, o setor florestal brasileiro vivia uma período de intensa atividade de reflorestamento, alimentada pelos incentivos fiscais do governo, visando a produção de matéria-prima florestal, principalmente para o abastecimento de carvão vegetal para as indústrias siderúrgicas e de madeira para as indústrias de celulose e papel.
De maneira bem simples o melhoramento de plantas consiste em modificar seu patrimônio genético, com a finalidade de obter variedades, ou híbridos, que apresentam maior rendimento, com produtos de alta qualidade e capazes de se a adaptar às condições de um determinado ambiente, além de exibirem resistência às principais pragas e doenças.
Ele tem como base os conhecimentos da área de genética, tratando-se talvez do que poderíamos chamar de genética aplicada, que é uma área do conhecimento que exige a integralização e uso de várias outras disciplinas e campos do conhecimento, como a botânica, taxonomia, genética, citologia, fitopatologia, entomologia, biologia molecular, fisiologia, estatística, entre outras.
Esta ciência apresenta peculiaridades e aspectos próprios, já que as espécies arbóreas são perenes, de ciclo muito longo e com diversidade de sistemas reprodutivos.

Características do Melhoramento Genético Florestal

Embora os objetivos do melhoramento genético de espécies florestais sejam específicos para cada finalidade industrial ou de uso direto da matéria-prima, existem alguns aspectos de interesse comum. Características como incremento volumétrico, forma de fuste, produção de sementes e tolerância às adversidades do meio são fundamentais para todos os setores como ponto de partida para seus objetivos específicos. A variabilidade existente nessas características básicas precisa ser explorada para tornar os empreendimentos florestais mais produtivos e abrangentes em todas as regiões.
O programa de Melhoramento Genético Florestal parte de uma população-base, a partir da qual a seleção será implantada em diferentes intensidades. Essa população selecionada servirá para a produção de sementes ou de mudas clonais, além de servir para a recombinação em novos cruzamentos.
Cruzamentos entre plantas perenes têm sido utilizados para a obtenção de características tecnológicas da madeira e da polpa, as quais apresentam herdabilidade de média a alta magnitude. No entanto, os limites de variabilidade verificados nas espécies tradicionalmente plantadas no Brasil, tornam-se um empecilho para a obtenção de indivíduos que possam dar saltos quantitativos e qualitativos no desempenho industrial.

Propagação vegetativa e cultura de tecidos vegetais

Dentre os métodos mais usados para o Melhoramento Florestal, está a seleção de árvores elites e a sua propagação por meio de clonagem. Plantios clonais oferecem vantagens para a produtividade devido aos seus ganhos genéticos que podem ser aditivos por meio de seleção massal e propagação de indivíduos-elite.
São construídos os jardins clonais, ou minijardins clonais, ou ainda, por micropropagação. Antes do plantio, os clones são submetidos a testes clonais, que consistem em plantá-los em diferentes condições no intuito de confirmar a superioridade existente no material genético.
Os minijardins clonais que utilizam a técnica de miniestaquia apresentam grande contribuição para a produção florestal e, nessa área, o Brasil apresenta-se como destaque mundial. Os minijardins estão cada vez mais evoluídos, permitindo a redução de área para produção inicial, a redução no tamanho das estacas e o incremento na produção.
Já as técnicas de Cultura de Tecidos vêm sendo utilizadas de diferentes formas para o desenvolvimento de cultivares superiores de plantas. De maneira geral, elas são requeridas em determinada etapa dos programas de melhoramento, oferecendo novas alternativas e, muitas vezes, soluções únicas.
A micropropagação é a técnica mais utilizada da Cultura de Tecidos e, talvez, a de maior impacto. Possui ampla aplicação na multiplicação de plantas lenhosas como árvores-elite, possibilitando a obtenção de clones mais produtivos.
A técnica de embriogênese somática também é amplamente empregada, especialmente para o desenvolvimento de propágulos de coníferas, possibilitando a propagação massal de famílias-elite de árvores. Ela oferece potencial para a produção e para o armazenamento de germoplasma de clones, além da propagação de um número ilimitado de plantas.

Banco de Germoplasma

O principal uso do banco de germoplasma é no melhoramento genético. Para tal objetivo, os bancos abrigam alta variabilidade genética da espécie, que é explorada, durante sua domesticação.
Os bancos de germoplasma também possibilitam restaurar a variabilidade genética perdida ao longos dos ciclos de melhoramento das espécies em domesticação. Além disso, esta variabilidade é essencial para obter indivíduos resistentes a novas pragas e doenças.
Espécies florestais como pinus e eucalipto estão amplamente sendo domesticadas. Entretanto, ainda faltam muitas outras como teca (Tectona grandis), macaúba (Acrocomia aculeata) e paricá (Schizolobium amazonicum). Para estas espécies, há extrema necessidade de criar bancos de germoplasma e avaliar a variabilidade genética existente. Leia mais clicando aqui.

Speed Breeding

Speed Breeding consiste basicamente em utilizar de condições artificiais e controladas de luz e temperatura para aumentar o desenvolvimento das plantas. Com este controle, os ciclos são acelerados, tornando possível a redução dos intervalos entre as gerações. Além disso, reduz-se o caminho entre o cruzamento e a seleção de uma progênie a ser usada em um programa de melhoramento. Leia mais clicando aqui.
E se você gosta muito de genética ou ficou interessado em entender mais sobre o assunto, você precisa acessar o blog da Laborgene. Lá eles explicam genética de forma fácil e interessante.

O Cabugi Em Pleno Inverno


  
O nosso querido pico do cabugí  apresenta neste período, uma vegetação verde e exuberante. Na foto do blogueiro Cícero, vemos a turma do pedal de Lajes, em mais uma exploração.

Estados Unidos reabrem mercado para carne in natura do Brasil

Comércio internacional

Ministra Tereza Cristina diz que a notícia traz o reconhecimento da qualidade da carne brasileira por um mercado tão importante como o americano

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e o Serviço de Inspeção e Inocuidade Alimentar (FSIS) informaram nesta sexta-feira (21) ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) a abertura de mercado para carne bovina in natura do Brasil para os Estados Unidos a partir de hoje.
"Hoje recebemos com muita satisfação uma notícia esperada há muito tempo: a reabertura do mercado de carne bovina in natura do Brasil para os Estados Unidos. Uma notícia que esperávamos com ansiedade há algum tempo e que hoje eu tive a felicidade de receber. É uma ótima notícia, porque isso traz o reconhecimento da qualidade da carne brasileira por um mercado tão importante como o americano", disse a ministra Tereza Cristina. 
O Brasil poderá começar a enviar produtos de carne bovina in natura derivados de animais abatidos a partir de hoje. No comunicado encaminhado ao Mapa, o FSIS disse que o Brasil corrigiu os problemas sistêmicos que levaram à suspensão e está restabelecendo a elegibilidade das exportações de carne bovina in natura para os Estados Unidos a partir de hoje. Além disso, o FSIS encerrará os casos pendentes de violação de pontos de entrada associado à suspensão de 2017.
Antes da primeira remessa, o Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Mapa (Dipoa) deve enviar uma lista atualizada de estabelecimentos elegíveis certificados. 
As compras de cortes bovinos do Brasil foram suspensas pelos Estados Unidos em 2017, devido às reações (abcessos) provocadas no rebanho, pela vacina contra a febre aftosa.
Desde o início do ano passado, a ministra tem feito diversas reuniões com o secretário de Agricultura dos Estados Unidos, Sonny Perdue, para tratar do assunto. Em junho de 2019, uma missão veterinária dos Estados Unidos esteve no Brasil para inspecionar frigoríficos de bovinos e suínos. A missão retornou em janeiro deste ano. 

Embrapa divulga avaliação econômica de Sistemas de Integração-Lavoura-Pecuária-Floresta

Eliana Cezar - Pesquisadora Mariana analisou economicamente diversas modalidades de ILPF em várias regiões do país. A obra acaba de ser lançada e está à disposição dos interessados.
Pesquisadora Mariana analisou economicamente diversas modalidades de ILPF em várias regiões do país. A obra acaba de ser lançada e está à disposição dos interessados.
A publicação ora lançada reúne estudos de viabilidade econômica dos sistemas de Integração-Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) nos biomas brasileiros, realizados pela equipe do projeto Eco-ILPF, cujo objetivo inicial era padronizar uma metodologia de avaliação econômica para esses sistemas. O projeto foi finalizado em 2019 e a obra é um de seus resultados. Embora não se tenha conseguido padronizar completamente as metodologias de análise, em virtude da complexidade e da heterogeneidade dos sistemas integrados, muito se avançou nas discussões metodológicas, comenta a editora técnica Mariana de Aragão Pereira, especialista em economia e pesquisadora da Embrapa Gado de Corte (Campo Grande, MS).
A pesquisadora, que também é autora de um dos capítulos da publicação da Série Documentos, número 268, constatou que os sistemas de integração, de forma geral, tendem a ser viáveis, técnica e economicamente, pois aumentam a produtividade e a produção dos componentes do sistema, melhoram a qualidade do solo e o bem-estar animal, ao mesmo tempo em que reduzem os riscos de variação de renda.
Mariana Aragão conta que várias modalidades da ILPF foram analisadas, incluindo ou não árvores, com adensamentos e espaçamentos diversos, com diferentes culturas desde mandioca e aveia aos tradicionais milho e soja ou algodão, em condições experimentais, sistemas modais ou fazendas reais. Opções para o pequeno produtor familiar também foram contempladas, como no caso apresentado pela Embrapa Amazônia Oriental (CPATU), que inclui árvores nativas, mandioca e pecuária de cria.
Resultados econômicos positivos
A editora afirma que os estudos comprovam que os resultados econômicos são positivos desde que as recomendações técnicas da ILPF sejam seguidas e haja demandas pelos produtos oriundos do sistema no mercado regional. Ela complementa informando que “pode haver variações de desempenho do sistema durante os anos, porém no longo prazo, um componente compensa o outro”.
A obra foi enquadrada nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável-ODS, promovidos pela Organização das Nações Unidas (ONU), que prioriza em sua agenda a sustentabilidade. Os sistemas de integração contribuem para as metas da Agenda 2030 da ONU de dobrar a produtividade agrícola e a renda dos produtores de alimentos.
Na apresentação do livro a editora destaca: “Todos os trabalhos apresentados na publicação demonstram como os sistemas de integração em todo Brasil vão ao encontro e favorecem a consecução de metas da ONU, como por exemplo, a de garantir sistemas sustentáveis de produção de alimentos e implementar práticas agrícolas resilientes, que aumentem a produtividade e a produção, que ajudem a manter os ecossistemas, que fortaleçam a capacidade de adaptação às mudanças climáticas, às condições meteorológicas extremas, secas, inundações e outros desastres, e que melhorem progressivamente a qualidade da terra e do solo”.
A publicação apresenta também dados da ILPF nos biomas brasileiros: “São pelo menos 11,5 milhões de hectares estabelecidos no Brasil com as modalidades de ILPF. Esse resultado ultrapassou a meta de nove milhões de hectares até 2030, estipulada pelo Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (Plano ABC), no âmbito do Acordo de Paris. O objetivo agora é superar a marca dos 14 milhões de hectares até 2030. Acredita-se que as avaliações econômicas contidas nessa obra colaboram para reduzir as incertezas e promover a análise crítica sobre estes sistemas de integração, contribuindo para sua maior adoção no setor produtivo e, por consequência, para os ODS”.
A obra intitulada “Avaliação econômica de sistemas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta: as experiências da Embrapa”, 90 páginas, está disponível na versão digital na página da Embrapa Gado de corte, no endereço: 

sábado, 22 de fevereiro de 2020

Carnaval terá céu nublado e chuvas em todas as regiões potiguares, prevê Emparn

Por Angicos News
RN terá período de carnaval chuvoso, segundo Emparn (arquivo) — Foto: Bruno Andrade
A previsão do tempo para o fim de semana e o carnaval é de predominância de céu parcialmente nublado com pancadas de chuvas em todas as regiões potiguares, apontam as análises da Unidade Instrumental de Meteorologia da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn), divulgadas nesta quinta-feira (20).
No litoral e região metropolitana de Natal, a expectativa é de que as chuvas ocorram a qualquer hora do dia até sábado (22). Já no interior, as precipitações são esperadas durante o período da tarde e início da noite, e poderão ser acompanhadas de trovoadas e descargas elétricas.
A temperatura, na capital, deve variar entre 24ºC e 32ºC e no interior, nas regiões serranas, devem ficar entre 22ºC e ultrapassar os 35ºC.
“Com a umidade relativa do ar acima do normal (85% a 90%), a sensação térmica (de mais calor) aumenta”, alerta o chefe da Unidade, o meteorologista Gilmar Bristot.

Veja as previsões da Emparn

  • Sexta-Feira (21/02) – Céu parcialmente nublado em todo o Estado com pancadas de chuvas em todas as regiões. No interior, chove durante a tarde e noite.
  • Sábado (22/02) –Céu parcialmente nublado a claro em todo o Estado com pancadas de chuvas.
  • Domingo (23/02) – Céu parcialmente nublado a claro em todo o Estado com pancadas de chuvas fracas.
  • Segunda-Feira (24/02) – Céu parcialmente nublado a claro em todo o Estado com pancadas de chuvas fracas.
  • Terça-Feira (25/02) – Céu parcialmente nublado a claro em todo o Estado com pancadas de chuvas em todas as regiões.