terça-feira, 31 de outubro de 2017

Ministro assegura recursos para conclusão da Barragem Oiticica em 2018

Obras da barragem Oiticica (Foto: Ivanizio Ramos)
Obras da barragem Oiticica (Foto: Ivanizio Ramos)
“Impactos da crise hídrica no Rio Grande do Norte” foi o tema de um seminário ocorrido ontem, 30 de outubro, promovido pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte, em parceria com Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), o jornal Tribuna do Norte, FIERN e Fecomercio. O articulador estadual do Seapac, José Procópio de Lucena, participou do evento. Ele relata que os temas do seminário foram: o Plano Estadual de Segurança Hídrica do RN; Aquaponia na região do Seridó do RN; o Caso Coteminas: Reuso de água na atividade industrial; e Estratégicas do governo federal para a segurança hídrica do RN.
O evento contou com presença do Ministro da Integração Nacional, Hélder Barbalho, senadores Fatima Bezerra e Garibaldi Alves, deputados estaduais, governo do estado, agentes públicos e privados, especialistas na pauta do seminário e diversos segmentos da sociedade relacionados com a temática. O Ministro da integração tratou basicamente do Programa de Integração do São Francisco (PISF-eixo Norte), canal Apodi e do Complexo Barragem de Oiticica.

Hélder Barbalho afirmou que as águas do eixo norte do PISF chegarão ao Estado no segundo semestre de 2018. Nesse ano, segundo o ministro, será iniciado as obras do canal do Apodi e concluído o Complexo Barragem de Oiticica, no município de Jucurutu, região Seridó do Estado. Sobre Barragem de Oiticica, o ministro garantiu que não faltarão recursos do governo federal. Também já estão disponíveis R$ 75 milhões de emendas parlamentares de 2017 e cerca de mais R$ 82 milhões também de emendas parlamentares para 2018, fruto do compromisso da bancada federal na reunião pública realizada pelo movimento dos atingidos e atingidas pela construção do Complexo Barragem de Oiticica, em primeiro de setembro deste ano, na igreja de Barra de Santana.


RN se destaca em liquidar dívidas de Crédito Fundiário



Os beneficiários do Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF) estão sendo contemplados com a liquidação e a renegociação de dívidas de crédito rural, previstas na Lei Nº 13.340, sancionada em setembro do ano passado. Desde janeiro deste ano o agricultor familiar que realizou operações até 31 dezembro de 2011 está liquidando suas dívidas com até 95% de desconto. O RN é o estado do Nordeste com o maior número de Associações do PNCF com dívidas regularizadas, de acordo com o Banco do Nordeste, maior agente financiador do Programa. 
O desconto de 95% é válido para os beneficiários que tiveram operações contratadas ano de 2003 até o ano de 2006. A Secretaria de Estado de Assuntos fundiários e Apoio à Reforma Agrária (Seara) têm 320 contratos assinados de compra de imóvel rural pelo Crédito Fundiário entre 2003 e 2006. Deste total, 207 Associações/beneficiários já liquidaram as dívidas e a meta da secretaria é chegar aos 100% até 29 de dezembro de 2017, prazo máximo de vigência da lei.
Somente do período de 2003 a 2006, os valores já liquidados somam aproximadamente 20 milhões de reais, que retornarão aos cofres do Fundo de Terra e da Reforma Agrária (FTRA) e serão utilizados para financiar programas de reordenação fundiária e de assentamento rural, como o Crédito Fundiário, por exemplo.
“Embora a Lei beneficie outros agricultores que compraram imóveis rurais após o ano de 2006, a Seara optou em focar mais o trabalho com beneficiários dos anos anteriores a este em função do desconto ser maior. Com o advento da Lei 13.340 os beneficiários do Crédito Fundiário estão tendo uma grande oportunidade em liquidar ou renegociar suas dívidas, podendo inclusive, fazer novos financiamentos para investirem em suas unidades produtivas familiares”, afirmou o titular da Seara, Raimundo Costa.
Até o momento, foram liquidadas cerca de 305 operações do PNCF de todos os que são contemplados com a lei, que são os agricultores que compraram a terra até o ano de 2011, colocando o RN em primeiro lugar do Nordeste em regularizar as dívidas.  
De acordo com o coordenador da Unidade Técnica Estadual (UTE/RN), João Vicente de Melo, responsável pelo Programa de Crédito Fundiário no estado, a secretaria tem intensificado as ações de campo, visitando o maior número de beneficiários para que todos sejam contemplados.

Milho

Vendedores reduzem oferta e valores do milho seguem em alta

Cotações do milho continuam subindo no mercado interno
Por:
     
As cotações do milho continuam subindo no mercado interno, devido à retração de vendedores, que acreditam em novas valorizações nas próximas semanas. Esse comportamento, por sua vez, está atrelado a incertezas quanto ao desenvolvimento da nova safra de verão de milho e de soja, e ao bom ritmo das exportações.

Nesse contexto, segundo colaboradores do Cepea, vendedores vêm postergando as negociações de grandes lotes, limitando os volumes ofertados. Compradores, por outro lado, estão mais ativos no mercado, visto que estão com estoques reduzidos. Assim, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas/SP) subiu 5,7% no acumulado do mês, a R$ 31,76/saca de 60 quilos na sexta-feira, 27.  

Açúcar

Preços do açúcar disparam e fecham com forte alta na última sexta-feira em NY e Londres

Demais contratos subiram entre 6,70 e 8,30 dólares
Os preços do açúcar dispararam na última sexta-feira (27) no mercado internacional, a cotação mais alta dos últimos 60 pregões, segundo informações da Archer Consulting. Na bolsa de Nova York, os preços da commodity no vencimento março/18 subiram 52 pontos, firmando negócios em 14.63 centavos de dólar por libra-peso. Na tela maio/18, a alta foi de 45 pontos, com contratos fechados em 14.67 centavos de dólar por libra-peso. Nos demais negócios, os preços subiram entre 20 e 37 pontos.

O jornal Valor Econômico desta segunda-feira (30) informou que os aumentos das cotações foram puxados por um movimento técnico dos fundos que investem em commodities. "Do lado dos fundamentos, o mercado acompanha a queda no percentual de cana destinada para a fabricação de açúcar no Centro-Sul do Brasil em detrimento do etanol. De acordo com a Archer Consulting, as previsões de crescimento de 10% nas vendas do setor automotivo é um fator ainda não traduzido nos relatórios de oferta e demanda que circulam no mercado".

Em Londres, o dia também foi de valorização em todos os lotes. Na tela dezembro/17, o aumento foi de 7,50 dólares, com negócios firmados em US$ 380,90 a tonelada. No vencimento março/18, a commodity foi comercializada a US$ 381,50, alta de 7,90 dólares. Os demais contratos subiram entre 6,70 e 8,30 dólares.

Mercado doméstico
No Brasil, os preços da saca de 50 quilos do tipo cristal seguem em alta, com valorização de 1,03% e preços negociados em R$ 57,09, de acordo com informações do Cepea/Esalq, da USP.
Dívidas

CNA debate renegociação de dívidas rurais

Encontro reunirá especialistas do governo e instituições financeiras
Por:
     

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) realiza, na terça (31), o seminário Agro em Questão para debater a renegociação de dívidas de produtores rurais das áreas de atuação das Superintendências de Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE) e da Amazônia (SUDAM). 

O encontro reunirá especialistas do governo e instituições financeiras para esclarecer os principais pontos e dificuldades da Lei 13.340/16, que autoriza a liquidação ou renegociação de dívidas de operações de crédito rural nas duas regiões e prevê benefícios para produtores de outros lugares do país, em busca da harmonização no entendimento da lei.
O presidente da CNA, João Martins, fará a abertura do seminário, a partir das 9h30. Na sequência começam os painéis. O primeiro painel abordará o tema “Entraves na visão do setor produtivo”, com a participação de representantes dos produtores das regiões Norte e Nordeste.

O superintendente de Relações Institucionais da CNA, Nelson Fraga, será o mediador do segundo e terceiro painéis, nos quais serão discutidas, respectivamente, as operações inscritas na Dívida Ativa da União e as operações que se enquadram na Lei 13.340/16.
No segundo debate, os expositores serão especialistas da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN) e da Advocacia-Geral da União (AGU), enquanto o terceiro e último painel terá representantes dos Ministérios da Fazenda, Integração Nacional, Banco Central, Banco do Brasil, Banco do Nordeste e Banco da Amazônia. 

Bovinos

Demanda restrita mantém o mercado do boi gordo indefinido

O feriado desta semana fará com que os frigoríficos tenham praticamente dois dias a menos de compras
     
Apesar do início de mês e o feriado se aproximando, as indústrias não enxergam necessidade de ofertar preços maiores para aumentar a aquisição de matéria-prima.
Em São Paulo, as programações de abate dos frigoríficos atendem em torno de cinco dias e, mesmo a oferta modesta tem sido suficiente para atender a demanda vigente.
Ocorrem alguns preços acima da referência, embora também sejam frequentes testes de valores menores.
O feriado desta semana fará com que os frigoríficos tenham praticamente dois dias a menos de compras, o que pode colaborar com a retomada da firmeza do mercado, isso se o consumo ganhar algum fôlego com a virada de mês.

OPORTUNIDADE

"Custo da terra no Brasil é o mais alto do mundo"

Especialista também diz que Argentina está em vantagem sobre o Brasil no momento
     
O especialista em geopolítica norte-americano Peter Zeihan costuma dar palestras para agricultores sobre como a política internacional, a economia e as mudanças demográfica afetam as suas vidas. Em recente palestra no Meio-Oeste dos Estados Unidos, ele arriscou algumas previsões e fez vários comentários sobre o Brasil.

Para Zeiham, o "custo [de oportunidade] da terra  no Brasil é o mais alto do mundo" em função dos altos custos de transporte" e da fácil proliferação de pragas. "O Brasil não é como o Meio-Oeste. Toda a produção agrícola está isolada. Os custos de transporte podem ser de quatro a 100 vezes mais altos que nos Estados Unidos. Os rios para eles não funcionam. O uso de pesticidas é extremo. Eles precisam de mudar de pesticidas a cada três anos, sendo que nos Estados Unidos se muda a cada 10 ou 15 anos", analisou.
Ele também prevê que haverá uma mudança, pelo menos momentânea, de maior crescimento agrícola na Argentina do que no Brasil. "O Brasil só faz sentido em um mundo onde há uma China com uma demanda insaciável e com um sistema internacional de transporte marítimo seguro e barato. Há uma virada maciça na América do Sul, enquanto o Brasil se desmorona e a Argentina cresce", comenta.

Zieham afirma ainda que nos próximos anos o mundo passará por fortes dificuldades nos próximos anos em função do forte aumento populacional nos países asiáticos, mas que por outro lado haverá uma redução sugnificativa da população japonesa e na Rússia até uma possível desaparição do país. Nesse contexto, prevê que poucos países estariam bem. Uma das exceções seriam os Estados Unidos.
"O Meio-Oeste é uma das maiores terras aráveis do planeta e está dividido pelo Mississipi. O sistema do Mississipi é o maior sistema de transportes do mundo. Esses dois fatores são imunes à política. Sempre estiveram", explicou.
Na palestra, o especialista citou outros países com maior potencial agrícola que não são tão conhecidos. Austrália na carne de alta qualidade e no trigo. Nova Zelândia no leite e carne bovina. Mianmar no arroz. E a França pela possibilidade ampla de plantar vários cultivos. 

A vantagem de produzir adubo orgânico com gongolos

gongro aduboOs gongolos, também conhecidos como piolho-de-cobra e embuá, são excelentes trituradores de resíduos sólidos e podem produzir um adubo orgânico que não deixa nada a desejar do composto gerado pelas minhocas. Quem descobriu a novidade foram pesquisadores da Embrapa Agrobiologia, no Rio de Janeiro, e agora a tecnologia está sendo difundida aos produtores de Roraima.
A gongocompostagem funciona por meio da parceria entre o gongolo e os microrganismos presentes no solo e nos resíduos. Os gongolos trituram os materiais, facilitando a decomposição por esses microrganismos. É por meio desta decomposição que os resíduos são transformados em adubo orgânico.
“Conhecemos a pesquisa da Embrapa Agrobiologia e achamos bastante interessante replicar em Roraima. É uma tecnologia simples, rápida e barata, e pode ser uma boa alternativa, não só para áreas rurais, mas também para moradores de terrenos urbanos realizarem o reaproveitamento de restos culturais, corte de grama, folhas secas e podas”, comenta o analista de transferência de tecnologia da Embrapa Roraima, José Alberto Mattioni.
O Agrônomo explica que o processo de gongocompostagem pode levar de 90 a 120 meses, dependendo do material utilizado e da umidade do local. “Quanto mais tempo os resíduos ficarem em contato com os gongolos, melhor será a sua qualidade. Também não há necessidade de revirar o material durante o processo”, esclarece.
Segundo Mattioni, uma das vantagens da gongocompostagem está no produto final gerado. O húmus do gongolo não precisa ser misturado a outros materiais, e já pode ser aplicado diretamente para a produção de mudas e também em hortas. Já no composto da minhoca, é recomendado ainda adicionar palha de arroz carbonizada ou pó de carvão para melhorar a textura do adubo.
Outra vantagem está na oferta desses animais no meio ambiente, facilmente encontrados embaixo de folhas, galhos e troncos. Na compostagem com minhocas o produtor precisa adquirir espécies especificas, como a vermelha-da-califórnia ou a gigante-africana, o que torna a atividade um pouco mais onerosa.

Quanto à qualidade do húmus gerado, são praticamente iguais, diz o agrônomo. Mas, em relação aos benefícios, há vários outros pontos a favor dos gongolos, além dos já citados. Por exemplo, o número de predadores desses animais é menor que os das minhocas, que são atacados por diversos insetos e pássaros. Assim, a perda do produtor também é menor. A gongocompostagem reduz ainda o volume dos resíduos em até 70%, sendo uma ótima opção para utilização em lixões.

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

 Escola Agrícola de Jundiaí oferta cursos para jovens e adultos no RN; 1650 vagas






A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) através da Escola Agrícola de Jundiaí(EAJ) está com inscrições abertas em cursos de formação inicial e continuada (FIC) Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), modalidade Educação de Jovens e Adultos(EJA) nos municípios de Canguaretama, Luís Gomes, Major Sales, Natal, Parelhas, Pau dos Ferros, Rafael Fernandes, Riacho de Santana, Santana do Seridó, Serra de São Bento, Serra Negra do Norte, Serrinha, Serrinha dos Pintos, Umarizal e Vera Cruz. São ofertadas 1650 vagas.
De acordo com o Coordenador Geral do Pronatec- Escola Agrícola de Jundiaí, Prof. João Inácio da Silva Filho, a oferta de cursos para jovens e adultos ajudará a promover a cidadania e a inserção socioprofissional para o público atendido. “Com Pronatec EJA, novos cursos serão ofertados e mais norteriograndenses vão ter a oportunidade de retomar os estudos e receber formação profissional voltada para atender as demandas do mercado de trabalho e alavancar o desenvolvimento econômico, cultural, social e educacional dos municípios localizados áreas mais remotas do nosso estado”.
Nos municípios atendidos são ofertados cursos como: Assistente de Produção Cultural, Agente Comunitário de Saúde, Agente Cultural, Apicultor, Artesão de Artigos Indígenas, Artesão de Biojoias. Artesão de Cerâmica, Artesão De Pintura Em Tecido, Assistente De Planejamento, Programação e Controle De Produção, Assistente de Produção Cultural, Assistente Financeiro, Comprador De Moda, Condutor de Turismo em Espaços Culturais Locais, Condutor de Turismo em Unidades de Conservação Ambiental Local, Confeccionador de Bijuterias, Confeccionador de Lingerie e Moda Praia, Cortador De Confecção Industrial, Costureiro De Máquina Reta e Overloque, Costureiro Industrial do Vestuário, Cuidador de Idoso, Desenhista de Joias e Bijuterias, Desenhista de Moda, Eletricista Instalador Predial De Baixa Tensão, Microempreendedor Individual (Mei), Pedreiro de Alvenaria, Piscicultor, Recreador Cultural, Revitalizador de Alvenarias, Revitalizador de Coberturas de Madeira e Viveiricultor. . Os interessados em se inscrever podem procurar as Secretarias de Assistência Social ou de Educação dos municípios contemplados pela oferta.


Pecuária

Frango, boi e suíno vivos: preços em outubro e em 2017

O valor médio alcançado nos dez primeiros meses do ano é mais de 10% inferior ao de idêntico período de 2016
     
Depois de seis meses de absoluta estabilidade, sem qualquer variação de preço em relação ao mês anterior, em outubro o frango vivo – enfim! – registra incremento de cerca de 4,5% sobre o mês anterior. 
Isso, porém, não faz qualquer diferença, porquanto o valor médio alcançado nos dez primeiros meses do ano é mais de 10% inferior ao de idêntico período de 2016. E ainda que comparativamente a 2014 e 2015 apresente variação positiva (+6,42% e +1,50%, respectivamente), tais índices permanecem visivelmente aquém da inflação acumulada. 

Mas quem mais sofre com as desgraças que têm recaído sobre a produção animal no corrente exercício é o boi em pé. Que, no mês, enfrenta redução de cerca de 3% sobre outubro do ano passado e fecha os dez primeiros meses do ano com um valor médio inferior aos registrados entre janeiro e outubro de 2015 e 2016. E ainda que registre um ganho nominal de 13,31% sobre os dez primeiros meses de 2014, continua com uma evolução de preços inferior à da inflação (cerca de 21,69%).

Nesse cenário, o menos afetado é o suíno – ainda que em outubro seus preços sejam mais de 2% inferiores aos de setembro. Porque o valor médio atingido em 2017 supera os de idênticos períodos de 2015 e 2016. Mesmo assim, o suíno perde para inflação acumulada nos últimos três anos, pois seu preço médio atual é apenas 4,88% superior ao de 2014, estando, portanto, 16,81 pontos percentuais aquém da inflação acumulada. 
NOTA DO BLOG: Embora essa queda no preço não é sentida no varejo.

OPORTUNIDADE

Dólar alto incentiva as exportações de grãos

Equação melhora com câmbio favorável
     
Depois da subida significativa do valor do Dólar em relação ao Real no pregão de ontem (26.10) e de um abertura de hoje com um novo salto para R$ 3,30, estaria aberta a oportunidade para exportações de grãos no curto e médio prazos. As exportações brasileiras de milho já registram um recorde no que vai do ano, enquanto que o valor da soja já tem apresentado melhoras em função do mercado externo.

Para o analista da Global Commodity Analytics & Consulting, Mike Zuzolo, do Kansas, essa é uma tendência que já vem de um tempo. "Minha maior preocupação tem sido a desvalorização do Real, que tem tornado o Brasil um pouco mais competitivo. As taxas de juros mais baixas fixadas pelo Banco Central do Brasil também são fator de preocupação. Em alguns destinos, como a China, o Brasil ganha competitividade", afirma.

Durante a safra atual, os produtores norte-americanos já reduziram o investimento em insumos, conforme revelado por reportagem da agência Reuters, justamente para estarem mais competitivos com os grãos da América do Sul. Por outro lado, os grãos dos Estados Unidos continuam sendo muito mais competitivos mesmo com mais investimento na lavoura na maioria dos destinos em função de tratados de livre comércio, fretes significativamente mais baratos e taxas de juros mais baixas.

Para se ter uma ideia, o frete de um barco do porto de Santos para a Costa Oeste do México, região com maior demanda de milho no mundo, pode chegar a US$ 60. O mesmo frete de uma região produtora dos Estados Unidos até o destino final no Oeste mexicano pode sair por apenas US$ 40 com uma linha direta ferroviária. 

Estudo analisa capacidade de suporte para a inserção de piscicultura no RN



O Governo do Estado do Rio Grande do Norte, por meio de um convênio firmado entre o Instituto de Gestão das Águas (Igarn) e o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema), com a contratação da Fundação de Apoio à Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Funpec), está realizando um estudo em 11 mananciais, visando à análise da capacidade de suporte para a inserção da atividade de piscicultura. Na manhã desta sexta-feira (27), foram apresentados os resultados preliminares do estudo, pelo professor da UFRN, José Luiz Attayde. 
Para o desenvolvimento do estudo, os reservatórios foram selecionados com base nas características morfológicas e ambientais, disponibilidade de água para as atividades econômicas e a sustentabilidade para as comunidades que utilizam os mananciais, onde foram realizadas coletas mensais de amostras de água para a realização de análises físico-químicas e hidrobiológicas durante um período de 12 meses.
O estudo tem como objetivo subsidiar os órgãos ambientais e de recursos hídricos quanto à liberação controlada desta atividade econômica, de modo a preservar a qualidade da água dos reservatórios e o próprio processo produtivo. Os reservatórios escolhidos foram os açudes, Boqueirão de Parelhas, Encanto, Santa Cruz do Apodi, Umari, Pataxó, Tabatinga, Pajuçara e Prata, além das lagoas, Ferreira Grande, Cutia e Boqueirão de Touros.
As análises já realizadas no estudo indicaram que o Açude Santa Cruz do Apodi e a Lagoa Ferreira Grande apresentam condições adequadas para o cultivo de peixes em tanque-rede, por apresentarem em todos os meses de coleta, índices das variáveis indicadoras de estado trófico abaixo dos limites estabelecidos pelo Conselho Nacional Do Meio Ambiente na Resolução do Conama 357/07.
Já os Açudes Encanto, Tabatinga e Pajuçara apresentaram condições inadequadas para o cultivo, pois obtiveram valores indicadores de estado trófico acima dos limites estabelecidos pela resolução. Os outros mananciais obtiveram uma ou duas variáveis acima do limite, o que indica a necessidade de cuidados para a implantação do cultivo dos peixes em tanques-rede.
O estudo é uma iniciativa do Governo do Estado, com um aporte financeiro de, aproximadamente, 413 mil reais, objetivando dar aos órgãos responsáveis condições de avaliar de forma técnica a implantação da atividade econômica. “O estudo tem grande importância para o desenvolvimento da produção de peixes em tanques-rede e proporcionará, após conclusão, ao estado a condição de licenciar aos interessados os possíveis mananciais que poderão ser usados para a implantação dessa atividade”, analisou Josivan Cardoso, diretor-presidente do Igarn, após a apresentação dos resultados preliminares do estudo, que deverá está pronto para uso até abril de 2018.

Publicação analisa tendência de crescimento dos rebanhos de caprinos e ovinos no país


Os rebanhos de caprinos e de ovinos no Brasil chegaram, em 2016, ao seu mais alto patamar, em termos de quantidades de animais, nos últimos dez anos. Essa tendência de crescimento é uma das questões analisadas pela equipe da Embrapa Caprinos e Ovinos (Sobral, CE) na publicação “Análise da PPM 2016: evolução dos rebanhos ovinos e caprinos entre 2007 e 2016”, que traça considerações sobre os resultados da mais recente Pesquisa Pecuária Municipal (PPM) do IBGE, divulgada em setembro deste ano.
“Analisamos o comportamento dos rebanhos nestes últimos dez anos, com base nestes números, que são os dados disponíveis mais recentes”, detalha o pesquisador Vinícius Guimarães, um dos autores da publicação, que é o primeiro boletim produzido pelo Centro de Inteligência e Mercado de Caprinos e Ovinos, composto por pesquisadores e analistas da Área de Transferência de Tecnologia da Embrapa Caprinos e Ovinos.
Os dados da PPM mostram que o rebanho de ovinos no Brasil apresenta, em 2016, um efetivo de 18,4 milhões de animais, seguindo uma trajetória de crescimento desde 2013. Nos últimos dez anos, houve aumento da participação da região Nordeste, que passou de 57% do efetivo brasileiro em 2007 a 63%¨em 2016. A região permanece em posição de destaque no cenário nacional, com seis estados entre os dez maiores rebanhos do país: Bahia (19%), Pernambuco (13,9%), Ceará (12,6%), Piauí (6,6%), Rio Grande do Norte (4,6%) e Paraíba (2,8%).
A publicação destaca também que, ao longo dos últimos anos, verificou-se crescimento do plantel na Bahia, que passa a disputar com o Rio Grande do Sul (também com 19% do efetivo nacional em 2016) o posto de estado com maior rebanho no país. Pernambuco também apresentou crescimento neste período, saindo da posição de quinto maior rebanho nacional de ovinos em 2007 para o terceiro lugar em 2016, superando o Ceará. Já o Piauí mostrou queda na última década, se afastando do grupo dos quatro maiores produtores do país, que concentra 64% do rebanho nacional.
Já os números mais atuais do rebanho caprino – cujo efetivo total no Brasil em 2016 é de 9,79 milhões de animais -  mostram tendência de crescimento desde 2012, quando houve forte redução do efetivo. Este crescimento aconteceu mesmo com a escassez de chuvas na região Nordeste (que concentra 93% do plantel nacional) neste mesmo período.
Segundo a análise, mesmo com alta concentração do efetivo no Nordeste, no Sudeste há experiências de destaque na produção de estados como Minas Gerais e Rio de Janeiro, onde a produção de leite de cabra e seus derivados tem evoluído e ocupado nichos de mercado, com produtos de maior valor agregado.
Em relação aos rebanhos estaduais, a publicação destaca a convergência do rebanho caprino dos estados da Bahia (28% do plantel nacional) e Pernambuco (25,5%), sendo que a Bahia apresentou redução do rebanho entre 2007 e 2014, ano em que retomou tendência de crescimento. Já Pernambuco apresentou crescimento praticamente contínuo nos últimos dez anos. Nos estados do Piauí (12,6%) e Ceará (11,6%), houve oscilações, com o primeiro apresentando declínio e o segundo um suave crescimento nesse mesmo período.
De acordo com Vinícius Guimarães, o Centro fará um trabalho sistemático e frequente de análise e divulgação de informações sobre aspectos como mercado, dados socioeconômicos e inteligência estratégica para as cadeias produtivas. Em breve, essas informações estarão disponibilizadas na página do Centro de Inteligência, no portal da Embrapa.
Confira a publicação completa clicando aqui.

Brasil se prepara para implantar Plano de Erradicação de Aftosa sem vacina

MAPA
reunião aftosa sem vacinaOs trabalhos do Plano Estratégico de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA), que prevê a retirada total da vacinação no país até 2023 já foram iniciados pelo Departamento de Saúde Animal (DSA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa, em Porto Velho. O encontro para discutir o assunto, durou três dias esta semana e teve a participação de integrantes do setor público e produtores dos estados de Rondônia e Acre, além do Amazonas e Mato Grosso, que participaram como convidados. Entre representantes de governo, a maioria eram agentes de defesa agropecuária dos estados.
Segundo o diretor do DSA, Guilherme Marques, “foram superadas as expectativas de adesão dos governos e da iniciativa privada, pois todos se conscientizaram que os prazos para a execução das etapas do PNEFA são curtos”. Marques frisou que a decisão de retirada gradual da vacinação contra a aftosa já foi tomada e  que “ é preciso atender aos requisitos sanitários para obter o reconhecimento da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) de país livre da doença sem vacinação”.
As diretrizes básicas do PNEFA preveem gestão compartilhada entre governos e iniciativa privada; aperfeiçoamento das capacidades do Serviço Veterinário Oficial (SVO); regionalização das ações; sustentação financeira; adequação e fortalecimento do sistema de vigilância; agilidade e precisão no diagnóstico; previsão de imunógeno (partícula, molécula estranha ou organismo capaz de induzir uma resposta imunológica) para emergências veterinárias; cooperação internacional e educação em saúde animal.

No plano, o país foi dividido em cinco blocos, para que seja feita a transição de área livre da aftosa com vacinação para sem vacinação. Integram o Bloco I, Acre e Rondônia; o Bloco II: Amazonas, Amapá, Pará e Roraima; o Bloco III: Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte; Bloco IV: Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Sergipe e Tocantins, e; Bloco V: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
NOTA DO BLOG: No RN, não se tem um caso de febre aftosa, a mais de 15 anos. E agora?

Pesquisadores estudam novos tipos de forrageiras que se adaptem ao semiárido

capim_forrageira_É o projeto Forrageiras para o Semiárido que testará, nos próximos dois anos, forrageiras tolerantes à seca nos nove estados do Nordeste e em Minas Gerais, para indicar aos produtores rurais alternativas para a alimentação de seus rebanhos. A estimativa é de que as estratégias de pesquisa e de transferência de tecnologias contarão com investimentos de R$ 2,2 milhões em suas ações.

A iniciativa integra o arranjo de projetos “Estratégias para garantir a segurança alimentar de rebanhos no ambiente semiárido”, da Embrapa, envolvendo, além da Embrapa Caprinos e Ovinos, a Embrapa Meio-Norte (PI), Embrapa Cocais (MA), Embrapa Semiárido (PE) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).

sábado, 28 de outubro de 2017

Reunião no Sindicato Rural F. Pedroza

Aconteceu ontem pela manhã, dia 27 do corrente, no auditório do Sindicato Rural de Fernando Pedroza, importante reunião com grande presença dos seus associados, onde na oportunidade foram tratados assuntos constantes na Pauta:
Mudanças Estatutárias;
Crédito Fundiário;
Outros assuntos de interesse da categoria.
Estiveram presentes a mesa, além do sr. presidente do Sindicato, Kleverlam Felix da Rocha, o vereador de Fernando Perdroza, Magnos Paulo,  representando o poder legislativo, o presidente do Sindicato Rural de Angicos Ednaldo Cunha(Naldinho), o representante da FETARN, Francisco de Assis, o ex secretário de agricultura e agropecuarista Miranda, o professor Anilton Souza, o atual secretário de agricultura de F. Pedroza, Marcelo Batista, o coordenador do programa crédito fundiário da SEARA, João Vicente, o secretário de estado da SEARA, Raimundo Costa e a prefeita de Fernando Pedroza, Sandra Jacqueline. Além dos associados presentes, também compareceram em bom número, presidentes das associações rurais de Fernando Pedroza. Os discursos dos presentes a mesa dos trabalhos, foram marcados por protestos, tendo em vista as mudanças previstas na reforma da previdência, que possivelmente se aprovadas, irão prejudicar a classe rural. O professor Anilton Souza, em seu pronunciamento, solicitou providências ao secretário da SEARA Raimundo Costa, no sentido de intermediar junto ao governo do estado, a renovação do contrato  do programa do leite com a APASA. Alegou ainda, que os produtores de leite da região central do estado, estão  prejudicados, pois tiveram suas cotas diminuídas e o preço mais baixo, como também as nossas crianças que estão sem receber o leite a quase um mês. Alegou também, que  a APASA, já atendeu todas as exigências do Ministério Público e até o presente não foi informada do resultado. No seu discurso, o presidente da SEARA se prontificou em intermediar o assunto. Falou também sobre a reforma da previdência e convidou a todos para o lançamento do novo programa do crédito fundiário, dia 11 de dezembro do corrente ano, em Natal. E encerrando a reunião, falou a prefeita de Fernando Pedroza, Sandra Jacqueline, que fez uma análise de sua administração, os futuros projetos, suas viagens a Brasília e em seguida agradeceu a presença de todos, se colocando a disposição dos seus munícipes, principalmente a classe rural.
                                                            O presidente Kleverlam



                                                           Secretário da SEARA-Raimundo Costa
                                                           Prefeita Sandra Jacqueline

                                                           Anilton Souza com o Secretário Raimundo Costa
 

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Novo formato no Programa Nacional de Crédito Fundiário 


Minas Gerais é um dos estados que iniciou  o ano de 2017 com novidades promissoras para o Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF). O novo formato já está sendo implementado pela Secretaria Especial de Agricultura Familiar e Desenvolvimento Agrário (Sead), por meio da Subsecretaria de Reordenamento Agrário (SRA). A medida tem o objetivo de otimizar e expandir o PNCF para que os trabalhadores rurais possam adquirir uma propriedade no campo e se estabilizar na agricultura familiar. 
“Vamos fortalecer o programa e isso significa, por exemplo, diminuir o tempo de tramitação das propostas, dar maior celeridade na contratação de crédito fundiário, fazendo com que mais agricultores tenham acesso à essa política pública. A execução vai ficar ainda melhor e esse é o nosso diferencial”, explica a subsecretária da SRA, Raquel Santori.
Antes das mudanças, o PNCF era operado pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Agrário (SEDA), e a partir da portaria n° 226, de 20 de outubro de 2016, as competências foram transferidas para a Delegacia Federal do Desenvolvimento Agrário no Estado de Minas Gerais (DFDA-MG), sob intervenção e supervisão da SRA.
A Delegacia Federal é a representante da Sead no estado, responsável por aplicar na ponta, para cada produtor rural, as políticas públicas da agricultura familiar. No período de transição das atividades e formação da nova estrutura, a SRA trata diretamente de todas as demandas no âmbito de Minas Gerais. A subsecretária Raquel Santori conta que neste mês de janeiro uma equipe da Sead estará na DFDA-MG para realizar a capacitação dos funcionários, definindo o fluxo de contratação e tramitação do crédito fundiário. 
Para o delegado Ronaldo Lima Rodrigues, esse suporte é fundamental para driblar os problemas e ampliar a execução do PCNF. “O programa é muito importante e temos uma grande demanda aqui em Minas, tanto de processos parados, quanto de novos. Estamos muito motivados e ansiosos para começar as ações que vão possibilitar a entrega desses títulos”.
Parcerias
O trabalho do PNCF conta com alguns parceiros para se fortalecer, como a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Minas Gerais (Fetaemg) e a Federação doa Trabalhadores da Agricultura Familiar de Mina Gerais (Fetraf-MG). Essas instituições têm, entre outras funções, o papel de divulgar as ações, mobilizar a comunidade, qualificar os envolvidos e acompanhar as famílias beneficiárias. “Espero que em 2017 tiremos o atraso do PNCF. O programa é maravilhoso e somos um elo essencial para fazer acontecer e superar as expectativas”, disse o presidente da Fetaemg, Vilson Luiz da Silva, sobre a parceria com a Sead.
Já o presidente da Fetraf-MG, Joseleno Anacleto, conta que a expectativa é de que o novo formato possa dar mais agilidade aos processos, além de melhorar a qualidade das propostas – que além de não gerar descrédito para o programa, vai trazer benefícios tanto para os agricultores quanto para as entidades organizadoras. “Hoje as instâncias para análise são inúmeras até chegar à execução. Precisamos de mais rapidez e menos morosidade nas contratações”, enfatiza.
A expectativa da SRA é que no início do próximo ano seja realizada a primeira leva de novos contratos em Minas Gerais. A Sead pretende expandir esse novo formato para outros estados do país.

Homem do campo está confiante em bom período chuvoso para 2018

As experiências realizadas pelo homem do campo, com relação ao período chuvoso para 2018, são ótimas. Todas as experiências que tem a comprovação dos institutos de meteorologia, favorecem a um período chuvoso muito bom para o semiárido. Vamos aguardar.

Uma premissa de sucesso na estratégia de negócios rurais é ter o controle de tudo na ponta do lápis

controle da fazendaA propriedade que não seguir um planejamento estratégico e não tiver um conhecimento técnico, pode ser tornar um elefante branco para o administrador e gerar sérios riscos de prejuízos e fracasso no negócio. Portanto, tudo tem que ser colocado na ponta do lápis. Ter uma produção rural com plantio de uma ou de diversas culturas não é uma tarefa fácil. O desafio é grande e ter conhecimento do negócio como um todo é fundamental, para que tenha rentabilidade e sucesso na produção.
Cada negócio rural possui necessidades específicas que interferem na atividade como pragas nas plantações, falta ou excesso de chuva, compra de insumos excessivos, entre outros. Para ter êxito em qualquer negócio é imprescindível fazer um planejamento estratégico: estudo de mercado; principais concorrentes; tecnologias disponíveis – equipamentos ou novos métodos de plantações; entre outros.
Um exemplo de sucesso, com adoção de um bom controle, é a uma propriedade que produz mudas, em São Paulo. A empresa é produtora de mudas no interior do estado de São Paulo, e e conta com cinco hectares produtivos. Atualmente, eles fornecem mudas para São Paulo, Minas Gerais, Tocantins, Goiás e Mato Grosso do Sul.
No mercado desde 1999, a produção anual de muda chega a 1 milhão de mudas: 80% corresponde às mudas de café; 19% às florestais (eucalipto, mogno africano, acácia mangium e cedro australiano) e as ornamentais (sansão do campo e jambolão) são responsáveis por somente 1% da produção.
Os produtores tocavam o negócio, mas não tinham em mãos o real lucro da fazenda. “A empresa estava indo bem, mas faltavam informações importantes, para que pudessem evoluir no negócio. Não tinham o real custo de produção; nem processos de formação de preços e análise de desempenho da produção. Com a ausência destes dados, os produtores não investiam em novos equipamentos e expansões, porque não conseguiam visualizar o líquido real das vendas no futuro”, comenta o diretor-presidente da innovativa, Carlos Macedo. A Innovativa foi usada para diagnosticar e orientar todo processo de alavancagem da propriedade.
Com o auxílio da consultoria, os produtores tiveram a oportunidade de ter:
– Maior controle na utilização das áreas de plantio em relação à produção vendida.
– Melhores custos na hora da compra de fertilizantes e outros insumos agrícolas, porque tiveram maior precisão na distribuição das dosagens e custos por tipo de cultura, controlando inclusive o estoque.
– Antes deste processo, os preços eram baseados em análises menos estruturadas e com forte interferência do mercado. A distribuição de custo era “genérica”, ou seja, custo total distribuído pelo plantio de todas as culturas. Com o antigo sistema não era possível visualizar as margens de lucros de cada tipo de cultura. Agora, os produtores conseguem “enxergar” a rentabilidade de cada cultura. Ou seja, eles entenderam os limites mínimos e máximos de preço diante do custo de cada cultura.

– A incerteza da evolução do negócio, devido à falta de planejamento, impediu que os produtores realizassem novos projetos. Agora, com uma análise mais detalhada é possível ter projeções futuras e investir em novos negócios, como a compra de novos equipamentos, expansão de distribuição, entre outros.

Pecuária

Entre as carnes, só a bovina tem maior exportação no ano

Os primeiros dois terços do ano foram encerrados com exportações globais quase 1,5% menores que as de idêntico período anterior.
     
De janeiro a setembro de 2017 as exportações de carne de frango tiveram queda de volume de cerca de 2,4%, as de carne suína de 4% e as de carne de peru de mais de 13%. Ou seja: entre as quatro principais carnes exportadas pelo Brasil, apenas a bovina registra aumento de volume, inferior a 2%. E, mesmo assim, apenas com o produto in natura (+4,2%) pois a carne industrializada enfrenta queda de 22,5%. Como o único aumento registrado foi mínimo, insuficiente para neutralizar as demais quedas, os primeiros dois terços do ano foram encerrados com exportações globais quase 1,5% menores que as de idêntico período anterior.

Poderia ser pior não fosse as quatro carnes encerrarem o período com valorização generalizada no preço médio. Neste caso, o maior ganho vem sendo registrado pela carne suína, cujo preço, na média dos primeiros nove meses de 2017, registra valorização superior a 20%. As duas carnes avícolas, a de frango e a de peru, valorizaram-se pouco mais de 7%. E a carne bovina perto de 5%. Mas – nunca é demais citar – também poderia ser melhor não fosse a deflagração da Operação Carne de Fraca que, sem dúvida, afetou o ritmo de evolução dos preços. Tanto que o primeiro trimestre foi encerrado com valorização superior a 16%, agora reduzida (nove meses) para 8,76%.

De toda forma, graças a melhora nos preços, a receita cambial das carnes de frango, bovina e suína completaram o período com resultado positivo na receita cambial, registrando ganhos de, respectivamente, 5,3%, 6,7% e 17,6%. Ou seja: apenas a carne de peru apresenta queda de receita, desempenho determinado sobretudo pelo volume significativamente menor. 

Junto com a carne de peru, os industrializados de frango e os de carne bovina também enfrentaram queda na receita cambial. Mesmo assim, o resultado final, computadas todas as carnes, foi um incremento de pouco mais de 7% em relação a janeiro-setembro de 2016.

Grosso modo, porém, até esse ganho “foi para o ralo”. Pois neste ano, nesses mesmos nove meses, o valor médio do dólar apresentou recuo superior a 10%.

Algodão

Algodão em pluma com boa liquidez

As exportações se enfraqueceram em setembro
     
Em setembro, o mercado de algodão em pluma apresentou boa liquidez, devido à posição mais flexível por parte dos vendedores, especialmente tradings. Mesmo assim, a “queda de braço” entre vendedores e compradores foi acirrada, com pressão de indústrias por preços menores. Entre 31 de agosto e 29 de setembro, o Indicador CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, recuou 1,84%. A média de setembro, de R$ 2,4404/lp, é 0,28% maior que à de agosto/17, mas 0,65% abaixo da de setembro/16 (valores atualizados pelo IGP-DI de agosto/17). Ao longo do mês, algumas indústrias brasileiras compraram pequenos volumes de pluma no mercado spot para repor estoque, outras, por outro lado, se limitaram aos contratos já firmados anteriormente. Comerciantes, por sua vez, seguiram bastante ativos para novas aquisições em setembro. Com dificuldade de encontrar caminhões, agentes estiveram atentos ao cumprimento dos contratos realizados anteriormente, destinados aos mercados interno externo, segundo colaboradores do Cepea.

Com o Indicador CEPEA/ESALQ, em média, 12,9% superior à paridade de exportação em setembro, e com as oscilações nos valores externos (taxa de câmbio e ICE Futures), tradings estiveram voltadas às negociações no mercado doméstico.
Nesse cenário, as exportações se enfraqueceram em setembro. Segundo cálculos do Cepea, a média de setembro/17 para os contratos de exportação referente à safra 2017/18 foi de US$ 0,7466/lp, 3,36% superior à média de agosto/17 (US$ 0,7223/lp), para embarques programados para o segundo semestre de 2018. Para saídas entre agosto e dezembro de 2019 (referente à safra 2018/19), a média está em US$ 0,7455/lp, alta de 3,46% frente à do mês anterior. Além das negociações a preços fixos, outras foram baseadas nos contratos da Bolsa de Nova York (ICE Futures).
De 31 de agosto a 29 de setembro, conforme cálculos do Cepea, a paridade de exportação na condição FAS (Free Alongside Ship), porto de Paranaguá (PR), caiu 1,39%, enquanto a média de setembro foi de R$ 2,1621/lp, 0,79% acima da de agosto/17 (R$ 2,1451/lp). No acumulado do mês, o Índice Cotlook A (referente à pluma posta no Extremo Oriente) baixou 1,87%, com média de US$ 0,8049/lp. Já o dólar se valorizou 0,54% frente ao Real em setembro. A média mensal do dólar, por sua vez, esteve 0,46% inferior à de agosto.
Dados da BBM (Bolsa Brasileira de Mercadorias) tabulados pelo Cepea apontam que 55,5% da safra 2016/17, estimada em 1,529 milhão de toneladas, teria sido comercializada até 2 de outubro. Desse total, 54,5% foram direcionados ao mercado interno e 45,5%, ao externo.

Os contratos na Bolsa de Nova York caíram, em setembro, devido à expectativa de boa safra e ao avanço da colheita nas lavouras norte-americanas, além do fortalecimento do dólar no mercado internacional. Entre 31 de agosto e 29 de setembro, o contrato Out/17 registrou baixa de 1,44%, fechando a US$ 0,6908/lp no dia 29; o contrato Dez/17 recuou 1,45% (US$ 0,6845/lp). No mesmo período, o vencimento Mar/18 apresentou queda de 1,11% (US$ 0,6778/lp) e Mai/18, de 1,03% (US$ 0,6835/lp).
Em relação às lavouras da safra 2017/18 norte-americana, 67% da área semeada já tem abertura de maçãs, 3 pontos percentuais abaixo do mesmo período de 2016, segundo a Secex. Quanto à colheita, estima-se que tenha avançado em 17% da área dos Estados Unidos em setembro, apenas 2 p.p. superior ao ano anterior. Em relação à qualidade das lavouras, 57% estão em boas e ótimas condições, acima dos 29% do ano anterior; 27% estão em condições medianas, contra 26% do mesmo período de 2016, e 16%, em ruins e péssimas condições, apenas 1 ponto percentual do registrado há um ano.
MERCADO EXTERNO – De ago/17 a set/17, a exportação brasileira registrou 132,7 mil toneladas, alta de 95,2%, segundo dados da Secex. Já na parcial de 2017 (jan-set), as vendas totalizam 371 mil t, queda de 30% frente ao mesmo período de 2016. Em set/17, o faturamento foi de US$ 212,7 milhões de t, 94% superior ao de ago/17, com valor médio de US$ 0,7269/lp, leve recuo de 0,8% no período. Em moeda nacional, o preço foi de R$ 2.2794,67/lp, 1,2% inferior ao de agosto/17.

A importação brasileira, por sua vez, teve volume seis vezes maior que em agosto/17, totalizando 406,6 mil t. De jan-set/17, as compras registraram aumento de 50,4% frente a 2016 (jan-set), indo para 33,4 mil t. Em set/17, o preço médio de importação foi de US$ 1.322,70, queda de 18% comparado a agosto/17, mas 66% superior ao de set/16.
O Icac (Comitê Internacional do Algodão), revisou positivamente os dados da safra 2017/18. Com expansão de 3% na área semeada, a produção mundial pode atingir os 25,4 milhões de t, 10% maior que o colhido na temporada 2016/17, impulsionado pelo crescimento nos principais produtores, como Estados Unidos, Índia, China, Paquistão e Brasil. Preços competitivos para o algodão frente a outras culturas no período de semeio (com a média do Cotlook A em US$ 0,83/lp, alta de 18,6% comparado à safra anterior) foram os fatores de elevação. Para o consumo 2017/18, é esperado aumento de 2,7%, indo para 25,2 milhões de t. O maior crescimento deve ser registrado na China e, de forma mais moderada, na Índia, Turquia, Bangladesh, Vietnã e Brasil. O estoque mundial está estimado em 18,7 milhões de t, apenas 0,8% maior que o da safra 2016/17. Quanto à comercialização global 2017/18, se espera volume de 7,9 milhões de t, 2% menor no mesmo comparativo.
CAROÇO – Em setembro, o ritmo de negócios esteve lento, sendo que a maioria dos lotes negociados envolveu pequenos volumes. Cautelosos para novos fechamentos, compradores se queixaram quanto às vendas e ao repasse dos preços do caroço para os derivados (como torta, farelo e óleo). Assim, indústrias trabalham com o caroço contratado e/ou com produto já em estoque.

Segundo dados captados pelo Cepea, em setembro/17, o preço médio do caroço no mercado spot em Primavera do Leste (MT), recuou 1,4% frente ao mês anterior, com média de R$ 435,63/t; em Campo Novo do Parecis (MT), a média foi de R$ 404,42/t, aumento de apenas 0,3%, e em Lucas do Rio Verde (MT), de R$ 372,65/t (-6,3%). Já em Barreiras (BA), com menor disponibilidade no spot, subiu 10,7% em setembro, com média de R$ 681,25/t.