quarta-feira, 31 de janeiro de 2018



Menos milho não significa preço maior

Quebra de 5,5 milhões de toneladas, uma baixa de 5,6% do total
     
A produção brasileira total de milho da safra 2017/18 deverá ter uma quebra de 5,5 milhões de toneladas, o que representa baixa de 5,6% do total, caindo de 97,84 MT da safra 2016/17 (recorde) para 92,35MT (segunda maior safra da história). Mesmo assim, os preços não deverão aumentar significativamente, projeta a T&F Consultoria Agroeconômica.

Isso porque esta quebra de 5,5 MT será quase toda compensada pelo aumento de 11,98 MT nos estoques iniciais, que passaram de 6,94MT na safra 2016/17 para 18,93MT na safra 2017/18. Segundo a T&F, esse fator permitirá que os estoques finais da safra 2017/18 cresçam para 23,17MT, recorde absoluto, significando 25,1% da safra, contra a média de 14,86% dos últimos 5 anos.
“Todos sabemos que estoques elevados significam preços baixos e esta é a tendência dos preços no Brasil, a menos que se promova a redução destes estoques, via aumentos nas exportações”, afirma o analista Luiz Fernando Pacheco.
QUEDA NO PARANÁ
Na primeira safra, houve uma queda de 35% na área plantada de milho no Paraná, que caiu de 513.627 plantados no ano passado para 333.153 hectares plantados este ano. Com isso o Deral está projetando uma redução de 39% na produção, que cai de 4,92 milhões de toneladas para 3,0 milhões de toneladas, ou seja, 1,9 milhão de toneladas de milho a menos que serão colhidas.

Para safra 2017/2018, o Deral está trabalhando com média de 9 mil/kg/ha de produtividade. Essa média pode ser considerada elevada no Estado e revela os ganhos conquistados ao longo das últimas safras: “Existem vários casos de produtores colhendo entre 15 mil e 16 mil quilos por hectare”. 
De qualquer modo, espera-se condições climáticas mais favoráveis para o início da colheita da primeira safra de milho, em fevereiro, o que poderá estancar possíveis perdas previstas para a cultura, acrescentou o técnico do Departamento de Economia Rural do PR. 

Cruzamento de cabras mestiças com animais puros resulta em animais adaptados ao semiárido

EMBRAPA
cabras mestiças 1A produção de caprinos em regiões semiaridas está entre as melhores alternativas para a agricultura familiar no sertão nordestino, uma vez que a região apresenta o correspondente a 93% dos rebanhos caprinos no país, cerca de 8,8 milhões de cabeças. Por isso mesmo é que a caprinocultura é considerada uma atividade de grande importância para o semiarido brasileiro, pois proporciona aumento de emprego e geração de renda, segundo dados da Embrapa Caprinos e Ovinos, em Sobral, no Ceará.
São rebanhos constituídos, em sua maioria, por animais Sem Raça Definida (SRD), que adquiriram rusticidade e adaptabilidade ao longo do tempo, porém, perderam a produtividade quando comparados aos animais exóticos introduzidos no país por criadores de caprinos. Contudo, a pecuária caprina continua contribuindo para o desenvolvimento do semiárido.
Nesse conjunto de benefícios, o pesquisador Raimundo Nonato Lobo, também destaca a importância das cabras mestiças para produção de carne ou leite no nordeste. Ele trabalha na Embrapa Caprinos, e assegura que o rebanho nativo ou SRD pode ser usado em cruzamentos com raças importadas de linhagem mais pura. Como resultado, nascem animais meio sangue, rústicos e que não apresentam problemas de adaptação à região. Além disso, são mais produtivos do que aqueles de raça mais pura.
Para a produção de carne, por exemplo, o criador pode cruzar fêmeas SRD com machos de raças de origem européia ou africana e obter um animal mestiço mais vigoroso, com maior produtividade e qualidade de carne. Esse tipo de cruzamento tem por finalidade a produção industrial, ou seja, os animais não podem ser usados como reprodutores, somente para o abate.

Já o cruzamento de caprinos para a produção de leite exige mais cuidados por parte do produtor. Primeiro, o produtor deve escolher fêmeas nativas ou SRD que tenham uma produção razoável de leite. Depois, ele deve acasalar essas fêmeas com reprodutores, por exemplo, das raças Saanen, Pardo Alpina, Toggemburg e Anglo-nubiana, linhagem leiteira. Os animais meio sangue, nascidos desses cruzamentos possuem maior especialidade produtiva, ainda com certa rusticidade e adaptabilidade ao meio ambiente hostil do semiarido nordestino.

Governo do Estado distribui mudas de palmas para os produtores potiguares



O Governo do Estado, por meio da Secretaria Estadual da Agricultura, da Pecuária e da Pesca (Sape), começou na manhã desta terça-feira(30), a distribuição de raquetes de palmas forrageiras para agricultores do Rio Grande do Norte. Essa primeira ação foi na Estação Experimental da Emparn, em Ipanguaçu, mas até quinta(01) vai ter a entrega de palmas em outros cinco municípios com abrangência regional:  Mossoró, Angicos, Caicó, Alexandria e São Miguel, num total 1,4 milhão de unidades serão distribuídas. A descentralização foi para facilitar o acesso dos cerca de 1.700 produtores rurais beneficiados com recebimento das raquetes. Para a aquisição das palmas, foram investidos R$ 724.000,00, pelo Programa Governo Cidadão, com recursos do Acordo de Empréstimo com o Banco Mundial. Em uma segunda etapa, outras 1,3 milhão de raquetes serão repassadas, assim que o processo licitatório for finalizado, o que deverá ocorrer em breve.
Ao todo serão distribuídas 2,7 milhões de raquetes de palmas forrageiras, dos tipos Orelha de Elefante Mexicana e Miúda. Estas duas variedades de palmas foram escolhidas após estudos realizados pelos pesquisadores da Emparn, que chegaram à conclusão de que essas variedades são mais tolerantes à praga Cochonilha do Carmim (Dactylopius opuntiae), que vem se espalhando por várias regiões do Estado. Além da definição das variedades, a Emparn junto com a Emater definiram também as áreas de distribuição e plantio dessas mudas. Segundo o pesquisador da Embrapa/Emparn, Guilherme Ferreira, o trabalho de pesquisa está presente em todo o processo de aquisição e distribuição das palmas. “Nós também acompanhamos o recebimento das palmas para atestar a qualidade, a viabilidade para o plantio, a sanidade dessas mudas para saber se tem a presença de alguma praga, além disso, vamos acompanhar com a Emater, as unidades implantadas para esclarecer alguma dúvida dos produtores sobre o plantio e manejo das palmas”. Foi elaborado também um manual com orientações sobre os procedimentos adequados, com o plantio e manutenção das palmas, esse manual vai ser distribuído pelas regionais da Emater.
A distribuição das raquetes de palmas, tem como principal objetivo amenizar os efeitos de seis anos de seca no Estado, promovendo assim melhores condições à população rural para conviver com a falta de água sem precisar sair do campo, e podendo manter seus animais bem alimentados. O produtor rural Enilson da Silva, do sítio Torrões, em Assú, é um dos produtores beneficiados com a entrega das palmas. Ele chegou bem cedinho à base da Emparn, e não perdeu um detalhe das orientações que foram dadas pelo agrônomo e diretor-presindente da Emparn, Alexandre Wanderley sobre plantio das raquetes de palmas que todos ali estavam recebendo. Seu Enilson, já tem uma pequena plantação de palmas que começou a partir da visita dele a Festa do Boi, realizada em outubro do ano passado. Foi na maior Exposição Agropecuária do Rio Grande do Norte que ele conheceu de perto as tecnologias pesquisadas e desenvolvidas pela Emparn. Com a aquisição de mais mudas, ele espera aumentar a produção animal, sem aumentar os custos. “ Se eu for comprar ração, ou cultivar outro tipo de alimento para os animais, eu não vou ter condições porque os custos são altos, principalmente pela falta de água na região” disse o produtor rural. Opinião que só vem a confirmar o que Secretario Estadual da Agricultura, da Pecuária e da Pesca, Guilherme Saldanha, ressaltou  sobre a importância do projeto para o desenvolvimento socioeconômico do pequeno produtor. Segundo o secretário “o cultivo da palma forrageira permite ao pequeno produtor a viabilidade da manutenção do seu rebanho, principalmente em tempos de seca severa, reduzindo seus custos e consequentemente sua demanda por recursos hídricos”, enfatiza o secretário.
O diretor-presidente da Empresa de Pesquisa Agropecuária (Emparn), Alexandre Wanderley, destacou perante os produtores rurais, a importância dos muitos anos de pesquisas da Emparn sobre a palma. “Um dos objetivos dessa distribuição de mudas é fazer com que as tecnologias desenvolvidas pela Emparn cheguem ao produtor potiguar, para que ele possa conviver com a seca com melhores condições no campo, e o Palma Forrageira, é um dos projetos mais importantes para o Estado, principalmente por ser uma cultura perene, muito resistente ao nosso clima, necessita de pouca água no solo para se reproduzir, além de ser uma forrageira que na mesma quantidade de outras, deixa o rebanho mais alimentado ”.
 
PROJETO PALMA FORRAGEIRA
30/01/2018 (TERÇA-FEIRA)
31/01/2018 (QUARTA-FEIRA)
01/02/2018 (QUINTA-FEIRA)
8H – IPANGUAÇU [REGIONAL ASSÚ] – LOCAL: ESTAÇÃO EXPERIMENTAL DA EMPARN, RN 118, KM 10;
8H – ANGICOS [REGIONAL ASSÚ] – LOCAL: APASA, RUA PROJETADA, 328;
10H – ALEXANDRIA [REGIONAL PAU DOS FERROS] – LOCAL: CLUBE MUNICIPAL;
15H – MOSSORÓ [REGIONAL MOSSORÓ] – LOCAL: REGIONAL DE AGRICULTURA, BR 404, KM 0, AEROPORTO.
15H – CAICÓ [REGIONAL CAICÓ] – LOCAL: REGIONAL DE AGRICULTURA, BR 427, KM 97.
14H – SÃO MIGUEL [REGIONAL PAU DOS FERROS] – LOCAL: CENTRO DE TREINAMENTO EMATER, RN 117, ZONA RURAL.
A distribuição das palmas para multiplicação nas propriedades de agricultores tem sido muito bem aceita e solicitada pelos municípios. A Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte - Emparn, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do RN - Emater e o Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária do RN – Idiarn, órgãos vinculados a Sape, participam diretamente de toda ação, oferecendo suporte logístico, assistência técnica e extensão rural aos produtores rurais.

Tecnologias digitais, fábrica de mudas, robótica e drones poderão receber investimento para expansão

Gustavo Porpino - Cerimônia de premiação
Cerimônia de premiação
Embrapa Informática Agropecuária, Instrumentação, Pantanal e Recursos Genéticos e Biotecnologia inspiraram as sete empresas na formação de seus negócios. Na cerimônia de premiação da chamada Pontes para Inovação, realizada no dia 26 de janeiro, as empresas finalistas apresentaram seus modelos de negócio e o potencial de crescimento no mercado.
A chamada Pontes para Inovação, organizada pela Embrapa e Cedro Capital, selecionou sete agritechs que poderão receber um aporte de até R$ 5 milhões cada. O programa tem como propósito acelerar o negócio de empresas parceiras que possuem tecnologias para o agronegócio. O valor total investido nas empresas poderá alcançar R$ 35 milhões. Foram recebidas 38 inscrições de empresas e startups.
“Já estamos em negociações avançadas com algumas das empresas finalistas. A expectativa é que já nos próximos meses estejamos anunciando alguns investimentos”, informa Alessandro Machado, sócio-diretor da Cedro Capital.
Durante a cerimônia, Vitor Hugo de Oliveira, chefe da Secretaria de Negócios da Embrapa, anunciou os planos para 2018: “A aproximação com a iniciativa privada é um caminho sem volta. A expectativa é que essa experiência se transforme em um estudo de caso positivo. E por ter sido tão exitosa, já estamos discutindo um edital mais amplo, envolvendo outros fundos e centros da Embrapa, para uma nova chamada em nível nacional”.
Esse é um mercado enorme, no qual a Embrapa começa a participar. Bruno Brito, sócio-diretor da Cedro Capital, falou sobre o crescimento desse mercado: “O desafio no setor de agritech é gigantesco. Ele movimentou cerca de 9 bilhões de dólares em todo o mundo no ano passado. A expectativa é que em 2018 suba para 12 bilhões. No Brasil, esse número não passa de 100 milhões de dólares”. Sobre a edição de 2017, ele enfatiza: Nós temos hoje aqui a elite das agritechs brasileiras, representada pelas sete finalistas”.
O diretor-executivo de Inovação e Tecnologia da Embrapa, Cleber Oliveira Soares, lembra que nós, brasileiros, não temos noção da importância da inovação no agronegócio. “A Cedro vai contribuir para alavancar a prototipagem de tecnologias e também seu escalonamento para colocarmos nossos produtos no mercado. Nós precisamos da iniciativa privada nesse processo”, argumenta o diretor.
As tecnologias apresentadas
Das sete finalistas, seis compareceram ao evento. A Gira, primeira empresa a se apresentar, tem a proposta de reformular a cadeia de crédito do agronegócio com a oferta de uma plataforma de acompanhamento da produção, que envolve conhecimentos jurídicos e agronômicos, com contratação de profissionais autônomos, como ocorre hoje no Uber (aplicativo de transporte privado). A empresa proporcionará mais segurança para os agentes de crédito e menor custo para os produtores. “Garantimos um selo de credibilidade. O que o Gira propõe é revolucionar as operações de crédito no mercado, vinculando as operações à garantia de produção agrícola, dentro de um padrão de conhecimento jurídico e agronômico que permita confiabilidade dos indicadores de risco”, explica Gianpaolo Zambiazi Rocha, que esteve presente na cerimônia representando a equipe.
A Agronow é uma plataforma web 100% automatizada que utiliza imagem de satélite e um algoritmo próprio para monitorar o desenvolvimento de culturas e prever sua produtividade. A empresa oferece monitoramento de áreas em tempo real a um menor custo. Rafael Coelho, CEO da empresa, informa que hoje um levantamento em campo custa cerca de R$ 125 por visita. Esse valor cai para R$ 3,75 com o uso da tecnologia da Agronow, que utiliza sistemas dinâmicos com radar e satélites. “Temos 17 funcionalidades diferentes, incluindo mapas de solo, relatórios de produtividade, de umidade... para ajudar o produtor rural a enxergar seus dados [...], além do foco para fora da porteira, ajudando as empresas que prestam serviços para os produtores rurais”, garante. Rafael acrescenta que a empresa monitora 1,2 milhão de hectares, tem 1,2 mil downloads do seu aplicativo, acompanha sete culturas agrícolas e processou 1 bilhão de análises no último ano, com atuação em 11 países.
A Agrorobótica utiliza a fotônica em aplicações agroambientais. Realiza análises de solo em tempo real, sem gerar resíduos, como ocorre nos cerca de 300 laboratórios do Brasil que utilizam produto químico em seus processos. Também atua na mensuração de carbono para certificação de propriedades rurais no plano Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (plano ABC) e na análise sensorial de café. Essas três áreas de atuação representam um mercado de R$ 1 bilhão, segundo Fábio Luis de Angelis, representante da empresa. “Nossa ferramenta é limpa e em tempo real”, conclui. A pesquisadora Aida Magalhães explica a tecnologia empregada pela empresa: “A fotônica é uma área da ciência que avançou muito. Sensores ópticos permitem que se efetuem medidas rápidas, precisas e ambientalmente limpas. Essa tecnologia vai permitir um levantamento de mapas mais detalhado para certificação da qualidade da produção no campo”.
Já Mariana Vasconcelos, da Agrosmart, como outros jovens participantes da chamada Pontes para Inovação, conta que é filha de produtor rural e, vivendo no campo, percebeu a necessidade de dar mais segurança para aqueles que vivem do negócio. Com esse propósito, montou uma empresa especializada em monitoramento de variáveis ambientais que conecta o produtor à sua plantação: “Desenvolvemos uma plataforma de agricultura digital, que coleta dados de diferentes fontes, como sensores, satélites, caderno de campo, conversas com o produtor, e usamos a ciência de dados para transformá-los em recomendação”. A empresa faz recomendações de irrigação, onde são considerados fatores como solo, planta, atmosfera, restrição de equipamentos e tarifa energética para fazer recomendação campo a campo, alcançando uma redução de até 60% no uso da água da lavoura; de previsão climática, tendo o modelo mais assertivo do Brasil, para 72 horas, segundo sua diretora; e agora está focando no desenvolvimento de modelos preditivos de doenças e pragas, em parceria com a Embrapa.
A novidade é o uso de radiofrequência, que permite a coleta de dados no campo mesmo sem internet ou sinal de celular. “Tem muitas tecnologias lá fora, mas que não conseguiam entrar no Brasil ou em mercados em desenvolvimento por falta de infraestrutura. Nós continuamos a ser a única empresa que consegue coletar dados em tempo real em lugares remotos”, ressalta Mariana. A Agrosmart gera recomendações individualizadas para cada produtor explorar melhor o potencial dos seus produtos agrícolas.
A C4 Científica está trabalhando com uma tecnologia da Embrapa, o biorreator de imersão temporária, capaz de multiplicar mudas de qualidade em grande quantidade. Segundo seu representante, Carlos Conte, pelo método tradicional, uma pessoa é capaz de produzir 200 milhões de mudas por ano. Com a tecnologia, pode-se chegar a 1,5 milhão de mudas no mesmo período. “É a automatização de um sistema produtivo de mudas, como de cana-de-açúcar, eucalipto, banana e de algumas outras espécies. Em outro nicho de atuação da empresa, atende as verticals farms (fazendas verticais) e as casas inteligentes”, explica Carlos.
A última a se apresentar, a Horus, é especializada em mapeamento de terreno com uso de drones e softwares de inteligência computacional. “Imaginem se pudéssemos escanear uma plantação e em questão de instantes extrair dados agronômicos, que podem ser correlacionados a questões de infestação de pragas, problemas ligados a questões produtivas ou nutricionais, que podem ser avaliadas com esses dados e, se possível, usar essas informações para otimizar o uso de insumos ou até mesmo para melhorar a produtividade média por hectare?”, propõe Fabrício Hertz, um dos fundadores da empresa. É esse o negócio da Horus. Os produtores podem conhecer pontos com infestação de pragas, regiões com problemas no plantio ou delimitar áreas com problemas nutricionais que precisam ser solucionados.
A Tecnoblock é uma empresa especializada na produção e comercialização de suplementos para alimentação de bovinos, equinos e caprinos criados a pasto.
Os benefícios da parceria
A Embrapa Informática Agropecuária teve três startups que se interessaram pelos dados, informações e modelos desse centro de pesquisa, para complementar sua estratégia de negócios. Para a chefe-geral Silvia Massruhá, cada vez mais aEmbrapa deve estar nesse ecossistema de inovação, onde ela funciona como um facilitador e um integrador dos vários agentes – dos vários players e stakeholders. “É um modelo que está sendo usado no mundo todo e que pode trazer bastante retorno, não só do ponto de vista de inovação, mas também de contribuir para melhorar o orçamento dos projetos de pesquisa”, diz.
Os representantes das empresas finalistas concordam e esclarecem como funcionam os ganhos para os dois lados. “Quando aprendemos com todo esse potencial técnico que a Embrapa tem, de pesquisa já desenvolvida por esse corpo de profissionais tão qualificados, usamos isso para criar melhores modelos e soluções, e do lado da Agrosmart, conseguimos ajudar a trazer a rapidez de transformar os conhecimentos em produtos e levar para o mercado. O forte é conseguir aliar o conhecimento técnico que eles [a Embrapa] têm e a nossa habilidade de digitalizar isso, de usar ferramentas tecnológicas para colocar o conhecimento na mão do produtor”, conclui Mariana, da Agrosmart.
Gianpaolo, da Gira, diz que viu na chamada uma grande chance de trazer um conhecimento profundo que a Embrapa tem sobre a produção agrícola brasileira e as informações macro sobre as necessidades do mercado agrícola: “Eu percebi que com o acesso a essas informações, a uma companhia como a Embrapa, nós potencializaríamos nosso negócio principal”.
Já o diretor da C4 Científica, Carlos Conte, ressalta a necessidade da parceria com um centro de pesquisa. “Nós, como empresa média no Brasil, não temos recursos e intenções de ter um centro de pesquisa dentro da empresa. Porém, temos grandes instituições públicas e privadas que nos possibilitam ter acesso a P&D como se fossem um parceiro”.
A avaliação das empresas considerou a aderência das propostas com as pesquisas desenvolvidas pela Embrapa, potencial e oportunidades de mercado, diferencial e competitividade do negócio, bem como o grau de maturidade das tecnologias para adoção pelo mercado e possíveis impactos social, econômico e ambiental.

Controle o ataque de pragas com ajuda do celular

aplicativo contra pragas 1Uma das maiores dificuldades para o produtor é identificar os inimigos naturais das pragas que atacam sua lavoura, especialmente para quem pretende utilizá-los como método de controle, pois esses aliados naturais podem ser confundidos com as próprias pragas. Para facilitar a identificação, especialistas da Embrapa Agrobiologia (RJ) desenvolveram um aplicativo com o qual é possível acessar imagens dos agentes naturais de controle mais comuns. O Guia InNat é gratuito e está disponível para download na loja de aplicativos Google Play.
Com um smartphone em mãos, o produtor pode comparar um inseto coletado em campo com a galeria de imagens. Além disso, pode ir para o campo, fotografar um inseto presente na sua lavoura e comparar no mesmo momento a foto tirada com a câmera do celular com as imagens da galeria do Guia InNat. Além de fotos, o aplicativo contém informações sobre cada grupo de inimigo natural e sua função na natureza. “De nada adianta a presença de insetos benéficos na lavoura, se o agricultor confundi-los com os que podem causar danos à plantação”, alerta a pesquisadora da Embrapa Alessandra de Carvalho Silva, especialista em controle biológico de pragas e uma das idealizadoras do aplicativo.
A galeria de imagens do Guia InNat contempla 13 famílias de insetos predadores e mais os parasitoides e as aranhas. São inimigos naturais generalistas, ou seja, não são muito específicos e comem uma grande quantidade de insetos-praga. A ferramenta possibilita, por exemplo, a identificação de um determinado inseto visto com frequência na lavoura. “É também uma forma de o produtor saber se a área dele está bem ecologicamente. Se há mais inimigos naturais é porque o manejo está adequado”, explica Carvalho.
O fato de o aplicativo conter informações sobre o papel dos inimigos naturais como agente de controle ajuda o agricultor no momento de tomar decisões. A joaninha, por exemplo, vem com a informação de que suas larvas e adultos se alimentam, preferencialmente de pulgões, cochonilhas, ácaros, moscas-brancas, larvas e também de ovos de diferentes insetos. Portanto, se o produtor encontrar joaninhas em uma lavoura atacada por pulgões, ele saberá que brevemente a população da praga será reduzida, como explica a pesquisadora da Embrapa. “O InNat pode facilitar o entendimento sobre quem são os vilões e quais os insetos benéficos para as lavouras”, enfatiza.

Se há lagartas na lavoura e o agricultor encontra o inseto conhecido por “tesourinha” na plantação, com o InNat em mãos, ele vai constatar que este é um inimigo natural muito útil. “[Tesourinhas] São predadores de ovos, pulgões, moscas-brancas, lagartas pequenas…”, informa o aplicativo, que traz ainda dez fotos desse agente de controle. Na dúvida, basta fotografar o inseto que está presente na lavoura e comparar com as fotos do aplicativo.

terça-feira, 30 de janeiro de 2018



Defensivos devem subir 15% na próxima safra

Preço na safra atual já subiu
Os preços de defensivos para o produto brasileiro devem ter um aumento de 10% a 15% na safra 2018/2019. A estimativa é do Rabobank e é consequência da redução na oferta de matérias-primas e produtos importados da China.
Em 2017, o setor de defensivos movimentou aproximadamente US$ 8,8 bilhões, de acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Defesa Vegetal. Para 2018, o Sindiveg vê estabilidade. Já o Rabobank estima um faturamento de US$ 9,6 bilhões em 2017 e uma queda em 2018 para US$ 9 bilhões.

A menor oferta está ligado a leis ambientais mais estritas que afetam fábricas na China. “Muitas dessas tiveram que fechar as portas para fazer os ajustes necessários para atender à legislação, enquanto outras tiveram que diminuir a produção”, explica o analista sênior para a área de insumos do Rabobank, Matheus Almeida.

Segundo Almeida há o risco de que algumas dessas companhias parem de produzir os insumos sem a possibilidade de voltar a operar em função de que os custos para corrigir eventuais problemas nas linhas seriam muito altos.
A expectativa é de que a intensiva do governo chinês sobre as indústrias termine no próximo mês de março, o que pode fazer com que um maior volume de insumos volte a ser exportado nos meses seguintes.
Na safra atual, algus produtores já relatam um aumento entre 35% e 40%¨. “Alguns produtos tiveram uma alta pontual. Porém, a maioria apresentou retração no ano passado”, explica.
Segundo levantamento do banco, isso ocorreu devido aos altos estoques das indústrias ao longo de 2017, resultado de um clima menos favorável à proliferação de pragas e doenças nas últimas safras.
Segundo o Rabobank, a demanda por herbicidas e inseticidas tem sido impactada pela crescente adoção de sementes com mais de um evento transgênico. Por outro lado, o aumento da resistência de insetos e ervas daninhas a alguns produtos pode compensar, em parte, essas perdas.

Para o próximo ciclo, ele orienta que o produtor pesquise e planeje as compras com cautela. “O produtores devem buscar alternativas eficazes e que tenham menor custo”, diz

CMN substitui TJLP pela TLP em operações do Procap-Agro e Prodecoop

Concessão de crédito rural ficará condicionada à apresentação de recibo de inscrição no Cadastro Ambiental Rural (CAR)


plantio-graos-minas-gerais-soja-milho (Foto: Sergio Ranalli/Ed. Globo)
O Conselho Monetário Nacional (CMN), por meio da Resolução nº 4.625, estabeleceu novas datas para apresentação do Cadastro Ambiental Rural (CAR) para concessão de crédito rural no Bioma Amazônia. Além disso, a resolução substitui a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) pela Taxa de Longo Prazo (TLP) nas operações contratadas ao amparo do Programa de Capitalização de Cooperativas Agropecuárias (Procap-Agro) e do Programa de Desenvolvimento Cooperativo para Agregação de Valor à Produção Agropecuária (Prodecoop).
Pela resolução, "obrigatoriamente, a partir de 1º/6/2018, a concessão de crédito rural para o financiamento de atividades agropecuárias ficará condicionada à apresentação de recibo de inscrição no Cadastro Ambiental Rural (CAR)".Já os encargos financeiros descritos na resolução, referentes às operações de crédito, levarão em conta a TLP - nova taxa de referência para operações de longo prazo - e não mais a TJLP.

Pesquisadores estudam uma nova semente de mandioca que pode dar mais renda ao produtor

EMBRAPA
mandioca cerosoO desenvolvimento de uma mandioca cerosa, já se encontra em andamento na Embrapa, e pode colocar o Brasil na vanguarda da corrida mundial para desenvolver uma mandioca waxy que possa ser produzida em larga escala. Até agora, nenhum país conseguiu desenvolver essa raiz. É uma nova variedade de mandioca que pode transformar o pais em produtor de um valioso insumo industrial e agregar muito valor à produção dessa raiz nativa. Trata-se do amido ceroso, ou waxy, muito procurado pela indústria alimentícia, pois é matéria-prima para composição de pratos congelados e outros produtos.
O desafio é fazer a própria planta gerar amido diferenciado. Um avanço importante foi obtido pelo Centro Internacional para Agricultura Tropical (Ciat), sediado na Colômbia, que identificou o gene da mandioca responsável pelo amido ceroso. A Embrapa foi a única instituição brasileira que recebeu esse material e agora procura incorporar a produção do amido waxy a uma variedade nacional. Assim, pretende-se aliar a performance do material brasileiro, já adaptado às condições nacionais, à produção natural do amido waxy. Os custos de produção serão os mesmos da mandioca convencional e, com isso, a produção do amido waxy deve aumentar a renda dos produtores.

O amido waxy é diferente do amido nativo ou comum, também conhecido por goma ou fécula,  e é considerado o produto da mandioca com maior valor agregado por ser utilizado em diversos tipos de indústria. “Amido diferenciado não significa que é melhor que outros. São produtos diferentes que têm aplicações distintas. Um é mais viscoso, o outro congela melhor, por exemplo, ou seja, aquele que se usa na indústria de papel não é usado na indústria de iogurte”, exemplifica Francisco Laranjeira, chefe-adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Mandioca e Fruticultura (BA).

Governo inicia distribuição de palma forrageira a agricultores


O Governo do Estado, por meio da Secretaria Estadual da Agricultura, da Pecuária e da Pesca – SAPE, inicia nesta terça-feira (30), a distribuição de raquetes de palma forrageira para agricultores do Rio Grande do Norte. A ação tem como principal objetivo amenizar os efeitos da seca que se intensificou no estado nos últimos sete anos, promovendo condições à população de convivência no campo. Para aquisição das palmas foram investidos R$ 724.000,00, pelo Programa Governo Cidadão, com recursos do Acordo de Empréstimo com o Banco Mundial.
O titular da Secretaria Estadual da Agricultura, Guilherme Saldanha, ressalta a importância do projeto para o desenvolvimento socioeconômico do pequeno produtor. “O cultivo da palma forrageira permite ao pequeno produtor a viabilidade da manutenção do seu rebanho, principalmente em tempos de seca severa, reduzindo seus custos e consequentemente sua demanda por recursos hídricos”, enfatiza o secretário.

Ao todo serão distribuídas 2,7 milhões de raquetes de palma forrageira dos tipos Orelha de Elefante Mexicana e Miúda, espécies mais resistentes à praga cochonilha do carmim (Dactylopius opuntiae). Inicialmente será feita a entrega de 1,4 milhão de unidades, que beneficiarão cerca de 1.700 produtores rurais das regionais de Assú, Mossoró, Caicó e Pau dos Ferros. Em uma segunda etapa, outras 1,3 milhão de raquetes serão repassadas, assim que o processo licitatório for finalizado, o que deverá ocorrer em breve.

PROJETO PALMA FORRAGEIRA
30/01/2018 (TERÇA-FEIRA)
31/01/2018 (QUARTA-FEIRA)
01/02/2018 (QUINTA-FEIRA)
8H – IPANGUAÇU [REGIONAL ASSÚ] – LOCAL: ESTAÇÃO EXPERIMENTAL DA EMPARN, RN 118, KM 10;
8H – ANGICOS [REGIONAL ASSÚ] – LOCAL: APASA, RUAPROJETADA, 328;
10H – ALEXANDRIA [REGIONAL PAU DOS FERROS] – LOCAL: CLUBE MUNICIPAL;
15H – MOSSORÓ [REGIONAL MOSSORÓ] – LOCAL: REGIONAL DE AGRICULTURA, BR 404, KM 0, AEROPORTO.
15H – CAICÓ [REGIONAL CAICÓ] – LOCAL: REGIONAL DE AGRICULTURA, BR 427, KM 97.
14H – SÃO MIGUEL [REGIONAL PAU DOS FERROS] – LOCAL: CENTRO DE TREINAMENTO EMATER, RN 117, ZONA RURAL

Oportunidade para quem quer fazer curso de técnico em agronegócio e gratuito

senar e campoSão mais de 3000 vaga. Para participar, é exigido o certificado de conclusão do ensino médio. O curso tem duração de dois anos e é feito à distância. Os interessados que quiserem se inscrever precisam ter concluído o ensino médio e ser preferencialmente agricultor familiar ou de propriedades de médio porte, agente de assistência técnica e extensão rural cadastrado no Programa Rural Sustentável do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento ou ser vinculado a empresas do setor ou a órgãos oficiais credenciados no Programa de Assistência Técnica e Gerencial do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).
O curso é gratuito com carga horária de 1.230 horas e terá bases de apoio presencial em todas as regiões do país em 92 endereços do Senar. As atividades são semipresenciais, sendo os conteúdos à distância disponibilizados pela internet, material impresso e vídeoaulas, além dos executados em encontros presenciais (20% do conteúdo) nos locais de apoio.

Demandado pelo Ministério da Agricultura, será realizado por meio do Programa Bolsa-Formação do Pronatec. É reconhecido pelo Ministério da Educação e pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia. As inscrições vão até o dia 9 de fevereiro e devem ser feitas na página do Senar, conforme prevê o edital nº 001/20018.

segunda-feira, 29 de janeiro de 2018


Municípios atendidos na Operação Vertente recebem novos pontos de abastecimento



Durante toda a semana, Agentes da Defesa Civil do Estado estiveram nas regiões do Seridó e Oeste Potiguar para georreferenciar novos postos de abastecimento em seis cidades atendidas pela Operação Vertente. Nos municípios de São Miguel e Rafael Fernandes 38 novas cisternas serão instaladas, enquanto Jardim do Seridó, Cruzeta, Acari e Santana do Matos receberão 21 novos pontos de abastecimentos a partir da próxima segunda-feira (22). Nos locais também foi realizado trabalho de fiscalização, monitoramento e orientação da entrega da água para moradores beneficiários da ação. Atualmente a Vertente atende 16 cidades em colapso no abastecimento de água.
Operação Vertente
Com recursos da ordem de R$ 12,7 milhões, oriundos do Ministério da Integração Nacional, a Operação Vertente é realizada pelo Governo do Estado com o objetivo de manter o abastecimento humano nas cidades em colapso declarado pela CAERN. 

Anater e Sead definem programa de formação para extensionistas


A Agência de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater) iniciou o planejamento das ações do Programa de Formação em Ater, cuja meta para esse ano é formar 5.300 extensionistas, sendo 5000 agentes e 300 gestores de todas as unidades da Federação.
O gerente de Gestão de Ater e Formação da Anater, Vilmar Matter, explica que o objetivo do programa é preparar os técnicos para executar os projetos da Anater, que possuem um viés no desenvolvimento comunitário, visando gerar conhecimento dentro da própria comunidade. “Para isso, vamos trabalhar com unidades de referência, fazendo a integração entre a pesquisa e o ensino, para que possamos utilizar o conhecimento e as tecnologias já desenvolvidas nesse trabalho junto com os agricultores, de acordo com sua necessidade e especificidade”, completa.
O gerente explica que o programa de formação foi construído tomando como base os termos da Política Nacional de Ater (Pnater), incluindo na ementa, também, temas específicos que são de importância para a Anater. “O planejamento das ações está sendo feito em parceria com a Coordenação Geral de Formação de Agentes de Ater da Secretaria Especial e Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead), órgão do Governo Federal, através do qual o Governo Federal faz o aporte de recursos na Anater, e quem define as diretrizes para que as metas previstas no contrato sejam alcançadas”.
Par manter o alinhamento do programa, as coordenações de formação da Anater e da Sead definiram um cronograma de reuniões, que serão realizadas mensalmente, para uma construção continua e compartilhada, não apenas no planejamento, mas também na execução das capacitações e na avaliação de resultados.
Parceria
Segundo o coordenador-geral de formação, Gereissat Rodrigues de Almeida, no âmbito da Sead, o programa tem o objetivo de acompanhar e fazer valer as diretrizes da Pnater nos processos. “Embora o mote seja a formação, também temos como objetivo a capacitação dos jovens do meio rural afim de evitar o êxodo e promover a fixação e a continuidade do trabalho no campo e, também, promover a articulação junto à academia, de forma que os cursos de Ciências Agrárias possam ser mais convergentes à realidade do campo".
Gereissat explica que o programa de formação é balizado nas diretrizes do Pnater, que tem expresso em seus princípios conceitos de uma pedagogia dialógica e participativa. “E é essa orientação que queremos compartilhar com a Anater nesse trabalho de alinhamento que estamos fazendo, no sentido de ampliar as bases para a construção da abordagem de Ater que a Pnater requer, visando, inclusive, sistematizar um banco de profissionais que possam contribuir com os cursos de capacitação dos técnicos”, completa.
Estratégia
A Anater iniciou o programa de formação em 2017, quando foram formados 101 gestores e 1.048 agentes, em parceria com as entidades públicas de Ater dos estados com os quais já foi firmada parceria.
Para viabilizar os cursos, a Anater formou uma equipe de 16 profissionais que auxiliaram no treinamento dos técnicos que estão atuando na execução dos projetos. A estratégia é manter, e ampliar, o banco de instrutores para executar os diversos processos de formação incluídos no planejamento a partir desse ano.

Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater)
Escola Agrícola de Jundiaí seleciona professores para cursos técnicos em diversos municípios do RN

Estão abertas as inscrições para seleção de professores de cursos técnicos da Rede e-Tec Brasil para atuarem em vários municípios do Rio Grande do Norte.

As inscrições devem ser feitas no Setor Pedagógico da Coordenação Geral do e-Tec, localizada no antigo prédio da direção da EAJ em Macaíba, da 8 às 11 horas e das 14 às 16 horas. O prazo termina dia 2 de fevereiro de 2018.

Os requisitos mínimos para participação no processo seletivo são diploma de nível técnico ou superior na área do curso e comprovante de experiência de, no mínimo, um ano de docência.

As vagas são para os cursos técnicos em Administração, Agroindústria, Agronegócio, Contabilidade, Cooperativismo, Finanças, Logística, Manutenção e Suporte em Informática, Qualidade, Química e Redes de Computadores.

Os candidatos serão selecionados por região para atuação nos polos de Acari, Apodi, Caraúbas, Areia Branca, Assú, Caicó, Ceará-Mirim, Ceará-Mirim (Assentamento Rosário), Currais Novos, Goianinha, Ipanguaçu, Itajá, Jaçanã, João Câmara, Lajes, Macaíba, Macau, Martins, Monte Alegre, Mossoró, Natal, Nova Cruz, Parelhas, Parnamirim, Santa Cruz, São Gonçalo do Amarante, São João do Sabugi, São José de Mipibu, São Paulo do Potengi, Touros e Vera Cruz.

Mais informações em www.etec.eaj.ufrn.br na seção Processos Seletivos, edital 003/2018.

SRA define ações e metas para 2018


Com o intuito de integrar as áreas, definir as metas, os desafios e planos de ação para 2018, a Subsecretaria de Reordenamento Agrário (SRA) realizou nesta quinta-feira (25), o planejamento anual do órgão. 
Participaram do planejamento coordenadores, servidores, consultores e terceirizados que, num esforço conjunto, definirão as ações e estratégias para potencializar a execução das políticas de Reordenamento Agrário – Crédito Fundiário e Regularização Fundiária – no decorrer deste ano.
O evento contou com a presença do secretário especial da Secretaria de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead), Jefferson Coriteac, que ressaltou a importância dessa atividade para a fortalecimento da secretaria como um todo. “Como gestor, fico muito satisfeito em ver o empenho da SRA de começar o ano revendo estratégias e definindo metas que permitirão uma melhor execução de políticas que são fundamentais para o desenvolvimento do rural brasileiro", comentou.
Coriteac adiciona que “outro ganho que o planejamento traz, é a possibilidade de integrar as áreas, aproximando os colaboradores e comprometendo a todos com as demandas da SRA, independentemente do nível técnico que ocupam. Todos - Sead, SRA e os beneficiários das Programas - saímos ganhando com isso!"
Dentre as ações estabelecidas no planejamento para os programas PNCF e PCRF estão as metas de execução, a aprovação e criação dos normativos e a integração com as políticas da Sead e com as demais, disponíveis nas três esferas de governos.
Muitos são os desafios para os Programas da SRA em 2018.  No caso do PNCF, tem a aprovação, normatização e a disseminação das novas regras, a parceria com novos estados, entre outros. Com isso, a meta estabelecida para 2018 é beneficiar mais 2 mil famílias.
Além disso, para o PCRF os desafios giram em torno  da elaboração e aprovação dos normativos, a qualificação das parcerias e o aprimoramento dos instrumentos de controle e gestão do Programa, proporcionando mais agilidade na sua execução. Ações que irão permitir o geocadastro de 40 mil imóveis rurais e emissão de 25 mil títulos de propriedade.
“As estratégias, ações e metas aqui aprovadas são fundamentais para fortalecimento e ampliação das políticas da SRA. Um dos nossos grandes desafios para 2018 é a retomada das contratações do PNCF e normatização do PCRF. Vamos precisar do engajamento e colaboração de todos na realização dessas importantes tarefas”, enfatizou a subsecretária de Reordenamento Agrário da Sead, Raquel Santori. 
A subsecretaria aproveitou o momento para anunciar a realização do Seminário Internacional de Governança Fundiária, que deve acontecer ainda no nesse primeiro semestre.

Assessoria de Comunicação 
Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário

ANGICOS REALIZA DEBATES SOBRE SANEAMENTO BASICO NA ZONA RURAL E ZONA URBANO

Durante esta semana a equipe da gestão municipal esteve na zona rural de angicos e tambem na zona urbana, realizando palestras e debates sobre o saneamento basico do municipio, e contou com a participação do STTR, onde teve a participação de agricultores e pessoas em geral que sofrem com o dia dia sem saneamento em suas residencias a muitos anos.
Nestes percussos teve varias contribuições para que este saneamento basico venha com  mais força para a zona rural, e que possa ser um PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BASICO perfeito, que venha ajudar a população carente, e que todos precisam se empenhar nesta ação,  onde o prazo final é de 20 anos para sua conclusão.
ao final de cada evento, foi realizado alguns questionarios que vai ajudar no plano municipal de saneamento basico de angicos.
fotos das reuniões de base.
comunidade riacho do  prato

comunidade cabubi
debates 

o prefeito em sua fala  mostra a importancia do saneamento na zona rural  e 
zona urbana

apresentação de videos

comunidade rio velho

palestrante da empresa start = Lula

comunidade cabugi

representante da comunidade rio velho - NI
fala da importancia desta ação para o municipio

na camara municipal

debate na camara municipal

respondendo o questionario durante o evento


sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

Obras do Eixo Norte avançam para levar águas do São Francisco a 7 milhões de pessoas



MIN




As obras do Eixo Norte do Projeto de Integração do Rio São Francisco estão avançando. O ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, reafirmou o compromisso do Governo Federal, nesta quarta-feira (24), após realizar reunião técnica com o diretor de engenharia da empresa Emsa, Ubiratan Lima. A construtora é responsável pela primeira etapa (1N) do Eixo Norte que, quando concluído, levará as águas do Velho Chico para mais de 7 milhões de pessoas nos estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte.



Durante a audiência, o diretor informou ao ministro Helder Barbalho que, atualmente, a Meta 1N do Eixo Norte está com 27 frentes de trabalho ao longo dos 140 quilômetros de extensão da etapa. São 1.790 profissionais atuando nesse trajeto com cerca de 500 equipamentos em operação. O diretor adiantou que em fevereiro o número de operário nos canteiros de obras vai subir 20% e atingir 2.148 trabalhadores

Soro contra picada de abelha deve chegar aos postos de saúde em 2020

O soro, que já se mostrou eficaz salvando vida em hospitais, ainda está na fase de testes

varroa-abelha (Foto: Creative Commons/Emma Jane Hogbin Westby )
Já existia soro contra picada de cobra, aranha, escorpião, lagarto… Mas não havia nada contra a picada de abelha”, recorda o veterinário Rui Seabra, pesquisador da Universidade Estadual Paulista (Unesp), que liderou as pesquisas para o desenvolvimento do antiapílico nos últimos 20 anos.
Anualmente, cerca de 15 mil pessoas sofrem acidentes com abelhas no Brasil. As mortes são em torno de 50.
Camila Presotto, técnica agrícola de Avaré (SP), entrou para a história da medicina por ser a primeira pessoa a receber esse tratamento, em agosto de 2016, na Faculdade de Medicina de Botucatu (SP).
“Sobrevivi graças ao soro, não tenho dúvida. Quando fui buscar uma vaca retardatária no pasto, levei entre 400 e 600 picadas de abelha, a maioria na cabeça”, conta, a voz ainda trêmula pelo susto.
O veneno da abelha libera muitas substâncias tóxicas, que provocam hemorragias, queda de pressão, tontura, visão turva, destroem as células vermelhas e os músculos, castigam os rins.
“Estava quase em falência renal quando fiquei sabendo que a Unesp tinha desenvolvido o antiapílico. Aceitei sem pestanejar a ser cobaia do experimento. Era questão de vida ou morte.”
No Apiário da Unesp, entendo a mecânica do envenenamento ao presenciar uma sessão de coleta ao lado do biólogo Ricardo Orsi: a abelha dá a vida para salvar o enxame. Defende-se cravando o ferrão numa pessoa ou animal e, quando alça voo de novo, a parte final de seu corpo fica enterrada na pele (e morre pouco depois). Abaixo do ferrão, está a bolsa de veneno.
Essa bolsa é programada geneticamente para ficar ali pulsando por longo tempo, liberando microgotas do veneno (imagine a Camila, com mais de 400 bolsinhas…).
Veneno (Foto:  )
Veneno (Foto:  )
“A questão do bem-estar animal é importante e, no nosso processo, a abelha não morre,” diz o professor Orsi, apresentando o aparelho extrator: uma placa de acrílico coberta com fios de arame eletrificados que é instalada na boca da colmeia. Ao passar pela placa intrusa, a abelha leva um pequeno choque de 12 volts e ataca. Como não crava o ferrão, só solta o veneno.
“A extração em 10 mil abelhas proporciona apenas 1 grama de veneno em pó”, diz Ricardo enquanto raspa cuidadosamente com gilete o veneno solidificado para um minúsculo tubinho que é, imediatamente, conduzido ao Centro de Estudos de Venenos de Animais Peçonhentos (Cevap), da Unesp.
“Muitas tentativas foram feitas para desenvolver o soro, dentro e fora do Brasil, mas nenhuma tinha ido para frente”, relata o doutor Rui Seabra, que dedicou mestrado, doutorado e pós-doutorado ao assunto.
Havia três grandes obstáculos para a evolução das pesquisas. Primeiro, reduzir o impacto do envenenamento nos animais soroprodutores. Não se inventou ainda maneira de se fazer soros e vacinas sem eles. Sensíveis como são, os cavalos (animais padrão no Brasil para esse tipo de trabalho) com o veneno bruto ficavam prostrados no chão.
Veneno (Foto:  )
Não é o que vejo na fazenda de soroprodução que visito, em Cachoeiras de Macacu, norte fluminense. Reconheço no som ambiente um prelúdio de Chopin ao entrar no estábulo onde a tropa come tranquila. Seguindo os princípios da lida gentil, na hora do trato e durante as sangrias, os cavalos doadores ouvem música clássica. Pela boa aparência, nada indica que, em cada período de produção, recebam 500 mililitros de veneno. No caso do apílico, é o equivalente à picada de 5 mil abelhas.
“Conseguimos extrair em laboratório as frações tóxicas que causam dor e alergia. Assim, a inoculação do veneno, com todas as outras substâncias necessárias à formação de anticorpos, pôde se dar sem problemas”, acrescenta Rui Seabra.
O segundo desafio era encontrar parceiro para a produção do soro: o Instituto Vital Brazil - IVB, do Rio de Janeiro, topou separar 30 de sua tropa de 215 cavalos soroprodutores para o experimento e fabricar as ampolas, cumprindo as regras da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
“Esse soro vai salvar muitas vidas”, prevê o médico Edmilson Ligowski, presidente do IVB, rodando orgulhoso na mão a caixinha com o medicamento. “É um produto inédito no mundo, desenhado para atender à rede do SUS (Sistema Único de Saúde) e, possivelmente, exportar para países que têm problemas de acidentes com abelha também.”
A parceria abriu as portas para o terceiro desafio: testar o soro em humanos. Em 2013, o Ministério da Saúde fez uma chamada para ensaios clínicos com novos medicamentos de interesse público. O projeto do antiapílico foi aprovado e, em meados do ano passado, somente dois lugares do Brasil receberam autorização para usar o soro: a Faculdade de Medicina (Upeclin) de Botucatu e o Hospital Nossa Senhora da Conceição/ Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), em Tubarão (SC).
Veneno (Foto:  )
O soro é seguro? Não tem efeitos colaterais indesejáveis? A Anvisa determinou que o medicamento seja testado inicialmente em 20 pacientes para só, então, começar um segundo ensaio clínico mais amplo, nacional, com 400 pessoas, quando, aí sim, será avaliada a eficácia do produto.
“Podemos afirmar que é totalmente seguro,” garante Rui Seabra, revelando que 17 pessoas envenenadas por abelhas já foram tratadas com resultados excelentes. Um caso bem significativo aconteceu em Tubarão: seu Pedro Bressan, de 78 anos, chegou ao hospital com 151 picadas de abelhas (ele ajudava a desatolar um carro de boi).
“Duas horas depois da aplicação, ele já estava falante e, no dia seguinte, saiu andando do hospital. Reação incrível para a idade dele”, descreve Daisson Trevisol, médico responsável pela pesquisa em Santa Catarina.
Mais incrível ainda é que, duas semanas depois, seu Pedro voltou com 244 picadas (desta vez, foi num canavial). Não podia repetir a dose. Mas os médicos acreditam que os anticorpos aplicados antes anularam o veneno, pois ele resistiu muito bem, outra vez. Segue a vida, sem sequelas.
Com o sotaque fortemente italianado, almeja: “Podia ter morrido sem esse soro. Mas hei de ver fora da política essa cambada de corruptos que anda assaltando nosso país”.
A previsão é que o soro chegue aos postos do SUS em 2020.

Veneno (Foto:  )