sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

O Agronegócio e o PIB

O campo brasileiro dá provas de muita eficiência econômica
O destaque do PIB brasileiro, mais uma vez, foi o agronegócio. O Setor cresceu 7% em 2013 quando comparado ao ano de 2012. Número bem acima do setor de serviços que ficou com (2%) e da indústria (1,3%).  Ao todo, a economia brasileira cresceu 2,3%, alcançando o valor corrente de R$ 4,84 trilhões, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
 
Para o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antonio Andrade, “isto é reflexo do quanto o agronegócio brasileiro anda bem. Acredito que se não fossem as chuvas fortes em algumas regiões e a seca em outras, poderíamos chegar a 10% de crescimento. Esta excelente taxa de crescimento deve-se ao resultado da safra no ano de 2013, que atingiu 186,9 milhões de toneladas, impulsionada principalmente por arroz, milho, soja e trigo. Além destes, contribuíram fortemente para o resultado obtido, a pecuária e a cana- de-açúcar”, comemorou o Ministro. 
 
O PIB da Agropecuária refere-se ao valor de tudo que é produzido pelas atividades primárias da agropecuária. Em 2013, representou 4,85% do PIB da economia, maior taxa de crescimento desde 1995, somando R$ 234,6 bilhões.
 
Produtores rurais serão capacitados para melhorar a produção no campo
Os médios produtores de regiões do semiárido brasileiro serão capacitados pelos técnicos do Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O convênio assinado esta semana vai destinar R$ 4 milhões que tem por objetivo de produtores nos estaod do Ceará, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte.
Este será o primeiro convênio assinado no ano de 2014 de um montante de R$ 100 milhões em recursos disponibilizados pelo governo federal, a fim de fortalecer os serviços de assistência técnica em todo o país. “A assinatura deste convênio é o reconhecimento da capacidade produtiva de cada região. Conseguimos juntos, governo, produtores, Embrapa e Emater, desenvolver ainda mais o agronegócio brasileiro”, disse o ministro, Antonio Andrade.
 
Neste primeiro momento, os recursos serão destinados para a prestação de serviços de assistência técnica para 3.560 médio produtores nos estados selecionados. “Esta é um momento histórica para o Ministério da Agricultura. Foram quase 18 anos sem realizar assistência técnica e agora, temos a chance de atender os produtores rurais do semiário”, afirmou o secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo, Caio Rocha. Segundo ele, o convênio deve beneficiar um total de 100 mil médios produtores, ainda este ano.
 
O convênio tem a intenção de capacitar os médios produtores da região, desenvolvendo estratégias para melhorar a produção, como reservas de água e alternativas de produção de alimentos para animais, visando o aumento produtivo. “A região do semiárido faz parte da estratégia do governo federal de políticas de crédito diferenciado, com taxas de juros mais baixas, a fim de fortalecer os serviços de assistência técnica, qualificando os produtores, sendo determinado por ocasião da aprovação do Plano Agrícola e Pecuário pela Presidência da República”, destacou Rocha.
 
da redação do Nordeste Rural

Aquecimento global causará perda de colheitas e outros danos



O aquecimento climático reduzirá a produção mundial de cereais em até 2% a cada dez anos e poderá representar 1,45 trilhão de dólares até o fim deste século, segundo um projeto de relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), difundido por um jornal japonês nesta sexta-feira.
Este documento, que teve o projeto publicado pelo jornal Yomiuri Shimbun, será discutido e adotado durante uma reunião de cinco dias do IPCC no próximo mês, em Yokohama, subúrbio de Tóquio.
Segundo o rascunho atribuído ao IPCC, a produção mundial global perderá entre 0,2 e 2% se a temperatura aumentar 2,5 graus. Uma fonte do ministério japonês do Meio Ambiente não queria que o projeto vazasse para a imprensa local.
A comunidade internacional fixou o objetivo de concluir até o final de 2015, durante a Conferência sobre o Clima da ONU em Paris, um acordo global e urgente de redução das emissões de gases de efeito estufa para limitar o aquecimento a 2°C em relação à era pré-industrial. (AFP)

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Mapa assina convênio de R$ 4 mi para capacitação técnica

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Andrade, juntamente com o secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo, Caio Rocha, assinou nesta quinta-feira, 27 de fevereiro, um convênio no valor de R$ 4 milhões que tem por objetivo a capacitação de médios produtores de regiões do semiárido brasileiro. No momento, cinco estados serão beneficiados - Ceará, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte.
Este será o primeiro convênio assinado no ano de 2014 de um montante de R$ 100 milhões em recursos disponibilizados pelo governo federal, a fim de fortalecer os serviços de assistência técnica em todo o país. “A assinatura deste convênio é o reconhecimento da capacidade produtiva de cada região. Conseguimos juntos, governo, produtores, Embrapa e Emater, desenvolver ainda mais o agronegócio brasileiro”, disse o ministro.
Neste primeiro momento, os recursos serão destinados para a prestação de serviços de assistência técnica para 3.560 médio produtores nos estados selecionados. “Esta é uma reunião histórica para o Ministério da Agricultura. Foram quase 18 anos sem realizar assistência técnica e agora, temos a chance de atender os produtores rurais do semiário”, afirmou Rocha, durante o ato de assinatura do convênio, que ao longo deste ano, deve beneficiar um total de 100 mil médios produtores.
O convênio tem a intenção de capacitar os médios produtores da região, desenvolvendo estratégias para melhorar a produção, como reservas de água e alternativas de produção de alimentos para animais, visando o aumento produtivo. “A região do semiárido faz parte da estratégia do governo federal de políticas de crédito diferenciado, com taxas de juros mais baixas, a fim de fortalecer os serviços de assistência técnica, qualificando os produtores, sendo determinado por ocasião da aprovação do Plano Agrícola e Pecuário pela Presidência da República”, destacou Rocha.
Uma semente de acerola orgânica com boa adaptação no semiárido
É a acerola BRS 366 - Jaburu -  é a mais nova cultivar lançada pela Embrapa Agroindústria Tropical, em Fortaleza, no Ceará, para produção na agricultura familiar. A seleção do clone foi feita com base no desempenho produtivo e características morfológicas da planta, bem como nas características físico-químicas dos frutos. A BRS 366 vem se destacando como a principal cultivar plantada pela cadeia produtiva local para exportação de vitamina C.
Embora tenha sido avaliada em cultivo orgânico irrigado na região da Serra da Ibiapaba, no estado do Ceará, espera-se que a acerola Jaburu tenha boa adaptação em outras regiões semiáridas. As plantas possuem porte de baixo a médio, com altura média de 1,87m e diâmetro da copa de 2,18m, no terceiro ano de idade, em cultivo orgânico irrigado. A produção distribui-se por quase todo o ano, com valores baixos apenas nos meses de junho e julho, favorecendo a colheita manual. As folhas são pequenas, de cor verde, opostas e sem pelos. Ao abrir, as flores têm coloração rosa.
Em condições irrigadas, o clone BRS 366 tem se caracterizado por sua precocidade de produção e ciclos produtivos contínuos durante quase todo o ano. Por essas peculiaridades, o fruto adapta-se bem à produção familiar, proporcionando boa distribuição da renda ao longo do ano. Quanto ao manejo da produção, o pesquisador Francisco Vidal, da Embrapa Agroindústria Tropical, recomenda que o pomar não seja composto apenas pelo clone desejado, mas que outras variedades também sejam cultivadas. Dessa forma, aumenta-se a resistência do pomar contra pragas e doenças. Outras medidas importantes a serem tomadas são: a compra de boas mudas, a realização de podas, a adubação e a observação de um espaçamento adequado entre as árvores.
da redação do Nordeste Rural

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Piadas de Caipira


Ernestina esposa de seu Juvenal vaqueiro, muito discreta, entra no consultório do dentista em Munguengue, depressa levanta a saia, tira a calcinha e senta-se na cadeira com as pernas escancaradas.
Espantado com a sena, o dentista fala:
— Desculpe dona, a senhora se enganou! O ginecologista fica no prédio ao lado!
-- Não me enganei coisíssima nenhuma — diz Ernestina. --Na semana passada estive aqui com o meu marido, o senhor lembra?
— Eu lembro sim, eu lembro... eu até coloquei uma dentadura nele...
-- Pois é... então, trate de encontrar a dentadura dele que está ai em algum lugar!
Fazenda em regime de cooperativa valoriza a criação de caprino e ovinos
Produzir animais com 25 quilos aos oito meses de idade faz grande diferença na caprino- ovinocultura do Semiárido brasileiro. Nessa região, nos sistemas pecuários tradicionais os animais demoram mais de dois anos para alcançarem aquele peso, principalmente porque o ganho que conseguem no período de chuva é perdido em parte na época de seca.
As ações do projeto coordenado pela Embrapa Semiárido em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-BA), a Federação da Agricultura do Estado da Bahia (FAEB), a Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA) e dezenas de associações de agricultores têm resultado numa experiência bem-sucedida de criar esses animais nas áreas dependentes de chuva do sertão nordestino.
Os recursos técnicos, o modo de gestão da atividade, a experiência associativa dos agricultores que aumentaram a produtividade dos rebanhos caprinos e ovinos são favorecidos com um resultado bem superior ao registrado nos sistemas tradicionais de criação. Em uma microrregião como a de Juazeiro (BA), na Fazenda Icó, esse desempenho, junto com a melhoria na qualidade da carne, está servindo para dinamizar a cadeia produtiva da pecuária desses pequenos ruminantes.
Apesar do nome, a Fazenda Icó não é uma propriedade rural como tantas outras. Na verdade, sua área de 400 hectares foi adquirida por dezenas de associações de agricultores e transformada em um instituto para fomento da atividade caprina e ovina. Assim, para a população que mora em seu entorno, a fazenda se constitui como um espaço para treinamentos, capacitações, experimentações científicas e a realização de pesquisas participativas que envolvem agricultores e profissionais das várias instituições envolvidas com essa experiência.
Segundo Tadeu Voltolini, a microrregião onde está instalada a Fazenda Icó mantém muitas semelhanças com a realidade da caprino-ovinocultura no semiárido e “os problemas enfrentados no entorno desta fazenda são semelhantes aos de outras áreas, e as soluções encontradas pelos pesquisadores e agricultores poderão ser transferidas para incrementar a atividade em vários locais da região Nordeste”.
da redação do Nordeste Rural
Recuperação de áreas degradadas na Caatinga
Trata-se de uma técnica que utiliza as relações já existentes na natureza, a partir da busca de associações mais eficientes entre bactérias fixadoras de nitrogênio, fungos micorrízicos e plantas da família das leguminosas. O projeto de recuperação de áreas degradadas na Caatinga começou em 2009, no Estado do Rio Grande do Norte, em parceria com a Universidade Federal Rural do Semi-Árido e a Fundação Guimarães Duque, utilizando como base a tecnologia de recuperação de solos já desenvolvida pela Embrapa e aplicada em outras regiões do País.
A tecnologia, desenvolvida pela Embrapa Agrobiologia, pretende fazer com que o ambiente degradado pela ação humana seja novamente incorporado ao bioma, recuperando funções do ecossistema original, como cobertura do solo, alimento e abrigo para animais.
A fim de recuperar a Caatinga original e manter o equilíbrio do ecossistema, são plantadas espécies nativas, como a jurema preta, a jurema branca, o sabiá e o jucá. Para contribuir com esse processo, é feita a inoculação de mudas com bactérias fixadoras de nitrogênio e fungos micorrízicos. Os fungos aumentam a capacidade da planta de retirar água e nutrientes do solo, deixando-a mais resistente, enquanto as bactérias possibilitam que ela use o nitrogênio existente no ar.
Como resultado do projeto, a Embrapa Agrobiologia lançou o “Manual para recuperação de áreas degradadas por extração de piçarra na Caatinga”. A publicação aborda todas as etapas do projeto, como, por exemplo, a produção de mudas de espécies florestais com potencial de uso na revegetação dessas áreas, os aspectos práticos para a recuperação de jazidas de extração de piçarra, incluindo o ordenamento e a preparação da área, a aplicação de solo superficial e o plantio de mudas.
Segundo o pesquisador Alexander Silva de Resende, inicialmente estão sendo recomendadas 11 espécies florestais nativas da Caatinga, das quais 7 são leguminosas fixadoras de nitrogênio e que apresentaram resultados muito satisfatórios para as condições avaliadas. Alexander afirma ainda que a tecnologia será testada em outras condições de degradação na Caatinga e apresenta grande potencial para ser replicada em outras situações do bioma.
A Caatinga ocupa cerca de dez por cento do território nacional e é uma das áreas mais sujeitas à desertificação no Brasil, segundo o Ministério do Meio Ambiente. É formada por solos rasos e pedregosos, com ocorrência de pouca chuva, concentrada apenas em uma época do ano, e seca que pode durar de quatro a oito meses. Esse bioma tem perdido suas características devido ao uso irracional das atividades socioeconômicas, que vão desde a exploração de madeira para combustível e a extração de piçarra para aterramento nas jazidas de petróleo e na construção civil até a substituição da vegetação nativa por práticas agrícolas não apropriadas.
da redação do Nordeste Rural

Meteorologistas preveem inverno com boas chuvas no semiárido

O semiárido da região Nordeste do país terá uma estação chuvosa normal, com boas chuvas. Essa foi a previsão dos especialistas que estão reunidos desde ontem em Natal.

Esse foi o último debate entre os meteorologistas para achegarem à conclusão sobre a quadra chuvosa de 2014. Eles se reuniram ontem e hoje na sede da Emparn, onde definiram o quadro da previsão climática para Norte e Nordeste do Brasil. 

A previsão é mais animadora à população urbana e rural dos municípios dessa região, tendo em vista que na última reunião realizada em Fortaleza (CE), em janeiro deste ano, o prognóstico era de inverno abaixo do normal.         

O resultado das análises é oficialmente apresentado à governadora Rosalba Ciarlini e demais autoridades do Estado na manhã desta sexta-feira (21) em Natal.
fonte do blog de lajes

Dilma: governo destina R$ 21 bilhões para financiar a agricultura familiar

agricultor
A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (24) que o governo destinou R$ 21 bilhões para financiar a safra de 2013/2014 da agricultura familiar, dos quais R$ 13,7 bilhões já foram contratados pelos pequenos produtores. Segundo ela, os agricultores estão aproveitando o crédito barato do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) para expandir a produção e comprar máquinas e equipamentos.
“São mais tratores, mais caminhões, equipamentos de irrigação e resfriadores de leite, aumentando a produtividade nas lavouras e nas criações da agricultura familiar”, disse. No programa semanal Café com a Presidenta, Dilma informou que o pequeno agricultor também pode se beneficiar das inovações tecnológicas. “No Pronaf Inovação, o crédito é bem barato para incentivar o cultivo protegido de hortifrutigranjeiros, para a automação da avicultura e da suinocultura, e também para atualização tecnológica da bovinocultura de leite.”

Tags:

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Piadas de Caipira


Zeca vaqueiro chega em casa nervoso e revoltado vindo da bodega de compadre Elesbão em Munguengue. Na chegada ele encontra a mulher e vai logo falando:
--Muier!! Acabei de saber lá na bodega que voismicê está me traindo. Eu nem acreditei Maria. Me diga muier... cum quem voismicê tá me traindo peste?
— Mas o que é isso, Zeca? Que fúria é essa homi de Deus?
--Num me venha cum inrrolada Maria. Quero saber e é agora. Quero o nome dos cabras. De tudim Maria, um por um. Agora mermo! Vai desimbuxa.
— Carma, Zeca! Pra que isso? Tem gente que você nem conhece homi...

Reunião de Meteorologistas

Termina hoje, as 10 horas no auditório da governadoria, a III Reunião dos meteorologistas do Nordeste, que se iniciou ontem na Estação Experimental de Jiqui, em Parnamirim. Agora só resta esperar a divulgação das pesquisas e estudos, para sabermos realmente se teremos um bom inverno este ano. E divulgar seriamente os estudos. Sem engodo.

Algodão Agrecológico

Cinco associações de produtores de algodão agroecológico da região Nordeste foram credenciadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - Mapa para utilizar o Selo do Sistema Brasileiro de Conformidade Orgânica em seus produtos de origem vegetal. O selo tem por objetivo ajudar o consumidor a identificar os produtos orgânicos que estão de acordo com as normas técnicas da produção orgânica.

O credenciamento mais recente foi da Associação Agroecológica do Pajeú – ASAP/PE, na última segunda-feira, 17. Também foram credenciadas como Organismos Participativos de Avaliação da Conformidade Orgânica (OPAC’s), no final do ano passado, a Associação dos Produtores Agroecológicos do Semiárido Piauiense – Apaspi/PI, a Associação dos Agricultores e Agricultoras Agroecológicos do Araripe/PE Ecoararipe, a Associação Agroecológica de Certificação Participativa dos Inhamuns Crateús – Acepi/CE e a Associação de Certificação Participação Agroecológica do Sertão Central do Ceará – Acep/CE.

Todas essas associações fazem parte do projeto Algodão em consórcios agroecológicos, coordenado pelo Projeto Dom Helder Câmara, Secretaria de Desenvolvimento Territorial, Ministério do Desenvolvimento Agrário, Fundo do Desenvolvimento Global, Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola, em parceria com a Embrapa Algodão e o Centro de Pesquisa e Assessoria Esplar.

Estes são os primeiros OPAC’S credenciados pelo Mapa na região e envolvem cerca de três mil produtores. Atualmente, existem 12 OPAC’s no Brasil, sendo uma no Sul, quatro no Sudeste, duas no Centro-Oeste e cinco no Nordeste.

O coordenador do Projeto Dom Helder Câmara, Fábio Santiago, avalia que a conquista do selo será referência para todo o Semiárido.  “Acreditamos que o fortalecimento dos OPAC’S é uma estratégia fundamental para colocar os agricultores na linha de frente na gestão da organização da produção e acesso a mercados, com a assessoria técnica desempenhando seu papel de apoiadora e facilitadora”, afirma.

Organismos Participativos de Avaliação da Conformidade Orgânica

Os OPAC’s fazem parte dos Sistemas Participativos de Garantia, que visam regulamentar a certificação dos produtos da agricultura orgânica, por meio do controle social e da responsabilidade solidária, de acordo com as diferentes realidades regionais.

O pesquisador da Embrapa Algodão e um dos coordenadores do projeto Algodão em consórcios agroecológicos, Fábio Aquino de Albuquerque, explica que por meio desse sistema, o agricultor não precisa contratar uma empresa certificadora. “O custo da certificação orgânica por uma empresa privada no sistema convencional é muito alto e torna-se inviável para os pequenos produtores”, afirma.

Segundo ele, o sistema participativo de garantia proporciona maior autonomia para os agricultores familiares, que passam a acompanhar todo o processo produtivo, com possibilidade de obter preços melhores na comercialização dos produtos certificados.

Com a criação do OPAC a certificação é acompanhada por comissões de agricultores, que serão responsáveis pela inspeção nas áreas de outros agricultores integrantes do OPAC. Após a inspeção, o OPAC pode autorizar os produtores cadastrados a utilizar o Selo do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade Orgânica.

Encontro Interterritorial sobre Certificação Orgânica
Para fortalecer a autonomia e gestão da agricultura familiar no âmbito do projeto Algodão em Consórcios Agroecológicos, através dos Organismos Participativos de Avaliação da Conformidade Orgânica (OPAC) acontece nesta semana o quinto Encontro Interterritorial sobre Certificação Orgânica, em Ouricuri, Pernambuco. O encontro reúne todos os OPAC’s credenciados pelo Mapa, no período de 18 a 21 de fevereiro.

Serão discutidas questões como: Desafios para manutenção dos Sistemas Participativos de Garantia, Prazos e compromissos do credenciamento para a emissão do Selo Brasileiro Orgânico, Apresentação das empresas compradores de Algodão Agroecológico - Perspectivas para 2014, entre outras.

Embrapa Algodão
O parto múltiplo é vantagem ou desvantagem para o criador
A prolificidade, ou as crias multiplas, é uma medida importante para determinar a eficiência produtiva e reprodutiva de um rebanho. Dependendo do sistema de produção, prolificidade alta pode ser benéfica. Os benefícios dos partos múltiplos são o aumento da produtividade, diminuição do intervalo de geração e aumento da taxa de desfrute de um rebanho.
Em sistema extensivo, em que os animais são criados soltos e com pouco cuidado, alta prolificidade não é desejável, uma vez que a taxa de mortalidade é alta”, afirma o pesquisador. Ele explica que neste caso, é preferível que haja partos simples em que a cria nasça com maior peso e tenha maiores chances de sobrevivência. Além disso, em sistema extensivo, a presença de partos múltiplos gera maiores dificuldades para a matriz amamentar as crias devido à baixa disponibilidade de alimento, principalmente na época seca.
O principal problema  com as crias de parto múltiplo é o peso inferior e a fragilidade destes animais, que terão dificuldade de se alimentar -  podem sofrer competição com as crias maiores - e estarão mais sujeitos a pisoteio e ataques de predadores. Assim, a tendência é maior índice de mortalidade.
Uma cabra da raça Anglo Nubiana, do rebanho da Embrapa Caprinos e Ovinos, em Sobral, no  Ceará, teve um parto múltiplo de cinco cabritos. Segundo especialistas, a raça é conhecida pela elevada prolificidade, é a quantidade de cabritos nascidos por cabras paridas, mas um parto quíntuplo é menos comum.
De acordo com o pesquisador Kleibe Moraes, o aparecimento de partos múltiplos em caprinos acontece bastante, principalmente duplos e triplos. “No rebanho de caprinos da raça Moxotó da Embrapa, mais de 55% dos partos são duplos ou triplos. Partos quádruplos e quíntuplos são menos comuns, principalmente quando não há indução de ovulação com monta natural. No rebanho de Anglo Nubiano da Embrapa, raça que apresentou parto quíntuplo, a prolificidade média é de 1,8 cabritos/parto/fêmea”, explica.
Os caprinos são os mais prolíficos entre os ruminantes domesticados e os fatores que interferem na prolificidade desses animais são a raça, idade da matriz, ordem do parto e estado nutricional. Nas raças mais prolíficas o número médio de animais nascidos vivos pode superar 2 cabritos/fêmea/parto. Um caso excepcional é o da raça chinesa Jining Grey goat, em que o número médio de crias chega a 2,94 cabritos/parto/fêmea.
Estudo realizado recentemente na Embrapa com os caprinos da raça Moxotó, demonstrou que, em média, as crias de parto duplo e triplo nascem, respectivamente, 15% e 35% mais leves que os de parto simples. Observou-se que parte desta diferença pode perdurar até a idade de abate do animal. Neste caso, é necessário analisar se rebanhos com maior taxa de partos múltiplos são economicamente viáveis, levando-se em consideração maiores taxas de mortalidade, maior tempo para atingir peso para abate ou idade à primeira gestação e os custos com cuidados adicionais com as crias e a matriz, quando comparado com rebanho com maior taxa de partos simples.
Para a mãe são necessários cuidados com a nutrição, fornecendo alimento em quantidade e qualidade, quando os animais se amamentam na fêmea. No caso de partos com mais de três animais, o ideal é a redistribuição das crias com outras fêmeas para que não haja competição entre eles e não sobrecarregue a cabra. Em sistemas de produção intensivos, as crias são amamentadas de forma artificial, sendo separadas das mães após o nascimento. Assim, essas fêmeas requerem apenas os cuidados normais para que tenham uma boa lactação. 
da redação do Nordeste Rural
Laboratório ajuda no controle sanitário de suínos e aves
O Laboratório NB3 de alta segurança, da Embrapa Suínos e Aves, em Concórdia, Santa Catarina, foi construído com a expectativa de que favoreça o desenvolvimento e validação de técnicas de diagnóstico, bem como o isolamento, caracterização, controle e prevenção de microrganismos infecciosos de interesse das cadeias suinícola e avícola.
O laboratório NB3 da Embrapa viabiliza, por exemplo, a realização de estudos ligados à Doença de Newcastle (DNC) e outros agentes infecciosos, como os vírus da Peste Suína Africana (PSA); da Síndrome Reprodutiva e Respiratória dos Suínos (PRRS); da Diarreia Epidêmica Porcina (PEDV); da Influenza Suína (H1N1p); da Influenza Aviária (H7N9), presente na Ásia, com potencial de infecção e transmissão para humanos; e do H7N3, que causou grandes prejuízos à avicultura mexicana.
"A execução de pesquisas com agentes causadores de doenças que exijam condições especiais de manipulação quanto ao nível de biossegurança são uma necessidade, porque fornecem informações científicas e oportunidades de desenvolvimento tecnológico que darão credibilidade quanto à condição sanitária do rebanho nacional no mercado", diz o chefe geral da Embrapa Suínos e Aves, Dirceu Talamini.
O supervisor do Grupo de Pesquisa em Sanidade de Aves da Embrapa, pesquisador Paulo Esteves, destaca a importância dos estudos possíveis com o laboratório NB3 lembrando "dos momentos de tensão que o mundo viveu devido à possibilidade de que o vírus da influenza aviária H5N1, de alta patogenicidade, alcançasse distintas regiões do globo com grandes prejuízos econômicos e sociais, além do potencial deste vírus em causar severa epidemia de influenza entre a população humana o que, felizmente, não aconteceu." Inicialmente identificado na China, o vírus se alastrou pela Ásia, Oceania, Europa e parte da África, não chegando à América.
da redação do Nordeste Rural

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Verão atípico é influenciado pela ausência de El Niño e La Niña


Condição do oceano Pacífico neutro é responsável por período de chuvas
As temperaturas extremas no país, registradas entre janeiro e fevereiro, foram maiores que todas as outras registradas na série de dados de observação disponível que, em muitos casos, superam séries de mais de 50 anos de registros. Nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, o calor e a falta de chuva provocaram déficits hídricos e térmicos nas lavouras e pastagens.
Segundo o meteorologista, Paulo Etchichury, a explicação para esse verão fora dos padrões está nos oceanos. Primeiro, a condição do oceano Pacífico neutro – sem El Niño e nem La Niña – é responsável por um período de chuvas muito variáveis entre um mês e outro, e de uma região para outra. Em anos com essa condição é comum ocorrerem estiagens regionalizadas, porém sem períodos extremos e duradouros de ausência total de chuva.
– Temos que levar em consideração também o Atlântico. Desde o início de janeiro, ele passou a apresentar águas aquecidas próximas da costa do Rio Grande do Sul e do Uruguai – explica o meteorologista.
Segundo Etchichury, essa condição fez com que as frentes frias em janeiro atuassem mais sobre o extremo sul do Brasil além do Uruguai e Argentina. Portanto, em janeiro e na primeira quinzena de fevereiro, o Sudeste, Centro-Oeste e o Nordeste ficaram sem a atuação das frentes frias, condição atípica para a época do ano. O centro-sul do Brasil ficou sob o efeito constante de uma massa de ar tropical quente e seca, responsável por dias ensolarados e calor extremo, ao invés de ter a atuação das frentes frias. Somente no último fim de semana é que finalmente uma frente fria rompeu este bloqueio. No entanto, para algumas lavouras, esta chuva veio tarde demais. O meteorologista destaca também que está começando um novo ciclo do oceano Pacífico, conhecido como Oscilação Decadal do Pacífico (ODP) fase fria.
– Depois de um período de aproximadamente 30 anos de águas preponderantemente quentes, está começando uma fase de águas frias, a exemplo do observado entre 1945 e 1975. Uma das características desta fase fria é a redução do volume de chuvas no Brasil – diz Etchichury.
No Sul, as chuvas irregulares e mal distribuídas, com alguns períodos de estiagem, afetaram o desempenho do milho de verão. Esta condição também afetou a produção de soja que, em grande parte, tem seu período crítico (floração e enchimento de grão) nos dois primeiros meses do ano. O Sudeste, que tem no verão a estação das águas, enfrentou chuvas escassas nos últimos meses, que comprometeu a recuperação do nível dos reservatórios de água e coloca em risco o sistema de geração de energia hidrelétrica do Brasil.
A falta de chuva aliada ao forte calor prejudicou o desenvolvimento dos canaviais, laranja, café e também a produção de horti-fruti. As lavouras do Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia (MAPITOBA), depois das boas chuvas de dezembro, voltaram a enfrentar uma condição de pouca chuva em janeiro e parte de fevereiro. Esta situação afetou as lavouras de verão, especialmente a lavoura de soja. Só no Centro-Oeste as chuvas foram mais volumosas e o problema agora é o excesso de água na colheita da soja. (Canal Rural)

Previsão do tempo para o Nordeste hoje e a amanhã


Hoje há previsão de chuva forte para o Estado do Maranhão e Piauí, com risco de transtornos. No Estado da Bahia, chuvas irregulares ficam restritas na metade norte do Estado e na área de divisa com Goiás e Tocantins. O interior segue com o tempo mais firme, mas há previsão de chuva moderada na região Metropolitana de Salvador e arredores. Nos demais Estados, há previsão de chuva rápida e bastante isolada com baixo acumulados.
Na sexta, a previsão é de chuva forte para o Maranhão, onde o tempo será mais fechado com chuva ocorrendo a qualquer hora do dia. No Piauí, as chuvas diminuem e há previsão apenas de chuvas isoladas. Na Bahia, as chuvas voltam a ocorrer de forma mais intensa e mais distribuída pelo Estado. Nos demais Estados, seguem com previsão de chuva bastante isolada e de baixo acumulado. As temperaturas ficam próximas dos 32°C no Sertão Nordestino. Para os próximos dias, as chuvas diminuem no Maranhão e Piauí.
Fonte: Somar Meteorologia
Chuvas melhoram a qualidade da vegetação do semiárido nordestino
Um mapeamento com sequência temporal do comportamento do índice de vegetação durante todo o ano de 2013 até a última semana de janeiro de 2014 na região, foi o resultados dos estudos feitos pelo Instituto Nacional do Semiárido (Insa/MCTI) que monitorar as condições da vegetação no Semiárido brasileiro. Graças à parceria com o Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélite (Lapis) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), o processo de monitoramento que teve início em 2013, foi finalmente apresentado, está semana.
 
Segundo os pesquisadores, as chuvas ocorridas em fevereiro de 2013 no Leste do Piauí, Sul do Ceará, Oeste do Sertão de Pernambuco e na Bahia aumentaram consideravelmente o Índice de Vegetação. Em março, mês considerado mais chuvoso na maior parte do Semiárido nordestino, as chuvas se concentraram mais no Norte do Ceará, onde o NDVI também alcançou níveis maiores. De abril a julho de 2013, a vegetação se apresentou em melhores condições hídricas, principalmente no Piauí, Ceará, em grande parte do Semiárido dos estados do Rio Grande do Norte, da Paraíba e do Agreste de Pernambuco.
 
Desde então, com o final do período chuvoso na região, os valores dos índices diminuíram até outubro, meses considerados climatologicamente mais secos na região semiárida brasileira, com exceção do Semiárido de Minas Gerais e Sul da Bahia, onde, ao contrário, neste período se inicia o período chuvoso. Os pesquisadores explicam que quando a maior parte do mapa do Semiárido brasileiro está na cor vermelha é demonstração da existência de pouca vegetação nos meses mais secos.
 
Por conta das chuvas ocorridas no início de novembro, na primeira quinzena de dezembro de 2013 e na segunda quinzena de janeiro deste ano, observa-se grande diferença no índice de vegetação em relação aos meses anteriores. Com as últimas chuvas ocorridas no Semiárido neste mês de fevereiro, houve mudanças significativas nas condições da vegetação do semiárido. 
da redação do Nordeste Rural

Meteorologistas estão reunidos até amanhã na Emparn

- Publicado por Robson Pires Começou (20) hoje, às 10 horas, no auditório da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN), na Estação Experimental do Jiqui, em Parnamirim, a reunião dos meteorologistas do Nordeste e de instituições nacionais. O diretor técnico da Empresa, José Flamarion de Oliveira fez a abertura e deu as boas vindas aos convidados, lembrando a importância dos estudos meteorológicos, além de destacar a gravidade da situação de escassez de chuvas para abastecimento da população. Em seguida, falou o gerente de meteorologia, Gilmar Bristot, o qual destacou a infraestrutura que os estados disponibilizam para atender os habitantes do semiárido nordestino, além da escassez de alimentos no período seco.
Após a abertura, o professor David Mendes, que estava acompanhado do professor Paulo Sérgio Lúcio, ambos da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), fez uma palestra sobre o tema “Sistema de Modelagem Estocástica para Previsão Climática”. Nessa palestra, o professor David Mendes abordou os vários modelos de previsão climática existentes no mundo, os métodos estatísticos utilizados, além da influência do aquecimento dos oceanos. A III Reunião de Análise e Previsão Climática para o Norte do Nordeste do Brasil, com previsão para o Rio Grande do Norte terá o seu encerramento amanhã, às 10 horas, no auditório da Governadoria com a divulgação do documento final.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Projeto de inclusão mobiliza filhos de agricultores em Pernambuco
A idéia desenvolvida pela área de agricultura do Governo de Pernambuco, vem ganhando interesse porque inova na iniciativa de dar espaço de trabalho para pessoas com necessidades especiais. O primeiro programa com esse objetivo está funcionando no município de Cedro, a 561 quilômetros do Recife.
 
Os filhos de agricultores com necessidades especiais participam do Projeto Horta Feliz posto em prática pelo escritório municipal do IPA de Cedro, na Regional de Salgueiro. O Projeto passou a se chamar “Horta Feliz”, e tem a missão fundamental de inclusão social de filhos de agricultores com necessidades especiais.
 
O primeiro módulo do projeto, nesta iniciativa, tem 20 participantes que trabalharão no cultivo de hortaliças e criação de pequenos animais. Os produtos que forem produzidos na comunidade serão comercializados na feira livre do município. Além dos técnicos do  IPA, participam da iniciativa a Prefeitura Municipal de Cedro, Igreja e Sociedade Civil. Na área de acessibilidade, o Projeto vai contar com a orientação dos especialistas da Faculdade Leão Sampaio, que repassarão dicas aos extensionistas do IPA, que serão multiplicadores. 
da redação do Nordeste Rural
Governo lança plano para beneficiar produtor rural e preservar o meio ambiente
A produção de leite e de carne de qualidade no país é vista como prioritária pelo governo e produtores rurais. O setor tem potencial para ampliar significativamente o alcance da produção nacional, mas para isso é necessário melhorar aspectos como o aumento da produtividade, a garantia da sustentabilidade ambiental e o bem estar animal. Para auxiliar aos produtores, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) lançou ontem o Plano Mais Pecuária, que engloba os programas Mais Leite e Mais Carne. O lançamento foi na Embrapa Gado de Leite, no município de Juiz de Fora, Minas Gerais.
 
A maioria das metas do Plano é programada para os próximos dez anos. Neste período, o Programa Mais Leite tem o objetivo de aumentar a produção nacional para 46,8 bilhões de litros de leite por ano e a produtividade em 40%, passando de 1,4 mil quilos do produto por vaca ao ano para 2 mil quilos. Já o Mais Carne pretende melhorar a produtividade bovina em 100% – passando de 1,3 bovino por hectare para 2,6 bovinos/hectare. Ao dobrar essa lotação, o país poderá produzir 13,6 milhões de toneladas de carne em uma área de 113,8 milhões de hectares, o que permitirá liberar 46,2 milhões de hectares para outras atividades.
 
O Mais Pecuária será dividido em quatro eixos. O primeiro refere-se ao melhoramento genético, com o intuito de disponibilizar até 2023 cerca de 252 mil touros reprodutores por ano e permitir que a oferta de sêmen de gado leiteiro nacional seja de pelo menos 50%. Para isso, a Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo (SDC/Mapa) apoiará financeiramente associações e instituições para a realização de eventos de sensibilização e de treinamento em inseminação artificial.
 
O segundo eixo trata do aumento das vendas em uma década. As metas incluem expandir o consumo interno do leite em 23% e, de carne bovina, em 35%, além de ampliar as exportações de derivados desses produtos. O Plano também visa aumentar a capacitação de técnicos e produtores para a incorporação de tecnologias no campo, além de desenvolver pesquisas e projetos para soluções tecnológicas e gestão de propriedades por meio de convênios entre a SDC e entidades como o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
 
Já o quarto eixo visa à segurança e qualidade dos produtos nacionais. Até 2016, todo o leite captado pela indústria deve estar dentro dos padrões oficiais, além de reduzir a prevalência de brucelose e tuberculose. Quanto à produção de carne, até 2018 todos os estados devem estar aderidos ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi-POA), que confere equivalência da inspeção realizada pelo governo federal aos demais entes da Federação.
da redação do Nordeste Rural

Preço do milho têm perspectiva de viés altista no longo prazo


Segundo análise do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) divulgada nesta segunda, dia 17, no seu boletim semanal sobre o milho, o relatório de fevereiro de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) elevou as projeções de consumo e exportações mundiais ante queda em relação à produção e estoques finais na safra 2013/2014.
Apesar de a expectativa de estoque/consumo mundial ficar próxima a 16,7%, a maior relação desde a safra 2009/2010, as perspectivas para as cotações baseadas no último relatório trazem viés altista em longo prazo, principalmente baseado no aumento de consumo e diminuição dos estoques.
Em relação ao Brasil, a Conab também trouxe, em seu quinto levantamento de safra, dados sobre a segunda safra de milho. A produção nacional de milho de segunda safra foi estimada em 42,83 milhões de toneladas para a safra 2013/2014, um recuo anual de 7,15%, motivado pela baixa na área e na produtividade, com 4,8% e 2,4%, respectivamente.
O principal Estado que impactou nesta redução foi Mato Grosso, com queda expressiva de 14,46% em sua produção, ocasionada, principalmente, pela diminuição de investimentos na cultura frente a outras mais rentáveis. Com importância significativa na produção nacional, Mato Grosso encerra a primeira quinzena de fevereiro com 45,9% de sua área semeada. As chances de semeadura dentro da janela ideal elevam-se, podendo, com isso, garantir bons rendimentos.
Mercado futuro
O preço do milho no mercado futuro, tanto na Bolsa de Chicagp (CBOT) quanto na BM&F, está apresentando valorização desde o final do ano passado. As cotações na Bolsa de Chicago vêm sentindo pressões altistas devido ao aumento da demanda interna e externa nos Estados Unidos. No mês de fevereiro o milho ficou próximo a R$ 25 a saca em Chicago, estimulado, sobretudo, pelos dados de oferta e demanda do USDA.
As cotações do milho na BM&F também vêm apresentando elevação nos últimos meses, todavia, em maiores proporções. Um dos motivos que vêm pressionando as cotações para cima é a expectativa de uma oferta do cereal menor que a esperada internamente, ao lado de uma forte demanda na safra 2013/2014. Na última sexta, dia 14, o cereal encerrou cotado a R$ 30,74 a saca para vencimento em março deste ano, preço R$ 5,55 a saca maior que o do fechamento da Bolsa de Chicago.
Exportações de Mato Grosso
Em janeiro de 2014, as exportações de milho mato-grossenses registraram 2,23 milhões de toneladas, volume recorde de embarques realizados no mês de janeiro. De julho do ano passado até janeiro, o volume exportado da safra 2012/2013 acumulou 13,35 milhões de toneladas. Esta quantia é 26% maior que a registrada no mesmo período (julho/janeiro) da safra 2011/2012.
Além disso, levando em consideração que ainda restam os embarques de cinco meses para encerrar a safra, esta já possui volume superior ao total escoado no ciclo 2011/2012, que havia sido, até então, o maior em volumes de exportação. Com certeza este recorde de escoamento ocorreu, sobretudo, devido à produção recorde no Estado. O Imea projeta que a safra 2012/2013 se encerre com volumes embarcados próximos a 14,5 milhões de toneladas. Se esse volume se consolidar, apesar de recorde, apresentará a menor participação das exportações na produção das últimas três safras (64,4%). (IMEA)

Vacas leiteiras precisam de cuidados dobrados com a alimentação


A alimentação inadequada ou insuficiente pode causar a perda de energia dos animais. Um problema de saúde em uma vaca leiteira, por exemplo, pode se agravar muito rápido. É o que parece estar acontecendo com as vacas da produtora Cristiane Matielo, de Coronel Freitas, em Santa Catarina. Os animais estão aparentemente fracos, caindo e alguns até já morreram. O Conversa de Curral dessa semana conversou com a médica veterinária Ranyelly Maciel.
Quais são as causas que levam um animal leiteiro a ter esses sintomas que a Cristiane comenta?
Ranyelly: Muitas vezes um animal recém parido cai por balanço energético negativo. Os animais têm que produzir mais, mas se alimentam menos. Ele recebe pouca energia para o tanto que a vaca tem que produzir. Principalmente animais de alta produção.
Visualmente, o que é preciso observar para fazer essa avaliação de escore?
Ranyelly: Se o animal parou de se alimentar já é possível começar a observar, ele vai diminuir a largura. A largura vai diminuir entre os ílios e ísquios. Vai secar aquela quantidade de gordura que o animal tem na sua anca, vai aparecer mais as costelas, pode até está produzindo mais leite. O produtor não percebe, porque vê que a produção está boa, mas o animal não está bem. Quando acontece de o animal o não aguentar levantar ele já está muito debilitado. É o momento em que o produtor vai entrar com o medicamento e soluções que não darão resultados, causando até o óbito do animal. Prevenir é melhor que remediar. (Rural BR)

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Agricultores podem aderir à renegociação de dívidas do Pronaf até 30 de junho

 por annaruth

Agricultores que têm operações de custeio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), contratadas até 30 de junho de 2010, têm até o dia 30 de junho deste ano para manifestar o interesse em retomar o pagamento das dívidas. As regras foram publicadas por meio da Resolução 4.309/2013, na terça-feira, 11 de fevereiro.
A Resolução beneficia os agricultores, que podem solicitar a renegociação dos financiamentos em um prazo maior. E os agentes financeiros também terão mais tempo para oficializar essas operações. A renegociação pode ser feita com dívidas de até R$ 10 mil. O número de agricultores beneficiados pode chegar a 660 mil.
O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) estima que 10 milhões de hectares possam ser usados para aumentar a produção agrícola do Brasil após a renegociação das dívidas e a abertura de novos créditos.

Choveu em 44 municípios do interior do estado do Rio Grande do Norte...



A previsão é que as chuvas
Devem sim, continuar
Muito obrigado meu Deus
Mandando chuva pra cá
Tendo chuva, tem fartura
Para qualquer criatura
Cortar a terra e plantar
Choveu bastante no estado
No sertão do interior
Na terra de Umarizal
Pode acreditar doutor
Choveu quarenta milímetros
E o camponês se alegrou

Quarenta e quatros municípios
Estão com o chão molhado
Tendo água tem fartura
Tem muito comer pro gado
Quero que nesse verão
Seja essa a previsão
Chovendo no meu estado

Os nossos reservatórios
Vivem em plena sequidão
Cada gota é um milagre
Molhando a cara do chão
Gosto do tempo nublado
Tem mais chuva em meu estado
Essa é a nova previsão

(Lalauzinho de Lalau)
Brasil quer ser o maior produtor mundial de alimentos
Os produtores brasileiros se preparam para, mais do que colher uma safra de cerca de 200 milhões de toneladas de grãos, aproximar o país do posto de maior produtor de alimentos do mundo. Na safra 2013/14, outro feito já deve ser alcançado, que é a liderança mundial na produção de soja, que pode alcançar até 95 milhões de toneladas na temporada atual, segundo o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Andrade.
Segundo levantamento da Assessoria de Gestão Estratégica do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (AGE/Mapa), o Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio deve somar R$ 1,03 trilhão em 2014, valor 4% maior ao obtido no ano passado (R$ 991,06 bilhões). Se confirmado esse resultado, o PIB do setor terá um crescimento de 34% em dez anos – em 2005, foram R$ 769,2 bilhões.
Ainda de acordo com a AGE, com o crescimento da produção nas lavouras, também há a perspectiva de que o valor bruto da produção (VBP) seja o maior já obtido no país, registrando R$ 314,8 bilhões – o que representa um aumento de 10% sobre 2013, superando pela primeira vez a marca de R$ 300 bilhões. Somado ao VBP da pecuária, esse valor deve alcançar R$ 462,4 bilhões, alta de 7,5% sobre o resultado do ano passado.
Outros segmentos do agronegócio nacional também têm perspectiva de crescimento, especialmente com a abertura de mercados internacionais para produtos como milho e carnes, em 2013. No ano passado, o setor exportou US$ 99,97 bilhões – o que representou mais 40% de todos os produtos brasileiros vendidos para outros países – e, este ano, deve superar US$ 100 bilhões.
da redação do Nordeste Rural
Fica mais fácil para o produtor pedir empréstimos
Está cada vez mais fácil para o médio produtor contratar empréstimos. Nos seis últimos meses do ano passado, foram R$ 9,35 bilhões em financiamentos para custeio e investimento pelo Programa de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp).“O resultado demonstra que o programa está desburocratizado, tantos nos bancos oficiais quanto nos privados.
Um dos agentes dessa mudança é o acompanhamento rigoroso do Plano Agrícola e Pecuário pelos técnicos e autoridades do Ministério da Agricultura, que têm feito reuniões periódicas com representantes das instituições financeiras”, explica o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Neri Geller.
Pela modalidade de custeio, foram contratados R$ 6,09 bilhões, o que representa alta de 8,7% em relação ao mesmo período de 2012. O maior crescimento na aquisição de financiamentos foi das operações de investimento, de 98,5% - R$ 3,26 bilhões entre julho e dezembro do ano passado sobre R$ 1,64 bilhão no último semestre de 2012. Ao todo, os contratos somaram 70,7% dos R$ 13,21 bilhões disponíveis pelo Pronamp na safra 2013/14.
A avaliação atualizada mensalmente das contratações do crédito agrícola é realizada pelo Grupo de Acompanhamento do Crédito Rural, coordenado pela Secretaria de Política Agrícola do Mapa.

da redação do Nordeste Rural

Ceará recebe visita de auditores internacionais para o reconhecimento de zona livre de aftosa com vacinação


O Estado do Ceará recebeu, na quinta-feira, dia 12, a visita de fiscais da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) para acompanhar as ações que o Estado está desenvolvendo no que diz respeito aos programas de sanidade animal. A missão foi acompanhada por representantes do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). A visita faz parte das ações necessárias para o reconhecimento do Estado como Zona Livre internacional de febre aftosa com vacinação.
Os auditores verificaram as condições de estrutura e funcionamento de abatedouros do Ceará, conheceram e auditaram os programas estaduais de sanidade animal, executados pela Agência de Defesa Agropecuária do Ceará (Adagri). Em setembro, o Ceará foi reconhecido nacionalmente com zona livre de febre aftosa com vacinação, aos fiscais foi apresentado também as ações e políticas executadas a fim de se obter o reconhecimento internacional.
O presidente da Adagri, Augusto Júnior, informou os números da última campanha de vacinação contra a febre aftosa. Na primeira etapa foram vacinados mais de 94% do rebanho bovino e bubalino e na segunda etapa da campanha, 92,82% dos animais e 85,54%das propriedades foram imunizados. Já está em andamento a fase de pós-campanha, na qual a Adagri está notificando os produtores que não vacinaram o rebanho, seguindo o que determina a lei.
– Apresentamos também as nossas ações de combate à anemia infecciosa equina e o mormo, o combate à tuberculose e brucelose dos bovinos, dentre os programas de sanidade de aves e ovinos e caprinos e os serviços de inspeção aos produtos de origem animal, abatedouros, laticínios e queijarias – informou Augusto Júnior.
Segundo Augusto Júnior, o Estado do Ceará está cumprindo as exigências dos organismos internacionais e do próprio MAPA para obter o reconhecimento internacional.
– Estamos bastante otimistas, principalmente com a possibilidade de abrir os Portos do Pecém e Mucuripe para exportar os produtos de origem animal – diz.
O resultado da auditoria deve ser anunciado, em maio, na sede da OIE, em Paris. O secretário do Desenvolvimento Agrário, Nelson Martins, destacou que, além da vacinação ao rebanho, o Estado do Ceará estruturou a Adagri, com a contratação de servidores e a aquisição de equipamentos, além da estruturação de escritórios no interior. (Governo do Ceará)

Boer, Santa Inês e Anglo-Nubiana realizarão suas Nacionais em Recife


A Associação Brasileira dos Criadores de Caprinos da Raça Boer (ABCBoer), a Associação Brasileira de Santa Inês (ABSI) e a Associação Brasileira dos Criadores da Raça Anglo-Nubiana (ABCAnglo), irão realizar as suas Exposições Nacionais em 2014 na cidade de Recife (PE), no mês de novembro durante a 73ª Exposição Nordestina de Animais e Produtos Derivados, no Parque de Exposições Professor Antônio Coelho, no bairro do Cordeiro. Foi o que ficou definido entre as três associações.
Pela primeira vez, três importantes associações realizarão suas Nacionais em um mesmo evento. Em 2013, a ABCBoer realizou a sua Exposição Nacional na cidade do Crato (CE), a ABSI em Salvador (BA) e a ABCAnglo fez a Nacional na cidade de Teresina (PI).
Com a união das três importantes raças da caprinovinocultura, a expectativa é de que seja realizado um grande evento.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Piadas de Caipira


Lurdinha filha de Juca vaqueiro, no auge de seu namoro com o filho de seu Elesbão, estavam no maior dos amassos no alpendre da fazenda, quando a mãe da moça chega de repente levando um lanche para o casal.
O rapaz leva o maior susto, e querendo parecer gentil com a sogra, comenta:
— Nossa dona Gertrudes, esses bolinhos de bacalhau estão uma delícia, foi a senhora mesma quem fez?
Na mesma hora a mãe da moça diz, indignada:
— Lurdinha vai botar seu namorado para lavar as mãos! Esses bolinhos são de batata rapaz!
Abelhas produzem mais mel com adequação de uma boa abelha rainha
As abelhas rainha são duas vezes maiores que as abelhas operárias e têm como função biológica a postura de ovos para a perpetuação da espécie. São também responsáveis pela  organização e harmonia da colmeia através da segregação de substâncias especiais chamadas feromônios. Estas substâncias informam a existência de rainha na colmeia e inibem uma provável postura a ser realizada pelas abelhas operárias. “Todas as características dos indivíduos que compõem a colmeia são diretamente dependentes da qualidade da rainha, quanto melhor a rainha, melhor a atuação das abelhas operárias”, destaca a engenheira agrônoma Vandira Pereira da Mata, da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA).
Ela explica que a troca de rainhas acontece periodicamente para que sejam mantidas as boas características da colmeia e haja perpetuação da espécie. “Quando a abelha rainha não apresenta mais condições de manter a organização da colmeia através dos feromônios ou quando não tem mais condições físicas para fazer a postura diária de ovos, acontece a troca natural”,destaca. Segundo Vandira, essa troca ocorre naturalmente, mas o apicultor também pode realizar a troca como técnica de manejo para manter as características desejáveis conforme a vocação da atividade escolhida, seja produção de mel, pólen, própolis ou qualquer outra, mantendo sempre a qualidade da produção.
“Uma abelha operária vive no máximo 45 dias, já uma abelha rainha pode viver até cinco anos, mas devido ao desgaste natural, o seu potencial reprodutivo cai no máximo com dois anos. Há abelhas que em seis meses já apresentam problemas como postura irregular ou dificuldade na emissão de feromônios”, detalha. Nesse caso, o apicultor interfere, selecionando e produzindo abelhas rainhas com características desejáveis conforme o produto escolhido, que pode ser de mel, pólen ou própolis, cera, geléia real ou apitoxina.
A recomendação da EBDA é que se faça a substituição das abelhas rainhas anualmente, mas esse procedimento pode ocorrer sempre que houver falhas no processo de produção das colmeias. De acordo com Vandira, a seleção de rainhas pode ser feita de forma simples dentro do próprio apiário. O apicultor deve observar quais são suas melhores colônias e selecionar as rainhas a partir desta observação.
da redação do Nordeste Rural

Incra/RN e Ibama doam lenha para comunidade quilombola

A Superintendência Regional do Incra no Rio Grande do Norte e o Ibama doaram nesta quinta-feira (13) dez metros cúbicos de lenha para a Cooperativa de Beneficiamento de Mandioca da Comunidade Quilombola de Capoeira dos Negros, em Macaíba (RN). A doação, a segunda realizada nos últimos quatro meses, é fruto de uma parceria firmada entre as duas instituições federais no RN SDC18803ano passado, que destinam produtos apreendidos para áreas da reforma agrária.

A lenha será utilizada como combustível para aquecer quatro fornos existentes na comunidade quilombola. Em Capoeira, grande parte das 260 famílias vive da produção agrícola e da comercialização de farinha de mandioca. De acordo com o presidente da Cooperativa, o trabalhador rural Manoel Batista dos Santos, a farinha de mandioca é vendida nas feiras livres de Macaíba, Natal, Ielmo Marinho e cidades vizinhas.

Manoel Batista explicou ainda que a quantidade de lenha recebida deverá ser consumida em dois meses. "Isso é uma benção, porque nesse período de seca está difícil de comprar lenha. Desta forma, a doação representa uma economia para nós, que podemos trabalhar dois meses seguidos sem a necessidade de ir atrás de lenha", comemorou o representante da Cooperativa.

A Superintendência do Ibama explicou que os produtos apreendidos apresentaram irregularidades ambientais. A partir da abertura de um processo e da parceria firmada, o material doado ao Incra tem o destino de atender as famílias assistidas pela autarquia agrária, mas apenas para as necessidades domésticas. A lenha não poderá ser comercializada.

Quilombola

A comunidade Capoeira dos Negros foi decretada de interesse social para fins de desapropriação pelo Governo Federal, no dia 6 de dezembro passado. A área tem cerca de 900 hectares, sendo um dos maiores territórios quilombolas do estado potiguar.

No Rio Grande do Norte, a Fundação Palmares reconhece 22 comunidades como remanescentes de quilombo. Destas, 18 buscaram o Incra para dá início ao processo de regularização fundiária. Estas áreas estão localizadas nos Territórios do Açu/Mossoró, Alto Oeste, Seridó, Terra dos Potiguaras, Potengi e Sertão Central.

Das informações já colhidas pelo Incra, as duas maiores são Macambira, em Lagoa Nova, que tem 263 famílias, e Capoeira dos Negros, em Macaíba, com 260 famílias. As comunidades com processo de regularização mais avançados são as seguintes: Jatobá (Patu) e Acauã (Poço Branco), onde o Incra já se imitiu na posse. Em Boa Vista dos Negros (Parelhas) e Capoeiras (Macaíba), o Governo Federal publicou o Decreto de Desapropriação por Interesse Social para Fins de Reforma Agrária. Em Aroeiras (Pedro Avelino), Nova Descoberta (Ielmo Marinho), Pavilhão e Sítio Grossos (Bom Jesus) foram publicados os Relatório Técnico de Identificação e Delimitação (RTID), documento composto pelo relatório antropológico, cadastro das famílias, levantamento fundiário da região, planta e memorial descritivo do território. Todos esses passos são essenciais para que as famílias recebam o título definitivo coletivo de posse das terras.

Assessoria de Comunicação do Incra/RN
Telefone: (84) 4006-2186

Quatro assentamentos paraibanos ganham Biodigestores

Quatro assentamentos da reforma agrária na Paraíba, situados nas regiões do Curimataú, Borborema e Brejo, estão contribuindo com o meio ambiente na produção de biogás e energia a baixo custo, por meio da implantação de biodigestores, que estão sendo usados na produção de doces, polpa de frutas e bolos.

A implantação dos equipamentos ocorreu através da Cooperativa de Trabalho Múltiplo e Apoio às Organizações de Autopromoção ( Coonap), contratada pelo Incra, através de chamada pública, para prestar serviço nos assentamentos.

Os assentamentos beneficiados são Santa Cruz e Vitória, no município de Campina Grande, a 118 quilômetros da capital João Pessoa; Cajazeiras, no município de Pilões, localizado a 142 quilômetros da capital paraibana, e João Pedro Teixeira, no município de Remígio, a 157 quilômetros de João Pessoa. A instalação mais recente de biodigestor aconteceu no último dia 8 no assentamento João Pedro Teixeira. Lá, o equipamento será utilizado, de forma coletiva, na Unidade Demonstrativa de Beneficiamento de Frutas (UD).

O biodigestor

O biodigestor é uma tecnologia social de baixo custo que produz biogás e energia a partir de esterco de animais, trazendo benefícios ao meio ambiente, além de produzir biofertilizante de excelente qualidade, conforme explicou o engenheiro agrícola da Coonap, José Diniz das Neves. “De dois a três porcos já são suficientes para produzir o esterco para abastecer o biodigestor diariamente”, exemplificou ele, acrescentando que a partir do 30º dia, o biodigestor já começa a gerar o gás.

Segundo o engenheiro, o custo de instalação de um biodigestor é de aproximadamente R$ 3 mil e a quantidade do gás produzida vai depender do tamanho das caixas d’água utilizadas no equipamento, que podem ser de mil ou três mil litros de capacidade para armazenamento. E para abastecer o biodigestor, é necessário apenas uma lata de 20 litros com esterco molhado, por dia.

No caso do assentamento João Pedro Teixeira, o gás produzido pelo biodigestor será utilizado nos eletrodomésticos da cozinha da casa sede, que foi recuperada e onde as mulheres do assentamento produzirão polpas e doces de frutas.

Já no assentamento Vitória, Santa Cruz e Cajazeiras o biodigestor está sendo utilizado na cozinha comunitária, na produção de bolos, como uma fonte de renda alternativa para os períodos de estiagem. A instalação de biodigestores é um das atividades de Assessoria Técnica, Social e Ambiental (Ates).

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Ovinos considerados patrimônio do Ceará
São os animais da raça Morada Nova. Atualmente eles são Patrimônio Cultural, Histórico e Genético da cidade de Morada Nova, a 167 km de Fortaleza. O título foi instituído por meio da Lei Municipal Nº 1.597, e existe um pedido para que sejam considerados também patrimônio histórico cultural de todo estado do Ceará.
Os ovinos Morada Nova foram primeiramente encontrados naquela região e apresentam características importantes como a rusticidade, o que facilita a adaptação à região semiárida, uma excelente qualidade do couro e alta prolificidade, com maior número de cordeiros por parto.
Em virtude da inserção de outras raças exóticas no País, os ovinos Morada Nova chegaram perto de ser extintos. Atendendo a uma demanda dos criadores e visando à preservação genética, a Embrapa Caprinos e Ovinos iniciou um projeto para recuperação da raça, em 2007. Uma das ações é o trabalho de melhoramento genético participativo com os criadores da região, que envolve o teste de desempenho, realizado anualmente.

da redação do Nordeste Rural
Previsão de aumento da produção de grãos no Brasil
A produção de grãos no Brasil deverá chegar a 193,6 milhões de toneladas, com um aumento de 3,6% em relação à safra passada, de 186,9 milhões de toneladas. Essa é a previsão do 5º Levantamento de Grãos da Safra 2013/2014, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Em comparação com o último levantamento, houve uma redução de 3,1 milhões de toneladas, devido à redução do milho 2ª safra, o que já era esperado, tendo em vista os preços desestimulantes e o elevado estoque do grão. A cultura da soja continua como o maior destaque.
A oleaginosa teve um crescimento de 10,4% ou o equivalente a 8,5 milhões de t. a mais que a safra anterior, o que representa uma produção estimada em 90 milhões de toneladas para a safra atual. O arroz teve também bom desempenho, com um aumento de 5,9%, alcançando 12,5 milhões de toneladas.  O feijão primeira safra, que está em fase de colheita em todo o país, chegou a uma elevação de 38,6% na produção, passando de 964,6 mil para 1,3 milhão de toneladas.
Já o milho primeira e segunda safras teve reduções, respectivamente, de 6,2% (2,2 milhões de t) e de 7,2% (3,3 milhões de t), perdendo terreno para a soja, que tem preços mais favoráveis. A produção da primeira safra (32,6 milhões de t) somada à segunda (42,8 milhões de t) deve chegar a 75,5 milhões de toneladas.
da redação do Nordeste Rural

Chuvas na Serra de São Bento melhoram nível do Rio Piranhas

- Publicado por Robson Pires nuvem chuvaA Caern confirmou através da assessoria de imprensa que as cidades de Caicó, São Fernando, Jardim de Piranhas e Timbaúba dos Batistas, abastecidas pelo Rio Piranhas, estão com seus sistemas normalizados após chuvas no estado vizinho, a Paraíba. Desde a semana passada, estas cidades enfrentavam dificuldades no abastecimento devido ao baixo nível do Rio Piranhas.
As comportas do Açude paraibano Curema também foram reguladas, liberando mais água para o Rio Grande do Norte. Assim, até a próxima quinta-feira (13), o volume de água será ampliado na captação na cidade de Jardim de Piranhas. Desta forma, a Caern poderá manter o abastecimento regular.

Governo vai publicar novo decreto de emergência no RN

- Publicado por Robson Pires O Governo do RN deve publicar um novo decreto de emergência até a próxima semana, segundo confirmou à TRIBUNA DO NORTE o presidente da Comissão Estadual de Combate à Seca, secretário Tarcísio Bezerra, da Sape. De acordo com ele, mesmo com a previsão da Empresa de Pesquisas Agropecuárias do Rio Grande do Norte (Emparn), de que haja chuvas normais em 2014, essas não seriam suficientes para recuperar, de imediato, o abastecimento normal das cidades e comunidades rurais do interior potiguar.
Essa é a quarta vez que o governo prorroga o estado de emergência. A última ocorreu no dia 19 de setembro passado e tem validade de 180 dias, encerrando-se no dia 19 de março. A nova prorrogação também deve ser pelo mesmo período (seis meses). “Ela está em fase de preparação e logo que estiver pronta, será publicada. Por isso, não posso dar uma data específica, só posso dizer que vai ser na próxima semana”, afirmou Bezerra.
Com o decreto de emergência em vigor, o estado obtém maior celeridade e acesso à ajuda do governo federal. Atualmente, segundo o secretário de Agricultura, Pecuária e Pesca, o governo tem trabalhado em algumas frentes, como a distribuição de água através dos programas de carro-pipa da Defesa Civil Estadual e do Exército, a construção e ampliação de adutoras, recuperação de poços, instalação e manutenção de dessalinizadores e distribuição de sementes e ração animal. A renovação do decreto permite, por exemplo, a manutenção dos contratos com os “pipeiros”. No ano passado, as cidades abastecidas através do programa da Defesa Civil passaram cerca de um mês sem abastecimento porque o prazo do decreto já havia acabado e, por isso, os contratos não podiam ser renovados. A entrega de água voltou ao normal após a prorrogação do decreto.
abastecimento de agua