Agroindústria não acompanha recordes da agropecuária
A redução na produção de derivados de soja foi uma das que influenciaram o mau desempenho
A última alta na produção da agroindústria nacional foi em 2010. A expansão de 4,7% foi seguida por uma queda de 2,2% em 2011, e recuo de 0,6% em 2012. No mesmo período, a safra brasileira de grãos aumentou de 149,6 milhões de toneladas para 188,2 milhões de toneladas.
Quanto a 2013, o mau resultado foi puxado pela queda de 2,4% no segmento de produtos industriais derivados da agricultura, que têm maior peso. Houve redução na produção de derivados de soja, celulose, suco de laranja e fumo.
Os derivados da soja sofreram com a diminuição nas exportações. “A exportação de soja cresceu, porque a safra foi forte. O Brasil exporta muita soja em grão. Mas o óleo de soja, que tem mais valor agregado, o País não exporta tanto”, explicou Abritta. No caso do fumo, as exportações também caíram em 2013 (-5,2%), enquanto a fabricação do suco de laranja foi afetada por problemas de safra.
Em sentido oposto, os derivados de cana-de-açúcar avançaram 4,4%, impulsionados pela maior safra de cana-de-açúcar e pelo aumento da produção de álcool (16,5%). Também aumentou a produção de derivados de trigo, milho e arroz, todos beneficiados por um aumento na produção agrícola desses itens no ano passado.
O trigo teve elevação de 8,7%, o milho de 4,2%) e o arroz de 1,0%, explicados sobretudo pelo crescimento da safra.
Pecuária
No segmento de derivados da pecuária, a atividade de bovinos e suínos teve queda na produção, possivelmente explicada pelo aumento de preços, que levou os consumidores a substituírem esses alimentos por derivados de aves. “A indústria de derivados da pecuária cresceu em 2013, mas influenciada pela maior produção dos derivados de aves”, justificou o economista do IBGE
Em 2013, houve crescimento ainda na produção de defensivos agrícolas e de máquinas e equipamentos. “Como a safra de grãos foi forte, os agricultores ficaram capitalizados para comprar máquinas e equipamentos. A safra maior também se refletiu no aumento da produção de defensivos.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário