sábado, 31 de outubro de 2020

Gripe Aviária(contaminação)

 

Como proteger as granjas com aves e humanos da contaminação pela gripe aviária

 

Conhecida também como gripe do frango, a gripe aviária é transmitida por aves. Surgiu em Hong Kong no ano de 1997 e, na época, para evitar que a doença se espalhasse, cerca de um milhão e meio de aves foram mortas. Nos dias atuais, a gripe já passou por cerca de 36 países em todo o mundo, tendo os maiores focos na Ásia e na Europa, já que o vírus é predominante em locais de temperatura baixa e pode causar problemas sérios para os infectados tanto aves como ser humano.

A transmissão da gripe se dá pelo contato direto ou indireto de aves domésticas com aves selvagens migratórias, principalmente patos asiáticos que são hospedeiros naturais do vírus. As aves são infectadas principalmente pelo contato com o vírus presente nas secreções respiratórias e fezes de aves infectadas, especialmente através de objetos contaminados. É necessário estar sempre alerta com o comportamento dos animais e os possíveis sintomas da doença que podem ser extremamente variados. Dentre eles estão plumagem eriçada, problemas respiratórios (tosse, espirros, corrimento nasal ou ocular, sinusite), diminuição da produção de ovos, dificuldade de locomoção, cianose de crista e barbelas, diarreia e edema de cabeça e face, diminuição do consumo de ração e depressão. Estes sintomas podem aparecer de maneira isolada ou em conjunto.

A morbidade e a mortalidade são altamente variáveis e dependem de fatores como a patogenicidade do vírus e da presença ou não de infecções bacterianas secundárias que podem aumentar, por exemplo, a mortalidade da doença. Por se tratar de uma doença de notificação obrigatória e imediata da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), caso seja detectada a doença, a recomendação é que os médicos veterinários, técnicos produtores ou qualquer pessoa que tenha conhecimento que indiquem suspeita da doença, notifiquem imediatamente ao SVO (Serviço Veterinário Oficial)

Medidas de prevenção podem ser adotadas nas propriedades para evitar a introdução da doença, como: manter cerca de um metro de altura ao redor do núcleo de criação; restringir a entrada de pessoas e animais no aviário; promover a desinfecção dos aviários e dos equipamentos que são utilizados em seu interior; efetuar o controle de pragas e o correto descarte de resíduos inclusive de carcaças; repovoar os galpões com aves de precedência idônea, realizar o tratamento da água de consumo das aves e fazer o monitoramento de sua qualidade microbiológica semestralmente, criar lotes de aves de idade única no sistema all-in all-out (ou seja, manejo das aves em galpões de forma a evitar contágios).

Em setembro, foi confirmado o primeiro foco de gripe aviária na Austrália e nesse mês já foram confirmados casos na Rússia e no Cazaquistão. Apesar de ser uma doença com alto risco de contaminação e que se espalha rapidamente, o Brasil possui medidas eficazes que já preveniram a entrada do vírus há alguns anos, quando o Chile reportou casos. Não é possível premeditar a possibilidade de a gripe atingir o país, mas esses cuidados tomados na fronteira têm evitado o problema até o momento.

Brasil Abre 100 Novos Mercados Externos para Produtos Agropecuários

 

Brasil abre 100 novos mercados externos para produtos agropecuários

O trabalho de abertura foi iniciado em 2019 com a meta de diversificar a pauta exportadora
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O Brasil conquistou a abertura de 100 novos mercados para produtos da agropecuária nacional desde janeiro de 2019. O mais recente é exportação de suínos (reprodução) para a Colômbia.

O trabalho de abertura de mercados externos não contempla apenas a venda de produtos tradicionais dos quais o Brasil já é um grande exportador, como carnes, mas de diversos produtos da cadeia agrícola, como castanhas, chá, frutas, pescados, lácteos e plantas, atendendo ao objetivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) de diversificar a pauta exportadora brasileira.

“Isso significa novas oportunidades para os produtores brasileiros que vêm trabalhando com afinco e demostrando muita resiliência, mesmo passando por uma pandemia. Acredito muito na competência e competitividade dos nossos produtores e essas aberturas refletem a intenção do Mapa em diversificar cada vez mais nossa pauta de exportação”, destaca a ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento).

Entre as aberturas de produtos não tradicionais estão Castanha de Baru para a Coreia do Sul, mudas de coco para a Guiana, Castanha do Brasil para Arábia Saudita, milho de pipoca para Colômbia, gergelim para Índia, mudas de eucalipto para Colômbia, ovos com casca para Singapura e abacate para Argentina.

>> Veja a lista dos 100 novos mercados

Foram abertos mercados para produtos de alto valor agregado, como material genético avícola para os Emirados Árabes Unidos e Marrocos e embriões equinos para os Estados Unidos.

Continentes

Dos 100 novos mercados, 45 são na América (Argentina, Colômbia, Peru, Estados Unidos, México, Canadá, Guiana, Equador, Venezuela, Guatemala e Bolívia); 40 na Ásia (Arábia Saudita, China, Cazaquistão, Coreia do Sul, Emirados Árabes, Índia, Japão, Malásia, Indonésia, Taiwan, Irã, Tailândia, Mianmar, Singapura e Qatar); 14 na África (Egito, Marrocos e Zâmbia) e um na Oceania (Austrália), conforme dados da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Mapa. 

Mesmo com os impactos da pandemia do coronavírus, a maioria dos processos de abertura foi concluída este ano, com 66 mercados.

Países

Os novos mercados envolvem 30 países. Isso porque algumas nações passaram a importar mais de um produto agrícola do Brasil. Cada novo mercado corresponde a exportação de um produto.  Nesse sentido, houve uma ampliação significativa com os vizinhos sul-americanos, com a abertura de 17 novos produtos para a Argentina, oito para a Colômbia e seis para a Bolívia.

“Abrir um mercado é abrir uma porta. E estou certa de que trabalharemos juntos para que nossos produtores de fato passem por ela”, afirma a ministra.

Na Ásia, Singapura e Mianmar abriram sete novos mercados, cada um, para os produtos brasileiros. Na África, Egito abriu oito mercados.

Categorias por produtos

Os produtos derivados de aves (carnes, miúdos e farinhas) estão entre os mais procurados, totalizando 13 aberturas, assim como 11 de bovinos, nove de plantas, oito de suínos, oito de material genético bovino, sete de lácteos e cinco de frutas.

quinta-feira, 29 de outubro de 2020

 

Reservas hídricas estaduais chegam ao final de outubro com 49% da sua capacidade


O Governo do Estado do Rio Grande do Norte, por meio do Instituto de Gestão das Águas do RN (Igarn), monitora os 47 reservatórios, com capacidades superiores a 5 milhões de metros cúbicos, responsáveis pelo abastecimento das cidades potiguares. O Relatório do Volume dos Principais Reservatórios Estaduais, divulgado nesta quarta-feira (28), indica que as reservas hídricas superficiais totais do RN somam no final de outubro 2.160.214.923 m³, equivalentes a 49,36% da capacidade total do Estado que é de 4.376.444.842 m³. 

A barragem Armando Ribeiro Gonçalves, maior reservatório estadual, acumula  1.379.580.327 m³, correspondentes a 58,13% da capacidade total do manancial que é de 2,37 bilhões de metros cúbicos. 

Segundo maior manancial do Estado, a barragem Santa Cruz do Apodi represa 187.440.780 m³, equivalentes a 31,26% da sua capacidade total que é de 599.712.000 m³. 

Localizada em Upanema, e terceira maior barragem do Estado, Umari acumula 234.891.580 m³, em termos percentuais 80,22% da sua capacidade total, que é de  292.813.650 m³. 

A Barragem de Pau dos Ferros acumula 15.206.576 m³, o equivalente a 27,73% do seu volume total que é de 54.846.000 m³. 

O açude Bonito II, localizado em São Miguel, acumula 2.246.700 m³, o que em termos percentuais corresponde a 20,68% da capacidade total do reservatório que é de 10.865.000 m³. 

Já o açude Itans, localizado em Caicó, entrou no chamado nível de alerta, quando o volume do reservatório fica inferior a 10% da capacidade total. O Itans está com 7.525.955 m³, que correspondem a 9,92% da capacidade total do manancial que é de 75.839.349 m³.   

Em contrapartida, Apanha Peixe, localizado em Caraúbas, continua como o único reservatório com volume ainda em torno de 90%. O Apanha Peixe acumula 9.066.667 m³, que equivalem a 90,67% da sua capacidade total que é de 10 milhões de metros cúbicos. 

O Marechal Dutra, conhecido como Gargalheiras, represa  11.657.393 m³, correspondentes a  26,24% da sua capacidade total, que é de 44.421.480 m³. 

Os mananciais com volumes na faixa dos 80% das suas capacidades, além de Umari, são: Santana, localizado em Rafael Fernandes, com 82% e Mendubim, localizado em Assu, com 86,78%. 

Os açudes com volumes na faixa de 70% são: Passagem, localizado em Rodolfo Fernandes, com 76,92%; Riacho da Cruz II, localizado em Riacho da Cruz, com 79,68%; Rodeador, localizado em Umarizal, com 72,57%; Morcego, localizado em Campo Grande, com 72,28%; Encanto, localizado em Encanto, com 79,72%; Beldroega, localizado em Paraú, com 71,06% e Pataxó, localizado em Ipanguaçu, com 71,07%. 

Os reservatórios monitorados pelo Igarn com volumes inferiores a 10% e, portanto, considerados em nível de alerta, com a adição do Itans agora são três: Flechas, localizado em José da Penha, com 7,73%; Esguicho, localizado em Ouro Branco, com 1,42%, o Itans, localizado em Caicó, com os 9,92% e Passagem das Traíras, que continuam passando por obras em sua estrutura e acumula apenas 0,3% da sua capacidade. 

Os secos continuam sendo apenas dois: Inharé, localizado em Santa Cruz e Trairi, localizado em Tangará. 

Situação das lagoas

A Lagoa de Extremoz, responsável pelo abastecimento de parte da zona norte da capital, voltou ao seu volume total que é de 11.019.525 m³, após as recentes chuvas.

A Lagoa do Boqueirão, localizada em Touros, também teve um pequeno aumento de volume e acumula 9.876.395 m³, passando de 88,2%, na última semana, para 89,18% do seu volume total que é de 11.074.800 m³.

A Lagoa do Bonfim, localizada em Nísia Floresta, também ganhou pequeno volume e está com 44.819.084 m³, correspondentes a 53,19% da sua capacidade total de acumulação que é de 84.268.200 m³. Na última semana estava com 53,12%.

Contrato da APASA-ANGICOS Referente ao PLP é Reajustado

 

Angicos: Contrato da Apasa referente ao PLP é reajustado e dotação total passa a R$ 2,5 milhões.

O extrato do quarto termo aditivo ao Contrato nº 001/2019, firmado entre o Governo do Estado, representado pela Secretaria Estadual do Trabalho, Habitação e Assistência Social do RN (Sethas/RN) e a Associação dos Pequenos Agropecuaristas do Sertão de Angicos (Apasa), em Angicos, região Central potiguar, foi publicado nesta quarta-feira (28) no Diário Oficial do Estado.

O seu objetivo é a aplicação de reajuste contratual decorrente da alteração dos valores de referência mediante Resolução nº 04/2020, do Comitê Gestor do Programa do Leite Potiguar (PLP).

O referido termo aditivo terá prazo de vigência até 10 de fevereiro de 2021 e o valor global é de R$ 2.501.400,00, conforme destacado na publicação observada neste dia.

Agricultor Nordestino Tem Tradição de Conservar Sementes Crioulas

 

O agricultor nordestino tem tradição de conservar as sementes crioulas

 

“A conservação de sementes é uma prática adotada pelos agricultores desde que se iniciou a agricultura no mundo. No Nordeste, as sementes crioulas tem várias denominações. Em Alagoas, é chamada de semente da resistência; na Paraíba, de semente da paixão, pois traduz exatamente o sentimento do agricultor por esse tipo de semente”, afirma, o pesquisador da Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju/SE), Amaury Santos.

Para o pesquisador, o agricultor nordestino tem várias formas de conservar as sementes: “Grandes quantidades, usualmente são conservadas em silos metálicos. Mas há agricultores que as conservam em casa, dentro de vasilhames, como garrafas pets. Normalmente, guardá-las dentro de vasilhames é suficiente, mas alguns agricultores utilizam também a pimenta-do-reino e a casca de laranja, além de vedarem os recipientes com cera de abelha”, detalha.

O pesquisador da Embrapa Tabuleiros Costeiras lembra que, em alguns estados, existem políticas específicas para sementes crioulas, como em Alagoas, em que o governo compra sementes dos agricultores para distribuir a outros agricultores, gerando renda para as comunidades.

A Embrapa também realizou ensaios sobre tecnologias de armazenamento e de conservação de sementes e instalou campos de produção onde ocorreram oficinas para intercâmbios e capacitações, incluindo a seleção de plantas como ferramenta para melhoria na qualidade das sementes. Foram cerca de 10 ensaios e mais de 12 campos de multiplicação de sementes.

RN+Água Inicia Mobilização Social

 


 

RN+Água: Governo inicia mobilização social em comunidades que serão beneficiadas


O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), iniciou, no âmbito do Programa RN+Água, um trabalho de mobilização social nas comunidades que serão beneficiadas com ações de ampliação de oferta de água, com foco atual na perfuração de poços.

A ação iniciou ontem (27), na comunidade Brejinho, em São João do Sabugi. Na solenidade onde a Governadora Fátima Bezerra entregou créditos do Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF). O secretário de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, João Maria Cavalcanti, presente no evento e explicou as etapas do trabalho, que acontece antes da implantação propriamente dita da tecnologia: “Recebida a solicitação, vamos à comunidade conferir onde o poço foi locado, verificar se o terreno fica numa área pública e ainda fazer uma análise das questões sociais como número de famílias e como acontece atualmente o acesso à água na localidade”, disse João Maria.

Terminado o evento, a equipe da Semarh conversou com a presidente da associação do assentamento Brejinho, Ledi Medeiros, sobre a importância da gestão participativa na água que chegará para as famílias e realizou o cadastramento da comunidade. “Nosso papel é fazer uma checagem de todos os critérios do Programa e, mais do que capacitar, sensibilizar a comunidade” ressalta a socióloga da Semarh, Nádia Machado.

Hoje (28), a equipe de mobilização da Semarh se encontra no município de Currais Novos, onde já foram locados 13 poços. O trabalho segue pelo Seridó, até a próxima semana, com visitas às comunidades rurais em Florânia, Carnaúba dos Dantas, São José do Seridó e Serra Negra do Norte.

“A obra física em si ela não funciona se não for feita no lugar certo para as pessoas certas e o processo de mobilização social garante que não haja distorções e que o benefício à população seja efetivo”, finaliza o titular da Semarh.

RN+ÁGUA

O programa engloba um conjunto de ações a serem executadas pelo Governo do RN a fim de ampliar o acesso à agua, priorizando o consumo humano, e promover ganhos sociais e econômicos para as populações rurais e urbanas do estado. Mais de 320 mil famílias potiguares serão beneficiadas, tendo como carro-chefe a perfuração de 885 poços tubulares em todas as regiões do estado.

Serão beneficiadas prioritariamente as populações residentes em áreas de vulnerabilidade hídrica, atendendo a assentamentos, remanescentes quilombolas, comunidades indígenas e rurais. O RN + Água representa um esforço institucional integrado, envolvendo várias secretarias de estado, sob a coordenação da Semarh.

Entre as ações previstas estão a perfuração e instalação de poços tubulares, instalação e manutenção de dessalinizações e barragens subterrâneas, elaboração de projetos de saneamento rural e promoção da educação ambiental.

Seguro Rural

 

Área coberta com seguro rural em 2020 já supera 10 milhões de hectares

Montante supera marca de 2014, quando foram registrados 9,9 milhões de hectares segurados
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Até outubro deste ano, 10 milhões de hectares foram segurados com o apoio do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), superando o ano de 2014, quando foi registrada área segurada de 9,9 milhões de hectares, até então ano com a maior marca, conforme levantamento do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

A ministra Tereza Cristina tem destacado o comprometimento do Ministério com as políticas de gestão de risco e o "empenho em disseminar a importância da contratação do seguro rural entre os produtores e os resultados positivos obtidos nesse sentido”.

Além da área segurada, outros números também indicam o avanço desse instrumento de gestão de riscos entre os produtores. Foram utilizados em torno de R$ 680 milhões em subvenção ao prêmio que auxiliou financeiramente os produtores a contratar até o momento cerca de 149 mil apólices, cujo valor total segurado foi de R$ 33 bilhões.

O secretário de Política Agrícola, César Halum, afirma que esses números ainda devem crescer, tendo em vista que serão computadas as contratações de final de outubro e começo de novembro. “O Mapa vai divulgar em dezembro os resultados finais de 2020 da política agrícola com seguro rural, que já são recordes na história do PSR”.

PSR 2020 – Principais culturas e atividades contratadas (apólices e área segurada)

Atividades

Apólices Contratadas

Área Segurada (ha)

Total

149.412

10.022.123,54

Soja

68.862

5.895.114,66

Milho 2ª Safra

29.956

2.227.673,85

Trigo

13.317

796.350,24

Uva

9.026

33.890,64

Milho 1ª Safra

6.225

281.950,38

Café

4.673

87.670,34

Arroz

3.079

159.179,09

Cana-De-Açúcar

2.992

217.823,69

Tomate

1.676

22.807,21

Maçã

1.633

14.925,02

Pecuário

1.187

0,00

Cebola

1.182

6.604,32

Outros

5.604

278.134,10

Fonte: Atlas do Seguro Rural/MAPA – 27/10/2020

 

Contratação

O produtor que tiver interesse em contratar o seguro rural deve procurar um corretor ou uma instituição financeira que comercialize apólice de seguro rural. Atualmente, 14 seguradoras estão habilitadas para operar no PSR. O seguro rural é destinado aos produtores, pessoa física ou jurídica, independentemente de acesso ao crédito rural. 

A subvenção econômica concedida pelo Ministério da Agricultura pode ser pleiteada por qualquer pessoa física ou jurídica que cultive ou produza espécies contempladas pelo Programa. Para os grãos em geral, o percentual de subvenção ao prêmio pode variar entre 20% e 40%, a depender da cultura e tipo de cobertura contratada. No caso das frutas, olerícolas, cana-de-açúcar e demais modalidades (florestas, pecuário e aquícola) o percentual de subvenção ao prêmio será fixo em 40%. 

Soja, milho verão, banana, maçã e uva no Pronaf

Para produtores que estão contratando crédito de custeio nas instituições financeiras e são enquadrados no Programa Nacional da Agricultura Familiar (Pronaf), entre julho e outubro, há um projeto-piloto com recursos de R$ 50 milhões do PSR de estímulo a contratação do seguro agrícola de soja e milho verão (subvenção de 55% do prêmio) e para banana, maçã e uva (subvenção de 60% do prêmio).

Norte e Nordeste

Para produtores de grãos nas regiões Norte e Nordeste, o PSR destinará, exclusivamente, R$ 50 milhões. 

Saiba mais sobre o seguro rural 

>> Receba informações de seguro rural no seu Whatsapp, entre no grupo acessando o link: https://chat.whatsapp.com/JbWAq9uTkov2wdDZzdEU0H

Aplicativo do Seguro Rural

Para mais informações sobre o PSR, faça o download do aplicativo. Basta acessar para Android e para IOS

quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Imposto de Importação da Soja e do Milho é Suspenso Até o Ano Que Vem.

 

Camex suspende Imposto de importação para soja e milho até o ano que vem

 

O objetivo da decisão foi tomada para conter a alta de preços dos alimentos. Dois dos principais grãos da agricultura nacional – soja e milho – terão a alíquota do imposto de importação zerada a fim de manter o equilíbrio na oferta desses produtos no mercado doméstico. A decisão foi a partir de propostas apresentadas pelos ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (sobre a soja) e da Economia (sobre o milho).

A suspensão temporária do imposto de importação para soja (grão, farelo e óleo de soja) valerá até 15 de janeiro de 2021. Já em relação ao milho, as importações brasileiras sem pagamento de imposto irão até 31 de março de 2021. O estabelecimento dessas datas visa não comprometer a comercialização da próxima safra, que tem a colheita prevista para início do próximo ano.

O aumento pela demanda mundial de alimentos, ocasionado pela ocorrência da pandemia da Covid-19, gerou reflexos semelhantes, mas com motivações diferenciadas, nos mercados relativos a essas duas commodities. No caso do milho, houve um aumento no consumo interno para abastecer a produção de proteína animal, que registrou crescimento nas exportações. Movimento que já vem sendo registrado nas últimas duas décadas, a uma taxa de 14,3% ao ano.

No caso da soja e derivados, como farelo e óleo, também houve aumento nas vendas externas que ganharam impulso com a valorização do dólar. “Em virtude desses fatores, foi conveniente buscar uma medida preventiva, de maneira a equalizar as condições de importação de terceiros países com o Mercosul, fortalecendo o abastecimento do mercado doméstico”, afirma o diretor de Comercialização e Abastecimento, Sílvio Farnese.

É importante ressaltar, segundo o diretor do Mapa, que não há expectativa de falta dos produtos. O objetivo é promover um ajuste entre a oferta e demanda desses produtos no período anterior à colheita da safra 2020/2021, que ocorre a partir do início do próximo ano

100 Anos da Feira do Alecrim. A Maia Antiga de Natal

 

100 ANOS DA FEIRA DO ALECRIM, A MAIS ANTIGA E TRADICIONAL DE NATAL

Rostand Medeiros – IHGRN

O Alecrim como bairro foi oficialmente criado em 24 de setembro de 1911, sendo o quarto da capital potiguar, mas antes mesmo de sua criação oficial, já nos primeiros anos do século XX, na área do Alecrim existiam pequenas chácaras e sítios que produziam alimentos que ajudaram no desenvolvimento daquela parte da cidade e logo serviram de entreposto comercial com produtos que vinham do interior. Essa integração essencial fez o Alecrim transforma-se na porta de entrada daqueles que procuravam Natal.

Logo algumas pessoas simples, mas com forte capacidade no tocante a iniciativas coletivas, decidiram criar no Alecrim uma feira livre para popularizar, facilitar e incrementar principalmente a venda de produtos alimentícios.  

1912, feira na região do Passo da Pátria, anterior a Feira do Alecrim. Existiram algumas feiras livres na capital potiguar, mas a que realmente despontou foi a do Alecrim.

Consta no livro do Professor Itamar de Souza a reprodução de um texto produzido pelo historiador Luís da Câmara Cascudo, publicado no jornal A República, edição de 19 de outubro de 1948, onde Cascudo detalhou a inauguração dessa feira livre[1].

A primeira vez que a Feira do Alecrim ocorreu foi em um domingo, 18 de julho de 1920 e a iniciativa partiu de João Estevam de Andrade e de Balbino José dos Passos. Naquele domingo o encontro dos vendedores aconteceu no que hoje é a casa de número 1297, no encontro da Rua Presidente Quaresma com a Avenida Coronel Estevão (onde atualmente existe uma farmácia).

Para Cascudo o movimento logo chamou atenção da cidade e nesses primeiros anos a feira continuou a acontecer sempre aos domingos. Outros que colaboraram para que aquela ideia tivesse êxito foram Francisco das Chagas Dantas, José Francisco, Francisco Justino, Sabino Duarte, José de Lima, Enéas Café, José dos Santos, José Alexandre, João Ferreira, Joaquim Vicente de Andrade, Genésio Pinheiro, Laurentino Moraes, José Barbosa e outros. 

Outra pessoa que muito ajudou no desenvolvimento da Feira do Alecrim foi o Professor Luís Soares. Esse homem magro, mas de um espírito e vontade enérgicos, já tinha sob sua batuta a direção do Grupo Escolar Frei Miguelinho e da Associação de Escoteiros do Alecrim, mesmo assim apoiou os feirantes e realizou a ponte entre aqueles pequenos empreendedores e a Intendência Municipal. Luís Soares falou por eles junto a Teodósio Paiva e Fortunato Aranha, respectivamente presidente e vice-presidente da Intendência de Natal[2]. O professor mostrou com seu contagiante entusiasmo o nascimento daquele movimento comercial popular, realizado por aqueles pequenos empreendedores que dificilmente poderiam adentrar as portas do Palácio Felipe Camarão sem que surgissem olhares de desconfiança.

Desenvolvimento

Em 1924 a feira livre do Alecrim já havia se tornado um hábito entre os natalenses e sua força econômica já se fazia sentir entre os membros da sociedade e do comércio.

Segundo um artigo publicado na primeira página do jornal natalense A República, em sua edição de sexta-feira, 14 de março de 1924, a feira dominical do Alecrim era algo extremamente positivo para a economia da cidade e que deveriam ser criadas outras feiras livres em Natal. Entre outros fatores apontados para a criação desses novos locais de venda estavam a distância dos bairros centrais da cidade em relação ao Alecrim e que essas feiras poderiam ocorrer em dias alternados, facilitando a vida de natalenses que viviam em uma época onde a conservação de alimentos em refrigeradores era algo quase inexistente na cidade.

Um dos locais apontados para a criação de novas feiras seria na então Praça Pio X, no centro da cidade, onde hoje se encontra a moderna Catedral Metropolitana de Natal. Já outro local seria na Esplanada Silva Jardim, no bairro da Ribeira, para atender os habitantes daquela que era a mais importante região comercial da cidade, além dos moradores das Rocas, que só se transformaria oficialmente em bairro através da Lei 251, promulgada em 5 de outubro de 1947[3].

Segundo os autores do texto, que acredito ser algum dos redatores do jornal na época (Manoel Dantas, José Vicente e Lélio Câmara), a cidade de Natal vivia então uma crise alimentícia. Para o autor (ou autores) do texto os preços praticados no Mercado Público de Natal eram elevados e a existência de feiras livres espalhadas pelos bairros tanto ajudariam no abastecimento, como na diminuição dos valores.

Ao ler o texto jornalístico fica claro que a Intendência Municipal de Natal desejava que a venda de produtos básicos ficasse concentrada no Mercado Público, com a desculpa que era um local com melhor condição de arrecadar impostos[4].

Vendas e Movimento

Um artigo publicado sobre o tema aponta que “as feiras livres se constituem em um ponto ou nó de encontro de fluxos de pessoas, mercadorias, informações, capitais, com diferentes dimensões socioespaciais, realizadas ao ar livre, em ruas, praças ou terrenos baldios, com produtos expostos em barracas ou no chão, intercaladas geralmente no intervalo de uma semana, ou num interstício menor, que podem ter uma área de influência local ou regional. A feira livre é, portanto, uma instituição econômica e uma prática social, constituída de uma notória dimensão geográfica”. A Feira do Alecrim era e ainda é exatamente isso[5].

Um jornalista deixou um testemunho onde informou que nos dias de movimento, na medida que crescia o volume de pessoas, igualmente crescia o número de cavalos e burros para levar as mercadorias. Comentou também que a região se tornava local de realização de diversos negócios, não apenas de venda de produtos alimentícios. Inúmeros comércios se formaram ao redor da feira livre que cada vez mais crescia.

A balburdia era enorme, com vendedores oferecendo produtos aos gritos, produzindo entonações de suas vozes para alcançar o maior número de clientes. O berreiro do regateio também era franco e extremamente intenso.

Os jornais antigos mostra que não eram raros no início da história da Feira do Alecrim os problemas com preços, qualidade dos alimentos e alterações de pesos de balanças.

As barracas eram pequenas, mas nelas se encontram farinha, milho, feijão. Carne de sol, queijos de coalho e de manteiga vinha do sertão no lombo de animais. Galinhas eram vendidas vivas, penduradas pelos pés em uma vara, devendo ser abatidas (torcendo o pescoço) e depenadas pelos fregueses em suas casas. Quando a carne verde estava cara, o negócio era partir para o toucinho de porco. Quando esse produto estava a peso de ouro o jeito era ir para os miúdos bovinos, como coração, língua, fígado, mocotó e tripas. O jornalista apontou que certamente no domingo tudo era misturado em uma suntuosa feijoada nas casas do Alecrim[6]

Mas além do comércio, a Feira do Alecrim era um local de extrema convivência social, principalmente das classes menos favorecidas da cidade.

Nota do Blog: Segundo os mais Estudiosos no Assunto, as Feiras Livres nas Cidades é o Termômetro do Desenvolvimento Local. O Bairro do Alecrim, o mais Populoso de Natal, Cresceu e se Desenvolveu devido a sua Tradicional Feira Livre. Ainda hoje é considerada a maior Feira Livre de Natal.

Postado por Fernando Caldas

Pagamento Auxílio Emergencial

 

Governo Federal completa nesta semana mais uma etapa de pagamentos do Auxílio Emergencial

Ciclo 3 se encerra no domingo (01.11), contemplando 27 milhões de pessoas que estão recebendo a primeira parcela da extensão do benefício. Na sexta-feira (30.10), folha mensal do Bolsa Família será quitada

O Governo Federal completa no domingo (01.11) o Ciclo 3 de pagamentos do Auxílio Emergencial. Nesta quarta-feira (28.10) e no dia seguinte (29.10), o crédito será para os nascidos em outubro e novembro, respectivamente. No fim de semana, a transferência será para quem faz aniversário em dezembro. São 10,6 milhões de pessoas, incluindo 6,7 milhões que estão recebendo a primeira parcela da extensão do benefício.

O ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, destacou a importância do benefício e a conclusão de mais um ciclo de pagamentos. “O Brasil segue sendo um exemplo para o mundo. A rede de proteção que criamos continua estendida a todos aqueles em situação de vulnerabilidade. Atendemos, direta e indiretamente, a mais da metade da população brasileira”, pontuou o ministro.

A extensão do Auxílio Emergencial, no valor de R$ 300 ou R$ 600, está sendo paga a 27 milhões de pessoas que se cadastraram por meios digitais ou que integram o Cadastro Único. Outro grupo, com 16,2 milhões de cidadãos, ainda estão recebendo, neste Ciclo 3, o benefício no valor de R$ 600 ou R$ 1.200.

O investimento do Governo Federal no Auxílio Emergencial ultrapassou R$ 230 bilhões e chegou a 67,7 milhões de pessoas.

Regras da extensão

A extensão do Auxílio Emergencial começa a ser paga assim que a pessoa tiver recebido a quinta parcela do benefício original, seguindo o cronograma de depósitos e com a data limite de 31 de dezembro. Quem se cadastrou pelo aplicativo ou pelo site da Caixa e recebeu o benefício em abril terá creditado na conta as nove parcelas, assim como todos os integrantes do Bolsa Família cujo valor do Auxílio Emergencial é maior que o recebido por meio do programa de transferência de renda.

Quem recebeu a primeira parcela em abril já foi beneficiado com os cinco depósitos do Auxílio Emergencial. Essas pessoas vão ter outras quatro parcelas da extensão do Auxílio até dezembro.

Quem teve a primeira parcela creditada em maio recebe o quinto depósito agora. Portanto, terá mais três parcelas da extensão. E assim ocorre sucessivamente, dependendo da data em que a pessoa começou a receber o Auxílio Emergencial.

Bolsa Família

Os integrantes do Bolsa Família seguem recebendo pelo calendário habitual do programa. O pagamento da segunda parcela da extensão do Auxílio Emergencial termina nesta sexta-feira (30.10) para quem tem o Número de Identificação Social (NIS) final zero.

Ao todo, são mais de 16 milhões de beneficiários do programa considerados elegíveis para receber a segunda parcela da nova fase do Auxílio. Em outubro, esse público terá recebido R$ 4,2 bilhões.

Durante o pagamento das cinco parcelas iniciais do Auxílio Emergencial, todas as famílias elegíveis passaram a receber pelo novo benefício, desde que fosse mais vantajoso para elas. Entretanto, na nova fase do Auxílio, as famílias retornaram à folha de pagamento do Bolsa Família e tiveram os valores complementados até alcançarem os R$ 300 ou R$ 600.